sábado, 31 de agosto de 2019

O Futuro Glorioso da Igreja





O Futuro Glorioso da Igreja




Por
Silvio Dutra




Ago/2019










 












A474
    Alves, Silvio Dutra         
          O futuro glorioso da Igreja               
          Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019.               
          128p.; 14,8 x21cm       

    1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. John Angell James.        
I. Título.

                                                                 CDD 252          





Nós mesclamos neste livro os capítulos do profeta Isaías que se referem especificamente ao futuro glorioso da Igreja, com citações relativas ao estado da Igreja nos dias de John Angell James, que viveu de 1786 a 1859, conforme registradas pelo próprio. 
Em sua autobiografia, Spurgeon escreveu:
"Em uma primeira parte de meu ministério, enquanto era apenas um menino, fui tomado por um intenso desejo de ouvir o Sr. John Angell James, e, apesar de minhas finanças serem um pouco escassas, realizei uma peregrinação a Birmingham apenas com esse objetivo em vista. Eu o ouvi proferir uma palestra à noite, em sua grande sacristia, sobre aquele precioso texto, "Estais perfeitos nEle." O aroma daquele sermão muito doce permanece comigo até hoje, e nunca vou ler a passagem sem associar com ela os enunciados tranquilos e  sinceros daquele eminente homem de Deus."
John Angell James cumpriu seu ministério no tempo imediatamente posterior aos grandes avivamentos havidos tanto na Inglaterra, quanto nos EUA, que inspiraram a criação de várias Sociedades Bíblicas e Missionárias, tendo o evangelho feito um considerável avanço naquele período, sendo que ainda haveria de conquistar o Centro-Sul da África, pois o Norte permanecia como até hoje sob o Islamismo, e avançaria em outras partes da América Latina, havendo ainda muito a ser feito para que fosse pregado em todas as nações.
Ele não testemunhou ao que tem chegado a ser a Igreja em nossos dias, mas o mover do Espírito Santo já lhe indicava uma colheita promissora de almas em todas as partes da Terra, pois aprouve a Deus enviar a Igreja para a salvação dos Seus eleitos, aonde quer que eles sejam encontrados neste mundo.
Com o advento da Internet e das transmissões via satélite não há recanto na Terra que não possa ser alcançado com a mensagem do evangelho de Jesus Cristo.
Cremos que está bem próxima a hora do Seu retorno em poder e grande glória para o estabelecimento do Seu Reino na Terra em sua forma final e visível.
Maranata! Ora vem Senhor Jesus!
O livro do profeta Isaías é chamado de evangelho segundo Isaías, porque sua mensagem é dirigida especialmente à Igreja sob a Nova Aliança com Jesus, o Messias prometido para a salvação do mundo, e não especificamente e unicamente com a nação de Israel, que permaneceria endurecida até que se completasse a entrada dos gentios eleitos no reino de Deus. O endurecimento de Israel será removido somente por ocasião da segunda vinda de Jesus, para livrá-los de serem destruídos pelo Anticristo.
Milhões de espíritos desencarnados e aperfeiçoados encontram-se neste momento no céu, aguardando o momento do arrebatamento da Igreja, para que juntamente  com os salvos que estiverem vivendo sobre a Terra na ocasião, recebam juntamente com eles o corpo glorificado e sobrenatural prometido por Deus aos que Lhe amam.
O Milênio será iniciado logo em seguida e muito do que há neste mundo será restaurado à condição inicial de perfeição, porque a maldição sobre a Terra será removida, e ela já não mais gemerá como tem ocorrido até agora.
Os animais selvagens pastarão com os domésticos, e as crianças poderão brincar com as serpentes, porque já não haverá mais entre elas as que sejam peçonhentas. 
O profeta Isaías descreve particularidades desta condição abençoada pela presença de Jesus em glória com a Sua Igreja na Terra.
Já não haverá mais perseguição e nem o ímpio ou Satanás e os demônios para perseguir e fazer sofrer os servos do Senhor, A justiça e a paz serão vistas por todos os recantos e em todos, porque o governo será dado aos santos.
Antes mesmo que houvesse um Pentecostes em que o Espírito Santo seria derramado sobre todas as nações para a formação da Igreja, Deus falou através do profeta Isaías, como aquela que ainda não existia viria a se expandir por toda a Terra, e o seu fim seria de bênção e glória, sem as mazelas que são produzidas pelo pecado.

Isaías –  54

1 Canta alegremente, ó estéril, que não deste à luz; exulta com alegre canto e exclama, tu que não tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da mulher solitária do que os filhos da casada, diz o SENHOR.
2 Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas.
3 Porque transbordarás para a direita e para a esquerda; a tua posteridade possuirá as nações e fará que se povoem as cidades assoladas.
4 Não temas, porque não serás envergonhada; não te envergonhes, porque não sofrerás humilhação; pois te esquecerás da vergonha da tua mocidade e não mais te lembrarás do opróbrio da tua viuvez.
5 Porque o teu Criador é o teu marido; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; ele é chamado o Deus de toda a terra.
6 Porque o SENHOR te chamou como a mulher desamparada e de espírito abatido; como a mulher da mocidade, que fora repudiada, diz o teu Deus.
7 Por breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias torno a acolher-te;
8 num ímpeto de indignação, escondi de ti a minha face por um momento; mas com misericórdia eterna me compadeço de ti, diz o SENHOR, o teu Redentor.
9 Porque isto é para mim como as águas de Noé; pois jurei que as águas de Noé não mais inundariam a terra, e assim jurei que não mais me iraria contra ti, nem te repreenderia.
10 Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o SENHOR, que se compadece de ti.
11 Ó tu, aflita, arrojada com a tormenta e desconsolada! Eis que eu assentarei as tuas pedras com argamassa colorida e te fundarei sobre safiras.
12 Farei os teus baluartes de rubis, as tuas portas, de carbúnculos e toda a tua muralha, de pedras preciosas.
13 Todos os teus filhos serão ensinados do SENHOR; e será grande a paz de teus filhos.
14 Serás estabelecida em justiça, longe da opressão, porque já não temerás, e também do espanto, porque não chegará a ti.
15 Eis que poderão suscitar contendas, mas não procederá de mim; quem conspira contra ti cairá diante de ti.
16 Eis que eu criei o ferreiro, que assopra as brasas no fogo e que produz a arma para o seu devido fim; também criei o assolador, para destruir.
17 Toda arma forjada contra ti não prosperará; toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR e o seu direito que de mim procede, diz o SENHOR.
Sendo o grande protetor e assegurador da paz e prosperidade da Sua Igreja, em sua condição final triunfante, o Senhor faria com que todas as nações honrassem a Cristo juntamente com a  Sua Igreja.

Isaías –  60

1 Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do SENHOR nasce sobre ti.
2 Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o SENHOR, e a sua glória se vê sobre ti.
3 As nações se encaminham para a tua luz, e os reis, para o resplendor que te nasceu.
4 Levanta em redor os olhos e vê; todos estes se ajuntam e vêm ter contigo; teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são trazidas nos braços.
5 Então, o verás e serás radiante de alegria; o teu coração estremecerá e se dilatará de júbilo, porque a abundância do mar se tornará a ti, e as riquezas das nações virão a ter contigo.
6 A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e de Efa; todos virão de Sabá; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do SENHOR.
7 Todas as ovelhas de Quedar se reunirão junto de ti; servir-te-ão os carneiros de Nebaiote; para o meu agrado subirão ao meu altar, e eu tornarei mais gloriosa a casa da minha glória.
8 Quem são estes que vêm voando como nuvens e como pombas, ao seu pombal?
9 Certamente, as terras do mar me aguardarão; virão primeiro os navios de Társis para trazerem teus filhos de longe e, com eles, a sua prata e o seu ouro, para a santificação do nome do SENHOR, teu Deus, e do Santo de Israel, porque ele te glorificou.
10 Estrangeiros edificarão os teus muros, e os seus reis te servirão; porque no meu furor te castiguei, mas na minha graça tive misericórdia de ti.
11 As tuas portas estarão abertas de contínuo; nem de dia nem de noite se fecharão, para que te sejam trazidas riquezas das nações, e, conduzidos com elas, os seus reis.
12 Porque a nação e o reino que não te servirem perecerão; sim, essas nações serão de todo assoladas.
13 A glória do Líbano virá a ti; o cipreste, o olmeiro e o buxo, conjuntamente, para adornarem o lugar do meu santuário; e farei glorioso o lugar dos meus pés.
14 Também virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; prostrar-se-ão até às plantas dos teus pés todos os que te desdenharam e chamar-te-ão Cidade do SENHOR, a Sião do Santo de Israel.
15 De abandonada e odiada que eras, de modo que ninguém passava por ti, eu te constituirei glória eterna, regozijo, de geração em geração.
16 Mamarás o leite das nações e te alimentarás ao peito dos reis; saberás que eu sou o SENHOR, o teu Salvador, o teu Redentor, o Poderoso de Jacó.
17 Por bronze trarei ouro, por ferro trarei prata, por madeira, bronze e por pedras, ferro; farei da paz os teus inspetores e da justiça, os teus exatores.
18 Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, de desolação ou ruínas, nos teus limites; mas aos teus muros chamarás Salvação, e às tuas portas, Louvor.
19 Nunca mais te servirá o sol para luz do dia, nem com o seu resplendor a lua te alumiará; mas o SENHOR será a tua luz perpétua, e o teu Deus, a tua glória.
20 Nunca mais se porá o teu sol, nem a tua lua minguará, porque o SENHOR será a tua luz perpétua, e os dias do teu luto findarão.
21 Todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a terra; serão renovos por mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado.
22 O menor virá a ser mil, e o mínimo, uma nação forte; eu, o SENHOR, a seu tempo farei isso prontamente.
Esta condição abençoada seria realizada pelo trabalho de sofrimento e paixão do Messias, para que pudesse justificar pelo conhecimento pessoal dEle, a todos os que nEle cressem, de maneira a poderem ter admissão na Igreja invisível destinada a ser Igreja triunfante.

Isaías –  61

1 O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados;
2 a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram
3 e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para a sua glória.
4 Edificarão os lugares antigamente assolados, restaurarão os de antes destruídos e renovarão as cidades arruinadas, destruídas de geração em geração.
5 Estranhos se apresentarão e apascentarão os vossos rebanhos; estrangeiros serão os vossos lavradores e os vossos vinhateiros.
6 Mas vós sereis chamados sacerdotes do SENHOR, e vos chamarão ministros de nosso Deus; comereis as riquezas das nações e na sua glória vos gloriareis.
7 Em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra; em lugar da afronta, exultareis na vossa herança; por isso, na vossa terra possuireis o dobro e tereis perpétua alegria.
8 Porque eu, o SENHOR, amo o juízo e odeio a iniquidade do roubo; dar-lhes-ei fielmente a sua recompensa e com eles farei aliança eterna.
9 A sua posteridade será conhecida entre as nações, os seus descendentes, no meio dos povos; todos quantos os virem os reconhecerão como família bendita do SENHOR.
10 Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com o manto de justiça, como noivo que se adorna de turbante, como noiva que se enfeita com as suas joias.
11 Porque, como a terra produz os seus renovos, e como o jardim faz brotar o que nele se semeia, assim o SENHOR Deus fará brotar a justiça e o louvor perante todas as nações.
O Espírito Santo se move nos crentes através das gerações sucessivas para que o clímax desta condição abençoada seja atingido, uma vez reunidos todos os eleitos que foram destinados à salvação.
Desta ação da Igreja pelo Espírito Santo, John Angell James se expressou, em 1959, o mesmo ano que seria o da conclusão do seu ministério, pois viria a falecer em decorrência de suas muitas enfermidades:
Eu observaria novamente, a fim de evitar equívocos e deturpações, que não pretendo essa descrição do estado das igrejas, como aplicável apenas, ou especialmente, às do corpo congregacional - mas como uma representação do que é chamado de Mundo cristão em geral.
Felizmente, antes de encerrar, volto novamente à primeira parte deste panfleto e olho mais uma vez para as excelências das igrejas. E, em referência a isso, adoto a linguagem bonita e, felizmente, é tão verdadeira quanto bela, de um escritor da "North British Review".
"Uma nova vida soprou sobre as igrejas - elas sentem sua grande missão e procuram, na força de Deus, cumpri-la. Atividade, sinceridade, amor abnegado, em muitos corações, estão tomando o lugar. do velho langor e da apatia. Os cristãos agora sentem que têm um grande trabalho a fazer e começam a se endireitar até que seja cumprido. O espírito do bom samaritano se encarnou em milhares de almas cujo coração sangra pelas misérias de seus irmãos caídos, e não se atrevem a passar do outro lado. Estamos no caminho certo e avançamos constantemente. Muito já foi feito, e o trem está preparado para muito mais. Esperamos que a mesma energia anglo-saxônica de nossa raça que se mostrou vitoriosa em todos os outros campos de batalha, assim batizada com fogo sagrado do alto, possa ainda alcançar um triunfo ainda mais nobre na luta muito mais terrível e árdua contra os pecados. e tristezas de seu próprio povo, de sua própria terra ".
A esperança que esse escritor capaz preza pela Escócia, eu prezo pelo mundo. Um espírito está ativo, desperto e ativo, que se agora nutrido, repito, pela fé, pela oração e pela santidade das igrejas, nunca descansará até que devolva um mundo revoltado a Cristo. Mas nunca se esqueça que a conversão do mundo, mesmo quanto à instrumentalidade a ser empregada, é tão vasta que a igreja deve realizar-se, não na debilidade - mas na maturidade de sua força, Sião ainda não está. preparada para esta conquista gloriosa. Ela não é santa o suficiente para tal ato. Seu sucesso atual é proporcional à sua aptidão atual para seu trabalho. Comparado com o que ela fez menos de um século atrás, seus triunfos são maravilhas. Mas, comparados com o que serão quando ela se esforçar e estiver cheia da glória do Senhor, eles são apenas o dia das pequenas coisas. O que as igrejas têm agora a fazer não é afrouxar a mão da liberalidade ou o pé da atividade - mas dar energia renovada a ambas, aumentando a ação saudável do coração. O que eu quero agora é ver a santidade evangélica em pleno desenvolvimento como o zelo evangélico. O que peço neste panfleto é a alteração das falhas e o suprimento das deficiências que mencionei nele.
Que nossa mente terrena, em todas as suas formas, dê lugar à espiritualidade e à mente celestial, tão inculcadas constantemente no Novo Testamento, e assim identificadas com a piedade cristã. Deixe a abnegação suplantar a autoindulgência. A homenagem ao gênio fique mais subordinada ao amor à verdade. Que a Bíblia seja considerada como o sol que governa o dia do nosso conhecimento, e a literatura geral e até sagrada seja apenas a luz secundária. Que o amor fraterno aconteça da frieza que geralmente também prevalece em nossas igrejas. Que o conhecimento de tudo o que nos interessa como cristãos, como não-conformistas e protestantes, ilumine a ignorância em que muitos são enganados.
Em resumo, em vez de ficarmos muito satisfeitos com a piedade social que consiste em agir com os outros em obras de zelo, procuremos cada um mais dessa piedade pessoal, que consiste em acrescentar à nossa fé, virtude, conhecimento, temperança, paciência , piedade, bondade fraternal e caridade. Que a chama do nosso zelo seja alimentada pelo óleo da nossa piedade. Que nossa consciência, espiritualidade, devoção e amor sejam tão notáveis ​​quanto nossa liberalidade e atividade. Então as igrejas serão preparadas para o trabalho evangélico em casa e para o empreendimento missionário no exterior; então eles responderão não apenas em seu caráter - mas em sua influência, ao "sal da terra e à luz do mundo". E sejam quais forem as vitórias parciais que eles obtiverem neste conflito com os poderes das trevas, então, e não até então, sua conquista será final e completa, e esse reino será estabelecido em toda a terra - que é a justiça, a paz e a alegria. no espírito Santo.
Esta foi a parte conclusiva do panfleto escrito por John Angell James, no qual discorreu sobre o estado geral da Igreja em seus dias, apontando especialmente as falhas que deveriam ser corridas para que houvesse uma maior expansão do evangelho no mundo.
De fato, contrasta com a glória futura da Igreja que em breve se manifestará, pois a condição principal para a volta de Jesus já está cumprida, a saber, a pregação do evangelho em todo o mundo, a perda de vitalidade e espiritualidade da Igreja pós-moderna quando comparada com a santidade que havia na Igreja Primitiva e na Inglaterra com os Puritanos nos séculos XVI e XVII, e nos dias de Wesley, Whitefield e Jonathan Edwards, no século XVIII.
Todavia, isto demonstra que a glória da Igreja não há de existir em razão da glória que ela tenha em si mesma neste mundo, pois sempre foi achada em estado de debilidade na maior parte da sua história. Esta glória será recebida não por sua causa, mas por causa dAquele que é glorioso e que aguardamos por Sua segunda vinda, porque somente Jesus Cristo é a esperança da glória, Sem Jesus não haveria qualquer glória para a Igreja. É a plenitude da Sua presença em nós, que é o fator determinante da glória.
Agora, a nossa condição de fraqueza não justifica a falta de esforço diligente para fazermos progresso em crescimento na graça e no conhecimento de Jesus, pois isto nos é ordenado da parte de Deus, que tomará o nosso pouco por muito na medida em que for sincero o nosso esforço.
Como registrado na profecia de Isaías, a Igreja não deve se calar, pois deve proclamar as excelências de Cristo até que Ele estabeleça o Seu reino conosco na Terra.

