Jesus Irritado com Corações Duros

Sermão nº 1893
Por Charles H. Spurgeon (1834-1892)
Traduzido, Adaptado e
Editado por Silvio Dutra
Fev/2019
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S772
Spurgeon, Charles H.- 1834-1892
Jesus irritado com corações duros / Charles H.
Spurgeon
Tradução e adaptação Silvio Dutra Alves – Rio
de Janeiro, 2019.
42p.; 14,8 x21cm
1. Teologia. 2. Pregação. 3. Alves, Silvio Dutra.
I. Título.
CDD 252
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“Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada.” (Marcos 3: 5) Meu texto consistirá realmente dessas palavras: “Ele olhou em volta sobre eles com ira, entristecendo-se pela dureza de seus corações”. É o divino Senhor, o misericordioso Jesus, o manso e humilde de coração, que está aqui descrito. como estando irado. Onde mais nos encontramos com tal declaração enquanto Ele esteve aqui entre os homens? (Nota do tradutor: no original grego nós temos a palavra orges, que em várias outras passagens do Novo Testamento tem o significado claro de “ira”. O tradutor da versão atualizada optou pela forma mais branda “indignado”, mas o sentido desta indignação, pela palavra usada no original, é o de quem está irado.) Um pobre estava presente na sinagoga que tinha uma mão ressequida, era sua mão direita, e aquele que tem que ganhar seu pão cotidiano pode adivinhar o que deve ser ter aquele membro útil secado ou paralisado. Na mesma sinagoga estava o Salvador, pronto para restaurar àquela mão toda a sua força e habilidade conhecidas. Conjunção feliz! A
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companhia que havia se reunido na sinagoga, professando adorar a Deus, não teria uma causa especial para fazê-lo quando, eles viram um milagre da bondade divina? Eu posso imaginá-los sussurrando uns aos outros: “Nós veremos nosso pobre vizinho restaurado hoje, pois o Filho de Deus veio entre nós com poder para curar, e Ele fará deste um Sábado glorioso por Sua obra de poder gracioso.” Mas não devo deixar a imaginação me enganar; eles não fizeram nada do tipo. Em vez disso, sentaram-se observando o Senhor Jesus, não para se deleitarem com um ato de Seu poder, mas para encontrar algo pelo qual pudessem acusá-lo. Quando tudo chegasse a todos, o máximo que eles poderiam alegar seria que Ele havia curado uma mão ressequida no sábado. Com vista para o elogio devido ao milagre da cura, eles colocaram a ênfase em ser feito no sábado, e levantaram as mãos com horror que tal ação secular deveria ser realizada em um dia tão sagrado. Agora, o Salvador coloca muito claramente diante deles a pergunta: “É correto fazer o bem no dia de sábado?” Ele colocou de uma forma que permitia apenas uma resposta. A pergunta poderia, sem dúvida, ter sido facilmente respondida por esses escribas e fariseus, mas depois os teria condenado e, portanto, ficaram todos tão mudos quanto ratos. Os escribas mais habilidosos em rachar os
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cabelos e os fariseus que conseguiam medir a borda de uma peça até o oitavo de uma polegada, recusavam-se a responder a uma das perguntas mais simples da moral. Marcos descreve o Salvador olhando para todos eles com ira e tristeza, assim como Ele pode. Você sabe como Marcos é minucioso em seu registro, sua observação é microscópica e sua descrição é gráfica até o último grau. Com a ajuda das palavras claras de Marcos, você pode facilmente imaginar o Salvador olhando em volta. Ele se levanta corajosamente, como alguém que não tinha nada para esconder, como alguém que estava prestes a fazer aquilo que não precisaria de defesa. Ele desafiou a observação, embora soubesse que sua oposição à autoridade eclesiástica envolveria sua própria morte e apressaria a hora da cruz. Ele não os desafiou, mas fez com que sentissem sua insignificância enquanto olhava em volta para todos eles. Você consegue conceber o poder desse olhar? O olhar de um homem que é muito dado à ira tem pouca força; é o fogo de um fio de palha, feroz e fútil. Em muitos casos, quase sorrimos com a raiva impotente que olha para fora dos olhos irritados, mas um espírito gentil, como o do Salvador, comanda a reverência se alguma vez se mover para a indignação. Seu coração manso e humilde só poderia ter sido agitado com ira por alguma causa esmagadora. Temos certeza
