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quarta-feira, 6 de maio de 2020
Aflições Santificadas
A paz, a graça e
o amor de Deus sejam com todos aqueles que amam a Jesus e guardam os seus
mandamentos.
Hoje estaremos trazendo a mensagem intitulada:
Aflições Santificadas
Quando o apóstolo Paulo teve a experiência de ida ao terceiro céu, a
misericórdia de Deus havia antecedido o seu retorno, preparando para que fosse
esbofeteado por um mensageiro de Satanás, ao qual o apóstolo nomeou por
“espinho na carne”, e que ele chegou a reconhecer depois que fora necessário
para impedir que ele se exaltasse com a excelência das revelações que havia
recebido.
A graça de Jesus lhe bastou, assim como tem bastado a nós, em nossas
experiências dolorosas de ataques dos poderes das
trevas, destinadas para sermos ensinados sobre a nossa completa dependência do
suprimento da graça de Jesus para que possamos ser vencedores.
A fúria com que algumas vezes é permitido por
Deus que potestades que só podem ser expulsas por meio de jejum e oração, e
quando não temos em nós mesmos a suficiência de graça que seria necessária para
confrontá-los, podemos ainda que em nossa total fraqueza da hora, decorrente do
efeito das setas inflamadas do maligno lançadas sobre nós, recorrer ao Senhor
pedindo que nos livre do mal, e que restaure a sua força, paz e alegria em
nossos corações.
Por mais que possa parecer que não seremos
tão cedo atendidos, em razão dos maus sentimentos ou incredulidade que sentimos
durante o confronto com as trevas, é certo que o Senhor atuará, porque se
antecipou com tudo o que seria necessário para a nossa posterior libertação.
O choro poderá durar toda uma noite, mas a
alegria virá pela manhã, porque as provações que são muito duras e desferidas
pelo inferno, são controladas em seu tempo de duração pelo Senhor, que faz com
que não sejam longas, de forma que o nosso espírito não chegue a definhar.
Temos tido esta experiência ao longo de
nossos 67 anos de vida, e Deus sempre tem sido fiel em nos livrar no tempo
oportuno, e sempre deixando uma bênção após Si, e muitos ensinamentos práticos
quanto ao exercício da fé que devemos ter em Jesus, de que seja qual for a
situação, por mais insuperável que possa parecer aos nossos olhos, e mesmo
quando chegamos a pensar que tudo o que havia de bom ou salvação, chegou ao
fim, Deus sempre abre um novo começo com uma maior glória para o Seu nome, e
uma firmeza de fé maior no nome de Jesus em nossos corações. Assim diremos
junto com o salmista:
“Meu Deus virá ao meu encontro com a sua
misericórdia, Deus me fará ver o meu desejo sobre os meus inimigos.” (Salmo
59:10)
Agora, estas aflições santificadas que nos
trazem o poder divino que atua na nossa fraqueza são somente para aqueles que
conhecem ao Senhor e o buscam com um coração sincero, desejosos em servi-lo e
fazer a sua vontade.
Aflições não santificadas, que são experimentadas
por aqueles que vivem na prática do mal, mesmo que sejam crentes, não têm
participação nesta bênção, pelo menos, enquanto permanecerem em seu caminhar
extraviado. Estes, em vez da bênção da consolação, serão sujeitados ao castigo
e à disciplina de Deus, pois disciplina e corrige aqueles a quem ama.
E isto nós vemos nas palavras do apóstolo
Pedro:
“14 Se, pelo
nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa
o Espírito da glória e de Deus.
15 Não sofra,
porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou
malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem;
16 mas, se
sofrer como cristão, não se envergonhe disso;
antes, glorifique a Deus com esse nome.” (I Pe 4.14-16)
Que Deus nos guarde no seu amor, e aplique a
sua palavra aos nossos corações para que possamos viver debaixo da sua benção.
Amém.
Por Silvio Dutra
A paz, a graça e
o amor de Deus sejam com todos aqueles que amam a Jesus e guardam os seus
mandamentos.
Hoje estaremos trazendo a mensagem intitulada:
Aflições Santificadas
Quando o apóstolo Paulo teve a experiência de ida ao terceiro céu, a
misericórdia de Deus havia antecedido o seu retorno, preparando para que fosse
esbofeteado por um mensageiro de Satanás, ao qual o apóstolo nomeou por
“espinho na carne”, e que ele chegou a reconhecer depois que fora necessário
para impedir que ele se exaltasse com a excelência das revelações que havia
recebido.
A graça de Jesus lhe bastou, assim como tem bastado a nós, em nossas
experiências dolorosas de ataques dos poderes das
trevas, destinadas para sermos ensinados sobre a nossa completa dependência do
suprimento da graça de Jesus para que possamos ser vencedores.
A fúria com que algumas vezes é permitido por
Deus que potestades que só podem ser expulsas por meio de jejum e oração, e
quando não temos em nós mesmos a suficiência de graça que seria necessária para
confrontá-los, podemos ainda que em nossa total fraqueza da hora, decorrente do
efeito das setas inflamadas do maligno lançadas sobre nós, recorrer ao Senhor
pedindo que nos livre do mal, e que restaure a sua força, paz e alegria em
nossos corações.
Por mais que possa parecer que não seremos
tão cedo atendidos, em razão dos maus sentimentos ou incredulidade que sentimos
durante o confronto com as trevas, é certo que o Senhor atuará, porque se
antecipou com tudo o que seria necessário para a nossa posterior libertação.