Isaías –  62

1 Por amor de Sião, me não calarei e, por amor de Jerusalém, não me aquietarei, até que saia a sua justiça como um resplendor, e a sua salvação, como uma tocha acesa.
2 As nações verão a tua justiça, e todos os reis, a tua glória; e serás chamada por um nome novo, que a boca do SENHOR designará.
3 Serás uma coroa de glória na mão do SENHOR, um diadema real na mão do teu Deus.
4 Nunca mais te chamarão Desamparada, nem a tua terra se denominará jamais Desolada; mas chamar-te-ão Minha-Delícia; e à tua terra, Desposada; porque o SENHOR se delicia em ti; e a tua terra se desposará.
5 Porque, como o jovem desposa a donzela, assim teus filhos te desposarão a ti; como o noivo se alegra da noiva, assim de ti se alegrará o teu Deus.
6 Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós, os que fareis lembrado o SENHOR, não descanseis,
7 nem deis a ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra.
8 Jurou o SENHOR pela sua mão direita e pelo seu braço poderoso: Nunca mais darei o teu cereal por sustento aos teus inimigos, nem os estrangeiros beberão o teu vinho, fruto de tuas fadigas.
9 Mas os que o ajuntarem o comerão e louvarão ao SENHOR; e os que o recolherem beberão nos átrios do meu santuário.
10 Passai, passai pelas portas; preparai o caminho ao povo; aterrai, aterrai a estrada, limpai-a das pedras; arvorai bandeira aos povos.
11 Eis que o SENHOR fez ouvir até às extremidades da terra estas palavras: Dizei à filha de Sião: Eis que vem o teu Salvador; vem com ele a sua recompensa, e diante dele, o seu galardão.
12 Chamar-vos-ão Povo Santo, Remidos-Do-SENHOR; e tu, Sião, serás chamada Procurada, Cidade-Não-Deserta.
Então, se é a glória que buscamos, esforcemo-nos para superar por meio da graça e da fé, todas as nossas fraquezas, deixando que o Senhor seja a nossa força, pois o Seu poder se aperfeiçoa na nossa fraqueza.
Nisto faremos bem em seguir a instrução que nos é dada por John Angell James:
Qual é o estado espiritual de nossas igrejas? Essa é uma pergunta que deve ser feita com a mais profunda seriedade, imparcialidade e solicitude por todos os seus membros.
As igrejas são, ou deveriam ser, as luzes do mundo; essa é uma parte de seu projeto e será realizada na proporção exata ao grau de piedade vital e consistente que eles possuem; sua luz pode ser obscura como o amanhecer ou resplandecente como o brilho da maré ao meio-dia.
Convido, portanto, a atenção mais solene às páginas que se seguem, nas quais serão encontradas, talvez, algumas coisas desagradáveis ​​para muitos - mas elas são verdadeiras? Em caso afirmativo, deixe de lado o que está errado e forneça o que é deficiente.
Proponho, nos trabalhos seguintes, abordar esta questão com referência ao nosso corpo como congregacionais, e apontar o que me parece ser nossas excelências, e nossos defeitos. O que digo de nós mesmos se aplicará também a outros órgãos - e, portanto, o que avançarei pode ser considerado como minha opinião sobre a condição do mundo cristão em geral - e, como minha opinião individual, deve, é claro, ser levado apenas para o que vale a pena.
Não é minha intenção insistir no que pode ser chamado de detalhes históricos de nossa denominação. A confiança do público nas estatísticas não se fortalece, e não tentarei nada em relação aos números, além da afirmação do fato de que, como outros órgãos cristãos, estamos tristemente por trás do aumento da população. É uma consideração deplorável para todos nós, que o domínio de Satanás esteja se preenchendo muito mais rapidamente do que o de Cristo. No que diz respeito às características gerais de nossas igrejas, é evidente que, embora estejam se multiplicando e se fortalecendo nas metrópoles e nas grandes cidades; elas estão, pelo menos em muitos lugares, ficando menores e mais pobres nas cidades menores e exigem a consideração séria do nosso corpo. É igualmente evidente que as igrejas são caracterizadas demais pela meticulosidade e inconstância, no que diz respeito à escolha e retenção de seus pastores; enquanto os pastores não são menos caracterizados por inquietação e mobilidade em relação às igrejas. Estou ciente de que a fixação pode e deve prevalecer muito fortemente em alguns casos; mas nos dias atuais, parece que todos os ministros podem ser considerados móveis e como se a mobilidade fosse uma virtude e um meio de utilidade. Muita maldade resultará para nós se o vínculo que une o pastor e a igreja for considerado algo tão ligeiro que seja breve e facilmente rompido.
Nossas faculdades, das quais tanto depende, espero, no que diz respeito ao ensino teológico, em bom estado de saúde; mas alguns deles têm apenas metade dos estudantes e, talvez, precisem ser lembrados de que, com toda a preocupação em treinar homens instruídos, eles devem unir a maior solicitude e cuidar de enviar pregadores fervorosos e pastores criteriosos. Quão poucos homens de grande promessa vêm de nenhum deles! Como é isso?
 I. Não é, contudo, sobre esses assuntos, ou quaisquer assuntos cognatos, que pretendo agora me debruçar - mas sobre a condição interna e espiritual de nossas igrejas. Como o Senhor Jesus na pesquisa que ele fez das sete igrejas asiáticas, eu mencionaria, antes de mais nada, as EXCELÊNCIAS de nossas igrejas, manifestadas por seu zelo, atividade e liberalidade. 
E alguns muito distintos se apresentam. Os observadores mais superficiais não podem deixar de se impressionar com a atividade e a liberalidade cristãs que prevalecem em toda parte e que as conformam à descrição metafórica de nosso Senhor, de que são "o sal da terra e a luz do mundo". Essa é uma alta recomendação - e felizmente verdadeira. Isso ocorreu com avanços tão graduais, que aqueles que cresceram nos últimos trinta anos não conseguem ter uma noção do estado diferente das coisas nesta era, como era há meio século. Aqueles de nós que estavam no palco público no início de 1809, e conseguem lembrar qual era o aspecto das coisas, mal conseguem acreditar que estamos na mesma igreja no início de 1859, assim como não podemos perceber o fato de que somos habitantes do mesmo planeta, quando vemos a noite se transformando em dia em nossas ruas pela luz do gás, distância aniquilada pelas ferrovias e informações transmitidas pelo telégrafo. Quando me tornei pastor de minha igreja, há mais de cinquenta e três anos, o único objeto de benevolência e ação congregacional era a Escola Dominical, que era então conduzida em uma casa particular, contratada para esse fim. Não havia mais nada; literalmente, a mais nada que colocamos nossas mãos. Naquela época, ainda não havíamos formado a Sociedade Missionária. E nosso estado era apenas um exemplo da inatividade da grande maioria de nossas igrejas, pelo menos nas províncias, em todo o país. Podemos muito bem imaginar o que os cristãos daqueles dias poderiam estar pensando.
Agora, observe o estado das coisas na abertura do ano de 1859. Se eu aludir à minha própria igreja, não é por uma questão de ostentação ou autorrecomendação; pois não somos nem um pouco melhores que outros. A nossa é apenas uma amostra e a média do resto. Temos agora uma organização para a London Missionary Society, que arrecada, como contribuição regular, quase £ 500 por ano, além de doações ocasionais para atender a apelos especiais, que, em média, podem gerar outros £ 100 por ano. Para a Sociedade Missionária Colonial, arrecadamos, anualmente, £ 70. Para nossas escolas dominicais e diurnas, que compreendem quase duas mil crianças, arrecadamos 200 libras. Apoiamos dois missionários da cidade, a um custo de £ 200. Nossas senhoras conduzem uma sociedade ativa para as Escolas Missionárias Órfãs nas Índias Orientais, cujos rendimentos atingem, em média, 50 libras por ano; eles sustentam também uma Sociedade Dorcas para os pobres de nossa cidade; uma Sociedade Materna, de muitos ramos, em várias localidades - e uma Sociedade Benevolente Feminina, por visitar os pobres doentes. Temos uma Sociedade de Tratados Religiosos, que emprega noventa distribuidores e gasta quase 50 libras por ano na compra de folhetos. A Sociedade de Pregadores da Aldeia, que emprega doze ou catorze agentes leigos, não nos custa quase nada. Levantamos £ 40 anualmente para a Associação do Condado. Temos uma Sociedade Fraternal de Rapazes, para aperfeiçoamento geral e piedoso, com uma biblioteca de 2000 volumes. Também temos escolas noturnas para rapazes e moças, a baixo custo, e aulas bíblicas para outros rapazes e moças. Além de tudo isso, levantamos £ 100 por ano para o Spring Hill College.
Digo novamente que isso é apenas uma média de esforço e liberalidade congregacional neste dia de atividade geral. Sim, muitas igrejas próprias e outras denominações talvez nos superem grandemente. E, afinal, nenhum de nós chega aos nossos recursos, oportunidades ou obrigações. Todos nós podemos fazer mais, devemos fazer mais, devemos fazer mais. Ainda assim, compare isso com o que minha congregação fez com seu único objeto, a escola dominical, cinquenta e três anos atrás. Desde então, estipulamos 23.000 libras para melhorar a antiga capela e construir uma nova; na montagem de salas de aula, na faculdade e em sete pequenas capelas na cidade e no bairro. Também formamos duas igrejas independentes e separadas e, em conjunto com outra congregação, formamos uma terceira e praticamente montamos uma quarta, e neste momento estamos em tratado por duas partes de terra livre, que custarão £ 700, para construir mais duas capelas nos subúrbios da cidade. Receio que isso seja um motivo de orgulho e autoglorificação. Só posso dizer que esse não é o seu objetivo - mas simplesmente exibir as características da era e do espírito de nossas igrejas, no modo de atividade e liberalidade - e também mostrar o que uma concentração de poder está contida em uma igreja, e que quantidade de bem isso pode fazer. Oh, que as igrejas de Cristo consideraram apenas que poder, tanto por espécie quanto por grau, elas possuem! Qual deve ser a influência sobre a população do local em que está situada e sobre o mundo em geral, de uma igreja composta por 500, 700 ou 1000 membros - e qual seria se cada membro fizesse o que ele ou ela poderia fazer! As igrejas de Cristo ainda precisam aprender a extensão total de seu poder - e de suas obrigações. 
Além disso, em todas as nossas congregações há muitos subscritores liberais de nossas sociedades públicas, como a Sociedade Bíblica, a Sociedade para a Conversão dos Judeus e todos os outros objetos de zelo e benevolência cristãos. O que, pergunto, isso se manifesta e prova? Ora, essa atividade e liberalidade foram amplamente reconhecidas como não menos obrigatórias para a consciência individual do que a santidade do sábado, o dever do culto privado e a observância da Ceia do Senhor. O homem que agora se afasta dessas coisas, que não ajuda na evangelização de seu país e do mundo, é encarado com a mesma suspeita que aquele que nunca está na casa de Deus. O zelo, a atividade, a liberalidade não são mais considerados assuntos de preferência - mas de dever solene, como elementos essenciais da verdadeira piedade, evidências de fé genuína e concomitantes da profissão cristã. Não foi assim, pelo menos de maneira geral e conspícua, quando iniciei meu ministério. A coisa não foi entendida e sentida como é agora. Os fundadores das sociedades missionárias tiveram que pregar e imprimir desculpas por tentarem converter os pagãos. Testemunhe o elaborado sermão do Dr. Bogue na primeira reunião missionária, intitulada "Objeções contra missões aos pagãos respondidas". (Esses volumes recentes sobre a vida e o trabalho desses missionários incomparáveis, Carey, Marshman e Ward, nos dão um relato não apenas da apatia, mas também da incredulidade da igreja cristã na época quanto ao trabalho das missões para os pagãos, e provar o maravilhoso progresso da fé e atividade das igrejas.)
Os cristãos foram à casa de Deus, sentaram-se ainda em seus bancos, ouviram sermões, assistiam a sacramentos e distribuíam uma guiné ocasional para um sermão de caridade ou para a construção de uma capela - e aí a liberalidade terminava. Não é assim agora. As pessoas começaram a perguntar, com seriedade, "Senhor, o que você quer que eu faça?" e estão colocando dinheiro, tempo, trabalho, influência sobre o altar de Deus. É realmente surpreendente e prazeroso ver que sacrifícios, não apenas de lazer, que eles alegremente devotariam aos agradáveis ​​prazeres de suas próprias e círculos familiares - mas também do tempo que dariam aos seus negócios, muitos homens de mente nobre estão constantemente fazendo para promover a causa de Deus e o bem de seus semelhantes.
Agora, o que vemos em tudo isso? O que? Por que o alvorecer da glória milenar. Não é meramente nas várias organizações do zelo cristão que eu me comprazo - mas no princípio que as criou e as apoia. Se todos fossem dissolvidos amanhã, esse princípio, se sobrevivesse, criaria para si outras instituições mais nobres. A igreja de Deus, sendo despertada para esse conhecimento de sua missão e esse sentido de seu dever, creio que nunca deixará a obra de Deus parada. Começou em uma carreira de zelo por Cristo, na qual nunca parará até que tenha trazido o mundo para Ele. Como base dessa esperança, pergunto: como foi o ano de 1859, com relação a esse assunto? Vemos algum sintoma de declínio no zelo, atividade e liberalidade de nossas igrejas? Vemos um espírito de mornidão rastejando sobre eles? Vemos os homens de riqueza fechando as mãos, trancando os cofres e dizendo: "Estou cansado de dar!" Vemos nossos homens de classe média se aposentando dos comitês e dizendo: "Estou cansado deste trabalho!" Vemos nossos distribuidores de folhetos e professores da escola dominical em seus ofícios e dizendo: "Não trabalharemos mais!" Nesse caso, seria um presságio sombrio para o futuro. Mas o olho mais tímido e desconfiado não pode detectar nada disso. Nunca houve mais atividade ou liberalidade, ou uma disposição mais forte para ambos, do que agora. Que qualquer novo objeto seja apresentado ao público cristão, certamente encontrará apoiadores, mesmo em casos de natureza duvidosa. O espírito subiu e nenhum sinal de decadência ainda é visível - mas muitos sinais de crescente vigor.
Aqui, então eu digo, é uma característica gloriosa de nossos tempos. Nada disso é conhecido na igreja cristã desde os dias dos apóstolos. Ainda assim, não pretendo afirmar que, como um todo, provenha do puro princípio cristão, ou tenha chegado ao ponto em que deveria se estender. Vaidade, respeito à reputação, compulsão por pedidos, liberalidade sem motivação, moda dos tempos, mero amor à atividade e medo de estar atrás dos outros - têm muito a fazer para aumentar o fluxo da benevolência pública e me impedir de considerando-o como uma estimativa verdadeira e exata da quantidade de piedade espiritual existente. É bom, no que diz respeito ao mundo, que a liberalidade esteja na moda, mesmo em grande parte apenas na moda. Acredito, no entanto, que grande parte do que é agora dedicado à causa de Cristo e da humanidade é dada por motivos de consciência, e como matéria de dever e privilégio.
Também devemos nos precaver contra o erro de supor que a riqueza agora dedicada à causa de Cristo e da humanidade chegue a toda a medida de nossa obrigação ou das necessidades do caso. É nossa felicidade, poderíamos pensar assim, viver em uma época e país em que o cristianismo está começando (mas apenas começando) para manifestar seus poderes expansivos tanto no coração de seus professantes quanto no mundo. Em vez de pensar que todas as formas de divulgá-lo, neste país ou no exterior, ainda são descobertas, podemos estar perfeitamente certos de que o engenho que abriu tantos canais de influência espiritual não esgotou sua habilidade inventiva - mas encontrará muito mais.
Estamos prontos para supor que, por nossas organizações, para converter e instruir judeus e gentios, os pagãos no exterior e os pagãos em casa, homens e mulheres, adultos e crianças, soldados e marinheiros; para circular Bíblias e folhetos; por apoiar escolas e faculdades; por levar a efeito esquemas preventivos e reformatórios do vício e da miséria nas cidades e aldeias, e para outros objetos de benevolência e filantropia que são numerosos demais para mencionar, descobrimos todos os cantos escuros do mundo em que a luz do cristianismo pode ser introduzida, toda parte do domínio de Satanás, onde almas imortais podem ser resgatadas de seu alcance, e todo método de difundir o conhecimento de Cristo. Não nos enganemos neste assunto, e imaginemos que alcançamos todos os objetos aos quais nossa assistência pode ser prestada; ou que abraçamos todas as oportunidades oferecidas; ou que chegamos ao extremo da liberalidade.
O círculo da atividade cristã certamente continuará se ampliando, e as obrigações da liberalidade cristã continuarão aumentando. Ainda existem muitas outras maneiras de divulgar os princípios de nossa santa piedade. Seja assim, que algumas das organizações do trabalho sagrado possam ser, e talvez devam, ser amalgamadas; outros ainda serão necessários. Se, portanto, for mantida a excelência das igrejas às quais este documento alude, seus recursos devem ser destacados ainda mais profusamente do que jamais foram. Se a providência de Deus nos apresentar novos campos de trabalho, novos canais de influência, como indubitavelmente será, tanto no exterior quanto em casa, devemos estar preparados para abraçá-los. No momento presente, Deus está se abrindo para nossas operações de evangelização em todo o mundo oriental, Índia, China, Japão - e também na África. Suas dispensações neste momento são maravilhosas. Nada disso ocorreu na história do nosso planeta. Nesse momento, não adianta nos contentarmos com contribuições comuns, e com essa medida de liberalidade que tínhamos vinte ou mais, mesmo dez anos atrás. Não é bom avançarmos em nossos hábitos de vida luxuosos, o que realmente é o caso, e ainda assim ficarmos satisfeitos com a mesma quantidade de beneficência cristã. O grito parcimonioso, quando um novo objeto é apresentado a nós, ou uma nova demanda por um antigo é feita sobre nós: "O que! Algo novo! Realmente, não há fim. Estou cansado dos apelos para fazer." Um novo objeto! Sim, e outro e outro ainda - e enquanto um novo puder ser encontrado, e temos os meios para apoiá-lo, não devemos nos cansar de fazer o que é bom. Precisamos resumir nossos luxos, se necessário, para aumentar os meios de apoiá-lo. Algum de nós já fez isso? Sim, devemos reduzir o que estamos acostumados a considerar nossos confortos e até nossos próprios bens, até que estejamos reduzidos aos dois centavos da viúva pobre, se não pudermos, por nenhum outro meio, aproveitar as oportunidades que Deus está nos abrindo para continuarmos Sua causa na terra. Pela minha parte, parece-me que nossos homens ricos ainda devem dar mais alguns passos, em direção à beneficência registrada no livro de Atos. Eles ainda deram a sua abundância; a abundância em si deve ser dada a seguir.
Quanto depende de nós quanto ao que a igreja e o mundo devem ser nas eras futuras! Nossa existência individual derivou importância adicional das circunstâncias em que somos colocados. Cada um de nós ajuda a moldar a idade e é moldado por ela. Nunca poderíamos ter vivido uma era mais importante e todos nós devemos estar cientes disso. Nunca os homens tiveram tanto trabalho a fazer. Temos responsabilidades solenes sobre nós, em consequência disso; tenhamos graça de conhecer nossa posição e o dia de nossa visita misericordiosa!
 II. Tendo dado uma representação encorajadora e, creio, verdadeira das excelências de nossas igrejas, manifestada por seu zelo, atividade e liberalidade; Agora passo a dar uma visão menos favorável do caso e apresento para consideração as FALHAS de nossas igrejas.   
Antes de prosseguirmos com as palavras de John Angell James, cabe destacar que o espírito expansionista do Cristianismo não é o mesmo do Islamismo ou de qualquer outro tipo de poder de caráter político ou religioso que se apresente para a dominação total da humanidade através do uso da força das armas ou de estratégias enganosas diabólicas e humanas, pois, o esforço de alcançar almas se destina a reunir os eleitos aonde quer que eles se encontrem, e isto sempre é feito eficazmente somente quando há a direção do Espírito Santo no processo, o qual não age por força ou poder subjugadores da vontade humana, mas em justa operação mútua com ela.
O estado abençoado e glorioso final reservado para o povo de Deus e para a Terra jamais poderia ser alcançado por outro meio, senão o da operação do amor e da graça divinos.
Eis o testemunho que encontramos acerca disso no profeta Isaías:

Isaías –  63

1 Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes de vivas cores, que é glorioso em sua vestidura, que marcha na plenitude da sua força? Sou eu que falo em justiça, poderoso para salvar.
2 Por que está vermelho o traje, e as tuas vestes, como as daquele que pisa uvas no lagar?
3 O lagar, eu o pisei sozinho, e dos povos nenhum homem se achava comigo; pisei as uvas na minha ira; no meu furor, as esmaguei, e o seu sangue me salpicou as vestes e me manchou o traje todo.
4 Porque o dia da vingança me estava no coração, e o ano dos meus redimidos é chegado.
5 Olhei, e não havia quem me ajudasse, e admirei-me de não haver quem me sustivesse; pelo que o meu próprio braço me trouxe a salvação, e o meu furor me susteve.
6 Na minha ira, pisei os povos, no meu furor, embriaguei-os, derramando por terra o seu sangue.
7 Celebrarei as benignidades do SENHOR e os seus atos gloriosos, segundo tudo o que o SENHOR nos concedeu e segundo a grande bondade para com a casa de Israel, bondade que usou para com eles, segundo as suas misericórdias e segundo a multidão das suas benignidades.
8 Porque ele dizia: Certamente, eles são meu povo, filhos que não mentirão; e se lhes tornou o seu Salvador.
9 Em toda a angústia deles, foi ele angustiado, e o Anjo da sua presença os salvou; pelo seu amor e pela sua compaixão, ele os remiu, os tomou e os conduziu todos os dias da antiguidade.
10 Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo, pelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles.
11 Então, o povo se lembrou dos dias antigos, de Moisés, e disse: Onde está aquele que fez subir do mar o pastor do seu rebanho? Onde está o que pôs nele o seu Espírito Santo?
12 Aquele cujo braço glorioso ele fez andar à mão direita de Moisés? Que fendeu as águas diante deles, criando para si um nome eterno?
13 Aquele que os guiou pelos abismos, como o cavalo no deserto, de modo que nunca tropeçaram?
14 Como o animal que desce aos vales, o Espírito do SENHOR lhes deu descanso. Assim, guiaste o teu povo, para te criares um nome glorioso.
15 Atenta do céu e olha da tua santa e gloriosa habitação. Onde estão o teu zelo e as tuas obras poderosas? A ternura do teu coração e as tuas misericórdias se detêm para comigo!
16 Mas tu és nosso Pai, ainda que Abraão não nos conhece, e Israel não nos reconhece; tu, ó SENHOR, és nosso Pai; nosso Redentor é o teu nome desde a antiguidade.
17 Ó SENHOR, por que nos fazes desviar dos teus caminhos? Por que endureces o nosso coração, para que te não temamos? Volta, por amor dos teus servos e das tribos da tua herança.
18 Só por breve tempo foi o país possuído pelo teu santo povo; nossos adversários pisaram o teu santuário.
19 Tornamo-nos como aqueles sobre quem tu nunca dominaste e como os que nunca se chamaram pelo teu nome.

Isaías –  64

1 Oh! Se fendesses os céus e descesses! Se os montes tremessem na tua presença,
2 como quando o fogo inflama os gravetos, como quando faz ferver as águas, para fazeres notório o teu nome aos teus adversários, de sorte que as nações tremessem da tua presença!
3 Quando fizeste coisas terríveis, que não esperávamos, desceste, e os montes tremeram à tua presença.
4 Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera.
5 Sais ao encontro daquele que com alegria pratica justiça, daqueles que se lembram de ti nos teus caminhos; eis que te iraste, porque pecamos; por muito tempo temos pecado e havemos de ser salvos?
6 Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam.
7 Já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte e te detenha; porque escondes de nós o rosto e nos consomes por causa das nossas iniquidades.
8 Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos.
9 Não te enfureças tanto, ó SENHOR, nem perpetuamente te lembres da nossa iniquidade; olha, pois, nós te pedimos: todos nós somos o teu povo.
10 As tuas santas cidades tornaram-se em deserto, Sião, em ermo; Jerusalém está assolada.
11 O nosso templo santo e glorioso, em que nossos pais te louvavam, foi queimado; todas as nossas coisas preciosas se tornaram em ruínas.
12 Conter-te-ias tu ainda, ó SENHOR, sobre estas calamidades? Ficarias calado e nos afligirias sobremaneira?

Isaías –  65

1 Fui buscado pelos que não perguntavam por mim; fui achado por aqueles que não me buscavam; a um povo que não se chamava do meu nome, eu disse: Eis-me aqui, eis-me aqui.
2 Estendi as mãos todo dia a um povo rebelde, que anda por caminho que não é bom, seguindo os seus próprios pensamentos;
3 povo que de contínuo me irrita abertamente, sacrificando em jardins e queimando incenso sobre altares de tijolos;
4 que mora entre as sepulturas e passa as noites em lugares misteriosos; come carne de porco e tem no seu prato ensopado de carne abominável;
5 povo que diz: Fica onde estás, não te chegues a mim, porque sou mais santo do que tu. És no meu nariz como fumaça de fogo que arde o dia todo.
6 Eis que está escrito diante de mim, e não me calarei; mas eu pagarei, vingar-me-ei, totalmente,
7 das vossas iniquidades e, juntamente, das iniquidades de vossos pais, diz o SENHOR, os quais queimaram incenso nos montes e me afrontaram nos outeiros; pelo que eu vos medirei totalmente a paga devida às suas obras antigas.
8 Assim diz o SENHOR: Como quando se acha vinho num cacho de uvas, dizem: Não o desperdices, pois há bênção nele, assim farei por amor de meus servos e não os destruirei a todos.
9 Farei sair de Jacó descendência e de Judá, um herdeiro que possua os meus montes; e os meus eleitos herdarão a terra e os meus servos habitarão nela.
10 Sarom servirá de campo de pasto de ovelhas, e o vale de Acor, de lugar de repouso de gado, para o meu povo que me buscar.
11 Mas a vós outros, os que vos apartais do SENHOR, os que vos esqueceis do meu santo monte, os que preparais mesa para a deusa Fortuna e misturais vinho para o deus Destino,
12 também vos destinarei à espada, e todos vos encurvareis à matança; porquanto chamei, e não respondestes, falei, e não atendestes; mas fizestes o que é mau perante mim e escolhestes aquilo em que eu não tinha prazer.
13 Pelo que assim diz o SENHOR Deus: Eis que os meus servos comerão, mas vós padecereis fome; os meus servos beberão, mas vós tereis sede; os meus servos se alegrarão, mas vós vos envergonhareis;
14 os meus servos cantarão por terem o coração alegre, mas vós gritareis pela tristeza do vosso coração e uivareis pela angústia de espírito.
15 Deixareis o vosso nome aos meus eleitos por maldição, o SENHOR Deus vos matará e a seus servos chamará por outro nome,
16 de sorte que aquele que se abençoar na terra, pelo Deus da verdade é que se abençoará; e aquele que jurar na terra, pelo Deus da verdade é que jurará; porque já estão esquecidas as angústias passadas e estão escondidas dos meus olhos.
17 Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas.
18 Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, regozijo.
19 E exultarei por causa de Jerusalém e me alegrarei no meu povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de clamor.
20 Não haverá mais nela criança para viver poucos dias, nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar só aos cem anos será amaldiçoado.
21 Eles edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto.
22 Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque a longevidade do meu povo será como a da árvore, e os meus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos.
23 Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a calamidade, porque são a posteridade bendita do SENHOR, e os seus filhos estarão com eles.
24 E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei.
25 O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o SENHOR.