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de que Ele fez bem em ficar irado. Mesmo quando se mudou para um olhar indignado, Sua ira terminou ali, Ele apenas olhou, mas não falou nenhuma palavra de censura. E o olhar em si tinha mais de pena do que desprezo, ou, como se diz, “mais de compaixão do que de paixão”. O olhar de nosso Senhor sobre aquela assembleia de oponentes merece nosso sincero louvor. Ele fez uma pausa longa o suficiente naquela pesquisa para contemplar cada pessoa, e deixá-lo saber o que era pretendido pelo olhar. Ninguém escapou da luz que os olhos expressivos lançaram sobre cada observador malicioso. Eles viram que para Ele sua conduta vil era repugnante, Ele os entendeu e ficou profundamente comovido com sua obstinação. Note bem que Jesus não falou uma palavra, e ainda assim Ele disse mais sem palavras do que outro homem poderia dizer a eles. Eles não eram dignos de uma palavra, nem mais palavras teriam o menor efeito sobre eles. Ele salvou Suas palavras para o pobre homem com a mão ressequida, mas para essas pessoas um olhar era a melhor resposta, elas olhavam para Ele, e agora Ele olhava para elas. Isso me ajuda a entender essa passagem no Apocalipse, onde os ímpios são representados chorando até as rochas para cobri-los, e as colinas para escondê-los da face daquele que estava sentado no trono. O Juiz não falou mais do que uma única palavra,
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ainda não abriu os livros, ainda não pronunciou a sentença: "apartai-vos malditos!", mas eles estão completamente aterrorizados com o olhar daquele augusto semblante. O amor concentrado habita na face de Jesus, o Juiz, mas naquele dia terrível, eles o verão incendiado com ira. A ira de um leão é grande, mas não é nada comparada com a do Cordeiro. Eu gostaria de ter habilidade para descrever o olhar de nosso Senhor, mas devo pedir a ajuda de sua compreensão e sua imaginação para torná-lo vívido para suas mentes. Quando Marcos nos fala desse olhar, ele passa a mencionar os sentimentos misturados que foram revelados por ele. Nesse olhar havia duas coisas - havia ira e tristeza - indignação e tristeza interior. "Ele olhou em volta sobre eles com ira, sendo entristecido pela dureza de seus corações." Ele estava irado que eles deveriam cegar seus olhos para uma verdade tão clara, um argumento tão convincente. Ele lhes fizera uma pergunta para a qual só poderia haver uma resposta e eles não a dariam, Ele lançara luz sobre seus olhos e eles não a veriam, Ele destruíra totalmente o pretexto escolhido para a oposição, e ainda assim eles persistiriam em se opor a ele. Evidentemente, é possível estar com ira e estar certo. Difícil para muitos é o preceito: "irai-vos e não pequeis", e esse fato torna o
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caráter do Salvador ainda mais admirável, pois Ele realizou tão facilmente o que é tão difícil para nós. Ele pode estar zangado com o pecado e, no entanto, nunca deixa de se compadecer do pecador. Sua ira não era a que desejava o mal para seu objetivo, nenhum toque de malevolência estava nele, era simplesmente amor em chamas, amor ardendo de indignação contra o que é desagradável. Misturado com essa ira, havia pesar. Ele estava de coração partido porque seus corações eram tão duros. Como Thomas Manton coloca, "Ele foi suavizado por causa de sua dureza". Ele não era a impiedosa chama da ira que queima em um olho seco; Ele tinha lágrimas e ira. Sua tempestade trouxe uma chuva de compaixão com isso. A palavra grega é difícil de traduzir. Existe o que um crítico eminente chama de um tipo de união na palavra, Ele se entristeceu com eles. Ele sentiu que a dureza de seus corações um dia traria sobre eles uma terrível miséria, e prevendo a dor que viria, Ele sofreu com eles por antecipação. Ele se entristeceu com a dureza deles porque isso os feriria; sua inimizade cega O atormentava porque estava assegurando sua própria destruição. Ele estava zangado porque estavam deliberadamente rejeitando a luz que os iluminaria com o brilho celestial, a vida que poderia tê-los vivificado em plenitude de alegria. Eles estavam, assim, determinada e
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decididamente destruindo suas próprias almas por ódio a Ele, e Ele estava zangado, mais por causa deles do que por si próprio. Há algo muito admirável em nosso Salvador, mesmo quando o vemos em uma condição incomum. Mesmo quando se irrita com os homens, está zangado com eles, porque eles não permitem que Ele os abençoe, porque eles irão perseverar em opor-se a Ele por razões que eles próprios não podem apoiar, nem ousam sequer declarar. Se eu tivesse sido um dos discípulos que estavam com Ele na sinagoga, acho que deveria ter queimado com indignação por vê-los todos ali sentados, recusando-se a renunciar ao seu ódio e, ainda assim, incapaz de dizer uma palavra em defesa disso. Não duvido, o espírito amoroso de João ficou quente. Que coisa horrível que qualquer criatura na forma de um homem deva agir tão indignamente ao abençoado Filho de Deus a ponto de culpá-lo por fazer o bem! Que desgraça para nossa raça, para os homens serem tão desumanos a ponto de querer ver seus semelhantes permanecerem definhando, e ousar culpar o gentil Médico que estava prestes a fazê-los perfeitamente curados! O homem está de fato em inimizade com Deus quando encontra um argumento para o ódio em um ato de amor.