O choro poderá durar toda uma noite, mas a
alegria virá pela manhã, porque as provações que são muito duras e desferidas
pelo inferno, são controladas em seu tempo de duração pelo Senhor, que faz com
que não sejam longas, de forma que o nosso espírito não chegue a definhar.
Temos tido esta experiência ao longo de
nossos 67 anos de vida, e Deus sempre tem sido fiel em nos livrar no tempo
oportuno, e sempre deixando uma bênção após Si, e muitos ensinamentos práticos
quanto ao exercício da fé que devemos ter em Jesus, de que seja qual for a
situação, por mais insuperável que possa parecer aos nossos olhos, e mesmo
quando chegamos a pensar que tudo o que havia de bom ou salvação, chegou ao
fim, Deus sempre abre um novo começo com uma maior glória para o Seu nome, e
uma firmeza de fé maior no nome de Jesus em nossos corações. Assim diremos
junto com o salmista:
“Meu Deus virá ao meu encontro com a sua
misericórdia, Deus me fará ver o meu desejo sobre os meus inimigos.” (Salmo
59:10)
Agora, estas aflições santificadas que nos
trazem o poder divino que atua na nossa fraqueza são somente para aqueles que
conhecem ao Senhor e o buscam com um coração sincero, desejosos em servi-lo e
fazer a sua vontade.
Aflições não santificadas, que são experimentadas
por aqueles que vivem na prática do mal, mesmo que sejam crentes, não têm
participação nesta bênção, pelo menos, enquanto permanecerem em seu caminhar
extraviado. Estes, em vez da bênção da consolação, serão sujeitados ao castigo
e à disciplina de Deus, pois disciplina e corrige aqueles a quem ama.
E isto nós vemos nas palavras do apóstolo
Pedro:
“14 Se, pelo
nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa
o Espírito da glória e de Deus.
15 Não sofra,
porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou
malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem;
16 mas, se
sofrer como cristão, não se envergonhe disso;
antes, glorifique a Deus com esse nome.” (I Pe 4.14-16)
Que Deus nos guarde no seu amor, e aplique a
sua palavra aos nossos corações para que possamos viver debaixo da sua benção.
Amém.
segunda-feira, 4 de maio de 2020
Sob a Graça para Viver na Lei de Jesus
A graça, a paz e o amor de
Deus sejam com todos aqueles que amam a Jesus e guardam os seus mandamentos.
Estaremos apresentando uma nova mensagem sob o
título:
Sob a Graça para Viver na Lei de Jesus
Quando Deus criou o primeiro homem, ele sabia que
tanto ele quanto toda a sua descendência ficariam encerrados sob o pecado,
porque iriam muito além da obediência aos mandamentos restritivos, como por
exemplo, quanto à cobiça, à glutonaria, à luxúria sexual etc. e ficariam muito
aquém da obediência aos mandamentos que exigem aumento e crescimento, como por
exemplo no amor, na bondade, etc.
O que fez então Deus para que o homem pudesse
atender ao propósito da sua criação, para ser à Sua imagem e semelhança,
sobretudo em santidade moral e espiritual?
Ele primeiro revelou o Seu próprio caráter e
vontade, mediante a lei, para que o homem conhecesse a sua completa miséria
espiritual. A lei seria então um servo para nos conduzir a buscar um Salvador
que nos libertasse dessa condição, e que não somente fizesse expiação pelo nosso
pecado sendo um sacrifício e sacerdote para nós, de modo a reconciliar-nos com
Deus, bem como provendo-nos de uma nova natureza santa, pela qual somos
aperfeiçoado em santidade por sucessivas infusões de graça, para que a verdade seja
implantada em nós, para satisfação da justiça divina.
Assim, o fim, o propósito da lei é o próprio Jesus
Cristo, para a justificação daqueles que nele creem, pois é nele que Deus fez
habitar toda a plenitude para nos prover tudo o que é necessário para sermos
salvos e santificados.
Para bem entender este assunto é muito importante o
testemunho que o próprio João Batista deu de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele
disse:
“16 Porque
todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre
graça.
17 Porque a
lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a
verdade vieram por meio de Jesus Cristo.” (João 1.16,17).
João foi o último profeta representante do Velho Testamento, ou Antiga
Aliança, e ao ser colocado para fazer a transição do Velho para o Novo, ele
afirma que a plenitude da vida divina está concentrada em Jesus Cristo, e que
esta plenitude é comunicada aos crentes pela graça e pela verdade que nos é
dada por meio de Jesus, enquanto que na dispensação do Velho Testamento, apenas
a Lei foi dada por intermédio de Moisés, e não havia na Lei a promessa da
habitação do Espírito Santo nos que cressem. Isto foi prometido para ser
cumprido por Jesus Cristo, depois de sua morte e ressurreição.
A Lei de Moisés ensinava e profetizava acerca da verdade de que a
cobertura do pecado somente poderia ser feita por meio de um sacrifício
cruento. Isto estava tipificado nas várias prescrições e ordenanças relativas
aos sacrifícios que deveriam ser apresentados na presença dos sacerdotes, para
a aceitação do povo de Israel por Deus. Assim, aqueles que se converteram no
período do Velho Testamento, foram aqueles que foram cobertos pelo sacrifício
de Jesus, do qual eles davam o testemunho de crerem nele para serem perdoados,
nos sacrifícios de animais que eles apresentavam segundo as exigências da Lei.