Isaías –  66

1 Assim diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis vós? E qual é o lugar do meu repouso?
2 Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o SENHOR, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra.
3 O que imola um boi é como o que comete homicídio; o que sacrifica um cordeiro, como o que quebra o pescoço a um cão; o que oferece uma oblação, como o que oferece sangue de porco; o que queima incenso, como o que bendiz a um ídolo. Como estes escolheram os seus próprios caminhos, e a sua alma se deleita nas suas abominações,
4 assim eu lhes escolherei o infortúnio e farei vir sobre eles o que eles temem; porque clamei, e ninguém respondeu, falei, e não escutaram; mas fizeram o que era mau perante mim e escolheram aquilo em que eu não tinha prazer.
5 Ouvi a palavra do SENHOR, vós, os que a temeis: Vossos irmãos, que vos aborrecem e que para longe vos lançam por causa do vosso amor ao meu nome e que dizem: Mostre o SENHOR a sua glória, para que vejamos a vossa alegria, esses serão confundidos.
6 Voz de grande tumulto virá da cidade, voz do templo, voz do SENHOR, que dá o pago aos seus inimigos.
7 Antes que estivesse de parto, deu à luz; antes que lhe viessem as dores, nasceu-lhe um menino.
8 Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos.
9 Acaso, farei eu abrir a madre e não farei nascer? diz o SENHOR; acaso, eu que faço nascer fecharei a madre? – diz o teu Deus.
10 Regozijai-vos juntamente com Jerusalém e alegrai-vos por ela, vós todos os que a amais; exultai com ela, todos os que por ela pranteastes,
11 para que mameis e vos farteis dos peitos das suas consolações; para que sugueis e vos deleiteis com a abundância da sua glória.
12 Porque assim diz o SENHOR: Eis que estenderei sobre ela a paz como um rio, e a glória das nações, como uma torrente que transborda; então, mamareis, nos braços vos trarão e sobre os joelhos vos acalentarão.
13 Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu vos consolarei; e em Jerusalém vós sereis consolados.
14 Vós o vereis, e o vosso coração se regozijará, e os vossos ossos revigorarão como a erva tenra; então, o poder do SENHOR será notório aos seus servos, e ele se indignará contra os seus inimigos.
15 Porque eis que o SENHOR virá em fogo, e os seus carros, como um torvelinho, para tornar a sua ira em furor e a sua repreensão, em chamas de fogo,
16 porque com fogo e com a sua espada entrará o SENHOR em juízo com toda a carne; e serão muitos os mortos da parte do SENHOR.
17 Os que se santificam e se purificam para entrarem nos jardins após a deusa que está no meio, que comem carne de porco, coisas abomináveis e rato serão consumidos, diz o SENHOR.
18 Porque conheço as suas obras e os seus pensamentos e venho para ajuntar todas as nações e línguas; elas virão e contemplarão a minha glória.
19 Porei entre elas um sinal e alguns dos que foram salvos enviarei às nações, a Társis, Pul e Lude, que atiram com o arco, a Tubal e Javã, até às terras do mar mais remotas, que jamais ouviram falar de mim, nem viram a minha glória; eles anunciarão entre as nações a minha glória.
20 Trarão todos os vossos irmãos, dentre todas as nações, por oferta ao SENHOR, sobre cavalos, em liteiras e sobre mulas e dromedários, ao meu santo monte, a Jerusalém, diz o SENHOR, como quando os filhos de Israel trazem as suas ofertas de manjares, em vasos puros à Casa do SENHOR.
21 Também deles tomarei a alguns para sacerdotes e para levitas, diz o SENHOR.
22 Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o SENHOR, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome.
23 E será que, de uma Festa da Lua Nova à outra e de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o SENHOR.
24 Eles sairão e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e eles serão um horror para toda a carne.
Voltemos às palavras de John Angell James:
É um pouco difícil formar, a qualquer momento, uma estimativa correta do estado de piedade existente em comparação com alguns períodos anteriores. E é bom para todos nós, e sempre, lembrar a exortação de Salomão: "Não diga: Por que os dias anteriores foram melhores do que estes? Pois não é aconselhável perguntar a respeito disso". As pessoas mais eminentemente piedosas de todas as épocas têm sido propensas a reclamar das falhas de seus próprios tempos e a considerá-las maiores do que as de períodos passados ​​da história da Igreja. Vemos os males de nossos próprios tempos; só lemos sobre os homens que viveram antes de nós. Deixando de lado, então, na maior parte das vezes, uma comparação de nosso estado atual com os tempos passados, apelarei para o verdadeiro padrão de toda religião espiritual e me esforçarei por isso para determinar nosso estado real.
1. Como a primeira, mais proeminente e mais prevalecente falha de nossas igrejas agora, mencionei o MUNDANISMO, ou, como é frequentemente designado, mentalidade terrena. O menor conhecimento dos registros cristãos e do sistema cristão deve nos convencer que alguém poderia pensar, de que estes pretendem formar um caráter que, em referência a coisas tanto temporais quanto eternas, deve, em seu espírito e manifestação, ser diferente de, e, ao contrário, do de um homem não convertido. Nisto, o cristianismo tem uma vasta vantagem sobre o judaísmo. Este último era, em grande parte, um sistema mundano; sua revelação de um estado futuro era fraca; suas promessas eram de coisas terrenas; sua política eclesiástica, embora administrada pelo próprio Deus, era em parte mundana. Parece haver pouco para promover uma mente sobrenatural, espiritual e celestial, mesmo nos israelitas mais piedosos. É totalmente diferente conosco. Estamos sob um pacto "estabelecido mediante melhores promessas". Tudo no caminho do motivo é espiritual e celestial. Vida e imortalidade são trazidas à luz pelo Evangelho. A vida eterna no céu é o grande tema do Novo Testamento. Estações frutíferas, confortos temporais, riqueza aumentada, prosperidade mundana - não são mais os incentivos à obediência ou as recompensas prometidas pela boa conduta. Deus, pelo seu quase total silêncio sobre essas coisas, e sua constante exibição de "todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais", depreciou um pouco os objetos da ambição humana e nos ensinou a depreciá-los também, pelo menos em comparação com as coisas celestiais. Pela própria revelação de nossa fé e esperança das glórias do mundo celestial, Ele pretende, de fato, não aniquilar nem esconder inteiramente as coisas terrenas - mas certamente jogá-las de alguma maneira na sombra, diminuir sua importância e atrair, em certo grau, nossa atenção deles. 
Apenas veja o que é dito sobre essas duas classes de objetos no Novo Testamento: "Se você ressuscitou com Cristo, procure as coisas que estão em cima, onde Cristo está à direita de Deus. Coloque sua afeição nas coisas de cima, não sobre as coisas da terra. Pois você está morto e sua vida está escondida com Cristo em Deus." "Não olhamos para as coisas que são vistas - mas para as que não são vistas - pois as coisas que são vistas são temporais; mas as coisas que não são vistas são eternas". "Que os que compram sejam como se não os possuíssem, e os que usam o mundo como não o abusam." "Não ameis o mundo, nem as coisas que existem no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, o desejo da carne e o desejo dos olhos e o orgulho da vida não são do Pai, mas são do mundo." "Amados, suplico-vos como estrangeiros e peregrinos, abster-se de concupiscências carnais, que guerreiam contra a alma." "Tendo comida e roupas, vamos nos contentar com isso." "Não ajunteis tesouros na terra, mas ajuntem tesouros no céu."
Agora, na visão dessas passagens, e de muitas outras, com que força a questão do apóstolo chega até nós: "Vendo todas essas coisas se dissolverem, que tipo de pessoa vocês devem ser, em toda a vida santa e piedade!" Que espírito sobrenatural, que impressão da eternidade, que temperamento do céu deveria haver em nós! Professar acreditar em tudo isso, a esperar por tudo isso, a amar tudo isso, a nos entregar a tudo isso - não deveríamos ser um povo realmente, praticamente diferente das pessoas do mundo - visto ser diferente, conhecido e reconhecido como diferente - diferente em nosso espírito predominante, em nossos prazeres, em nossos gostos, em nosso modo de fazer negócios, em nossos sentimentos e conduta em relação à riqueza, em nosso comportamento sob perdas e nas máximas que nos governam? Deveríamos não parecer os conquistadores e não os cativos do mundo? Mas é assim? Não é exatamente o contrário de tudo isso a característica atual de muitos professantes? Uma inundação de mundanismo não fluiu sobre a igreja? Não vemos um monte de detritos e acúmulos de lama nas paredes e nas ruas de Sião?
É claro que é admitido que um cristão pode e deve se envolver em negócios seculares, se não tiver uma fortuna competente para fazê-lo; que ele possa se tornar um homem de negócios hábil e inteligente; que ele deve ser diligente e pode, por indústria honesta, adquirir riqueza. Um comerciante incompetente ou ocioso não honra a piedade. E também é admitido que nunca foi tão difícil quanto nesta era iniciar negócios e manter a consciência sem ofensa. As tentações de afastar-se da estrita linha de integridade nunca foram tantas e tão poderosas como são agora. É um trabalho árduo viver e seguir o que quer que seja verdadeiro e honesto. Mas então, se somos cristãos, isso deve ser feito. Agora, então, observe a conduta de muitos professantes de religião. Eles não estão tão completamente engolidos na ânsia de serem ricos , no círculo cada vez mais amplo de suas especulações comerciais, em seu modo duro, desgastante e desgastante de fazer negócios, em adotar os mesmos truques, artifícios, meias falsidades, meia desonra e meia desonestidade de mundanos que não profetizam? Leia os anúncios em nossos jornais e revistas e as contas em nossas janelas - que baforadas e elogios, que afirmações de excelência transcendente e declarações de superioridade acima de todas as outras, que atrações enganosas, que artes ridículas, vis e ridículas para chamar a atenção, nos encontramos com alguns que deveriam saber melhor! Não posso, como se supõe, objetar à publicidade, pois o comércio não pode ser realizado sem ela - nem condeno a engenhosidade modesta em atrair a atenção que é consistente com a verdade e com as coisas de boa reputação - mas quando isso degenera, como frequentemente sucede, em meias falsidades, é o que nenhum que se professa cristão deve recorrer.
Não vemos muitos praticamente rejeitando as regras apostólicas de comércio e desconsiderando tudo o que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável e de boa reputação - e sorrindo para a simplicidade do homem que os amarraria a tais regras? Estou ciente da raiva da competição, da rivalidade do comércio, da necessidade absoluta de habilidade, diligência e até astúcia - lidar com ciúmes, inveja e truques. Mas ainda assim, eu digo, o domínio apostólico é válido, e o homem que não pode seguir em frente sem pisá-lo não deve continuar. Se um cristão não pode ficar rico sem perder sua piedade, ele deve se contentar em ser pobre. Em um país comercial como este, e em épocas tão intensamente comerciais como a nossa, a maior armadilha para os cristãos é agir como homens mundanos em muitas das máximas mais frouxas e práticas questionáveis ​​da época.
Esse espírito mundano não é manifestado em muitos casos pela tentação de uma especulação precipitada e imprudente? Certamente deve haver um significado nas palavras do apóstolo, e um significado aplicável a todas as idades e estados da sociedade - "Tendo comida e roupas, estejamos com isso contentes". Não que isso deva ser interpretado de forma rígida e literal. No entanto, certamente seu espírito deve condenar um desejo excessivo por riqueza. Isto é claro pelo que se segue - "aqueles que desejam ser ricos caem na tentação e na armadilha, e em muitas concupiscências tolas e ofensivas, que afogam os homens na perdição. Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todo mal; que, embora alguns cobiçaram depois, erraram na fé e penetraram com muitas dores". O que é senão essa determinação, quase todos os riscos, e quase de qualquer maneira de ser rico, que faz com que muitos continuem ampliando seu já amplo círculo comercial, lançando-se além de sua capital, especulando de maneira ampla e imprudente, seguindo as bolhas que outros sopraram e depois recorreram, por uma espécie de compulsão, como supõem e sentem, a meios para atender a uma exigência que a honra comercial, para não falar do princípio cristão, proíbe? O que é isso, eu digo - senão um espírito mundano que leva a tudo isso?
Não satisfeitos com o passo lento no caminho mais humilde e obscuro da indústria paciente e honesta, muitos devem galopar rumo à riqueza no caminho mais alto da especulação. Eles viram alguns aventureiros afortunados saltarem para a riqueza e também devem tentar a sorte. Ah! Mas quão poucos são os grandes prêmios desta loteria, quão numerosos são os pequenos e quão multiplicados são os falidos! Quantos escândalos ocorrem dessa maneira pela ruína dos próprios indivíduos e pelo descrédito da piedade! Nem todos nós conhecemos exemplos desse tipo, de homens que não eram desonestos, que teriam estremecido com a própria ideia de uma fraude deliberada e intencional, e nunca cometeram uma; mas quem, em consequência do inesperado fracasso de algumas especulações imprudentes e injustificadas, recorreu a meios para evitar um acidente, que, em outras circunstâncias, eles teriam evitado com detestação? Eles nunca planejaram roubar ninguém - mas tiveram o objetivo de pagar a todos o que lhes era devido, quando a especulação lhes trouxe a fortuna que esperavam com confiança. A nuvem, que eles esperavam que derramasse uma chuva de ouro sobre seu objeto querido, lançou um raio que a partiu em pedaços. Todas as promessas feitas com outras antecipações falharam; credores feridos e exasperados provocaram censuras ao autor de sua perda - e as pessoas, que esperam a paralisação dos professantes, insultando, exclamaram: "Este é seu homem piedoso!"
Antes de prosseguirmos com as palavras de John Angell James, é importante destacar que ele como que profetizou em relação a estas coisas ditas anteriormente sobre o estado futuro da igreja no mundo, especialmente na Europa, que em nossos dias perdeu muito da sua anterior vitalidade exatamente por essa busca obstinada por riquezas terrenas. Os meios industriais e tecnológicos avançados que não pertenceram aos dias de John Angell, têm chegado a nós em tal amplitude que mais se vê na Europa o ateísmo do que um Cristianismo vigoroso, e este apego desenfreado aponta para um previsível não recuo em tal estado de coisas.
Mas voltemos a John Angell James:
Lamento dizer que esses casos não são incomuns. Não que eles sejam mais frequentes com professantes do que com pessoas que não fazem profissão. Atrevo-me a afirmar que, para um desses, há dez entre os últimos; mas então, como uma execução de um criminoso faz mais barulho do que a vida de dez homens honestos exemplares, um fracasso vergonhoso de um cristão professo ocasiona uma conversa mais reprovadora do que o fracasso ainda mais vergonhoso de dez homens do mundo. Alguns fingem malignamente que negociariam mais cedo com um homem que não professa piedade do que com alguém que o faça. Creio que isso é uma falsidade, mero ódio calunioso à piedade e inimizade contra Deus. Ainda assim, que lição e advertência isso mantém para os cristãos professos, para serem mais cautelosos  em todas as suas transações seculares, e mais resolutos em sua determinação de estarem dispostos a sofrer a perda de todas as coisas, pela excelência da conhecimento de Cristo Jesus, o Senhor.
Tenho certeza de que sim, mas expresso os sentimentos de todos os meus irmãos no ministério, quando digo que estou cansado dos relatos que estão flutuando pelo mundo, embora não afetando, talvez, nossos próprios membros, a má conduta de cristãos professantes em referência a assuntos financeiros. Dos três pecados predominantes aos quais os cristãos de todas as épocas são expostos e tentados - intemperança, licenciosidade e mundanismo, o mais prevalecente é o último - e é o mais difícil de levar sob a disciplina da igreja e levar para casa a igreja. a própria consciência de um homem. Quantas pessoas sentiriam remorso extraordinário por um ato de intoxicação ou licenciosidade, que passariam por toda uma série de inconsistências em assuntos financeiros, e ainda assim sua consciência dificilmente os incomodaria - e quem, enquanto a igreja tomaria o conhecimento do primeiro seria, no que diz respeito ao segundo, continuado, incitado e não aprovado.
Absolutamente inconcebível é o mal que é feito para o crédito à piedade e às almas dos homens, pela falta de princípio honroso e, em alguns casos, de princípio honesto, entre os professantes de religião. Os infiéis são confirmados em sua infidelidade, o profano em sua profanação e o mundano em seu mundanismo, por essas ocorrências. Uma única inconsistência desse tipo na conduta mesmo de um professante que nunca fez isso antes, e nunca fará isso de novo, pode produzir, em mais de uma mente, uma impressão inefável e um preconceito inextinguível contra a piedade. Portanto, vamos observar e ser cautelosos sempre, em tudo e diante de todos. As palavras de nosso Senhor devem sempre soar aos nossos ouvidos: "Ai do mundo por causa de escândalos - deve ser necessário que os escândalos venham - mas ai daquele homem por quem eles vierem". Imaginemos apenas que impressão seria produzida na parte não convertida da humanidade, se todos os que professam ser convertidos cumprissem o regime apostólico do comércio - se, em todos os casos, fosse um fato estabelecido e conhecido, que todo o professor de piedade era um homem honesto e honrado; alguém cuja palavra era seu vínculo, que preferia sofrer mais do que fazê-lo, e não era nem um trapaceiro. Estou ciente de que a vantagem que seria redundante para pessoas piedosas, para quem a honestidade seria a melhor política, seria, nesse caso, tão grande que muitos simulariam hipocritamente a piedade em benefício de seu benefício; pois, como todos seriam levados a lidar com pessoas em quem pudessem confiar plenamente, seria palpável para todos que "a piedade é proveitosa para todas as coisas, tendo a promessa da vida que é agora, bem como daquela que está por vir." Mas mesmo para eles um elogio não designado seria prestado à piedade, quando era intencionalmente falsificada em benefício de suas vantagens temporais.
E não é, então, o dever solene de todo cristão que professa ser conhecido como um homem honesto, generoso e honrado? Sua piedade não deveria ser levada do santuário, da igreja e do altar da família para a loja, para a troca, para o mercado? Deveria não presidir a compra e venda e entrar em pechinchas e acordos? Ora, metade dos escritos proféticos do Antigo Testamento, e não uma pequena parte dos do Novo, são sobre esses mesmos assuntos. "Santidade ao Senhor" deve estar escrita em todas as nossas mercadorias. Não somos ordenados por Cristo a deixar nossa luz brilhar diante dos homens? Agora, isso sugere não apenas que nossa religião deve ser visível - mas resplandecente. Uma vela é visível - mas é resplandecente? E, para brilhar diante dos homens, deve ser visível naqueles assuntos que caem mais imediatamente sob seu conhecimento. Eles não nos veem em nossos quartos ou nos próprios altares da família; mas eles nos veem em questões comerciais e em todas as transações monetárias. É lá que somos uma cidade situada em uma colina, que não pode ser escondida. Nada pode brilhar que não seja radiante em comparação com o que está à sua volta - e não podemos brilhar a menos que sejamos extraordinariamente honestos, honrosos e verdadeiros.