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Nossa primeira pergunta é: Qual foi a causa dessa ira e desse pesar? Então, deixe-nos perguntar: algo desse tipo repousa em nós? Nós causamos ao nosso Senhor ira e tristeza? E em terceiro lugar, vamos perguntar, qual deve ser o nosso sentimento, quando vemos que algo sobre nós pode causar, ou causar-lhe, ira e tristeza? Oh que o Espírito Santo abençoe este sermão para todos os que me ouvem neste dia! I. O QUE CAUSOU A IRA E A TRISTEZA? Foi a dureza de coração deles. Para usar outras palavras, foi a insensibilidade de sua consciência, sua falta de sentimento. Seus corações haviam, por assim dizer, crescido e perdido sua própria suavidade. A mão pode nos fornecer uma ilustração. Algumas pessoas têm mãos muito delicadas, os cegos que leem o tipo levantado com os dedos desenvolvem uma sensibilidade especial, e essa sensibilidade é de grande valor. Mas quando os homens são obrigados a puxar cordas que se desfazem ou quebrar pedras, ou fazem outro trabalho bruto, suas mãos se tornam duras e insensíveis, assim é com o coração, que deve ser excessivamente sensível, pela persistência no pecado, torna-se insensível. O uso é uma segunda natureza, os pés do viajante ficam endurecidos, o rosto fica endurecido para o frio e toda a sua constituição é endurecida pelo seu modo de vida. As pessoas
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tomaram drogas mortais pouco a pouco até ficarem endurecidas contra seus resultados, lemos na história que Mithridates usara veneno até que por fim não conseguiu se matar, tão endurecido se tornou. Mas o endurecimento é do pior tipo quando ocorre no coração. O coração deve ser todo ternura, mas quando não é, a vida deve ser grosseira e má. No entanto, multidões são moralmente feridas com ossificação do coração. Não conhecemos alguns homens em quem o coração é simplesmente um músculo enorme? Se têm algum coração, são feitos de couro, pois não têm pena de ninguém, nem sentimento de companheirismo, nem mesmo de seus parentes. Deus nos salve de um coração duro, isso leva a algo pior que a morte! Um coração de carne pode ter saído de um homem, e em vez disso ele pode ter um coração de pedra, a Escritura até o chama de “pedra inflexível” - sem sentimento, inflexível, impenetrável, obstinado. Aqueles inimigos do nosso Senhor que estavam na sinagoga naquele dia de sábado eram incorrigíveis, eles estavam desesperadamente determinados a odiá-lo, e eles se fortaleceram na determinação de que não seriam convencidos, e não cessariam de se opor a Ele, que Ele dissesse ou fizesse o que pudesse. Nosso Senhor Jesus ficou irado e entristecido com eles. Qual foi a sua falha exata? Primeiro, eles não veriam, embora o caso fosse
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claro. Ele havia definido a verdade tão claramente diante deles que eles foram obrigados a esforçar seus entendimentos para evitar serem convencidos, eles tiveram que puxar para baixo as persianas da alma, e colocar as persianas da mente, para poder não ver. Não há ninguém tão cego quanto os que não querem enxergar, e estes eram da ordem mais cega, eram pessoas cegas que tinham olhos e vangloriavam-se de que podiam ver, e portanto seu pecado era totalmente sem desculpa. Temo que ainda temos muitos à nossa volta, que sabem, mas não agem com base em seus conhecimentos, que não desejam ser convencidos e convertidos, mas endurecem-se contra o dever conhecido e o pleno direito. O que era mais, o que essas pessoas foram forçadas a ver que não reconheceriam. Eles estando mal-humorados guardaram suas línguas quando estavam obrigados a falar. Não acontece a muitas pessoas que o evangelho se força a acreditar? Eles acham que não poderiam invocar um argumento contra a verdade divina que é colocada diante deles. A palavra vem com tal demonstração que os fere com força de martelo, mas eles não pretendem admitir seu poder, e assim eles se preparam para suportar o golpe sem ceder a ele. Eles fecham suas bocas contra a água da vida que lhes é apresentada na
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taça de ouro do evangelho. Nenhuma criança poderia fechar os dentes mais desesperadamente contra o remédio do que contra o evangelho. Qualquer homem pode levar um cavalo para a água, mas dez mil não podem fazê-lo beber, e isso é provado em muitos ouvintes da palavra. Ali sentavam-se esses escribas e fariseus, é de admirar que as pedras não gritassem contra eles, estavam tão obstinados a não admitir aquilo que não podiam negar. Ainda não existe essa raça entre nós? Mais do que isso, embora não vissem o que era tão claro, procuravam diligentemente detectar falhas e defeitos onde não havia nenhum, a saber, no Senhor Jesus. Assim, há muitos que professam que não podem entender o evangelho, mas têm entendimento suficiente para discuti-lo e lançar insultos a ele. Eles têm um olho cruel para erros inexistentes nas Escrituras; eles encontram esse erro em Deuteronômio e outro em Gênesis. Que grande sabedoria, ser diligente em fazer descobertas contra os próprios interesses eternos! O evangelho do Senhor Jesus é a única esperança de salvação do homem, que pena contar como sendo o auge da inteligência destruir nossa única esperança!
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Ai dos céticos! Eles são perspicazes como águias contra si mesmos, mas são cegos como morcegos para as coisas que contribuem para a sua paz. Esses escribas e fariseus tentaram descobrir o que não pode ser descoberto, a saber, alguma falha em Jesus, e ainda assim eles não podiam ou não veriam a maldade de sua própria oposição a ele. Eles se atreveram a julgar o Senhor, que se provou por seus milagres como sendo divino, e ainda assim, durante todo o tempo, eles professavam grande reverência por Deus e por Sua lei. Embora estivessem lutando contra Deus, eles fingiram ser muito zelosos por Ele e, especialmente, por Seu santo dia. Este é um truque antigo do inimigo, para combater a religião verdadeira com a religião falsa, para combater com piedade em nome da ortodoxia. Esta é uma farsa vazia, e não nos admiramos que o nosso sempre sincero Senhor se sentisse indignado com isso. Você saberá se você já fez isso. Temo que muitos façam. Por seu zelo pelas aparências da religião, eles tentam justificar sua oposição à vital posse da religião. Irmãos, oro para que nenhum de nós seja hipócrita, pois o Senhor Jesus não pode suportar tal coisa. Ele não se importa com sepulcros caiados, mas proclama ai a todos os falsos professantes. Aqui, deixe-me dar uma parábola: em nossas belas e antigas igrejas e catedrais, vemos