Quando Jesus morreu na cruz deu-se cumprimento à Lei do sacrifício, e
assim, aqueles sacrifícios de animais foram removidos, uma vez que não era por
eles que o pecado era coberto, pois eram apenas representativos do único e
grande sacrifício que tira o pecado do mundo, a saber, o de Jesus.
A Lei de Cristo à qual o apóstolo Paulo se refere, (I Cor 9.21, Gál 6.2)
que os crentes devem observar e cumprir por estarem sob a graça do Senhor, apesar
de incluir a lei de Moisés, em seu significado moral e espiritual, inclui
também uma nova ordem de culto e adoração a Deus, em espírito e em verdade, sob
as condições da graça revelada no evangelho.
Esta lei de Jesus determina a morte do velho homem, para que surja a
nova criatura, que deve negar o seu ego e carregar a cruz diariamente, vivendo
não mais pela própria energia da carne, mas pela vida ressurreta de Jesus.
A lei de Jesus leva o crente a viver não mais pela própria justiça, mas
pela justiça do seu Senhor, que lhe sendo imputada na justificação, há de ser
implantada na regeneração e no processo da santificação operados pelo poder do
Espírito Santo.
Assim, a graça e a fé confirmam e não anulam a lei, mas o crente não é
governado pela lei que foi escrita na pedra, mas pela lei que é escrita em sua
mente e coração pelo poder de Deus.
Daí se dizer que não se encontra sob a lei, mas sob a graça, de maneira
que não é mais o pecado o senhor que o
governa, mas a graça de Jesus.
A inclinação, o pendor que antes da conversão era para a carne, para a
natureza decaída no pecado, agora é para o Espírito Santo.
O sentido
santo e espiritual da lei eterna que foi revelada e dada através de Moisés, é
plenamente aberto e entendido quando nos encontramos sob a graça de Cristo. E a
lei que antes se encontrava na fria pedra, agora se encontra no coração do
crente.
Assim, apesar de não mais estarmos sob a lei e a
maldição da lei, porque não estamos mais casados com ela, mas com Jesus, o
nosso novo esposo que nos resgatou da maldição, todavia não estamos
desobrigados de observar e amar a lei, porque procede de Deus e é santa, boa e
espiritual.
Mas alguém indagará: “Porventura alguém pode viver
perfeitamente segundo a lei enquanto viver neste mundo?”
A resposta para esta indagação é que a perfeição
será total no porvir, mas para diversos propósitos, Deus não nos provê uma completa
medida de graça aqui embaixo, pela qual poderíamos ser perfeitos, pois ele quer
que aprendamos o quanto dependemos de Jesus e da graça que nos é comunicada
segundo a nossa fé e obediência. Além disso, a aliança que o Pai fez com o
Filho prevê que ele seria longânimo para com as nossas fraquezas e
transgressões, na medida em que as confessássemos e abandonássemos, para andar
de modo santo perante ele. Assim, a nossa perfeição é evangélica, porque é
Jesus que reponde como Fiador da aliança por todas as nossas imperfeições, de
maneira que sejamos aceitos pelo Pai, a par de ainda sermos imperfeitos neste
mundo.
Então nos é dito pelo apóstolo:
“19 Porque eu,
mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou
crucificado com Cristo;
20 logo, já não sou eu
quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne,
vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” (Gál
2.19,20).
Assim, estando em Cristo, quanto ao julgamento que é
pela lei, já não estamos mais sob este juízo, porque somos considerados por
Deus, por termos a justiça de Jesus, como tendo exigido a todas as exigências
da lei. Por isso que apesar de sermos corrigidos por nossos pecados presentes,
todavia não mais seremos condenados eternamente por causa deles, pois Jesus
pagou o preço total exigido pela justiça divina, para a nossa redenção.
Esta é a base da nossa confiança em podermos nos
aproximar de Deus no Santo dos Santos celestial, porque o sangue de Jesus é
quem nos garante a referida aproximação.
Temos então aqui, uma nova aliança, uma nova lei
estabelecida por Deus para aqueles que creem em Jesus. A lei do espírito e de
vida que vence a lei do pecado e da morte. É por essa nova lei que a alma que
pecar, necessariamente não morrerá, como na antiga dispensação, porque por meio
do arrependimento, da confissão e da fé em Jesus, encontrará o perdão e favor
de Deus, por causa da obra realizada por Jesus na cruz.
Mas, a importância da lei moral não é removida em
face desta nova dispensação inaugurada por Jesus.
Alguém já disse corretamente que a bondade de Deus aparece na prescrição de
regras para a preservação da sociedade humana.
A lei moral consiste, senão de dez preceitos, e há mais deles ordenados
para o apoio da sociedade humana, do que para a adoração e honra de Deus (Êx
20: 1, 2); quatro para os direitos de Deus e seis para os direitos do homem e
sua segurança em sua autoridade, relações, vida, bens e reputação. Superiores
não devem ser desonrados, a vida não deve ser invadida, a castidade não deve
ser manchada, bens não devem ser roubados, o bom
nome não deve ser infamado por falso testemunho, nem nada pertencente a nosso
próximo deve ser cobiçado; e em toda a Escritura, não apenas aquilo que foi
calculado para os judeus, mas compilado para todo o mundo; Deus fixou regras
para ordenar todas as relações, magistrados e súditos; pais e filhos; maridos e
esposas; mestres e servos; ricos e pobres, encontram suas distintas
qualificações e deveres.