Um cristão não é apenas para ser tão moral quanto um mundano moral - mas mais ainda, senão ele não pode brilhar diante desse homem. E, no entanto, não existem alguns homens, que não fazem profissão de piedade e não possuem nenhuma, que ofuscam muitos que são membros da igreja, na integridade, na veracidade e na honra de suas transações monetárias? Pouco antes de escrever essa frase, estava conversando com um dos homens mais ricos e afortunados da cidade, que me disse que foi iniciado na vida por um homem mais honesto, generoso e de mente nobre, infiel e esforçou-se para torná-lo um, e quase conseguiu, pela força de sua bela conduta moral, especialmente em contraste com as inconsistências grosseiras de muitos que se chamavam cristãos. O que vale uma profissão de piedade que, nas moralidades do comércio, é ofuscada pela conduta de um infiel?
Que oportunidade, eles estavam ansiosos para abraçá-la, tendo cristãos professos a brilhar, nesta era de princípios comerciais corruptos! Quão infectado, em sua essência, com princípios doentios, é o grande órgão comercial! Alguns chegaram ao ponto de dizer que todo comércio é uma mentira. E de fato verdade, justiça, honestidade e honra, parecem se tornar quase desconhecidas no comércio. Em tais circunstâncias, o cristão da atualidade continua seus negócios. Tentando, tentando severamente, eu sei que está, e tenho muita pena dele. Mesmo assim, eu teria pena do crente nos tempos primitivos, quando, sob o Império Romano, ele era obrigado a queimar incenso nas estátuas do imperador - ou sofrer o martírio. O que um crente é chamado a fazer agora, comparado com o que um crente foi chamado a fazer então? Se a religião não se curvaria aos sentimentos da humanidade quando a própria vida dependesse de uma circunstância aparentemente tão leve como queimar alguns grãos de incenso diante de uma estátua, tenha certeza de que não será mais flexível quando houver apenas propriedade e conforto mundano em risco. O teste de piedade foi então a tentação da idolatria; agora é a tentação de desonestidade. O nosso é, de longe, o menos grave dos dois. "Pele por pele, tudo o que um homem tem, ele dará por sua vida."
Se não podemos agora abster-nos de receber dinheiro por mentira, desonestidade, desonra, trapaça; como poderíamos nos abster, em tempos de perseguição, de meios proibidos de salvar vidas? O que, no máximo, é que os homens temem agora, seguindo as coisas que são verdadeiras, honestas, justas e sacrificando ganhos obtidos de forma desonrosa? Pobreza absoluta? Não. Há um pequeno risco disso, pelo menos na maioria dos casos. É apenas um grau um pouco mais baixo na sociedade. Se eles não obtêm tanto lucro, não podem viver tão gentilmente, tão luxuosamente. Eles não podem habitar uma casa tão grande, não podem ter móveis tão elegantes, não podem divertir-se, não podem manter uma carruagem. É para apoiar essas coisas que as leis da honestidade e honra no comércio são sacrificadas por muitos. Eles não estão satisfeitos com a mera vida - mas devem ter abundância.
E até os professantes de religião se deixam levar por essa disposição ambiciosa e aspirante. E tornou-se uma falha predominante das igrejas nos dias de hoje. E como deve ser alterado? O apóstolo nos disse: "Mas, quanto a mim, nunca me gabarei de nada além da cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim e eu para o mundo". Quão obscuro, quão inútil, tudo o que é terrestre aparece quando visto à luz do sol da cruz! É perdendo de vista Jesus, vivendo tão longe dele, esquecendo-o, que deixamos o mundo nos dominar tanto. Você deve meditar mais na cruz, deve se concentrar mais no Calvário, deve estar mais familiarizado com o Crucificado. 
Então, novamente, em outro lugar, diz-se: "O que é nascido de Deus vence o mundo - esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé". O que é necessário é uma crença mais forte da realidade de uma existência eterna além do túmulo; um aperto mais firme da mão da fé sobre a glória, honra e imortalidade, prometidas aos que continuam pacientes no bem; uma consideração mais frequente e séria da falta de tempo e da brevidade e incerteza da vida. Ó cristãos, o que é o tempo para a eternidade; o que é a terra para o céu? Pense mais em guardar tesouros no céu e menos em guardar tesouros na terra. Mesmo supondo que você finalmente esteja seguro para o céu, apesar de um mundanismo de disposição muito prevalecente e algumas inconsistências; que diminuição da herança celestial ocorrerá! O cristão que aumenta sua porção mundana por ser indigno de sua profissão, está perpetuamente diminuindo sua porção no paraíso. Existem graus de glória no céu - e os maiores serão alcançados por aqueles que, pela graça divina, obtiverem a maior vitória sobre o mundo - e tomam como uma verdade mais certa que, mesmo na terra, há mais real e sublime felicidade a ser obtida de um mundo crucificado do que de um mundo idolatrado.
Abrindo outro parêntesis nas palavras de John Angell, devemos afirmar que há dois grandes motivos incentivadores para um viver santo em contraposição ao mundo: o primeiro é missiológico, ou seja para que outros possam ser alcançados para a conversão ao evangelho e à edificação de suas vidas  pelo nosso bom testemunho, e o segundo dá-se em razão de que não se pode comparar toda a riqueza material, ou fama, ou tudo o mais que se possa obter neste mundo, com a glória que está prometida à Igreja, quando Jesus se manifestar em Sua segunda vinda. Não é sábio e nem prudente trocar a primeira pela segunda. Além disso, como será de santidade absoluta e perfeita a condição futura dos crentes, importa que eles comecem a adquirir os hábitos desta santidade que será perfeita no porvir, vivendo portanto, presentemente, de modo digno da vocação deles.
Voltando ao texto de John Angell James:
A seguir, menciono os hábitos domésticos e sociais de alguns professantes. Parece-me que há um gosto predominante demais por um estilo de vida caro e vistoso, uma ambição indevida de estar no estilo, uma sensibilidade excessiva sobre moda, refinamento e aparência. Isso é visto em sua preocupação febril de morar em casas grandes e possuir móveis elegantes. É igualmente exibido em trajes alegres, caros e modernos, sobre os quais os apóstolos deram exortações, advertências e orientações especiais. 1 Timóteo 2: 9; 1 Pedro 3: 3. O mesmo espírito é visto na educação de seus filhos, especialmente de suas meninas, que ouvem em casa, de suas mães, em alguns casos, muito mais sobre moda do que sobre piedade; sobre realizações elegantes do que sobre excelências femininas, aquisições mentais, autogoverno e virtudes relativas.
Em resumo, as famílias de muitos professantes são “o mundo” em um pequeno círculo; com apenas a exclusão de algumas de suas formas mais grosseiras. Isso não tem sido realizado com pouca frequência, onde não havia garantia para isso com base em meios amplos ou mesmo suficientes. As consequências disso, com muita frequência, foram falhas vergonhosas - e, como foi a queda de um professante, a piedade sofreu em seu crédito e caráter. Que ideias de religião as pessoas do mundo devem afastar das famílias de alguns professantes em que residem por algum tempo como visitantes? Eles deveriam ser capazes de dizer: "Naquela casa, respirei a própria atmosfera de piedade. De tudo que vi e ouvi, estou convencido de que Deus mora lá".
Nunca houve espetáculo, extravagância e luxo desnecessários, tão pecaminosos em um professante rico como nesta era, quando as demandas por dinheiro para levar adiante a causa de Deus se multiplicam tão rapidamente a cada ano. A disposição para custos desnecessários nos hábitos domésticos e sociais está infectando as classes média e baixa de professantes, e também as mais altas. A moda é a deusa para cujo santuário muitos deles reparam com uma devoção tão ardente quanto sincera. É verdade que é uma era de refinamento - e o gosto e a elegância estão continuamente espalhando suas belezas pela superfície da sociedade. Isso torna ainda mais necessário que os cristãos estejam em guarda, para que não fiquem ansiosos demais pela luxúria da carne, pela luxúria dos olhos e pelo orgulho da vida.
Semelhante a isso, é o mundanismo exibido por alguns professantes em suas festas e entretenimentos sociais. Estou plenamente consciente da impossibilidade de estabelecer qualquer linha definida além da qual, nessas questões, os professantes não possam ir. A tais coisas, os costumes da época em que vivemos e os círculos em que nos movemos prescrevem leis às quais, de certa forma, todos nos submetemos. Mas então, a piedade vem aqui para fixar os limites adequados de nossa obediência. Sendo todos nós membros da sociedade civil, devemos lembrar que também somos membros de uma igreja cristã. Nós, como professores de piedade, adotamos o Novo Testamento como nosso livro de estatutos. Em todo lugar, supõe-se, em todos os lugares, que é, expressado, insistido em nosso Livro, que realmente haja uma diferença entre cristãos e outros homens, uma distinção que é mais profunda que um modo de vestir ou linguagem; que somos de outro espírito. 1 Cor 4: 7; 2 Cor 6:14, 17; Tito 2:14; 1 Pedro 2: 9. A comunidade cristã se ergue no meio de todas as outras, como em espírito e temperamento diferentes de todas as outras. Nos hábitos pessoais, domésticos e sociais, devemos ser guiados pelas leis de Cristo, que não devem ser governadas por outras leis. Se os hábitos da sociedade coincidem com os do cristianismo, devemos adotá-los; pois não devemos nos opor a eles por uma questão de singularidade. Como nos assuntos piedosos, nos da vida comum, devemos nos conformar até onde a Palavra de Deus permitir, e discordar quando isso nos ordena. O antigo espartano era governado pelas leis de Licurgo e não permitia que as de Atenas ou Corinto interferissem com seus padrões. Um gosto pelo que era refinado, elegante, luxuoso, poderia fazer muito bem para o último - mas não para ele. Assim é com o cristão. Ele precisa perguntar, não o que servirá aos homens do mundo - mas o que concordará com a letra e o espírito do Novo Testamento.
Seguindo esse princípio, ele rejeita como fonte de prazer e diversão o teatro, a ópera, o salão de baile, a mesa de cartas, o percurso de corrida, a sala de apostas. Estes são tão manifestamente hostis, alguns deles à moral, e todos à espiritualidade, da piedade evangélica, que os professantes, pelo menos a maioria deles, abstêm-se dessas coisas. Digo a maioria deles, pois sei que uma visita furtiva a algumas dessas fontes de prazer mundano é ocasionalmente paga, para ver, como afirmam, a vaidade e a pecaminosidade do mundo, para que possam aprender a odiá-lo pela observação, e não apenas por relatório. Ou seja, eles irão no caminho da tentação para vencê-la. Eles colherão um fruto corado e tentador da árvore proibida do conhecimento, para que se tornem sábios pela experiência no conhecimento do mal. Ainda assim, admite-se que poucos professantes são encontrados nesses locais de estância.
Mas será que alguns de seus próprios entretenimentos e diversões se harmonizarão com o espírito do Novo Testamento? Para se referir a seus jantares, não há uma ambição, extravagância e dispendiosidade manifestada neles - que são inconsistentes com a simplicidade cristã? Repito, é impossível fixar o limite exato da propriedade. Seria ridículo ao extremo tentar redigir uma nota de tarifa cristã, ou prescrever a natureza e o número de pratos, ou de vinhos, que um professante pode pôr sobre sua mesa ou em quais artigos de luxo sua sobremesa pode consistir. Só posso falar de princípios e tendências gerais. Em quantas ocasiões festivas não pode ser dito, com singular propriedade, "Não poderia isso ter sido vendido por tanto e ter sido dado aos pobres?" Quando tanto dinheiro é necessário, repito, pela causa de Deus, não se deve gastar um xelim em luxo desnecessário.
E, no que diz respeito a entretenimento , não devo me referir às grandes e alegres festas noturnas que estão se tornando cada vez mais comuns, mesmo entre os professantes de religião? Bailes privados, ou de qualquer forma, para dançar, são, acredito, utilizadas em alguns círculos. Talvez seja difícil logicamente provar que essas coisas, por si só, são absolutamente pecaminosas; deve ser o suficiente para provar que são imprudentes. E, ao mesmo tempo, seria diminuir a própria piedade, estabelecer qualquer linha de distinção que constituísse a principal diferença entre uma pessoa convertida e não convertida. Ainda assim, existem algumas coisas, certamente, não imorais, que são por consenso geral consideradas inconsistentes para um cristão e devem ser evitadas.
Acho que o mundanismo está se infiltrando em nossa própria piedade, como se manifesta em algumas daquelas práticas que são utilizadas para angariar fundos para os vários objetos de zelo piedoso. Quem testemunhou um de nossos bazares modernos e viu a agitação, a alegria, a banda militar, os jogos desta Vanity Fair - se atreveria a dizer que tudo isso se harmoniza com a dignidade e santidade, a espiritualidade e a celestialidade de nossa religião sagrada? Algumas de nossas reuniões sociais, levantadas com propósitos piedosos, estão, temo, degenerando em meras diversões mundanas. Não quero ver a piedade se movendo entre as moradas do homem, uma forma espectral, com a insegurança estóica, a austeridade de um monge ou o isolamento de um eremita, parecendo mais um espírito das trevas do que um anjo de luz . O que eu desejo é ver a aparência de um ser descido do céu e exibindo algo da santidade e felicidade do mundo de onde ele veio, com a intenção de manter seu verdadeiro caráter nessas moradas de pecado e Satanás, e em obter de volta com segurança aos céus nativos e levando o maior número possível ao mundo da vida e da glória. O que desejo ver nos professantes de piedade é a impressão profunda e visível da cruz de Cristo em um espírito de crucificação para o mundo, e a manifestação de um caráter, em certa medida, resplandecente com o esplendor do Paraíso. Em resumo, o que desejo é o pleno desenvolvimento, no caráter e conduta dos cristãos professos, dessa expressão do apóstolo: "Sua cidadania está no céu!"
A ideia é que existam duas grandes comunidades no universo, a do mundo e a do céu, cada uma governada por suas próprias leis, buscando seus próprios objetos e animada por seu próprio espírito; um governado por leis mundanas, o outro por leis celestiais. Vocês, cristãos professos, pertencem à comunidade celestial e devem estar, em espírito e conduta, em conformidade com ela. Isso não mostra, da maneira mais impressionante, quão santo, espiritual e celestial você deveria ser? Entre os cristãos verdadeiros e outros, deve haver mais diferença do que entre os habitantes de dois países diferentes, assim como há mais diferença entre os países celestes e terrestres do que entre os dois terrestres.
2. Menciono agora, como uma segunda falha, em alguma medida relacionada com o exposto acima - um espírito autoindulgente e que ama a facilidade; uma disposição covarde e fraca que se retrai dos deveres, ocupações e compromissos que exigem um sacrifício de repouso e conforto corporais. As palavras de nosso Senhor ainda são a regra permanente do discipulado: "Se alguém vier após mim, negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me". Se houver significado nas palavras, elas devem implicar que o verdadeiro espírito cristão é abnegação. Isso não se destinava a se aplicar exclusivamente àquela época, ou a qualquer época de perseguição, ou a qualquer condição externa peculiar da Igreja. É a lei perpétua do reino de Cristo para todas as idades, todos os países, todas as pessoas. Não podemos mais ser cristãos sem um espírito de abnegação, do que podemos ser sem arrependimento e fé, ou veracidade, justiça ou castidade. É um estado de espírito e um curso de conduta essencial à piedade pessoal. Todos nós, de um modo ou de outro, devemos ser pessoas cruzadas.  
Mas em que consiste a abnegação? Não nas austeridades autoimpostas do catolicismo ou do ermitismo; nem nas penitências autoinfligidas da superstição - nem na privação do gozo sóbrio e moderado das gratificações legais de nossa natureza. A graça não está em guerra, assim como a razão, com os instintos da humanidade; o Criador não os implantou em nossa natureza para ser violentamente destruído pelo Redentor e pelo Santificador. Tudo o que a piedade faz com eles é mantê-los em devida sujeição a si mesmos; não para erradicá-los - mas até agora para colher seu crescimento excessivo, a fim de impedir que ocultem e resfriem nossas virtudes. Para quem usa pano de saco, o lavador de roupas suja, o abstinente meio faminto, o recluso da cela, Deus diz: "Quem exigiu isso de sua mão?" Isso não é abnegação - mas autodegradação, uma caricatura repugnante da virtude recomendada por nosso Senhor. É autossatisfação sob uma forma hedionda; agradável a si próprio de uma forma de autotortura; a adoração do eu em forma de Moloque.
Abnegação significa a sujeição de todos os sussurros do amor próprio à vontade de Deus. É a rendição de nós mesmos a Deus, fazer a vontade dele e agradá-lo no caminho de seus mandamentos, e não a nós mesmos. Em outras palavras, é preferir o dever conhecido e prescrito, à gratificação egoísta. Esse estado de espírito se desenvolverá de várias maneiras. Se alguém nos machucou, o dever cristão diz: "Perdoe-o livremente". O eu pecaminoso diz: "Retalie". A máxima do diabo diz: "A vingança é doce;" e o eu pecaminoso afirma o mesmo. Vingança é autoindulgência - perdão, com nossos corações corruptos, é abnegação. Assim também, em um caso diferente, se ferimos outro, razão, piedade, consciência, todos dizem: "Confesse sua culpa". O coração maligno diz: "Não, não posso, assim, me humilhar." A abnegação requer confissão - a autoindulgência resiste.
Então, novamente, todo o negócio da santificação interna, em nosso atual estado imperfeito, é um curso de abnegação. Devemos "mortificar nossos membros", "crucificar a carne", "sujeitar o corpo". Tudo isso implica e requer abnegação - pois é mais uma resistência do que uma gratificação de nossa natureza pecaminosa. De fato, todo o curso da vida cristã é um hábito contínuo de abnegação, ou a sujeição de nosso eu pecaminoso ao nosso eu renovado e santo.
No curso de seus negócios, um homem pode, com um pequeno sacrifício do princípio cristão, obter ganhos consideráveis. O eu implora por isso - a piedade o proíbe. Desistir do ganho por causa do princípio cristão é abnegação. Esse dever muitas vezes exige que, em nossos negócios no mundo e em nossa conduta na igreja, renunciemos à nossa vontade e caminho à vontade e ao caminho dos outros. O homem que não paga nenhum respeito a sua opinião, desejos, e quem disse dentro de si mesmo: "Eu vou ter o meu caminho", e que não se importa a quantos ele se opõe ou angustia ou espezinha, ou o que mal ele ocasiona por sua obstinação, não tem uma partícula de abnegação. A satisfação própria é o seu objetivo e o seu propósito. Ceder graciosa e silenciosamente em assuntos disputados, onde apenas sentimentos e não princípios estão envolvidos, é um ato difícil, mas necessário, de abnegação.
Lamento ver quão pouco disso às vezes se manifesta no governo de nossas igrejas, mais particularmente na escolha de um pastor. Quão pouco dispostos são nossos membros a desistir de sua gratificação pessoal pelo bem da igreja! Todo mundo tem o direito de fazer e expressar uma preferência e uma escolha; mas se o exercício desse direito envolver uma total desconsideração das opiniões, desejos e sentimentos dos outros; se se estabelecer em uma disposição resoluta e turbulenta para levar o argumento de um homem a todo risco; se ele diz ou sente: "Não me importo com o que os outros pensam, estou determinado a ter sucesso em meu objetivo", que abnegação, pergunto, existe aqui? É a própria essência do interesse próprio e da satisfação própria. Abnegação significa abrir mão de nossa vontade e propósito individuais para a paz e o bem-estar do todo. As minorias devem frequentemente desistir de sua oposição pelo bem do todo, e as maiorias às vezes devem ceder às minorias, quando estas são numerosas e poderosas. Direitos nem sempre são deveres. Homens que se enquadram nos laços de qualquer associação, civil ou sagrada, devem ser preparados dessa maneira para exercer a abnegação. Nossas igrejas hoje em dia não estão tão dispostas quanto deveriam, para uma demonstração dessa virtude cristã. O engano do coração humano muitas vezes lhes impõe, e os leva a supor que estão agindo para a glória de Deus, quando estão apenas gratificando seu egoísmo e se esforçando para seguir seu próprio caminho.