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monumentos erguidos para os mortos. Estes são ricos em mármore caro e estátuas finas, com aqui e ali um toque de ouro e uma inscrição latina lisonjeando os mortos. Que bom show! No entanto, o que tudo isso significa? Por que, isso, cadáveres estão embaixo. Derrube as lajes de mármore, remova um pouco de terra, e você chegará à corrupção e se moverá com repugnância. Os túmulos são mais aptos para cemitérios do que para o lugar que é consagrado ao Deus vivo. Não quero dizer com isso nenhuma censura aos túmulos, o que é bom o suficiente, só os uso como parábola. O que direi daqueles homens e mulheres de quem eles são o tipo e o emblema? Eles estão mortos enquanto vivem e têm uma forma de piedade, mas negam o poder dela; eles apresentam uma justiça exterior, mas secretamente praticam todo tipo de abominações. O que isso tem a fazer na igreja de Deus? Que horror saber que existem nas assembleias dos santos! Ó meus leitores; temam a dureza que lhes permitiria serem hipócritas! Evite, acima de tudo, que a morte da alma torne possível a falsa profissão, pois isso é muito doloroso para o Senhor. Um coração duro é insensível, impenetrável e inflexível. Você não pode mais afetá-lo do que se tivesse que golpear sua mão contra um muro de pedra. Satanás o fortaleceu e fez seu possuidor ser firme e
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inamovível, sempre abundante nas obras do pecado. A inimizade de tal coração o leva a resistir a tudo que é bom, sua dureza retorna aos esforços do amor na forma de oposição. Nosso Salvador viu diante dEle pessoas que se opunham a Ele, o que quer que ele fizesse, e não mudariam de ideia, no entanto, poderiam ver seu erro. Que isso seja suficiente para explicar a cena diante de nós do nosso Senhor entristecido e irado. II. Eu devo agora chegar mais perto de casa, enquanto eu pergunto, EXISTE ALGUMA DESSA FORMA ENTRE NÓS? Oh, precisamos de ajuda no trabalho de autoexame! Lembre-se, podemos clamar ao Salvador por causa da dureza de nossos corações e, ainda assim, ser pessoas muito respeitáveis. Podemos ir à sinagoga, como eles fizeram, podemos ser leitores da Bíblia, como os escribas eram, podemos praticar todas as formas externas de religião, como os fariseus faziam, e ainda assim o Senhor Jesus pode ficar entristecido conosco por causa da dureza do nosso coração. Podemos irritar o Senhor e, ainda assim, ser estritamente não-comprometidos com ele. Ouso dizer que há alguns aqui que não são cristãos e, no entanto, nunca dizem uma palavra contra o cristianismo. Eles são estritamente neutros. Eles julgam que quanto menos eles pensam ou dizem sobre este
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grande assunto, melhor. Jesus estava zangado porque os homens deveriam ficar calados quando a honestidade e sinceridade exigiam que eles falassem. Você não deve pensar que vai escapar dizendo: “Eu não sou crente”. Não pode haver terceiros neste caso. No mundo eterno não há provisão feita para os neutros. Aqueles que não estão com Jesus estão contra Ele, e os que não se reúnem com Ele estão se espalhando. Você é trigo ou joio, e não há nada entre os dois. Ó senhor, você o aflige, embora não se oponha abertamente a Ele! Alguns de vocês são especialmente culpados, pois vocês devem estar entre os principais de seus amigos. Que vergonha de você tratar o Senhor tão mal! Você pode ser muito sensível a outras pessoas; de fato, você pode ter, como o velho rei judeu, grande ternura para com todos, menos com o Senhor. Zedequias não disse: "O rei não é aquele que pode fazer alguma coisa contra você"? Conheço muitos que gostam tanto de agradar aos outros que não podem ser cristãos. Eles não têm coragem moral para se opor a qualquer um por causa da verdade. Ó senhores, isso pode muito bem fazer Jesus olhe para você com ira e tristeza, para que você seja tão abnegado, tão gentil e tão atencioso com os outros, e ainda assim aja tão cruelmente para Ele e para si mesmo. Para si mesmos, é uma
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bondade cruel, salvar a si mesmos de falar alguma coisa em defesa da verdade. Seu medo está levando você ao suicídio espiritual. Para salvar um pequeno problema presente, você está acumulando ira e julgamento. Infelizmente, essa dureza de coração pode estar em nós, embora tenhamos um quebrantamento ocasional! Eu acho que o homem tem um coração muito duro que às vezes é profundamente comovido, mas violentamente reprime suas emoções. Ele se apressa para casa em seu quarto muito angustiado, mas em pouco tempo ele se ajunta e sacode seus medos. Ele vai a um funeral e treme à beira do túmulo, mas junta-se a seus companheiros felizes e volta a pecar. Ele gosta de ouvir um sermão agitado, mas tem cuidado para não ir além de sua profundidade enquanto ouve. Ele está vigilante contra seu próprio bem-estar e tem o cuidado de manter-se fora do caminho de uma bênção. Por uma resolução desesperada, ele se mantém contra a pressão da graça de Deus, como vem a ele em exortações e súplicas. Ele é muitas vezes repreendido, mas ele endurece o pescoço, ocasionalmente está à beira de ceder, mas ele recupera sua firmeza maligna e segue seu caminho com perseverança digna de uma causa melhor. Quantas vezes esperamos coisas melhores para alguns de vocês! Quantas vezes você destruiu essas esperanças! Você deve ser