Haveria um estado paradisíaco, se os homens
tivessem a capacidade de observar o que Deus tem a bondade de ordenar para
fortalecer os tendões da sociedade humana; o mundo não iria gemer sob a
opressão dos tiranos, nem os príncipes tremeriam sob os súditos descontentes,
ou poderosos rebeldes; os filhos não seriam provocados à ira pela
irracionalidade de seus pais, nem os pais se afundariam sob a tristeza pela
rebelião de seus filhos; os senhores não tiranizariam sobre os mais humildes de
seus servos, nem os servos invadiriam a autoridade de seus senhores.
Esta condição de mútua submissão e
responsabilidade é o que garante a harmonia e paz perfeitas que existem no céu.
O pecado roubou da humanidade a possibilidade
de se viver isto em perfeição neste mundo, mas os que creem em Cristo são
restaurados e vocacionados para se exercitarem na obediência às autoridades,
bem como a todas as demais ordenanças divinas, e tudo isto por meio da graça de
Jesus, e movidos pelo temor e amor a Deus.
Se alguém diz ser professante da fé em
Cristo, e não se importa com os seus mandamentos, em observá-los e cumpri-los,
tal pessoa deveria questionar se é de fato dotada da fé salvadora, que nos
inclina de um procedimento carnal e mundano, para um espiritual, celestial e
divino.
Cristo, apesar de ter resgatado o seu povo de
debaixo da maldição da lei, para que sejam governados pela sua graça, tem
todavia, lei para serem cumpridas por eles, com toda a diligência e temor.
De modo que é aos puros de coração que é
prometida a bem-aventurança de verem a Deus.
Somente aqueles que se purificarem, sendo
santificados pela Palavra, mediante aplicação do Espírito Santo, podem ser
vasos de honra para o uso de Deus, conforme dizer do apóstolo Paulo em II
Timóteo 2.20 a 22.
A salvação é pelo poder da graça e por meio
da fé, exatamente para o propósito de sermos transformados à imagem e
semelhança de Jesus, sobretudo quanto à sua santidade e o seu caráter, de modo
que isto é expressado por um procedimento de nossa parte que seja obediente aos
seus mandamentos, para que a vida do próprio Jesus se manifeste em nós em
medidas cada vez maiores.
Até porque, de nós mesmos, pelo nosso próprio
poder e capacidade jamais poderíamos viver de modo agradável a Deus. Tudo o que
viermos a ser e a fazer que seja segundo a Sua santa vontade, será sempre
devido exclusivamente à operação da graça.
Todo bom pensamento, toda boa palavra, toda
boa obra, sempre será resultante desta operação sobrenatural da graça de Jesus.
Nosso louvor, nossa adoração, nossas orações,
enfim, tudo o que fizermos e que for recebido por Deus como oferta de aroma
suave, será sempre pela atuação da graça em nós.
Que Deus nos guarde no seu amor, e aplique a
sua palavra aos nossos corações para que possamos viver debaixo da sua benção.
Amém.
sábado, 2 de maio de 2020
sexta-feira, 1 de maio de 2020
quinta-feira, 30 de abril de 2020
quarta-feira, 29 de abril de 2020
sábado, 25 de abril de 2020
quinta-feira, 23 de abril de 2020
quarta-feira, 22 de abril de 2020
COMO DEVEMOS EXERCITAR A GRAÇA PARA SERMOS FORTALECIDOS?
A paz, a graça e o amor de Deus sejam com todos
aqueles que amam a Jesus e guardam os seus mandamentos.
Estaremos apresentando uma nova mensagem de autoria
de John Owen, na qual ele responde a crises de consciência quanto a sabermos
como exercitarmos a graça para que sejamos fortalecidos por ela.
Ele apresenta a seguinte pergunta:
Como podemos fazer uso de Cristo
para o exercício da graça; isto é, para que possamos ter a graça fortalecida e
estarmos prontos para toda boa obra? Ou: Como podemos fazer aplicação a Cristo,
para que possamos receber graça dele para cobrir possíveis decadências?
Resposta. Penso que a orientação
dada pelo próprio Salvador é tão clara e se encaixa com a nossa experiência,
que não precisamos olhar muito mais longe.
Ele disse: "A menos que você
permaneça em mim, não poderá dar frutos." O negócio a que visamos é dar
frutos; que consiste tanto nos atos internos e vigorosos da graça, quanto no
desempenho dos deveres externos - para ser fiel em nossas mentes e almas, bem
como em nossas vidas. "O caminho para isso", diz nosso Salvador,
"é 'Permaneça em mim'." E, a menos que o façamos, ele nos diz
claramente: façamos o que quisermos, "não podemos dar frutos", no que
toda a nossa fecundidade depende de permanecermos em Cristo. Não se pode dizer
muito mais sobre esse assunto, senão perguntar o que é permanecer em Cristo.
Certamente, não é um mero não
sair de Cristo; como dizemos, que um homem permanece quando não vai embora.
Pois espero que, apesar de todas as decadências de que nos queixamos e de falta
de frutos, ainda não tenhamos deixado Cristo. Até agora, nele permanecemos,
como o ramo permanece na raiz, de onde tem sua comunicação e suprimentos.
Portanto, há algo em particular
incluído nessa permanência em Cristo, habitando em Cristo, e Cristo habitando
em nós.