Mas a abnegação requer frequentemente o sacrifício de gratificação pessoal e relativa pelo benefício de outros e pelo bem da causa de Cristo. Eu admiti que a liberalidade é a excelência da época em que vivemos. E assim é - e não duvido que, em muitos casos, a abnegação mais generosa e heroica seja praticada para demonstrá-la. Posso supor que esse seja especialmente o caso dos pobres, cujo centavo dado ao fundo público é uma abstração de suas próprias necessidades. Foi abnegação por parte da pobre viúva dar-lhe dois centavos. Assim também, na classe média, a abnegação é praticada naquilo que eles dão. Foi uma abnegação por parte dos macedônios, pela abundância de sua profunda pobreza, abundar na liberalidade; mas não creio que a abnegação ainda tenha sido praticada pelos ricos. Se eles dão sua abundância, eles ainda têm abundância - até mesmo seus luxos são absolutos. Seus dons não diminuíram uma partícula de sua gratificação. Seu copo de prosperidade está cheio até o limite e suas doações são apenas transbordamentos, que eles não podem beber. O que é necessário para a conversão do mundo é a real abnegação nos círculos superiores da sociedade. Precisamos e devemos tê-lo, se China, Japão e Índia forem convertidos em Cristo. É um espírito de abnegação, abreviando os luxos da riqueza, que trará o Milênio com a volta de Cristo. Quando eu vejo homens ricos contraindo suas despesas, em vez de aumentá-las, acreditarei que eles são fervorosos pela conversão do mundo, e reconheço com esse espírito o crescente esplendor da aurora dos últimos dias.
Mas ainda existe outra maneira pela qual essa virtude deve ser exibida, ou seja, nos sacrifícios da facilidade corporal para o desempenho do dever e a promoção da piedade pessoal. Precisamos de um espírito de trabalho, bem como de dar e orar. Um espírito para encontrar oposição e ingratidão, suportar visões e cheiros ofensivos aos sentidos, suportar fadiga, sofrer calor e frio, sol e tempestade, chuva e neve, para nosso próprio benefício ou para o bem dos outros. Creio sinceramente que muitos professantes, reluto em dizer o grosso, estão se tornando autoindulgentes demais para suportar muitos problemas por desfrutar dos meios da graça. Quantos deles, com uma manhã fria, ou um pouco de chuva, ou uma noite escura, estarão na casa de Deus! Não é uma queixa geral nas metrópoles e nas grandes cidades que as congregações da noite de domingo estão caindo e que os cultos durante a semana estão ficando cada vez menores? Como é isso? Não são muitos os que se satisfazem com um único sermão por semana, se aninhando em casa no domingo à noite à beira da lareira e se desculpando lendo um sermão ou algum outro livro? Onde eles estão nas noites de reuniões de oração e em outros cultos durante a semana? As mulheres em casa e os homens, talvez, desnecessariamente atrasados ​​nos negócios. A piedade, com muitos, está se tornando uma planta tenra, que não pode ser exposta fora de uma estufa. Oh, onde está a dureza que, em dias de perseguição, levou o discípulo a negar a si mesmo, tomar sua cruz e seguir a Cristo até a encosta, em meio ao vento e à chuva, para um sermão; ou tatear seu caminho no meio da escuridão da noite para algum celeiro ou casebre para uma reunião de oração; ou caminhar dez milhas pelo campo para um banquete sacramental?
Caímos em tempos e circunstâncias tranquilos e fáceis, e eles tornaram nossa religião suave e autoindulgente. O que quero ver é uma piedade robusta e resistente, que mostra sua seriedade na qualidade de "dureza duradoura", semelhante a um soldado; que, para o desfrute dos meios da graça, pode resultar em clima pouco propício e independentemente da distância. Os homens de negócios, geralmente, em um dia da semana, andam duas vezes a distância que estão dispostos a percorrer no sábado ao santuário. "A manhã é proibitiva, fique em casa;" ou "A noite está escura e fria, fique em casa junto ao fogo", defende a autoindulgência. "Dê-me meu grande casaco e guarda-chuva", diz a abnegação; "meu pastor me chama para o pasto, e devo ir." Um concerto será realizado ou uma festa será organizada em tal noite - "Você não terá mais entretenimento lá do que ouvindo um sermão ou indo a uma reunião de oração?" diz a autoindulgência. "Talvez", responde a abnegação, "pode ​​haver algo muito mais agradável para a carne em outro lugar - mas meu dever me leva ao santuário; não posso permitir que meus hábitos piedosos sejam violados por quaisquer assuntos seculares". Deus poderia ver mais desta abnegação nas igrejas de nossos próprios tempos!
3. Agora, menciono outra das falhas de nossas igrejas nos dias atuais, e isso é uma consideração excessiva ao talento, à genialidade e à eloquência no ministério da palavra . A nossa é uma era de adoração ao homem e idolatria de gênio. O intelecto humano nunca fez tais avanços como em nossos dias. As descobertas da ciência e as invenções da arte superam tudo o que já foi feito na história do mundo - e essas maravilhas são registradas mesmo em nossos diários, com uma elegância e eloquência iguais, se não superam, os melhores modelos de composição grega e romana. A adoração a heróis é, portanto, um pecado assombroso da época. Com a grande massa, o homem é tudo, Deus não é nada. Até o vício pode ser tolerado por muitos, se associado apenas à genialidade; e libertinismo pródigo suportado, se for promovido pelas artes. (John Angell não havia sequer imaginado a que ponto isto poderia chegar em nossos dias no século XXI, com todo o aparato tecnológico usado no mundo musical, televisivo, cinematográfico, na Internet, e o número infindável de ídolos em todas as áreas, inclusive da mídia e esportivas, que sequer existiam em seus dias, e que de fato tem influenciado diretamente para a perda de vitalidade espiritual da Igreja em muitas áreas do globo.) A prevalência e o progresso de tal disposição, pela destruição da moral, comeriam como um verme na raiz de nossa prosperidade e estabilidade nacionais. É impossível não saber que mesmo os cristãos correm o risco de serem corrompidos dessa maneira, e não ver que, de alguma forma, caíram em perigo. 
Mesmo nossos revisores evangélicos não são suficientemente cautelosos em suas críticas a obras de gênio infiel ou de erro herético. Em sua admiração pelo talento, às vezes são demais, independentes dos interesses da verdade. Em alguns casos, volumes contendo erros insidiosos e volumes de sermões também foram elogiados por sua genialidade, quase sem alusão aos seus erros. Enquanto em outros, o gênio foi exaltado aos céus, e a heresia foi condenada com apenas uma leve censura. A adoração de talentos, sem vigilância, e uma consideração mais sagrada ao valor e importância da verdade, provavelmente, neste dia, prejudicará nossa teologia.
O gênio sem virtude corromperá o mundo; e o gênio sem verdade corromperá a igreja. Que grito existe em nossas igrejas, hoje em dia, sobre talento! E admito que esse homem, sendo um ser intelectual, deve apreciá-lo. Ele é feito para admirá-lo e apreciá-lo. A efervescência de ideias brilhantes; os brilhantes raios de gênio que iluminam e elevam o entendimento; o som, a lógica profunda que convence a razão, juntamente com a eloquência simples, porém poderosa, que desperta a alma de suas profundezas - deve ser agradável para a compreensão humana, e nada que possa ser dito, ainda que eloquentemente, para derrubá-la , sempre terá sucesso.
Mas o que deve ser evitado é exaltar o talento na religião, e especialmente nos sermões, acima da verdade, ou para a negligência da verdade! Eu digo, como eu já disse em outros lugares e antes, o Evangelho é um tema acima de todos os temas, que é uma profanação para um pregador tocar na ignorância, no descuido ou na fraqueza; ou, para um cristão, por outro lado, ouvir apenas a eloquência com a qual é apresentada. O pregador que não desperta todos os seus poderes para fazer o evangelho entendido, sentido e crido, está fora de seu lugar no púlpito. E desde que seu único objetivo seja tornar seu sermão "o poder de Deus para a salvação de seus ouvintes" ou, em outras palavras, os meios de converter os pecadores do erro de seus caminhos - e desde que haja uma adaptação de sua eloquência para alcançar esses fins, ele não pode ser muito eloquente. Seja seu gênio que obrigue seus ouvintes a esquecê-lo e pensar apenas em si mesmos, e seus poderes de ilustração fazem com que pensem apenas mais em seu assunto - ele não pode, repito, ser eloquente demais. Este é o maior triunfo da genialidade. Esse foi o caso do grande ateniense, cujas orações deixaram seu público sem poder na época para falar ou até pensar em Demóstenes - mas os obrigou a gritar: "Abaixo Filipe da Macedônia".
Agora, deixe-me perguntar: com que opinião os ministros são frequentemente escolhidos para o pastorado e ouvidos no púlpito? Não, posso dar um passo atrás e perguntar: com que opinião eles são treinados por seus professores na faculdade? O “talento” não é consagrado nas escolas dos profetas, como objeto da idolatria - e o treinamento moderno não tende a nutrir esse sentimento na mente de nossos alunos? Eu teria então homens de intelecto débil admitidos e ignorantes deixados destreinados para vegetarem em indolência? Não! Eu teria os intelectos mais nobres para o ministério, se pudéssemos obtê-los, e os treinaria com o cultivo mais assíduo. Mas eu os deixaria imbuídos da ideia de que todo o gênio e aquisições no mundo são apenas meios para um fim, e esse fim, é a pregação do evangelho para a salvação das almas. Quando um pastor deve ser escolhido, quão alto e quão geral é o grito, mesmo em pequenas congregações e por ouvintes rústicos, "Precisamos ter um homem de talento".
Bem, e deixe-os, se o talento não for considerado a primeira coisa, e algo maior e melhor do que piedade e sã doutrina. Até a própria demanda mostra o avanço da era e da igreja em melhoria. Isso evidencia uma cultura mental, que é em si uma questão de felicitações; sim - mas há outro lado da questão, que é uma consideração muito grande, no espírito da demanda, apenas pelo talento; é o homem de talento, e não de graças; de talento, e não de piedade eminente, ortodoxia sólida e zelo sincero, o que se quer dizer. "Então, meu povo vem até você em multidão, senta à sua frente e ouve suas palavras, mas eles não as obedecem. Embora expressem amor com suas bocas, seus corações buscam ganhos injustos. Sim, para eles você é como um cantor de canções de amor que tem uma voz bonita e toca habilmente em um instrumento. Eles ouvem suas palavras, mas não as obedecem." (Ezequiel 33: 31-32)
Nós devemos ter homens de talento; eles sempre foram necessários e agora são necessários mais do que nunca. Mas precisamos ainda de mais - homens de piedade sincera e zelo ardente. Precisamos de homens, cujo talento seja exercido na conversão de almas e na edificação de crentes - não na intelectualidade fria e na eloquência sem coração. Não desrespeito a demanda por talento - mas quero ouvir uma demanda mais alta e solene por piedade, ortodoxia e sinceridade.
E com que propósito, pergunto, os cristãos costumam ouvir sermões, e quem são os pregadores mais estimados? É o melhor pregador (de acordo com a estimativa deles) - o homem que pode explicar melhor as Escrituras e tornar seus ouvintes mais familiarizados com a Palavra de Deus; alguém que é mais poderoso na conversão de pecadores; alguém que mergulha mais profundamente nas profundezas de seus corações, traz à luz suas corrupções e promove sua santificação; alguém que os ajude a resistir à tentação, a ser sincero em piedade, a avançar na espiritualidade e na mente celestial; alguém que os ajuda em sua solene provação pela eternidade, e os capacita pela fé a vencer o mundo? Esse é o tipo de pregação que eles chamam de bom e gostam de ouvir? Ou é o homem de imaginação brilhante, fantasia vívida, pensamento cintilante e eloquência elaborada, embora ao mesmo tempo pouco qualificado para promover e pouco buscar os grandes fins da pregação do evangelho? Como, digo, eles estimam pregadores? Por utilidade ou por gênio?
Agora, devo admitir, que mentes cultivadas não podem ser satisfeitas com pensamentos comuns e escassos e piedosas repetições centenas de vezes. O cristão mais devoto deve sentir falta lá. Mas não é com o pensamento sólido, substancial e vigoroso que muitos estão satisfeitos, pensando que podem edificar os intelectos mais profundos - mas o que eles querem é sentimentalismo poético, ou belas imagens, ou as bonitas concepções de retórica, especulações curiosas ou peculiaridades equivocadas. pela originalidade - tudo o que as pessoas de grande entendimento podem dispensar.
Eu poderia perguntar aqui, com que motivos, normalmente, até a grande maioria dos professantes vai ouvir sermões. É ter a verdade abençoada de Deus aberta a eles para sua santificação e consolo? É necessário promover o grande negócio de desenvolver sua salvação com medo e tremor? Será que eles podem crescer na graça e no conhecimento de Jesus, seu Salvador? É para conhecer mais claramente e fazer mais perfeitamente a vontade de Deus? Ou será que o gosto deles é gratificado e a compreensão rendida? Não são sermões, com muitos, meros entretenimentos literários , coisas mais para serem ouvidas do que praticadas - e por mais sérios que sejam, e calculados para fazer bem a eles, ainda que não tenham "boa retórica", nenhuma "explosão de eloquência" nenhuma "demonstração de gênio", eles não se decepcionam?
Ouça a conversa deles ao voltar da casa de Deus. "Que sermão esplêndido!" "Que tratamento intelectual!" Ou: "Não tivemos nada muito novo hoje". "Nosso ministro não teve voos elevados em seu sermão." "O sermão foi bom, mas não muito eloquente." Oh, é assim que devemos ouvir as mensagens de Deus? Mas o que tudo isso diz – senão que nossos ouvintes são corrompidos pelo espírito da época e, em muitos casos, são mais ansiosos por talento do que por verdade. E, no entanto, a alma deve ser alimentada e nutrida mais pela verdade do que pelo talento. Podemos aprender sobre esse assunto algo de nossos amigos quacres, que, ao voltar da adoração, nunca criticam os sermões que ouviram - mas consideram que o que ouviram lhes foi dado pelo Espírito de Deus para praticar, e não admirar ou condenar. Nossos ouvintes precisam ser lembrados de que os sermões não são meros ensaios a serem ouvidos, meros entretenimentos mentais ou, se pudermos fazê-los, meras festas literárias - mas exercícios que serão um "sabor da vida para a vida ou da morte para a morte."
III Passo agora a uma consideração dos defeitos no CARÁTER e na CONDUTA dos professantes modernos da religião.
As mesmas falhas, sem dúvida, até certo ponto, prevaleceram em todos os períodos da história da Igreja - mas nem todas no mesmo grau.
1. Primeiro mencionei a espiritualidade e a mente celestial; em outras palavras, um hábito meditativo contemplativo e devoto da alma. O apóstolo nos diz que "ter uma mente espiritual" ou "a mente do Espírito (isto é, as coisas do Espírito) são vida e paz". As coisas do Espírito são as coisas que o Espírito revela na palavra; a influência que ele exerce, os frutos e graças que ele produz e os impulsos que ele comunica. Ao prestar atenção a essas coisas, devemos entender que nossos pensamentos e afetos são movidos espontaneamente por eles. Há pessoas que nunca tiveram um pensamento piedoso envolvido ou um sentimento de devoção emocionado. A religião que eles têm é mera forma e cerimônia. Existem outros cujos pensamentos e afetos são facilmente excitados, sob alguns meios externos, como um sermão poderoso, um livro impressionante ou um coração afetando as orações ou tocando a salmodia. A verdade divina e as realidades espirituais as movem, em certo grau, e suas afeições ficam comprometidas por uma época. Às vezes, sentem-se um pouco no domingo, na casa de Deus e sob os meios da graça.
Mas quando esses apelos externos à consciência cessam, toda a emoção piedosa desaparece e, na segunda-feira, recaem no mundanismo absoluto; as realidades eternas são perdidas de vista por eles e, com exceção, talvez, de uma oração curta e formal, noite e manhã, elas não têm afeto mais piedoso do que o maior mundano. Eles não têm reflexos espirituais espontâneos surgindo em suas mentes, nenhum senso da presença Divina, sem aspirações da alma por Deus, sem oração espontânea, sem reflexões sobre um texto das Escrituras, sem anseios do coração por uma comunhão mais estreita com Cristo, sem disposição ou gosto por conversas piedosas, sem reflexões espirituais sugeridas por eventos passantes, sem vigilância sobre seus pensamentos e sentimentos, palavras e ações - para não cometer "falhas secretas", sem propensão para ler as Escrituras, sem anseio pelo santuário, sem deleitáveis ascensões da alma da terra para o céu, nenhuma antecipação da presença total e final da glória a ser revelada - todas incluídas na espiritualidade da mente.
Não! Essas coisas são todas estranhas para eles. Eles são professantes; que vão à igreja ou capela duas vezes, talvez, no domingo; que observam a ceia do Senhor, abstêm-se do teatro e algumas outras diversões proibidas; mantendo um credo ortodoxo; participam de um ministério evangélico; subscrevem instituições piedosas - e são de conduta moral, respeitáveis ​​no mundo e não são suspeitados pela igreja. Tudo isso é bom e necessário; mas, com tudo isso, onde estão sua mente espiritual, sua disposição sobrenatural, sua disposição celestial? Onde está a impressão da Bíblia, da Cruz de Cristo, do céu, da eternidade? (Poucos consideram que são exatamente estas realidades espirituais apontadas por John Angell James que estarão presentes nos crentes no futuro estado glorioso da Igreja quando Cristo se manifestar, e não será pompa terrena que refletirá a glória do reino de Deus).
Espiritualidade significa um estado de espírito, coração, consciência e conduta, correspondendo às verdades divinas e eternas que temos no livro de Deus e que professamos ter em nossas mentes. Significa aquela espontânea, habitual, irrestrita e afetuosa virada da alma para Deus, Cristo, salvação, céu e eternidade. Isso é espiritualidade, a alma anseia habitualmente por Deus e Cristo, por uma espécie de santo instinto; olhando para o céu e para a eternidade por um impulso de amor santo.
Não deveria ser esse o caso de todos que professam ser um verdadeiro cristão? Esta não é a nossa profissão? Não é isso que se entende pela palavra "vida" - quando empregada como descritiva da verdadeira piedade? As doutrinas do evangelho não são calculadas por sua natureza e pretendidas por seu desígnio, para produzir esse estado de espírito celestial e espiritual? Ah! mas quanta ortodoxia monótona, adormecida e morta existe na maioria dos professantes modernos! Que discordância entre seu credo e sua prática! Ora, parece haver mais vida mesmo entre muitos que se afastaram, em certa medida, do padrão da ortodoxia, do que em multidões daqueles que, em teoria, mantêm firme a forma de palavras sonoras. A senhora Schimmelpennick, em sua bela autobiografia, emprega a seguinte ilustração: "Alguns têm defeitos em seus credos, mas parecem ter vitalidade em sua prática. Eles se assemelham a uma pessoa que perdeu um membro - mas que ainda está viva. São verdadeiramente ortodoxos em suas opiniões - mas não espirituais em seus corações, são como múmias egípcias, mantendo todos os seus membros e formas simétricas externas - mas sem vida". 
Ah, o que são algumas igrejas - senão meras catacumbas cheias dessas formas sem vida de professantes cristãos! Não me fale das numerosas e variadas organizações de zelo e liberalidade cristãos. Eu as conheço e me alegro nelas, e desejo a elas um apoio mais abundante. Exalto no pensamento de que um espírito se eleva que nunca descansará até que ele traga o mundo de volta a Deus. E eu acredito que entre os seus apoiadores são encontrados muitos de espiritualidade eminente; mas estou falando da maioria dos professantes, e deles não hesito nem um pouco em declarar que há uma deficiência óbvia e lamentável da espiritualidade da mente. Seus afetos piedosos estão em uma condição lânguida e morna. Eu sei que a piedade não consiste inteiramente em sentimento. Uma religião que é toda emoção não é religião. Mas, também, uma religião sem emoção não é religião. Pode ser, para mudar a metáfora, uma imagem corretamente desenhada e bem colorida - mas sem vida; ou uma estátua de bom mármore e bem executada - mas morta. Assim, também, a sã doutrina unida à moral correta e à liberalidade, se for destituída de espiritualidade e mente celestial, é apenas a figura ou estátua da piedade. E como, ao adotar a metáfora da múmia da senhora Schimmelpenninck, comparei algumas igrejas com catacumbas; tendo mudado a múmia para a gravura e a estátua, também devo expressar minha apreensão de que muitas igrejas possam ser comparadas a lugares onde há efígies ou semelhanças dos que partiram como se estivessem em adoração; seus rostos são realistas e suas atitudes de devoção são corretas - mas eles não oram.
Oh, professantes cristãos, sem afeições santas e celestiais, qual é a sua religião senão um nome? Atenda, então, às exortações do apóstolo, e "Concentre suas afeições nas coisas que estão no alto, onde Cristo está à direita de Deus". Cultive uma estrutura espiritual; adquira hábitos de pensamento e sentimento piedosos. Como a fonte secreta de uma fonte de água, nas profundezas da terra, mas continuamente jorrando para a superfície, e jorrando em ebulições espumantes; deixe a religião ser em sua alma, uma fonte interior e fonte de piedade viva, que, por sua própria força, está perpetuamente enviando pensamentos espirituais e aspirações celestiais; de modo que uma corrente de pensamentos e sentimentos devotos, profundos e cheios, flua mais ou menos continuamente pela sua vida.
Além disso, seja assiduamente alimentado pelo ato de leitura devocional e participação regular nos meios da graça, que, por canais secretos, reabastecem a fonte do pensamento e sentimento sagrados. Esta é a mesma figura que nosso próprio Senhor emprega, quando diz: "A água que eu lhe der deverá estar nele uma fonte de água que salta para a vida eterna". Ou seja, o dom do Espírito Santo para renovar e santificar a alma, e todas as outras bênçãos do evangelho, produzirão uma disposição santa e celestial que sempre surgirá em pensamentos e sentimentos devotos. Borbulhará e brotará como água em uma fonte. Não como um poço profundo ou uma cisterna estagnada - mas como uma fonte ativa e sempre viva que flui em todas as estações do ano e em todos os estados da atmosfera. Essa é a espiritualidade da mente; não apenas decoro religioso externo e obras de justiça; não apenas corrigir opiniões piedosas; não apenas liberalidade e atividade na causa de Cristo; não apenas a atenção regular aos meios da graça - mas, além de tudo isso, uma mente propensa à reflexão devota, um coração quente de amor a Deus e a Cristo, uma alma cheia de afetos piedosos; em resumo, um hábito de pensamento e sentimento que entrelaça a piedade a Deus com a textura geral da vida.
Tal homem caminha com Deus. Que força e seriedade de significado há nessas poucas palavras, andando com Deus! O que se pode acrescentar para aumentar nossa concepção da devoção, da dignidade, da felicidade do cristão? Significa não apenas harmonia de pensamento e sentimento (pois "como dois podem andar juntos, a menos que estejam de acordo?"), Mas significa comunhão, conversação íntima com Deus. Essa conversa é mútua. Deus fala ao cristão pelas preciosas palavras das Escrituras e pelos sussurros suaves de seu Espírito - e ele fala com Deus. É marcado como um homem de oração, aquele que ora, de certo modo, sempre e em toda parte, que ora enquanto respira.
Depois, há a ideia de habitualidade - esse é o hábito e o teor de sua mente. Nós sabemos onde encontrá-lo; ele é sempre o mesmo; uma serena firmeza mental no santo pensamento e sentimento é sua característica. Grande ternura de consciência também é dele, um temor de ofender a Deus, de ferir o homem; um desejo de agradar a Deus em todas as coisas, sempre buscando e obtendo o testemunho - de que ele agrada a Deus. Uma intimidade peculiar obtém entre Deus e sua alma. Quão condescendente da parte de Deus, que Ele se mistura tanto com sua criatura, mostra-lhe tais favores, dá-lhe tais sinais, admite-o com tanta familiaridade! Tudo isso está implícito; sim, é a própria essência da ideia, eles caminham juntos, se aproximam; no passo de comunicação mais confidencial, ocorre o intercâmbio mais íntimo de sentimentos e afetos.
Isso é espiritualidade da mente. E isso, diz o apóstolo, é "vida e paz". É a evidência, a atividade, o desenvolvimento da vida cristã - e produz um estado sereno e plácido da alma. Acalma as perturbações do coração; como óleo na superfície turbulenta das águas, tranquiliza as tempestuosas paixões e empurra as ondas tempestuosas do pensamento agitado para a paz e o sossego. É um banquete perpétuo para a alma, que é feliz o suficiente para possuí-la. Elevando-se à mente celestial, é uma promessa e um antegozo da bem-aventurança do Paraíso. É uma corrente do rio da água da vida, trazida pela fé e pela esperança da corrente de cristal; um fruto colhido pela devoção da Árvore da Vida, sobre a qual a alma se deleita em deleitar-se, e pela qual ela pode esperar e esperar que a glória seja revelada. Isto, digo, é o que falta em cristãos, para seu próprio conforto, o crédito à piedade e à glória de Deus.
2. Parecido com isso, e de fato, como parte disso, está o baixo estado da oração em família e da instrução religiosa doméstica. De fato, até muito recentemente, e eu temo, mesmo agora, que o espírito de oração em geral, tanto privado quanto social, tenha afundado em um nível muito baixo. Uma queixa quase universal é feita, de que as reuniões sociais para este exercício sagrado são tão reduzidas em número e em espírito, como em alguns lugares a serem abandonados. Duvido que, considerando o número de professantes, o espírito de oração fosse, nos tempos modernos, cada vez menor. A participação nas reuniões de oração pode, em grande parte, ser considerada um indicador tolerável e correto da medida da oração particular. Se os cristãos que estão saudáveis, e que têm seu tempo praticamente sob seu próprio comando, e também estão a uma distância razoável da casa de Deus, não conseguem encontrar lazer e inclinação para encontrar seus irmãos cristãos uma vez por semana para orar, sou naturalmente levado a concluir que, infelizmente, negligenciam seu dever diário de manhã e à noite. O homem que gosta de orar sozinho - tem um desejo instintivo de orar com os outros. Para uma mente espiritual, as orações dos irmãos são muito revigorantes. Há um grande poder de simpatia cristã em uma reunião de oração. 
Estou, no entanto, um tanto esperançoso de que a maré da oração tenha afundado até o ponto mais baixo, e esteja começando a mudar. Ouço, e tenho o prazer de ouvir, que reuniões de oração sejam realizadas e multiplicadas em várias partes do reino. Isso é bom, até o momento - mas não é tão certo que a oração particular esteja aumentando tanto. A curiosidade, a exortação dos ministros, o espírito de excitação ou o amor à novidade podem produzir uma reunião de oração lotada - embora não haja participação proporcional nos deveres do quarto de oração. Aqueles que oram muito em segredo, se a oportunidade permitir, gostam tanto da oração social; mas não é tão certo que aqueles que gostam de participar de reuniões especiais de oração gostem da oração do quarto. É possível que muitos façam do aumento do comparecimento às reuniões de oração uma desculpa para uma diminuição da atenção a suas próprias devoções particulares. Mas nada, nem atividade, nem liberalidade, nem participação regular em reuniões de oração social - podem substituir a oração privada ou compensar a falta dela. É de se temer muito que a urgência dos negócios esteja diminuindo o tempo e diminuindo o amor da devoção privada. Pode ser bom para todo leitor deste panfleto perguntar como está com ele a esse respeito e se alarmar, se consciente da negligência deste exercício sagrado. Tem sido observado que o apostolado de Deus começa na porta do quarto.
Mas agora aludirei mais particularmente ao baixo estado de piedade familiar. Duvido muito que isso tenha sido menor ou mais negligenciado entre os professantes de piedade espiritual e os membros de nossas igrejas. Estou dolorosamente convencido de que a piedade doméstica, mantida com regularidade sistemática, profunda seriedade e uniformidade invariável, é uma coisa relativamente rara entre os cristãos professos dessa época. Tal é o poder absorvente dos negócios, a pressa ansiosa em alguns de serem ricos e, em outros, a vida e a morte lutam mesmo para sobreviver - que não há tempo para a oração em família. Alguns a negligenciam completamente. Eles nunca reúnem seus filhos e servos em volta do altar doméstico - o ateísmo governa sua casa. Outros desistem de uma parte do dia; outros a limitam a uma noite de sábado - e mesmo daqueles que a realizam normalmente de manhã e à noite, muitos a reduzem a um serviço frio, apressado e formal, e até mesmo interrompido com frequência. Sim, e há casos em que é melhor omitir completamente, a menos que aqueles que a conduzem o façam com mais seriedade e sinceridade, e façam com que sua conduta e temperamento ao longo do dia se harmonizem com as orações da manhã e da noite.
Se não houvesse injunções ou exemplos positivos desse dever na palavra de Deus, a razão e o santo instinto o levariam a isso. Como o pai de uma família pode esperar bênçãos em família se não houver oração em família; ou de que maneira, mas isso ele pode reconhecer as bênçãos da família? Não é este o melhor meio, combinado com a instrução, de propagar a piedade através dos filhos para a posteridade posterior? Alguém pode esperar que seus filhos sejam piedosos, que não lhes dá um exemplo a esse respeito? Sim, esse exercício não é necessário para manter vivo um espírito de devoção na alma dos pais? Quão abençoado é o efeito do sacrifício da manhã e da tarde para promover a paz, a união e a felicidade domésticas.
"Mesmo onde a sabedoria e a regularidade fizeram o máximo possível, geralmente há poucos e desagradáveis ​​eventos entre pais e filhos, senhores e servos, que podem prejudicar a felicidade de todos, se não forem sabiamente controlados por um espírito de boa vontade e por nenhum outro meio, ou por nenhum meio tão provável, esse espírito de união e bondade pode ser tão eficazmente assegurado quanto pela devida presença no altar doméstico. De acordo com a influência da chama sagrada que o queima, o coração tem muitas vezes se suavizado com o esquecimento daquelas pequenas irritações que, se deixadas permanecerem, amadureceriam em explosão, tanto que não apenas separavam servo de mestre - mas talvez irmão de irmão e pais de filhos ".
Você objeta que não pode realizar uma oração extemporânea. Você já tentou alguma vez? Caso contrário, comece e procure ajuda de Deus - e se, depois de fazer o experimento, você falhar, adote uma forma, da qual existem muitas excelentes a serem obtidas. Você diz, talvez: "Você não tem tempo". O que! Não pedir a bênção de Deus para sua casa? Você não encontra tempo diariamente para ler o jornal, conversar com seus vizinhos, dormir mais tarde do que precisa na cama? "Você tem aprendizes e lojistas em casa e tem medo de ser ridicularizado." Não, eles, se o dever for bem executado, o respeitarão mais. "Você espera oposição de alguns de sua família." Você não é o chefe, o mestre, o governador? Ah, a negligência não deve ser atribuída a outra causa? Não é esse o raciocínio secreto de sua alma: "A oração em família deve ser seguida com consistência cristã em todas as coisas, e não acho que minha conduta durante o dia, na loja e na casa, seja a que me permitirá, com alguma propriedade, reunir minha família à noite para orar. Receio que a prática da oração em família imponha uma restrição muito grande a mim mesmo. E uma oração matinal com minha família não se encaixaria bem no que vou fazer durante  o dia." Não é esse o caso, ó professantes! E você pode continuar dessa maneira? Guarde todas as desculpas - comece, a partir do momento em que você ler isso, a orar, com e por sua família - diariamente, regularmente, com seriedade - e deixe toda a sua conduta se harmonizar com a prática.
Mas a oração em família, com qualquer regularidade, pontualidade e seriedade, pode ser realizada - é apenas uma parte da piedade familiar. Existe o piedoso treinamento das crianças. Sei que esse é principalmente o trabalho e o dever das mães. Ainda assim, a conduta geral da família pertence ao marido, pai e mestre. A casa de um cristão que professa deve ser a morada da piedade visível e prática - deve ser preenchida com uma atmosfera de piedade. Todas as crianças devem ser treinadas com a ideia de que são seres imortais e mortais - e, embora nada seja deixado de fazer para lhes proporcionar conforto, respeitabilidade e utilidade na terra, a principal solicitude deve ser prepará-las para a glória, honra e imortalidade, no céu. A ordem de uma família cristã que professa deve ser, em assuntos comuns e sagrados, de modo a obrigar todos os que a testemunham a exclamarem: "Quão boas são suas tendas, ó Jacó, e seus tabernáculos, ó Israel!" Deveríamos procurar o reabastecimento de nossas igrejas das famílias de nossas congregações - e esse seria o caso se a piedade familiar fosse mantida como deveria. Há famílias das quais mal uma única pessoa entra na comunhão da igreja - e, de fato, seria uma maravilha se não fosse assim. Baxter está certo quando diz: "Se a piedade familiar fosse mantida e conduzida como deveria ser, a pregação pública do Evangelho deixaria de ser o meio de conversão para os membros de tais famílias; entre elas, seria realizada por instrução."
Muitas coisas nesta época são contra a ordem piedosa e o estado de nossas famílias, a falta de espiritualidade nos membros de nossas igrejas; a forte concorrência e o poder absorvente do comércio, começando tão cedo pela manhã e continuando tão tarde à noite; a grande atividade piedosa da época, desviando a atenção dos chefes de família de seus lares para os vários objetos do zelo cristão, juntamente com a frequência e as horas tardias das reuniões das comissões, a instituição das classes ministeriais da Bíblia, onde pais demais mudar o trabalho da instrução de seus filhos para seus pastores; a falsa ideia de que a conversão é mais esperada da pregação pública do que do ensino criterioso, afetuoso e perseverante da piedade doméstica; todas essas causas operam para produzir uma negligência lamentável da verdadeira e consistente devoção familiar. Já é tempo de se esforçarem intensamente para chamar de volta os chefes de família para esse importante momento.
3. Uma terceira deficiência de idade entre os professantes é a negligência da leitura e estudo particulares das Escrituras. Uma piedade sólida, saudável e robusta não pode ser produzida ou mantida sem uma leitura habitual e devota da Palavra de Deus. Os sermões por si só não fazem isso - eles geralmente são ouvidos para gratificação intelectual, em vez de seu efeito instrutivo, santificador e prático geral. A conferência particular com a Bíblia não tem nenhum dos sedutores da eloquência oratória e humana para desviar a atenção da piedade como uma questão pessoal e prática. Com a Bíblia aberta diante de nós, parecemos trazidos cara a cara com Deus; ouvimos a voz dele falando conosco e não ouvimos outra voz além da dele. Um único verso lido, ponderado, meditado e aplicado - às vezes faz mais pela alma do que por um sermão inteiro. A verdade das Escrituras é o sustento da alma e, de acordo com seu conteúdo variado, é leite para bebês e alimento forte para pessoas de maior idade e é em toda parte prescrita como nosso alimento espiritual, pelo qual devemos crescer em graça e em conhecimento. 
Agora, estou com muito medo de que, exceto por algumas pessoas de grande lazer e pessoas de constante piedade, o devoto estudo das Escrituras seja tristemente negligenciado. Muitas coisas tendem a isso - há, o que foi mencionado com tanta frequência, a pressa e a urgência dos negócios. Os comerciantes nos dizem que mal conseguem tempo para ler um capítulo e realizar a oração em família, muito menos para a leitura particular da palavra de Deus. Mas deveriam permitir-se ser tão absorvidos pelos negócios? Ou, se isso não pode ser alterado, eles não poderiam se levantar um pouco mais cedo pela manhã, para ganhar tempo para um capítulo ou alguns versículos? Um homem cristão, muito envolvido em assuntos seculares, ultimamente me disse que era seu costume ler todas as manhãs antes de deixar sua sala e, naquele momento, estava passando pelo Comentário do Bispo Horne sobre os Salmos. E há homens que, embora profundamente imersos no comércio, nunca seguem seus compromissos até que tenham ouvido Deus falar com eles dos oráculos vivos, e que levam consigo a lembrança do que leram para amenizar seu trabalho e mitigar a ansiedade deles. Tais casos, no entanto, são raros. Receio que muitos que mantêm a devoção doméstica não leiam mais do que o breve Salmo que leem na oração em família; enquanto outros, por quem a oração em família é negligenciada, quase nunca lê. O que é chamado de "Porções Diárias" é, eu sei, com muitos substitutos para a leitura da Bíblia - uma migalha do pão da vida, assim manipulada em um pequeno pedaço de confeitaria espiritual, os satisfaz, em vez de uma porção substancial da comida celestial. Revistas e livros são suficientes para uma leitura piedosa para muitos outros, que mal têm lazer ou inclinação até para eles, muito menos para a leitura das Escrituras. Quanto tempo é consumido no jornal! Os homens mais ocupados encontram lazer suficiente para isso. Ninguém diga que não tem tempo para ler sua Bíblia, que pode encontrar o suficiente para o jornal diário.
Muitas pessoas parecem pensar, ou pelo menos sentir, que não podem encontrar nada de novo nas Escrituras. Eles conhecem, geralmente, todo o seu conteúdo - não há charme na novidade. Ah, que erro! Uma mente devota, estudando as Escrituras por uma vida prolongada até a era de Matusalém, encontraria, com muita atenção, algum novo significado ou nova beleza, até a última hora de existência. Outros, novamente, acham a Bíblia um livro obscuro, cheio de passagens sombrias, difícil de entender, e citam a afirmação de Pedro em apoio à sua opinião, 2 Pedro 3:16. Esta passagem não se refere ao estilo dos escritos de Paulo, como se isso fosse obscuro - mas às doutrinas que ele ensinou, algumas das quais são sublimes e vastas demais para a compreensão humana, e homens incontestáveis, cujas paixões cegam suas mentes e que têm sem opiniões fixas ou amor à verdade, pervertê-las com críticas grosseiras e falsas e raciocínios sofísticos para sua própria destruição. Não se destina a desencorajar a leitura particular das Escrituras, nem mesmo por pessoas simples e iletradas; pois enquanto há muito nelas que o intelecto mais elevado jamais compreenderá completamente neste mundo, também há muitos que o entendimento mais claro pode apreender e aplicar. Tomando emprestado um ditado conhecido: "Existem profundezas nas quais um elefante pode nadar - e águas rasas que um cordeiro pode desviar".
A Igreja de Cristo deve ser fraca, e seus membros devem ser de espírito terreno, enquanto prevalecer essa negligência das Escrituras. Nos dias em que ela se empenhava em perseguir e exibir as glórias do heroísmo espiritual, seus membros viviam em estudo perpétuo da Bíblia. Atualmente, os cristãos perseguidos de Madagascar levam suas Bíblias para seus retiros e, assim, tornam-se fortes no Senhor e no poder de sua força. O mesmo aconteceu em todas as épocas de julgamento feroz. Os confessores então agarram a espada do espírito, que, estudando e praticando, eles sabem manejar e se tornam mais que vencedores. Foi com essa arma que o próprio Senhor, em suas tentações no deserto, venceu seu ousado agressor. Somente até a Igreja de Cristo considerar como seu próprio dever ler, marcar, aprender e digerir interiormente as Escrituras, bem como o dever de seus ministros de expô-las e aplicá-las - isso provará, conhecerá e empregará seu próprio poder. Considerou demais a Bíblia como o livro-texto do pregador, e não do seu papista, que  entrega a Bíblia ao ministro e o deixa pensar por ele. Há uma seita chamada "Os cristãos da Bíblia". Há um pouco de falsidade e arrogância na designação, como se nenhuma outra seita a não ser a deles tivesse a Bíblia, acreditasse ou a praticasse. Todos os professantes de piedade deveriam ser, na realidade, "cristãos da Bíblia". A pregação nunca teve a intenção de deixar de lado a leitura pessoal das Escrituras. A Bíblia não deve ser testada pelo ministro - mas o ministro pela Bíblia.
Talvez haja alguma culpa devido a ministros nesta questão. Os sermões devem ser muito mais bíblicos do que são; mais cheio de Escrituras; mais repleto de suporte e ilustração de textos. O objetivo do pregador deve fazer o ouvinte amar o sermão por causa da Bíblia, e não a Bíblia por causa do sermão. O sermão deve ser um posto de sinalização, apontando para a Bíblia e enviando as pessoas para ela. E, ainda para empregar a ajuda da ilustração, o sermão deve ser como uma porção de grande prazer que, em vez de satisfazer o apetite, deve fazer com que anseie por uma refeição completa. Ensaios, por mais teológicos e até ortodoxos, se eles contêm poucas palavras de Deus, podem ser eloquentes e agradar a plateia - mas não farão muito para aumentar seu amor pela Bíblia. Esses são os discursos mais eficazes que mandam os ouvintes embora, como os de Paulo fizeram com os bereanos, para pesquisar as Escrituras, a fim de ver se essas coisas são assim.
John Howe, em uma parte de seus escritos, apresenta o seguinte incidente: "Podemos ter certeza", diz ele, "se nossa estima cresce menos com este livro, Deus não cresce; ele não mede por nós - e se com a mesma estimativa e valor que ele já teve, podemos temer que ele, em algum momento ou outro, reivindique terrivelmente a negligência, o desprezo e a desconsideração desses registros sagrados.” Um pouco para reforçar essa consideração, deixe-me relatar um incidente o que me foi dito pelo Dr. Thomas Goodwin, quando ele era presidente do Magdalen College, Oxford, sendo ele mesmo, na juventude, um estudante em Cambridge e tendo ouvido falar muito do Sr. Rogers, de Dedham, em Essex, ele propositalmente viajou de Cambridge a Dedham, para ouvi-lo pregar no dia da palestra; uma palestra tão estranhamente cheia que, para aqueles que chegaram não muito cedo, não havia possibilidade de conseguir espaço naquela igreja muito grande, naquele tempo, sobre o assunto das Escrituras - e, no decorrer do sermão, ele caiu para uma exposição com as pessoas sobre a negligência do Livro Sagrado, personificando Deus para elas e dizendo: “Bem, confiei em você por tanto tempo com a Bíblia; você o desprezou; fica em tal e qual casa toda coberta de poeira e teias de aranha; você se importa em não olhar para ele. Você usa minha Bíblia assim? Bem, você não terá mais minha Bíblia.” E o Sr. Rogers pega a Bíblia da almofada e parece que ele estava indo embora e carregando-a deles; mas imediatamente se vira novamente e, personificando o povo a Deus, cai de joelhos, clama e implora com sinceridade: “Senhor, o que quer que você faça conosco, não tire sua Bíblia de nós; matar nossos filhos, queimar nossas casas, destruir nossos bens; só nos poupe da sua Bíblia, só não tire a sua Bíblia. E então ele personifica Deus novamente para o povo: “Você diz isso? Bem, vou testá-lo um pouco mais e aqui está minha Bíblia para você; Vou ver como você o usará, se você o amará mais, se você o valorizará mais, se você o observará mais, se você o praticará mais e viverá mais de acordo com ele.“ Por essas ações, ele colocou toda a congregação em uma postura que nunca havia testemunhado em nenhuma congregação antes; o lugar era um mero Boquim, as pessoas geralmente inundavam, por assim dizer, com lágrimas - e ele acrescentou que ele próprio, quando saiu e foi levar o cavalo para casa novamente, estava disposto a pendurar por um quarto de hora no pescoço de seu cavalo, chorando antes que ele tivesse poder de montar, uma impressão tão estranha estava sobre ele, e geralmente sobre o povo, por ter sido exposta à negligência da Bíblia." (O Sr. Rogers parece ter sido um protótipo de Whitefield e, em menor grau, do Sr. Spurgeon. Sua pregação era, em certa medida, verdadeiramente histriônica, uma mistura de falar e agir. Esse é um talento invejável, onde é natural e não é afetado ou imitado. Grande parte da popularidade de Whitefield e Spurgeon deve ser atribuída a ela: quando ela se expande espontaneamente e é, como no exemplo diante de nós, solene, patético e impressionante, é um poder legítimo do tipo mais eficaz. Teríamos mais do que isso para levar as massas a sentimentos e preocupações piedosos! nossos pregadores geralmente podiam deixar a natureza fluir em suas próprias efervescentes ebulições de fantasia e emoção castigadas! Deus proíba que todo púlpito se torne um palco de palhaçada, charlatania ou amplo humor e farsa; mas é necessário um pouco mais de pregação como a de Rogers, Whitefield e Spurgeon para despertar e interessar nossas congregações adormecidas, especialmente as das classes trabalhadoras.)
4. Outra coisa em que nossas igrejas modernas são muito deficientes é o exercício do AMOR fraterno. Dificilmente é preciso observar que é desígnio de Deus que sua igreja exiba para um mundo egoísta, alienado e invejoso, caracterizado nas Escrituras como odioso um ao outro - o contraste perfeito consigo mesmo, em uma irmandade santa e amorosa, o lar de caridade, a própria morada de todos os sentimentos bondosos de nossa natureza, uma verdadeira comunhão de amor. Seu propósito era que o coração de seu povo estivesse tão unido, que onde quer que, e entre quem quer que fosse encontrada uma companhia de crentes, observadores e admiradores de espectadores prestassem involuntariamente este testemunho: "Veja como esses cristãos se amam!" O mundo nunca, desde a queda, tinha visto algo assim, e foi dito, agora deve ser visto na Igreja de Cristo; mas, infelizmente! Quão vagamente e diminutamente em nossos dias. Deveria ser visto como a característica inconfundível de todos os professantes, seu distintivo de identificação, sua marca distintiva. Quanto há em nossa piedade para produzi-lo! Deus é amor. Cristo é amor encarnado. A lei é amor. O evangelho é amor. O céu é amor. Se Cristo nos amou com um amor maravilhoso e intenso - quão grande deve ser o nosso amor um pelo outro! Como aqueles devem amar uns aos outros, todos os quais Cristo ama com um carinho tão maravilhoso!
Que intenção ele tinha de nos fazer entender e sentir isso! "Este é o meu mandamento", disse ele, "que vocês se amem." Ele destacou isso de outros preceitos e enfaticamente o marcou como sua lei especial. Ele fez disso a marca do discipulado: "Nisto todos saberão que vocês são meus discípulos, se amarem uns aos outros." Na perspectiva da cruz, isso estava em sua mente, e em sua maravilhosa oração, ele suplicou que seu povo pudesse ser um, que é um em afeto, como ele estava no Pai e o Pai nele - que o mundo pudesse saber que o Pai o havia enviado. Oh, isso deve convencer a mente e tocar o coração de todo cristão - que o amor fraterno foi projetado para ser a evidência da missão divina de Cristo.
Sim, e se essa graça brilhasse na igreja em toda sua beleza e glória, seria uma evidência incontestável da verdade do cristianismo. Parece ser tão diferente de todo o trabalho do homem e de toda a sua capacidade de produzir uma associação tão amorosa, mansa e harmoniosa de seres humanos que só possa ser atribuída a um poder divino. Os cristãos professos consideram suficientemente que, por sua bondade mútua, depende uma das evidências do cristianismo?
Tampouco pode escapar da atenção do leitor mais superficial do Novo Testamento quanto isso é insistido por todos os seus escritores inspirados. É o tema constante deles. Nas epístolas de Paulo, está entrelaçado com todos os seus outros tópicos, e o amado apóstolo escreveu quase toda uma epístola, para aplicá-lo. Amor, amor, amor - é o tema reiterado desses homens direcionados para o céu. Para uma exibição desse amor, leia o segundo capítulo de Atos dos Apóstolos. Infelizmente, infelizmente! que essa cena deveria ter sido tão transitória quanto bonita. Se tivesse sido perpetuada, ou mesmo uma semelhança, como seria diferente o cristianismo na avaliação do mundo! O historiador eclesiástico Eusébio relata dos primeiros cristãos que, quando uma praga prevaleceu no Egito, "muitos de nossos irmãos, negligenciando sua própria saúde, por excesso de amor, trouxeram sobre si mesmos os infortúnios e doenças de outros. Eles haviam segurado em seus braços os santos moribundos, depois de fecharem a boca e os olhos; depois de abraçarem, beijarem e lavarem-se, e adorná-los com seus melhores hábitos, e carregá-los nos ombros até a sepultura, eles foram alegres em receber os mesmos cargos de outros que imitaram seu zelo e amor". Isso pode ter sido a imprudência do amor; mas, oh, não foi a sua manifestação?
Agora vamos olhar para nossas igrejas. Quão pouco isso tem alguma semelhança com isso, que encontramos lá! Pode haver afeto, companheirismo amável e visitas amigáveis ​​entre certas classes e círculos dos membros, e isso é o mais longe possível; mas muitas vezes é pouco mais do que a amizade geral sentida, não tanto no terreno de um relacionamento comum com Cristo, como no mero fato de adorar no mesmo banco e lugar, e de ser membro da mesma igreja. E há também o xelim sacramental para o alívio de membros pobres e doentes, que é, se não uma zombaria da caridade, é um substituto para ela. Pode haver paz na igreja, onde há muito pouco amor. Tudo pode ser inativo. Nenhuma raiz de amargura pode estar surgindo para perturbar a igreja, e ainda assim pode haver pouco dos frutos do Espírito, que são amor, alegria, paz. Pode haver distância e frieza, onde não há hostilidade.
O que eu quero ver mais é um ministério, amoroso em seu espírito, anexando por suas instruções, sua influência e seu exemplo, todos mais próximos um do outro, muitas vezes inculcando e sempre manifestando amor fraterno. E os diáconos, cumprindo seus deveres, não superficialmente, descuidados com seu tempo, restringindo seu trabalho, distribuindo a generosidade da igreja com mãos frouxas e palavras sem coração - mas entrando nas habitações de seus irmãos doentes e pobres, como anjos ministradores, com simpatia terna e compaixão derretida; quem por sua fervorosa súplica e palavras gentis confortará a alma no momento exato em que está aliviando as necessidades do corpo; quem será o conselheiro dos perplexos e, em caso de angústia, que não será atendido pela distribuição ordinária do dinheiro da comunhão, se esforçará para arrecadar um fundo suplementar; homens, enfim, que saberão e sentirão que sua vocação é compaixão e misericórdia ativa. A estes devem ser acrescentados os membros mais ricos da igreja, que devem procurar praticamente, prontamente e generosamente os casos de seus irmãos mais pobres, visitá-los em suas moradas de tristeza e sentir um privilégio de simpatizar com eles em suas aflições e aliviar suas necessidades.
Tampouco é somente nesse modo de visitar os doentes e aliviar o necessário que o amor deve se manifestar - mas no modo de reconhecimento amável e palavras gentis, de respeito e afabilidade, de lembrança de que, sob esse traje de pobreza, existe alguém a quem Cristo ama e a quem eles devem amar por causa de Cristo. E o amor que torna os ricos realmente ricos e condescendentes com os pobres fará com que os pobres respeitem os ricos, reprimirá toda a familiaridade indevida, toda consciência intrusiva da igualdade espiritual, toda expectativa desordenada de observação e atenção, toda mórbida suscetibilidade de ofensa por falta de atenção real ou suposta.
Em resumo, o que falta em nossas igrejas é um sentido mais completo, mais rico e profundo do amor de Cristo por todos nós, produzindo em todos um amor mais pleno, mais rico e mais profundo um pelo outro por esse motivo, e o pensamento e o sentimento quando olhamos em volta em uma reunião da igreja, ou à mesa do Senhor, sobre nossos semelhantes, "todos esses são professadamente filhos de Deus, redimidos do Cordeiro, súditos da influência do Espírito. Deus os ama; Cristo os ama; eles são meus irmãos e irmãs na família de Deus, com eles devo passar a eternidade; eles são participantes comigo da mesma fé preciosa e da salvação comum; todos são um comigo em Cristo". O amor fraterno significa uma união de espírito e uma saída do coração para todos os que estão nesse relacionamento conosco; uma alma cheia de tais pensamentos, opiniões e reconhecimentos, e levando a toda a conduta que eles possam ditar e garantir. Não é isso que é prescrito no Novo Testamento?
Novamente, pergunto, não há uma deficiência lamentável disso em nossas igrejas? Estou ciente de que naqueles que incluem um grande número de membros, espalhados por toda a extensão de uma cidade grande, é difícil, se não impossível, ter esse conhecimento, manifestar esse reconhecimento e demonstrar o carinho que poderia ser desejado; mas, mesmo nesses casos, muito mais pode ser feito para esse objeto do que se realiza atualmente.
5. Talvez entre as deficiências dos membros de nossa igreja possa ser mencionado um considerável grau de ignorância sobre vários assuntos religiosos importantes. Menciono primeiro, VERDADE DOUTRINAL. Isso, se a leitura da Bíblia é negligenciada, é facilmente explicado. Mesmo os sermões, quando não acompanhados pela pesquisa particular nas Escrituras, não levarão os ouvintes a um conhecimento extenso e preciso das coisas profundas de Deus e da Bíblia. Creio que a grande massa de nossos membros é, como eles supõem, ortodoxa na divindade de Cristo, na expiação, justificação pela fé e regeneração. Ou seja, eles mantêm firme esses artigos de fé, embora muitos sejam bastante incapazes de declará-los ou defendê-los. É surpreendente o quão pouco conhecimento de ideias bíblicas existe, que ainda assim sustenta a forma das palavras sonoras. Se solicitadas provas bíblicas da autoridade divina do Novo Testamento, ou da divindade do Salvador; ou, se questionado sobre a natureza e necessidade da Expiação; sobre a natureza da justificação e sua distinção da santificação; na relação do judaísmo com o cristianismo; sobre os lugares e usos no sistema cristão de boas obras; ou em muitos outros assuntos religiosos importantes, eles não seriam capazes de dar uma resposta inteligente. Eles podem ser boas pessoas; eles sabem que são pecadores e que Cristo é um Salvador; pode estar confiando em seu sangue e justiça para ser aceito por Deus; mas estão contentes com os meros elementos da verdade, seus princípios mais rudimentares. Portanto, seus confortos e utilidades são limitados, e até sua estabilidade está em perigo. Eles são facilmente levados pelas objeções plausíveis dos instigadores do erro, e provavelmente serão levados com todo vento de doutrina, e com o truque dos homens e a astúcia daqueles que esperam enganar. O apóstolo administra repreensão severa a todos os que estão em Hebreus 5, 6 e também em Colossenses 2. Tampouco pode escapar ao aviso de quanto em todas as suas epístolas ele insiste no crescimento do conhecimento. 
Essa deficiência não pode ser explicada em parte pela falta de mais pregações doutrinárias? Não é possível tratar as grandes verdades da piedade de maneira tão atraente que nossos ouvintes sejam levados a estudá-las com maior atenção e deleite e compreendê-las de maneira mais clara e abrangente? Não peço um corpo de divindade em todo sermão, nem controvérsia seca em nenhum; Não desejo sermões que sejam confissões ou artigos de fé - mas que nutram os ouvintes em sã doutrina. Talvez não sejam tomados esforços suficientes com os candidatos à comunhão para doutriná-los na verdade divina. É claro que não quero dizer que, no começo, ou mesmo no pós-crescimento, eles devam ser muitos teólogos profundos - mas certamente devem ser instruídos em todos os pontos fundamentais. Estou inclinado a pensar que perdemos algo em relação a esse assunto pela descontinuação do método catequético de instruir as crianças. A tendência de grande parte do ensino moderno, tanto nas aulas da Bíblia, nas escolas dominicais quanto, talvez, em alguma medida na pregação, é dar conhecimento sobre a Bíblia, e não o conhecimento da própria Bíblia. Admito que até os fatos menores da história sagrada valem a pena ser conhecidos. Mas a geografia, a história natural, a cronologia e as narrativas da revelação, por mais importantes que sejam, não podem ser comparadas com o conhecimento da pessoa e obra do Redentor e as doutrinas que se aglomeram em sua cruz.
Muitos talvez pensem que eu já disse o suficiente sobre as deficiências de nossas igrejas, e talvez estejam quase prontos a olhar para a exposição com sentimentos de arrependimento, se não para censurá-la com a linguagem da queixa. Deus, que vê o coração, sabe que com muita tristeza e solicitude escrevi como escrevi. É com amor fiel que escrevi estas páginas. Não estabeleci nada por caridade nem espírito de busca de falhas. Acredito que não exagerei nem caricaturei as falhas dos professantes - mas dei um relato honesto e confiável das questões como elas realmente são. É muito provável que muitos pensem que o quadro que tirei do estado de nossas igrejas é sombrio demais. Eu gostaria de poder pensar assim; mas com o Novo Testamento em minhas mãos, com o sermão de nosso Senhor no Monte e as epístolas de Paulo, abertos diante de mim, como o único verdadeiro padrão de piedade cristã, estou convencido de que, se eu disse muito pouco de nossas excelências, eu não falei muito de nossas falhas e deficiências. Eu não sou, nunca fui, e espero nunca ser, o homem que lisonjeia os cristãos professos em uma alta opinião deles mesmos. Aponto pontos, não para expor - mas para removê-los. Quero ver nossas igrejas, que, como se sabe, falam muito da pureza de sua comunhão, destacando-se diante de todas as outras, investindo de maneira comum nas belezas da santidade. Eu quero aproximá-los do padrão do Novo Testamento. No meu tempo de vida, e com minhas enfermidades, não falarei muito e me sinto compelido a falar com ousadia e clareza.
À luz de todas as considerações feitas por John Angell James só podemos concluir juntamente com ele, que de fato, cabe a cada crente sempre refletir sobre o seu próprio estado de espiritualidade e santidade, para o bem de toda a Igreja, para que não se incorra nas severas admoestações e disciplina a que Jesus sujeita a todos aqueles que andam contrariamente com Ele, conforme podemos ver por exemplo no que dirigiu às Igrejas citadas no livro de Apocalipse, e especialmente à de Laodiceia, que bem retrata o espírito prevalecente em nossa própria época.
14 Ao anjo da igreja em Laodiceia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:
15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!
16 Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;
17 pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.
18 Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.
19 Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.
20 Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.
21 Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.
22 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” (Apocalipse 3.14-22).