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muito duro de coração para aguentar tanto tempo. Ele mostra uma constituição forte quando um homem frequentemente esteve perto da morte, e ainda assim se recuperou e mostra uma terrível vitalidade do mal quando você foi levado à beira do arrependimento, e então deliberadamente voltou ao caminho do mal, pecando contra a consciência e a convicção. Sim, e podemos ter essa dureza de coração e, ainda assim, manter-nos bem afastados dos pecados grosseiros. Eu me perguntei quanto a alguns homens, como eles se guardaram em certas direções e, ainda assim, negligenciaram outros assuntos. Enquanto eles foram em excesso nos pecados contra Deus, eles foram escrupulosos em evitar o mal em relação ao homem. Seus pecados não foram pedras, mas areia, espero que eles não se esqueçam de que “a areia é pesada”, e que um vaso pode facilmente ser destruído em uma areia movediça como sobre uma rocha. Seu homem moralmente exterior é frequentemente um rebelde endurecido contra Deus. Seu orgulho de caráter ajuda a endurecê-lo contra o evangelho da graça. Ele condena os outros que não são realmente piores do que ele. Existe um tipo abominável de prudência que impede alguns homens de certos pecados; eles são muito maus para serem pródigos, gostam de facilidade para mergulhar em pecados
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arriscados. Muitos homens são levados a seus pés por uma súbita inundação de tentações, e pecam gravemente, e ainda de coração ele não pode ser tão endurecido quanto o frio e calculista transgressor. Ai do homem que aprendeu a pecar deliberadamente e a medir a iniquidade como se fosse uma mercadoria legal, a ser pesada pela balança! Por que senhor, por causa da força evidente de sua mente, melhores coisas são esperadas de você. Você não pode alegar violência de paixão ou debilidade de julgamento. Para você, será reservado o inferno mais profundo, embora você escape da condenação presente. Essa dureza de coração pode não superá-lo plenamente no presente, e ainda assim você pode ter uma grave causa para temê-lo. A dureza do coração se arrasta sobre os homens em graus insensíveis. O homem de coração mais duro do mundo não foi assim uma vez, a carne de seu coração foi petrificada pouco a pouco. Aquele que agora pode amaldiçoar e blasfemar uma vez chorou por seus erros de menino no joelho de sua mãe, e teria estremecido com a ideia de adormecer sem uma oração. Há aqueles entre nós que dariam mundos para se libertarem da escravidão do hábito, de modo a sentirem-se como uma vez o fizeram. Sua alma é tão ressecada quanto o Saara, ela se esqueceu
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do orvalho das lágrimas, seu coração é quente como um forno com paixões malignas, e nenhum sopro suave de santo arrependimento jamais o visita. Oh que eles pudessem chorar! Oh que eles pudessem sentir! O arrependimento está escondido de seus olhos. Não resta nada de sensível sobre eles, exceto que é a imitação vil que vem sobre eles quando eles estão em um estado piegas por meio de uma bebida forte. Que calamidade pode ser maior? O que pode ser dito do pecado que é mais terrível do que o que endurece e mata? Bem, o apóstolo disse: “Exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado.” Não posso deixar de dizer que entre os endurecidos existem alguns dos quais pode ser dito especialmente para provocar o Senhor. Entre eles, devemos mencionar aqueles que, desde o nascimento e a educação, receberam um senso moral extraordinariamente aguçado, mas o enfraqueceram com repetidos crimes. Aqueles que pecam duplamente, que tiveram dupla luz e especial ternura da natureza. Julguem, ó filhos dos piedosos, se não há muitos assim entre vós! Esaú era ainda mais uma “pessoa profana” porque ele era um filho de
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Isaque, conhecia algo sobre a herança da aliança, e tinha certos toques da natureza que deveriam ter feito dele um homem melhor. Isto também é verdade para aqueles que foram favorecidos pela Providência. Deus lidou com eles com maravilhoso favor, eles continuaram por muito tempo em boa saúde, eles foram prósperos nos negócios, seus filhos cresceram ao redor deles, eles têm tudo que o coração pode desejar, e ainda assim Deus não recebe deles gratidão; na verdade, eles dificilmente pensam nele. Ingratidão é a certeza de trazer uma maldição sobre o homem que é culpado disso. Infelizmente, os ingratos são numerosos em todo lugar! Alguns que são bem conhecidos por mim deveriam ter se lembrado do Senhor, pois Ele lhes concedeu um caminho suave, uma carteira cheia e luz do sol para viajar. Se houvesse um coração sincero em você, seus corações se apegariam ao Senhor em profundidade e amor sincero. Cordas de seda de amor são mais fortes com os homens verdadeiros do que os grilhões de ferro são para os ladrões. Não me esqueço das obrigações de outros que foram muitas vezes castigados, pois esse lado da questão também tem sua força. Certas pessoas suportaram muitas provações; muitas vezes sofreram dores de corpo e, às vezes, foram trazidas à beira da sepultura; perderam a amada de seus olhos com um
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derrame; seguiram seus filhos até o túmulo; dores lhes foram multiplicadas. No entanto, afinal, eles são duros de coração. O fogo da aflição não suavizou sua natureza férrea. Por que eles deveriam ser mais atingidos? Eles vão se revoltar mais e mais. O próprio Senhor clama: “Ó Efraim, que te farei?” A longanimidade falha, a misericórdia se cansa. Não há mais varas para usar em você, como o boi chuta contra o aguilhão, assim você resiste à correção do Senhor Deus. O Salvador olha para todos com essa ira de luto de que fala o texto. Ai, não me atrevo a omitir aqueles em relação aos quais o Salvador deve sentir essa ira muito especialmente, porque eles têm sido objeto de um ministério terno, sincero e fiel. Não direi muito do meu próprio ministério pessoal, que tem sido gasto por muitos anos em muitos de vocês, mas seguramente, se isso não afetou você; não é por falta de desejo forte e desejo intenso de servir às suas almas. Deus é minha testemunha de que eu não retive nada da Sua verdade. Eu nunca me vangloriei com você, nem ocupei este púlpito para torná-lo uma plataforma para autoexibição. Não me esquivei de vos declarar todo o conselho de Deus. Mas, afora isso, alguns de vocês tiveram o ministério de uma mãe santa que agora está com Deus, de um pai sábio que vive ainda para orar por você,