E parece haver isso nisto - que
permanecer em Cristo, é estar sempre perto de Cristo, na companhia espiritual
de Cristo e na comunicação com Cristo. Não está em um ato nu e essencial de
crença, pelo qual somos implantados em Cristo, e não sairemos dele; mas há algo
de uma atividade espiritual especial da alma nesta permanência em Cristo: é
permanecer com ele e em sua presença.
E como essa permanência com
Cristo deve ser por alguns atos de nossa alma, consideremos quais são esses
atos; o que pode dar um pouco mais de luz sobre esse assunto. E, primeiro, deve
ser, certamente, por algum ato de nossa mente.
Em segundo lugar, por algum ato
de nossas vontades.
Terceiro, por algum ato de nossas
afeições.
Isto que Owen diz é muito
importante, porque não são poucos os crentes que pensam que permanecer em
Cristo é simplesmente crer nele e pensar nele, sem levar em conta que isto deve
ser comprovado pela nossa conduta santa em cumprimento dos seus mandamentos,
como ele mesmo definiu que é seu discípulo somente aquele que permanece na sua
Palavra, e que demonstra nas ações práticas da vida, uma obediência e amor a
ele maior do que aquele que devota aos seus entes queridos, e não somente isto,
mas também renunciando a tudo o que deve ser deixado para que Deus possa se
agradar de nós.
E isso o próprio Owen, confirma
dizendo:
E assim permanecemos com Cristo;
que é certamente o caminho para produzir frutos.
Primeiro. Há uma permanência com
Cristo em nossas mentes. Agora isso, para mim, consiste na contemplação e nos
pensamentos sobre ele noite e dia: "Busquei-o na minha cama à noite",
diz a esposa em Cantares; - consiste em considerar muito a pessoa de Cristo,
contemplar sobre ela como investido em seu glorioso ofício, e como confiado e
designado pelo Pai para esta obra. “Todos nós”, diz o apóstolo, “de rosto
aberto contemplando a glória do Senhor como em um espelho, somos transformados
na mesma imagem de glória em glória, pelo Espírito do Senhor.”
Meus irmãos, aquilo que você e eu
estamos almejando deve ser “transformado na mesma imagem”; isto é, à imagem e
semelhança da glória de Deus em Cristo.
E nisto, Owen não está nos
indicando algo de sua própria autoria, mas o que está claramente revelado nas
Escrituras, que em todo o tempo discorrem sobre a santidade de Deus e o nosso
dever de estar sempre santificados por Ele, por meio da prática da Sua Palavra.
E Owen prossegue:
Ouso dizer corajosamente, por
aqueles de nós que têm motivos para ter apreensões diárias de sair do mundo e
deixar esse estado de coisas, que não temos maior desejo, nem há algo mais
frequente em nossas mentes do que isto, para que possamos ser cada vez mais
transformados nessa imagem antes de sairmos deste mundo; pois estamos cuidando
da perfeição à semelhança de Cristo.
Portanto, gerações de cristãos,
darão testemunho de que não há nada agora que mais ansiamos do que ser cada vez
mais transformado na imagem e semelhança de Cristo. Como chegaremos a isso?
Por que, diz ele: “O caminho é,
olhar firmemente para Cristo, como um homem olha com um vidro óptico para um
objeto a uma grande distância. “Nós o contemplamos", diz ele, "olhando
firmemente para o próprio Cristo e para a glória de Deus nele". Agora, há
um maravilhoso objeto grande para ser contemplado; pois quando você olha para a
glória de Deus em Cristo, você tem o que deseja de Cristo para o objetivo de
seus olhos e vista; a pessoa de Cristo, o ofício de Cristo, o mérito de Cristo,
o exemplo de Cristo, a morte de Cristo e o que você deseja, para que você tenha
muita intenção em seus pensamentos e mentes, para estar em muita contemplação
imediata sobre Cristo.
Eu não sei como vocês o entendem,
irmãos; mas é o conselho que eu daria a vocês que são cristãos idosos, e
provavelmente não continuarão muito tempo neste mundo, a se exercitarem em
contemplações imediatas sobre Cristo. Todos os ensinamentos que você recebeu
dos ministros, o principal objetivo deles foi capacitá-lo a isso; e realmente,
se eu souber de alguma coisa, nós as encontraremos acompanhadas de um doce
poder transformador, além do que experimentamos de outras maneiras e deveres.
"Seremos transformados na mesma semelhança."
Bem, então, permanecemos com
Cristo nos atos de nossa mente, pela imediata reflexão e contemplação sobre
Cristo à noite, e em nossos leitos, e em nossas caminhadas, e às vezes nos retiramos
para meditar. Estamos trabalhando por uma visão intuitiva de Cristo; isto é,
uma visão direta na contemplação de Cristo.
Em segundo lugar. Se você
permanecer com Cristo, também deve haver um ato de sua vontade; e isto deve ser
com grande diligência e cuidado com a obediência que Cristo exige, em todas as
instâncias dela.
Esta é uma ótima maneira de
permanecer com Cristo, quando trabalhamos para ter nossas vontades prontas a
todos os casos de obediência que Cristo exige de nossas mãos. Que essa seja a
questão, se é a vontade de Deus que devemos fazer isso ou não? E se for assim,
ore, esteja pronto para mostrar que cumprimos com Cristo, rendendo-lhe
obediência alegre e voluntária neste caso e dever que ele nos chama; e assim em
todas as outras coisas.
Eu gostaria que cada um de nós
pensasse frequentemente sobre esse assunto - o que Cristo exige de mim
pessoalmente, de uma maneira de dever e obediência. E eu gostaria que trabalhássemos
para ter em grande prontidão todas as coisas que Cristo exige de nós. E,
especialmente, irmãos, eu teria isso prontamente, que Cristo exige que eu ande
com muita cautela e disciplina - para me manter longe de manchas, poluição e
impurezas, em relação ao mundo. Isso Cristo exige em todos os momentos, em
todos os casos e em todas as ocasiões. O que estamos pregando? Sob que professores
nos instruímos? Tudo o que deve ser ensinado a você é que deve conhecer todas
as instâncias do dever, que Cristo exige de suas mãos. E “se você sabe dessas
coisas, feliz é você se as pratica.”
Este é o seu fruto - uma
contemplação direta sobre Cristo; em que eu imploraria que você e minha própria
alma pudessem encontrar mais abundância, enquanto estivermos neste mundo (e
você encontrará que Cristo, no cumprimento deste dever, fará abordagens muito
próximas e visitas frequentes a seus corações, - mais no cumprimento deste
dever do que em qualquer outro); e ter nosso coração pronto para obedecer a
todo exemplo de obediência que Cristo exige de nossas mãos.
Em terceiro lugar. Há uma
permanência com Cristo no ponto de afeto. Pode haver amor e prazer em todas
essas coisas; se não houver, contemplações muito espirituais serão um peso. Não
há dever que é exigido de qualquer homem neste mundo tão espiritual, tão
celestial, de modo evangélico, que por falta de amor e prazer, um homem não possa
ser negligente na realização do mesmo. Posso me comprometer a fazê-lo nesta
hora ou naquela hora, e não ter nenhum benefício para minha própria alma, nem dar
glória a Deus, se não houver amor e deleite nele.
Eles adoçarão o dever e
refrescarão o coração de Deus e do homem, Cristo e nós. Portanto, trabalhem,
irmãos, e orem grandemente por isso, para que possam se deleitar em Cristo,
para encontrar nele uma doçura e um refrigério, e para que toda ocasião de
retiro para Cristo traga um tipo de alegria espiritual para seus corações.
Agora você tem uma grande oportunidade,
tendo sacudido as ocasiões da vida e outras preocupações, de habitar com
Cristo; - agora é uma boa hora para permanecer nele.
Nunca devemos esquecer que uma
andar na graça de Jesus é o que gera a paz. Paz com Deus, com nós mesmos e com
nossos irmãos na fé. E a doçura da paz, por sua vez, gera aquela alegria
espiritual que nada e ninguém pode destruir. E tudo isto procede de um coração
puro, de uma boa consciência e de uma fé não fingida. Aqui estão o amor e a
vida eterna, que não podem ser experimentados de qualquer outra forma, senão a
de permanecer na graça de Jesus, crescendo nela dia a dia.
E todas estas coisas são geradas
em nós pelo poder de Deus, segundo as operações do Espírito Santo em nossos
corações.
Vivamos e andemos pois, em todo o
tempo, no Espírito Santo, para que ele realize a sua obra transformadora em nós,
e nunca deixemos qualquer pecado sem ser confessado e abandonado, pois um viver
que admite o pecado é aquele que entristece o Espírito e apaga as suas operações
abençoadoras e consoladoras.
Vivamos pois, em verdadeira
santidade de corpo, alma e espírito.
Que Deus aplique esta palavra aos
nossos corações, em nome de Jesus, amém.
COMO SABEMOS SE NOS CONVERTEMOS DE FATO A DEUS?
A graça, a paz e o amor de Deus sejam com todos
aqueles que amam a Jesus e guardam os seus mandamentos.
Estaremos apresentando uma nova mensagem de autoria
de John Owen, na qual ele responde a casos de consciência quanto a sabermos se
nos convertemos de fato ou não a Deus.
Ele apresenta a seguinte pergunta:
Vendo que o ato de fechar com
Cristo é secreto e oculto, e os tempos e épocas especiais de nossa conversão a
Deus são desconhecidos para a maioria, quais são as evidências e promessas mais
certas de que cordial e sinceramente recebemos a Cristo e nos convertemos a
Deus?
Resposta. Eu reconheço que a
investigação é muito grande. Falarei claramente apenas algumas coisas que para
mim são uma evidência de uma conversão sincera a Cristo.
Primeiro. Quando houver
permanência na escolha que fizemos de Cristo, não obstante a oposição que é
feita a ela, teremos certeza de que nos convertemos de fato. Eu não falo com a
natureza da escolha, ou os meios dela, - como a mente está preparada para isto;
mas falo aos mais pobres, aos mais fracos do rebanho, que podem estar se perguntando
se fizeram ou não uma escolha sincera de Cristo: digo: eles podem tentar
permanecer na sua escolha contra toda oposição.
E existem dois tipos de oposições
que nos tentarão e nos abalarão, quanto à nossa escolha:
1º. Oposição contra acusações de
culpa pelo pecado e pela lei.
2º. Oposição das tentações ao
pecado, pois:
1. Mesmo depois de crer e fechar
com Cristo, haverá muitas acusações pesadas trazidas contra a alma provindas da
lei, e da culpa do pecado na consciência. Agora, nesse caso, a pergunta é: como
a alma pode permanecer firme quando é atacada? Por que, verdadeiramente, se um
homem tiver apenas meras convicções, com fracas impressões trêmulas da culpa do
pecado, ele estará muito pronto e inclinado em sua própria mente para se atirar
sobre algum outro alívio. Eu sei disso com alguns; e sei por experiência, que quando
o vento se pôs muito forte dessa maneira comigo - quando a culpa do pecado foi
carregada com todas as suas circunstâncias - a alma dificilmente conseguiu
manter-se segura, mas, apesar de resolvida, dizendo: “confiarei em Cristo”,
todavia ela tem se empenhado em agir por si mesma, dizendo: “Preciso remediar
isso; - ter alívio disso por mim mesmo; não posso cumpri-lo e viver
inteiramente em Cristo; e quando a tempestade acabar, então irei para o alto mar
novamente." Eu digo, isso não é um bom sinal para mim quando as coisas são
assim; senão quando uma alma, em todas as acusações com que por vezes se
depara, permanece firme dizendo: "Aqui confiarei em Cristo, ainda que o
pior aconteça comigo"; - a isto chamo de permanência na nossa escolha
contra a oposição. Espero que você tenha experiência nisso.
2. Em segundo lugar, deve haver
uma permanência em nossa escolha de Cristo contra tentações ao pecado, bem como
contra as acusações do pecado. Na verdade, o primeiro - de permanecer com
Cristo contra as acusações do pecado - é nosso trabalho diário Mas também há
tentações para o pecado - pode ser por negligência de nosso dever ou por prática
de qualquer conduta má (à qual estamos sujeitos no corpo); e talvez grandes
pecados.
Aqui a resposta de José, aplicada
ao crente, é aquela que afirma que nossa escolha de Cristo é sincera:
"Como devo praticar essa grande iniquidade e pecar contra Deus?"
Quando a alma pode extrair um argumento predominante disso: "Como devo
fazer isso e abandonar meu Senhor Jesus Cristo?" - “Não farei isso contra
aquele a quem escolhi!” - este é um bom argumento, se reiterado com frequência,
de que nossa escolha de Cristo é sincera.
Em segundo lugar. Crescer em amor
à pessoa de Jesus é uma grande evidência para mim de uma escolha sincera de Cristo.
É um campo abençoado que está diante de mim, mas eu apenas sugerirei coisas
para você.
Quando a alma recebeu a Cristo,
não pode deixar de estudá-lo ; e embora não seja argumento contra a sinceridade
da fé e graça de um homem, que ele considere principalmente os ofícios e graças
de Cristo, e os benefícios que temos por ele, ainda é um argumento contra a salvação
e o desenvolvimento dela: pois uma fé e graça prósperas respeitarão
principalmente à pessoa de Cristo.
Eu queria dizer isso: - quando a
alma estuda a pessoa de Cristo, - a glória de Deus nele, - de suas naturezas
humana e divina, da união delas em uma pessoa, - de seu amor, condescendência e
graça; e o coração é atraído para amá-lo e clama: "Sem dúvida conto todas
as coisas, como perdas e estrume, pela excelência de Cristo Jesus, meu
Senhor". Ver uma excelência, uma conveniência na pessoa de Cristo, de modo
a crescer em admiração e amor a ele, é para mim uma evidência de que, quando
tudo falhar além, apoiará muito a alma e a convencerá de que sua escolha é
verdadeira. Isto é uma das evidências
mais espirituais; pois questiono muito se um homem não regenerado pode amar a
Cristo por seu próprio bem. Mas é um bom sinal de crescimento, quando nosso
amor à pessoa de Cristo cresce, quando meditamos muito sobre isso e pensamos
muito sobre isso. Eu poderia mostrar-lhe em que mais a beleza da pessoa de
Cristo consiste; mas não tenho tempo agora para fazê-lo.
Aqui, devemos abrir um parêntesis
nas palavras de Owen, para considerar que o estas coisas que ele diz, não são
absolutas, pois, como ele mesmo admite, esta é uma investigação muita ampla e
que contém muitos ângulos, a saber, esta de alguém concluir por evidências se é
de fato ou não um cristão.
Antes de tudo devemos lembrar que
o Espírito Santo testifica junto com o nosso espírito que somos filhos de Deus,
quando somos justificados e regenerados.
Além disso, há, sobretudo em
nossa época, por um ensino nas próprias igrejas quanto ao modo como o pecado
deve ser tratado, admitindo-se que um crente pode conviver com determinados
tipos de pecado, e prosseguir normalmente em sua vida cristã, e isto dificulta
e muito a verificação da evidência de que há um trabalho real da graça no
coração do crente, quanto à mortificação de pecados, porque estes não poderão
ser removidos onde são assim admitidos com naturalidade. Daí haver tantos
crentes carnais e mundanos em nossos dias, por desconhecerem a necessidade real
da santificação e do trabalho de mortificação de pecados, que é uma das partes
dela.
Ora, mas quando um destes crentes
é submetido a uma pregação consistente e densa contra o pecado e da posição
santa que deve se esforçar para obter em Cristo, ele poderá ser trabalhado pela
graça de Deus, e assim verificará o seu poder real para nos libertar do pecado,
e em consequência terá uma evidência
mais firme em si mesmo que de fato pertence a Cristo e é convertido a ele.
Isto pode ser comprovado pelas
seguintes palavras de Owen, na continuação que ele dá a este assunto.