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de professores afetuosos que o instruíram corretamente e amigos amorosos que procuraram o seu bem. Pai, seu filho cortejou você. Jovem, sua esposa recém-convertida agonizou por você e está agonizando até agora. Muito seletas foram as agências usadas em cima de você. As vozes e canções especiais que se esforçaram para encantá-lo. Se estes não te alcançarem, também não serias convertido embora alguém ressuscite dos mortos. Se o próprio Jesus estivesse aqui novamente em carne entre os homens, como poderia até mesmo alcançá-lo? Se todos os meios que Ele já usou falharam com você, não sei o que deve ser feito com você. O próprio Salvador, temo, deixará você com uma expressão de pesar e ira. Ele se afastará de você por causa da dureza do seu coração. Fique, Senhor Jesus, fique um pouco mais! Talvez eles sejam ganhos na próxima vez. Não ofereça o Seu Espírito para o Seu eterno voo. Não jures na Tua indignação que não entrem no Teu descanso, mas ainda sejas mais paciente com eles por um pouco mais de tempo, por amor da Tua misericórdia. III. Agora devemos fechar. Oh, que meu pobre pedido não tenha se perdido com você! Em muitas coisas que eu tenho falado, tem havido uma voz alta para muitos de vocês, agora me ouçam enquanto eu levanto a questão, O QUE
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DEVERIA SER SENTIDO EM REFERÊNCIA A ESTE ASSUNTO? Primeiro, vamos renunciar para sempre ao hábito de discutir. Esses escribas e fariseus eram ótimos seguidores de palavras, críticos, descobridores de falhas. Eles encontraram falhas no Salvador por curar no dia de sábado. Ele não quebrou a lei de Deus do sábado; Ele só havia exposto o erro nesse ponto. Se o sábado não tivesse fornecido uma oportunidade para a objeção, eles teriam encontrado outra, pois pretendiam objetar, de uma maneira ou de outra, e resolveram contradizer. Multidões de pessoas nos dias de hoje estão endurecendo mais seus corações pelo hábito de discutir. Enquanto outros ficam impressionados com a beleza do evangelho que ouvem, essas pessoas só se lembram de uma pronúncia errada do pregador. Tendo começado nesta linha, eles começam a julgar o evangelho pregado e, em pouco tempo, as próprias Escrituras são submetidas à sua alteração e correção. A reverência se foi e a autossuficiência reina suprema. Eles criticam a palavra de Deus. Qualquer tolo pode fazer isso, mas apenas um tolo fará isso. Eles dão os ares dos homens literários e não são como os ouvintes comuns; eles exigem algo mais intelectual. Eles desprezam as pessoas que apreciam o evangelho e estão provando o poder dele em suas vidas. Eles mesmos são pessoas de
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mente notável, homens de luz e liderança, e lhes dá distinção agir como parte dos céticos. Eles mostram seu grande aprendizado ao mostrarem seus narizes empinados aos claros ensinamentos da Bíblia. Parece ser a grande característica de um homem culto hoje em dia usar um sorriso de escárnio quando encontra os crentes firmados na inspiração. Um idiota pode atingir em cinco minutos um alto grau de desprezo pelos outros, se não exibir tal tolice. O orgulho desse tipo arruína aqueles que o satisfazem. Ser incrédulo para mostrar a superioridade de alguém é um negócio insatisfatório. Nunca imitemos esse espírito maligno, que no Jardim do Éden provou ser o patrono e exemplar de todos os céticos. Lembre-se de como ele levantou a questão: "Sim, Deus disse?" Não esqueça como ele foi além, e como um filósofo sábio, deu a entender que havia uma esperança maior: "Você certamente não morrerá", disse ele. Então ele avançou para estabelecer uma filosofia radical ousada e sussurrou: “Deus sabe que no dia em que vocês comerem, seus olhos serão abertos e vocês serão como deuses”. Essa velha serpente deixou sua trilha em muitas mentes. nos dias de hoje, e você pode vê-lo nas perguntas viscosas e sugestões venenosas da época. Afaste-se de brigar; é de todos os trabalhos o menos remunerador. Em seguida, vamos sentir um
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desejo intenso de nos submetermos ao Senhor Jesus. Se Ele estiver na sinagoga, peça-lhe que nos cure e faça do seu próprio jeito. Vamos nos tornar Seus discípulos e segui-lo para onde ele for. Entregue-se a Deus. Seja como cera derretida para o selo. Seja como a água do lago, que é movida a cada respiração do vento. Tudo o que Ele quer é a nossa salvação. Senhor Jesus, deixe sua vontade ser feita! Tenhamos o cuidado de nos manter afastados de todas as influências endurecedoras, seja de livros ou homens, hábitos ou prazeres. Se existe alguma companhia que nos enfraquece para as coisas espirituais, que dificulta nossas orações, abala nossa fé ou abafa nosso zelo, deixe-nos sair dela e ficar fora dela. Se qualquer divertimento diminui nosso ódio pelo pecado, nunca nos aproximemos dele, se algum livro obscurece nossa visão de Jesus, nunca o leiamos. Nós crescemos com dificuldade em breve através do contato necessário com o mundo, que surge da vida útil e das atividades comerciais; não vamos aumentar esses males. Evite a conversa do ocioso, o assento do escarnecedor e o caminho do ímpio. Evite falsas doutrinas, mundanismo e conflitos. Mantenha-se afastado da frivolidade e insignificância. Seja sincero, seja puro, viva perto de Deus e longe do trono da iniquidade. Por fim, use todas as influências suavizantes. Peça para ter seu coração diariamente
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sensibilizado pela habitação do Espírito vivificador. Vá com frequência ouvir a palavra, que é como um fogo e como um martelo quebrando a pedra em pedaços. Habite ao pé da cruz; é aí que a ternura nasce nos corações humanos. Jesus faz todos os corações macios e então marca a Sua imagem neles. Entregue o Espírito Santo para lhe dar um senso muito vívido de pecado e um temor muito intenso dele. Ore frequentemente de acordo com o teor do hino de Charles Wesley, no qual ele clama: “Rápida como a menina dos olhos, ó Deus, faz a minha consciência! Desperta minha alma quando o pecado estiver próximo, E mantenha-a ainda desperta. Oh, que a menor dor da omissão Minha alma bem instruída; E conduza-me ao sangue novamente, o que torna os feridos curados!”
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Se tal é a condição de nosso coração, nosso Senhor não ficará zangado conosco. Ele nos olhará com alegria e se deleitará em nós. Até agora tenho mantido o texto, tendo o tempo todo o peso do Senhor. Se não é difícil ouvi-lo, é certamente uma pregação dolorosa para mim. Esse mesmo amor que fez o amoroso Jesus sofrer me levou a falar desta maneira. Não que eu ame tanto os homens quanto Ele, mas uma centelha de Seu fogo acendeu em minha alma, e está queimando lá de acordo com a medida da graça dada. Mas agora, meus queridos leitores, permitam-me dedicar-me a uma palavra do evangelho. Certamente há alguns entre vocês que desejam perder sua dureza. Você está chorando para si mesmo - “Coração de pedra, ceda! Derreta-se com o amor de Jesus, e sê subjugado!” Para você existe uma causa abundante de esperança. Aquele que fez o coração pode derreter isso. Jó disse: “Deus faz meu coração suave.” É o ofício peculiar do Espírito Santo renovar nossa natureza, na verdade, Ele nos faz nascer de novo, trabalhando em nome de nosso Senhor Jesus, cuja palavra real é: “Eis que eu faço todas as coisas novas.” O Espírito Santo pode operar em nós a convicção do pecado, o novo nascimento, a fé no Senhor Jesus, profunda contrição e santa
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ternura. Você deseja que seja assim? Você se juntará a mim em uma oração silenciosa para que Suas operações de quebrantamento possam ser sentidas em sua alma neste momento? Para você é a palavra desta salvação enviada. O Senhor Deus comprometeu-se a glorificar-se em redimir o seu povo de toda a iniquidade. Ele entrou em aliança com os escolhidos, e todos os que creem em seu Filho Jesus estão compreendidos nesse número. A aliança fala assim: “Um novo coração também te darei e um novo espírito colocarei em ti. e tirarei o coração de pedra da tua carne e te darei um coração de carne.” (Ezequiel 36:26). Veja como essa promessa atende exatamente ao seu caso! Esse tipo de coração que você tanto precisa será dado a você, embora de fato seja um milagre de milagres fazê-lo. Um novo braço ou perna seria uma maravilha, mas o que dizer de um novo coração? O espírito que vocês tanto necessitam é concedido; todo o seu tom, temperamento e tendência serão alterados de maneira extraordinária. O Senhor pode expulsar o espírito maligno e então Ele pode renovar o seu espírito e encher o seu ser com o seu próprio Espírito Santo. Quanto àquela natureza que se recusa a sentir ou ceder, ou ser quebrada ou dobrada, o Senhor é capaz de levar isto completamente embora. Oh que grande operação para executar e ainda deixar o
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paciente vivo! "Eu tirarei o coração de pedra da sua carne." Ninguém, exceto Aquele que fez o coração, poderia executar uma cirurgia tão delicada como esta. Você acha que isso nunca pode ser feito no seu caso? Lembre-se de que o Senhor nunca fala além de Sua linha; não há jactância com ele. Seu braço não ficou curto; Ele ainda é capaz de salvar até o fim. Quando o velho coração de pedra se foi, o Senhor pode encher o espaço vazio com as mais delicadas e sensíveis afeições, assim como Ele diz: “Eu lhes darei um coração de carne”. Por esse meio, seremos feitos para ficar em pé com temor da palavra de Deus, e vamos tremer diante dele; sentiremos também uma gratidão infantil, um amor filial e uma santa obediência. Em vez de precisar ser golpeado com um martelo, sentiremos o menor toque do dedo divino e responderemos ao chamado mais fraco da voz divina. Que mudança! Agora isso é uma questão de promessa. Veja como o verso brilha com “eu irei” e “eu irei”. O Senhor, que é capaz de executar Sua palavra, falou desta maneira, e Ele não vai fugir de Sua promessa. Mas, por favor, leia o trigésimo sétimo verso deste trigésimo sexto capítulo de Ezequiel, e marque bem. “Assim diz o Senhor... ainda nisto permitirei que seja eu solicitado pela casa de Israel.” Você não quer saber? Você não pedirá ao Senhor para fazer isso por você? Se assim for, sua oração
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começou a ser respondida. Seu desejo é um sinal de que a pedra está se abrandando e a carne está tomando seu lugar. Ó Senhor, conceda que assim seja! Creia no Senhor Jesus que Ele é capaz de fazer isso para você, e será de acordo com a sua fé. PORÇÕES DAS ESCRITURAS LIDAS ANTES DO SERMÃO - MARCOS 2: 23-28; 3: 1-7; HEBREUS 3: 7-19. Marcos – 2 1 Dias depois, entrou Jesus de novo em Cafarnaum, e logo correu que ele estava em casa. 2 Muitos afluíram para ali, tantos que nem mesmo junto à porta eles achavam lugar; e anunciava-lhes a palavra. 3 Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens. 4 E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o eirado no ponto correspondente ao em que ele estava e, fazendo uma abertura, baixaram o leito em que jazia o doente.
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5 Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados. 6 Mas alguns dos escribas estavam assentados ali e arrazoavam em seu coração: 7 Por que fala ele deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus? 8 E Jesus, percebendo logo por seu espírito que eles assim arrazoavam, disse-lhes: Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? 9 Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda? 10 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados – disse ao paralítico: 11 Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa. 12 Então, ele se levantou e, no mesmo instante, tomando o leito, retirou-se à vista de todos, a ponto de se admirarem todos e darem glória a Deus, dizendo: Jamais vimos coisa assim!