Em terceiro lugar. Outra evidência
para mim de que a alma fez uma escolha sincera de Cristo é quando continua a
aprovar, julga bem e, todos os dias, vê cada vez mais a glória, a excelência, a
santidade, a graça, que está no caminho da salvação por Jesus Cristo; aprova
isso como não apenas um caminho necessário, - um caminho a que se propôs,
porque deve inevitavelmente perecer de qualquer outro modo -, mas quando o
aprova como o caminho mais excelente, perdoando pecados livremente pela
expiação que ele fez, e a imputação de sua justiça a nós, - enquanto a justiça,
a santidade e a graça de Deus em tudo isso são glorificadas.
A alma diz: “Que criatura cega e
miserável eu era, que não via excelência antes! Isto é melhor do que o caminho
da lei e a antiga aliança. Eu aprovo esse caminho com todo o meu coração. Se
todos os outros caminhos fossem apresentados a mim, e tornados possíveis, eu
escolheria esse caminho, de ir a Deus por Jesus Cristo, como o melhor caminho -
que traz mais glória a Deus e mais satisfação à criatura, e é o mais adequado.
para os desejos do meu coração, eu não teria outro caminho. Jesus diz: “Eu sou
o caminho, a verdade e a vida”, e isso eu respeitarei, aconteça o que acontecer
comigo”, responde a alma; “Embora eu deva perecer, eu o respeitarei, pois Deus
me deu tal descoberta da glória de salvar pecadores por Cristo. Vejo nela a
glória de Deus, a exaltação a Cristo, a quem eu amarei, a honra ao Espírito
Santo e a segurança à minha própria alma, que eu respeitarei.” Um crescimento
na aprovação dessa maneira dá alguma garantia de que fizemos uma escolha
verdadeira e sincera de Cristo.
Deixe-me acrescentar mais uma
coisa:
Quarto. Que um deleite na
obediência a Deus por Cristo, nos caminhos de sua própria nomeação, é uma
grande evidência de que escolhemos Cristo, e ele a nós; - o escolhemos como
nosso rei, profeta e sacerdote. Os caminhos da adoração a Deus em sua igreja e
ordenanças, são os caminhos de adoração a Deus em Cristo, a quem ele designou.
Tome essas coisas absolutamente e
em si mesmas, e devemos estar aptos a dizer sobre elas, como foi dito sobre
Cristo: "Não há beleza nelas, nem glória, que elas sejam desejadas".
Há muito mais beleza externa e glória de outras maneiras, que Cristo não
designou. Mas se amamos os caminhos que Cristo designou, porque ele os
designou, então escolhemos esses caminhos porque o escolhemos para ser nosso
rei; e é isso que lhes dá beleza e vida. E quando os caminhos da nomeação de
Cristo se tornam pesados e onerosos para nós, estamos cansados deles e dispostos a ter o pescoço debaixo do
jugo - é um sinal de
que nos cansamos daquele que é o autor deles; e este é um grande sinal de que
nunca fizemos uma escolha certa e sincera dele.
Muitas outras coisas podem ser
oferecidas como evidências de um fechamento sincero com Cristo; mas estas são
algumas que me foram úteis: e espero que sejam assim para alguns de vocês. Em
nome de Jesus amém.
Quanto às evidências apontadas
por Owen, gostaríamos de acrescentar para nossa reflexão o que se chama de
estado ou estrutura ruim da alma, que sendo prolongado ou permanente, é uma das
maiores evidências de que não somos convertidos realmente.
Quando um crente peca, e seja
qual for a forma do seu pecado, isto faz com que imediatamente o Espírito Santo
se entristeça e apague as suas operações abençoadoras e consoladoras sobre a
alma, e assim esta entra nesta condição de estado ou estrutura ruim, em que não
sente prazer em se aproximar de Deus e de nada do que for espiritual e santo. A
luz que antes amava e buscava é agora repelida pela alma, pois se acomoda à
condição de trevas em que se acha agora.
Neste ponto, duas coisas
principais podem acontecer: ou o crente confessa o pecado e o abandona, para
recuperar a condição abençoada de sua alma, ou ele se acomoda à situação ruim
em que se encontra, e isto será acompanhado de outros pecados que agravarão o
seu caso, como os de negligência, de fraqueza de ânimo, de comunicação e
consentimento com as obras das trevas, e muitos outros. De maneira, que quanto
maior for o tempo em que permanecer nisto, tanto maior será a dificuldade para
a sua recuperação.
A vida de fé que é vitoriosa
impõem-nos então que haja constantes oposições ao pecado e humilhações diante
de Deus, para que nos perdoe e restaure. Com isto a fé é exercitada e fortalece
a nossa confiança no poder e amor do Senhor para nos livrar.
Mas, quando o próprio ensino
teológico da época em que temos vivido, não aponta para a necessidade de se
fazer uma luta diária contra o pecado, o diabo e o mundo, muitos chegam a
considerar erroneamente que o viver carnal e mundano é a condição normal da
vida cristã, quando na verdade é o oposto dela, e o fator principal
determinante da morte espiritual e da cessação da comunhão com Deus. Assim, não
é sem motivo que a Bíblia sempre nos exorte à vigilância, à oração e meditação
constantes, à mortificação do pecado, à negação do ego, ao carregar diário da
cruz, entre muitos outros deveres que não sendo cumpridos com diligência,
acabaremos por ser achados no estado ou estrutura ruim de alma a que nos
referimos anteriormente.
Que Deus possa aplicar esta
palavra aos nossos corações, em nome de Jesus, amém.
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