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13 De novo, saiu Jesus para junto do mar, e toda a multidão vinha ao seu encontro, e ele os ensinava. 14 Quando ia passando, viu a Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu. 15 Achando-se Jesus à mesa na casa de Levi, estavam juntamente com ele e com seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque estes eram em grande número e também o seguiam. 16 Os escribas dos fariseus, vendo-o comer em companhia dos pecadores e publicanos, perguntavam aos discípulos dele: Por que come [e bebe] ele com os publicanos e pecadores? 17 Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores. 18 Ora, os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Vieram alguns e lhe perguntaram: Por que motivo jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, mas os teus discípulos não jejuam? 19 Respondeu-lhes Jesus: Podem, porventura, jejuar os convidados para o casamento,
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enquanto o noivo está com eles? Durante o tempo em que estiver presente o noivo, não podem jejuar. 20 Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo; e, nesse tempo, jejuarão. 21 Ninguém costura remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo novo tira parte da veste velha, e fica maior a rotura. 22 Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho romperá os odres; e tanto se perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos. 23 Ora, aconteceu atravessar Jesus, em dia de sábado, as searas, e os discípulos, ao passarem, colhiam espigas. 24 Advertiram-no os fariseus: Vê! Por que fazem o que não é lícito aos sábados? 25 Mas ele lhes respondeu: Nunca lestes o que fez Davi, quando se viu em necessidade e teve fome, ele e os seus companheiros? 26 Como entrou na Casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu os pães da proposição, os quais não é lícito comer, senão
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aos sacerdotes, e deu também aos que estavam com ele? 27 E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; 28 de sorte que o Filho do Homem é Senhor também do sábado Marcos – 3 1 De novo, entrou Jesus na sinagoga e estava ali um homem que tinha ressequida uma das mãos. 2 E estavam observando a Jesus para ver se o curaria em dia de sábado, a fim de o acusarem. 3 E disse Jesus ao homem da mão ressequida: Vem para o meio! 4 Então, lhes perguntou: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la? Mas eles ficaram em silêncio. 5 Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada.
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6 Retirando-se os fariseus, conspiravam logo com os herodianos, contra ele, em como lhe tirariam a vida. 7 Retirou-se Jesus com os seus discípulos para os lados do mar. Seguia-o da Galileia uma grande multidão. Também da Judeia, 8 de Jerusalém, da Idumeia, dalém do Jordão e dos arredores de Tiro e de Sidom uma grande multidão, sabendo quantas coisas Jesus fazia, veio ter com ele. 9 Então, recomendou a seus discípulos que sempre lhe tivessem pronto um barquinho, por causa da multidão, a fim de não o comprimirem. 10 Pois curava a muitos, de modo que todos os que padeciam de qualquer enfermidade se arrojavam a ele para o tocar. 11 Também os espíritos imundos, quando o viam, prostravam-se diante dele e exclamavam: Tu és o Filho de Deus! 12 Mas Jesus lhes advertia severamente que o não expusessem à publicidade. 13 Depois, subiu ao monte e chamou os que ele mesmo quis, e vieram para junto dele.
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14 Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar 15 e a exercer a autoridade de expelir demônios. 16 Eis os doze que designou: Simão, a quem acrescentou o nome de Pedro; 17 Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer: filhos do trovão; 18 André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o Zelote, 19 e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu. 20 Então, ele foi para casa. Não obstante, a multidão afluiu de novo, de tal modo que nem podiam comer. 21 E, quando os parentes de Jesus ouviram isto, saíram para o prender; porque diziam: Está fora de si. 22 Os escribas, que haviam descido de Jerusalém, diziam: Ele está possesso de Belzebu. E: É pelo maioral dos demônios que expele os demônios.
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23 Então, convocando-os Jesus, lhes disse, por meio de parábolas: Como pode Satanás expelir a Satanás? 24 Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não pode subsistir; 25 se uma casa estiver dividida contra si mesma, tal casa não poderá subsistir. 26 Se, pois, Satanás se levantou contra si mesmo e está dividido, não pode subsistir, mas perece. 27 Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro amarrá-lo; e só então lhe saqueará a casa. 28 Em verdade vos digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e as blasfêmias que proferirem. 29 Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno. 30 Isto, porque diziam: Está possesso de um espírito imundo. 31 Nisto, chegaram sua mãe e seus irmãos e, tendo ficado do lado de fora, mandaram chamá-lo.
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32 Muita gente estava assentada ao redor dele e lhe disseram: Olha, tua mãe, teus irmãos e irmãs estão lá fora à tua procura. 33 Então, ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? 34 E, correndo o olhar pelos que estavam assentados ao redor, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. 35 Portanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe Hebreus – 3 1 Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus, 2 o qual é fiel àquele que o constituiu, como também o era Moisés em toda a casa de Deus. 3 Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a estabeleceu. 4 Pois toda casa é estabelecida por alguém, mas aquele que estabeleceu todas as coisas é Deus.
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5 E Moisés era fiel, em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que haviam de ser anunciadas; 6 Cristo, porém, como Filho, em sua casa; a qual casa somos nós, se guardarmos firme, até ao fim, a ousadia e a exultação da esperança. 7 Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, 8 não endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia da tentação no deserto, 9 onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas obras por quarenta anos. 10 Por isso, me indignei contra essa geração e disse: Estes sempre erram no coração; eles também não conheceram os meus caminhos. 11 Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. 12 Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; 13 pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim
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de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. 14 Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos. 15 Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação. 16 Ora, quais os que, tendo ouvido, se rebelaram? Não foram, de fato, todos os que saíram do Egito por intermédio de Moisés? 17 E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto? 18 E contra quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes? 19 Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade.