Por
Silvio Dutra
Há causas comuns descritas na Bíblia para os grandes juízos que Deus
trouxe ao mundo, e que inaugurariam novas dispensações ou condições em que
aqueles que foram poupados dos citados juízos deveriam viver, guardando o
devido temor ao Senhor.
Dentre estes juízos podemos enumerar os seguintes:
a) Dilúvio nos dias de Noé.
b) Confusão de línguas em Babel, com dispersão pela Terra.
c) Destruição de Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, pelo fogo.
d) Extermínio das sete cidades de Canaã condenadas por Deus
nos dias de Josué.
e) Extermínio dos amalequitas nos dias de Saul.
f) Extermínio de vários Impérios e nações nos dias dos reis
de Israel (Assíria, Babilônia, Edom, Amom, Moabe etc).
g) Cativeiro e expulsão da própria nação de Israel, da terra
prometida.
Estes juízos e suas causas encontram-se registrados na
Palavra, para que temamos o Senhor e saibamos que Ele de fato julga a
humanidade e realiza todos os juízos que profetizou, e quanto a isto, resta o
grande juízo que está previsto para o tempo do fim, no qual serão envolvidas
todas as nações.
Estamos destacando adiante algumas citações tanto dos juízos
havidos, quanto das profecias relativas a eles:
“5 Viu o
SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era
continuamente mau todo desígnio do seu coração;
6 então, se
arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração.
7 Disse o
SENHOR: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o
animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
8 Porém Noé achou graça diante
do SENHOR.
9 Eis a história de Noé. Noé era homem
justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus.
10 Gerou três filhos:
Sem, Cam e Jafé.
11 A terra
estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência.
12 Viu Deus a
terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o
seu caminho na terra.
13 Então, disse
Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da
violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra.”
(Gênesis 6.5-13).
“23 Porque o
meu Anjo irá adiante de ti e te levará aos amorreus, aos heteus,
aos ferezeus, aos cananeus, aos heveus e aos jebuseus; e eu os destruirei.
24 Não adorarás os seus
deuses, nem lhes darás culto, nem farás conforme
as suas obras; antes, os destruirás totalmente e despedaçarás de todo
as suas colunas.” (Êxodo 23.23,24).
“14 Mas, se me
não ouvirdes e não cumprirdes todos estes mandamentos;
15 se
rejeitardes os meus estatutos, e a vossa alma se aborrecer dos meus juízos, a
ponto de não cumprir todos os meus mandamentos, e violardes a minha aliança,
16 então, eu vos
farei isto: porei sobre vós terror, a tísica e a febre ardente, que fazem
desaparecer o lustre dos olhos e definhar a vida; e semeareis debalde a vossa
semente, porque os vossos inimigos a comerão.
17 Voltar-me-ei
contra vós outros, e sereis feridos diante de vossos inimigos; os que vos
aborrecerem assenhorear-se-ão de vós e fugireis, sem ninguém vos perseguir.
18 Se ainda
assim com isto não me ouvirdes, tornarei a castigar-vos sete
vezes mais por causa dos vossos pecados.
19 Quebrantarei
a soberba da vossa força e vos farei que os céus sejam como ferro e a
vossa terra, como bronze.
20 Debalde se
gastará a vossa força; a vossa terra não dará a sua
messe, e as árvores da terra não darão o seu fruto.
21 E, se
andardes contrariamente para comigo e não me quiserdes ouvir,
trarei sobre vós pragas sete vezes mais, segundo os vossos pecados.
22 Porque
enviarei para o meio de vós as feras do campo, as quais vos desfilharão, e
acabarão com o vosso gado, e vos reduzirão a poucos; e os vossos
caminhos se tornarão desertos.
23 Se ainda
com isto não vos corrigirdes para volverdes a mim, porém andardes
contrariamente comigo,
24 eu também serei
contrário a vós outros e eu mesmo vos ferirei sete vezes mais por causa dos vossos
pecados.
25 Trarei
sobre vós a espada vingadora da minha aliança; e, então, quando vos
ajuntardes nas vossas cidades, enviarei a peste para o meio de vós, e sereis
entregues na mão do inimigo.
26 Quando eu
vos tirar o sustento do pão, dez mulheres cozerão o vosso
pão num só forno e vo-lo entregarão por peso; comereis, porém não vos
fartareis.
27 Se ainda
com isto me não ouvirdes e andardes contrariamente comigo,
28 eu também, com
furor, serei contrário a vós outros e vos castigarei
sete vezes mais por causa dos vossos pecados.
29 Comereis a
carne de vossos filhos e de vossas filhas.
30 Destruirei
os vossos altos, e desfarei as vossas imagens do sol, e lançarei o
vosso cadáver sobre o cadáver dos vossos deuses; a minha alma se
aborrecerá de vós.
31 Reduzirei
as vossas cidades a deserto, e assolarei os vossos santuários, e não
aspirarei o vosso aroma agradável.
32 Assolarei
a terra, e se espantarão disso os vossos inimigos que nela morarem.
33 Espalhar-vos-ei
por entre as nações e desembainharei a espada atrás de vós; a vossa
terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas.
34 Então, a terra
folgará nos seus sábados, todos os dias da sua assolação, e vós estareis
na terra dos vossos inimigos; nesse tempo, a terra descansará e folgará nos seus
sábados.
35 Todos os
dias da assolação descansará, porque não descansou nos vossos
sábados, quando habitáveis nela.
36 Quanto aos
que de vós ficarem, eu lhes meterei no coração tal ansiedade, nas terras
dos seus inimigos, que o ruído de uma folha movida os
perseguirá; fugirão como quem foge da espada; e cairão sem ninguém os
perseguir.
37 Cairão uns
sobre os outros como diante da espada, sem ninguém os
perseguir; não podereis levantar-vos diante dos vossos inimigos.
38 Perecereis
entre as nações, e a terra dos vossos inimigos vos consumirá.
39 Aqueles
que dentre vós ficarem serão consumidos pela sua iniquidade nas terras
dos vossos inimigos e pela iniquidade de seus pais com eles serão consumidos.
40 Mas, se
confessarem a sua iniquidade e a iniquidade de seus pais, na infidelidade que
cometeram contra mim, como também confessarem que andaram contrariamente para
comigo,
41 pelo que
também fui contrário a eles e os fiz entrar na terra dos seus
inimigos; se o seu coração incircunciso se humilhar, e tomarem eles por
bem o castigo da sua iniquidade,
42 então, me
lembrarei da minha aliança com Jacó, e também da minha aliança com
Isaque, e também da minha aliança com Abraão, e da terra me lembrarei.
43 Mas a
terra na sua assolação, deixada por eles, folgará nos seus
sábados; e tomarão eles por bem o castigo da sua iniquidade,
visto que rejeitaram os meus juízos e a sua alma se aborreceu dos meus estatutos.
44 Mesmo
assim, estando eles na terra dos seus inimigos, não os
rejeitarei, nem me aborrecerei deles, para consumi-los e invalidar a minha
aliança com eles, porque eu sou o SENHOR, seu Deus.
45 Antes, por
amor deles, me lembrarei da aliança com os seus antepassados,
que tirei da terra do Egito à vista das nações, para
lhes ser por Deus. Eu sou o SENHOR.
46 São estes os
estatutos, juízos e leis que deu o SENHOR entre si e os filhos de Israel, no monte
Sinai, pela mão de Moisés.” (Levítico 26.14-46).
“5 Ao que às ocultas
calunia o próximo, a esse destruirei; o que tem olhar altivo e coração soberbo,
não o suportarei.
6 Os meus
olhos procurarão os fiéis da terra, para que habitem comigo; o que anda em reto
caminho, esse me servirá.
7 Não há de ficar
em minha casa o que usa de fraude; o que profere mentiras não
permanecerá ante os meus olhos.
8 Manhã após manhã,
destruirei todos os ímpios da terra, para limpar a cidade do SENHOR dos que
praticam a iniquidade.” (Salmo 101.5-8).
“5 Pois quem
se compadeceria de ti, ó Jerusalém? Ou quem se entristeceria
por ti? Ou quem se desviaria a perguntar pelo teu bem-estar?
6 Tu me
rejeitaste, diz o SENHOR, voltaste para trás; por isso, levantarei a mão contra
ti e te destruirei; estou cansado de ter compaixão.
7 Cirandei-os
com a pá nas portas da terra; desfilhei e destruí o meu
povo, mas não deixaram os seus caminhos.
8 As suas viúvas se
multiplicaram mais do que as areias dos mares; eu trouxe ao meio-dia um
destruidor sobre a mãe de jovens; fiz cair de repente sobre ela
angústia e pavor.
9 Aquela que
tinha sete filhos desmaiou como para expirar a alma; pôs-se-lhe o
sol quando ainda era dia; ela ficou envergonhada e confundida, e os que ficaram
dela, eu os entregarei à espada, diante dos seus inimigos, diz o
SENHOR.” (Jeremias 15.5-9).
“36 Trarei
sobre Elão os quatro ventos dos quatro ângulos do céu e os espalharei na direção
de todos estes ventos; e não haverá país aonde não venham os fugitivos de Elão.
37 Farei
tremer a Elão diante de seus inimigos e diante dos que procuram a sua morte; farei
vir sobre os elamitas o mal, o brasume da minha ira, diz o SENHOR; e enviarei
após eles a espada, até que venha a consumi-los.
38 Porei o
meu trono em Elão e destruirei dali o rei e os príncipes,
diz o SENHOR.
39 Nos últimos
dias, mudarei a sorte de Elão, diz o SENHOR.” (Jeremias
49.36-39).
“3 Montes de
Israel, ouvi a palavra do SENHOR Deus: Assim diz o SENHOR Deus aos montes, aos
outeiros, aos ribeiros e aos vales: Eis que eu, eu mesmo, trarei a espada sobre
vós e destruirei os vossos altos.
4 Ficarão
desolados os vossos altares, e quebrados, os vossos altares de incenso;
arrojarei os vossos mortos à espada, diante dos vossos ídolos.
5 Porei os
cadáveres dos filhos de Israel diante dos seus ídolos e
espalharei os vossos ossos ao redor dos vossos altares.
6 Em todos
os vossos lugares habitáveis, as cidades serão destruídas, e os
altos ficarão desolados, para que os vossos altares sejam destruídos e
arruinados, e os vossos ídolos, quebrados e extintos, e os vossos altares do
incenso sejam eliminados, e desfeitas as vossas obras.
7 Os mortos à espada
cairão no meio de vós, para que saibais que eu sou o SENHOR.
8 Mas
deixarei um resto, porquanto alguns de vós escapareis da espada
entre as nações, quando fordes espalhados pelas terras.” (Ezequiel 6.3-8).
“8 Mas a
capital da Síria será Damasco, e o cabeça de Damasco, Rezim, e dentro de sessenta e cinco
anos Efraim será destruído e deixará de ser povo.
9 Entretanto,
a capital de Efraim será Samaria, e o cabeça de
Samaria, o filho de Remalias; se o não crerdes, certamente, não
permanecereis.” (Isaías 7.8,9).
“42 Moabe será destruído, para
que não seja povo, porque se engrandeceu contra o SENHOR.
43 Terror,
cova e laço vêm sobre ti, ó moradora de Moabe, diz o SENHOR.
44 Quem fugir
do terror cairá na cova, e, se sair da cova, o laço o prenderá; porque
trarei sobre ele, sobre Moabe, o ano do seu castigo.” (Jeremias 48.42-44).
“Destruirei os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém, e o
arco de guerra será destruído. Ele anunciará paz às nações; o seu
domínio se estenderá de mar a mar e desde o Eufrates até às extremidades da
terra.” (Zacarias 9.10).
“29 Pois eis
que na cidade que se chama pelo meu nome começo a
castigar; e ficareis vós de todo impunes? Não, não ficareis
impunes, porque eu chamo a espada sobre todos os moradores da terra, diz o
SENHOR dos Exércitos.
30 Tu, pois,
lhes profetizarás todas estas palavras e lhes dirás: O SENHOR lá do alto rugirá
e da sua santa morada fará ouvir a sua voz; rugirá fortemente contra a sua
malhada, com brados contra todos os moradores da terra, como o eia! dos que
pisam as uvas.
31 Chegará o
estrondo até à extremidade da terra, porque o SENHOR tem contenda com as
nações, entrará em juízo contra toda carne; os perversos entregará à espada,
diz o SENHOR.
32 Assim diz
o SENHOR dos Exércitos: Eis que o mal passa de nação para nação, e grande
tormenta se levanta dos confins da terra.
33 Os que o
SENHOR entregar à morte naquele dia se estenderão de uma a outra extremidade da
terra; não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados; serão como esterco
sobre a face da terra.” (Jeremias 25.29-33).
“Se Edom diz: Fomos destruídos, porém
tornaremos a edificar as ruínas, então, diz o
SENHOR dos Exércitos: Eles edificarão, mas eu destruirei; e Edom será chamado
Terra-De-Perversidade e Povo-Contra-Quem-O-SENHOR-Está-Irado-Para-Sempre.”
(Malaquias 1.4).
“1 Palavra
que falou o SENHOR contra a Babilônia e contra a terra dos caldeus, por
intermédio de Jeremias, o profeta.
2 Anunciai
entre as nações; fazei ouvir e arvorai estandarte; proclamai, não encubrais;
dizei: Tomada é a Babilônia, Bel está confundido, e abatido, Merodaque; cobertas
de vergonha estão as suas imagens, e seus ídolos tremem de terror.
3 Porque do
Norte subiu contra ela uma nação que tornará deserta a sua terra, e não haverá
quem nela habite; tanto os homens como os animais fugiram e se foram.”
(Jeremias 50.1-3).
“13 Por causa
da indignação do SENHOR, não será habitada; antes, se tornará de todo deserta;
qualquer que passar por Babilônia se espantará e assobiará por causa de todas
as suas pragas.
14 Ponde-vos
em ordem de batalha em redor contra Babilônia, todos vós que
manejais o arco; atirai-lhe, não poupeis as flechas; porque ela pecou contra o
SENHOR.
15 Gritai
contra ela, rodeando-a; ela já se rendeu; caíram-lhe os
baluartes, estão em terra os seus muros; pois esta é a vingança do
SENHOR; vingai-vos dela; fazei-lhe a ela o que ela fez.
16 Eliminai
da Babilônia o que semeia e o que maneja a foice no tempo da sega; por causa da
espada do opressor, virar-se-á cada um para o seu povo e cada um
fugirá para a sua terra.
17 Cordeiro
desgarrado é Israel; os leões o afugentaram; primeiro, devorou-o o rei da
Assíria, e, por fim, Nabucodonosor o desossou.
18 Portanto,
assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que castigarei o rei da
Babilônia e a sua terra, como castiguei o rei da Assíria.
19 Farei
tornar Israel para a sua morada, e pastará no Carmelo e em Basã; fartar-se-á na
região montanhosa de Efraim e em Gileade.
20 Naqueles
dias e naquele tempo, diz o SENHOR, buscar-se-á a iniquidade de Israel, e já
não haverá; os pecados de Judá, mas não se acharão; porque perdoarei aos
remanescentes que eu deixar.
21 Sobe, ó espada,
contra a terra duplamente rebelde, sobe contra ela e contra os moradores da
terra de castigo; assola irremissivelmente, destrói tudo após eles,
diz o SENHOR, e faze segundo tudo o que te mandei.
22 Há na terra
estrondo de batalha e de grande destruição.
23 Como está quebrado,
feito em pedaços o martelo de toda a terra! Como se tornou a Babilônia objeto
de espanto entre as nações!
24 Lancei-te
o laço, ó Babilônia, e foste presa, e não o soubeste; foste surpreendida e
apanhada, porque contra o SENHOR te entremeteste.
25 O SENHOR
abriu o seu arsenal e tirou dele as armas da sua indignação; porque o Senhor, o
SENHOR dos Exércitos, tem obra a realizar na terra dos caldeus.
26 Vinde
contra ela de todos os confins da terra, abri os seus celeiros, fazei dela
montões de ruínas, destruí-a de todo; dela nada fique de resto.
27 Matai à espada a
todos os seus touros, aos seus valentes; desçam eles para o matadouro;
ai deles! Pois é chegado o seu dia, o tempo do seu castigo.
28 Ouve-se a
voz dos que fugiram e escaparam da terra da Babilônia, para
anunciarem em Sião a vingança do SENHOR, nosso Deus, a
vingança do seu templo.
29 Convocai
contra Babilônia a multidão dos que manejam o arco; acampai-vos contra
ela em redor, e ninguém escape. Retribuí-lhe segundo a sua obra; conforme tudo
o que fez, assim fazei a ela; porque se houve arrogantemente contra o SENHOR,
contra o Santo de Israel.
30 Portanto,
cairão os seus jovens nas suas praças, e todos os seus homens
de guerra serão reduzidos a silêncio naquele dia, diz o SENHOR.
31 Eis que eu
sou contra ti, ó orgulhosa, diz o Senhor, o SENHOR dos
Exércitos; porque veio o teu dia, o tempo em que te hei de castigar.
32 Então, tropeçará o
soberbo, e cairá, e ninguém haverá que o
levante; porei fogo às suas cidades, o qual consumirá todos os seus arredores.
33 Assim diz
o SENHOR dos Exércitos: Os filhos de Israel e os filhos de Judá sofrem opressão
juntamente; todos os que os levaram cativos os retêm; recusam deixá-los ir;
34 mas o seu
Redentor é forte, SENHOR dos Exércitos é o seu nome; certamente, pleiteará a
causa deles, para aquietar a terra e inquietar os moradores da Babilônia.
35 A espada
virá sobre os caldeus, diz o SENHOR, e sobre os moradores da Babilônia, sobre
os seus príncipes, sobre os seus sábios.
36 A espada
virá sobre os gabarolas, e ficarão insensatos; virá sobre os
valentes dela, e ficarão aterrorizados.
37 A espada
virá sobre os seus cavalos, e sobre os seus carros, e sobre todo o misto de
gente que está no meio dela, e este será como mulheres; a espada virá sobre os
tesouros dela, e serão saqueados.
38 A espada
virá sobre as suas águas, e estas secarão; porque
a terra é de imagens de escultura, e os seus moradores enlouquecem por estas
coisas horríveis.
39 Por isso,
as feras do deserto com os chacais habitarão em Babilônia; também os avestruzes
habitarão nela, e nunca mais será povoada, nem habitada de geração em geração,
40 como
quando Deus destruiu a Sodoma, e a Gomorra, e às suas
cidades vizinhas, diz o SENHOR; assim, ninguém habitará ali, nem morará nela
homem algum.” (Jeremias 50.13-50).
Além destas poucas passagens citadas há muitas outras nas Escrituras que
revelam as ameaças de juízos e a realização deles por parte do Senhor, contra o
pecado das nações.
E Ele deixaria de julgá-las quando a pecaminosidade delas é muito maior
em todos os sentidos do que a que havia no passado e que ensejou tais ameaças e
juízos?
Vale lembrar que tendo Deus levantado primeiro a Assíria e depois
Babilônia para serem os seus instrumentos de juízo contra as demais nações,
elas próprias se exaltaram contra o Senhor, especialmente com Senaqueribe da
Assíria nos dias do rei Ezequias, e com Belssazar da Babilônia, nos dias de
Daniel, e não é o mesmo que fazem as nações que se tornaram poderosas em nossos
dias? Certamente o juízo de Deus está vindo contra elas.
Há uma sinalização de arrependimento e conversão das nações a Deus,
vivendo de fato sob o Seu temor e guardando os Seus mandamentos?
Há sinais visíveis de aumento da santificação no mundo, ou o contrário?
O que tem se multiplicado: a piedade ou a impiedade? A reverência ou a
blasfêmia? O amor ou o ódio? A justiça ou a iniquidade?
Os políticos e juízes de nossos dias são mais justos e honestos do que
os do passado?
Mas além de todas estas perguntas as mais importantes são aquelas que se
referem ao modo que a humanidade tem caminhado diante de Deus e da Sua Palavra:
se com amor, temor, reverência e prática, ou o oposto disto.
Seria temer a Deus e a Sua Palavra que até mesmo juízes e tribunais
decidam a favor da mudança do conceito família nuclear, passando a admitir a
união conjugal de pessoas do mesmo sexo? Isto tem a aprovação de Deus e apoio
na Sua Palavra?
Seria temer a Deus que juízes condenem inocentes e inocentem culpados?
Há respaldo para isto na Palavra divina, e até mesmo na lei natural que Deus
colocou na consciência de todas as pessoas? Não seria isto torcer a justiça?
Seria agradável a Deus que os políticos promulguem leis que explorem os
pobres e os oprimam, e que beneficiem os ricos e poderosos? Isto é equidade e
justiça?
É aprovado por Deus que os meios de mídia e imprensa sejam utilizados
para fins escusos e veicular não apenas notícias tendenciosas e maliciosas, bem
como promover e divulgar entretenimentos artísticos cujo alvo é formar opiniões
a favor do que é impuro, irreverente, maligno, pernicioso etc?
Há um mover em todas as áreas para desconstruir os valores cristãos e o
próprio cristianismo bíblico, com menosprezo de todos aqueles que primam por seguir
a vontade de Deus?
Em que diferem então as condições presentes das nações quando comparadas com aquelas dos momentos críticos
que antecederam os juízos que vieram sobre todas as nações no passado, e que
não escaparam das mãos de Deus em razão do transbordamento da medida da
iniquidade das mesmas?
Na verdade, se diferem, é no ponto de ser muito maior a nossa culpa do
que a deles, pois temos pecado contra a revelação de Jesus Cristo que se
manifestou entre nós há dois mil anos atrás. Em que a humanidade melhorou desde
então? O desenvolvimento espiritual acompanhou o material e tecnológico? Todos
conhecemos a resposta, e o próprio Senhor Jesus Cristo e os apóstolos falaram
da grande culpa das nações nos últimos dias.
“3 No monte
das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em
particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal
haverá da tua vinda e da consumação do século.
4 E ele lhes
respondeu: Vede que ninguém vos engane.
5 Porque virão muitos
em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a
muitos.
6 E,
certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos
assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.
7 Porquanto
se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e
terremotos em vários lugares;
8 porém tudo
isto é o princípio das dores.
9 Então, sereis
atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por
causa do meu nome.
10 Nesse
tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos
outros;
11 levantar-se-ão muitos
falsos profetas e enganarão a muitos.
12 E, por se
multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos.” (Mateus 24.3-12).
“1 Sabe, porém, isto:
nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis,
2 pois os
homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes
aos pais, ingratos, irreverentes,
3 desafeiçoados,
implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem,
4 traidores,
atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus,
5 tendo
forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.
6 Pois entre
estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e conseguem
cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões,
7 que
aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade.
8 E, do modo
por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à
verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé;
9 eles,
todavia, não irão avante; porque a sua insensatez será a todos evidente, como
também aconteceu com a daqueles.
10 Tu, porém, tens
seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade,
amor, perseverança,
11 as minhas
perseguições e os meus sofrimentos, quais me aconteceram em Antioquia, Icônio e
Listra, – que variadas perseguições tenho suportado! De todas,
entretanto, me livrou o Senhor.
12 Ora, todos
quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.
13 Mas os
homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando
e sendo enganados.” (II Timóteo 3.1-13).
Esta última condição apontada pelo apóstolo no verso 13 é bastante comum
em nossa época, em que os cristãos piedosos têm sido perseguidos e até mortos
em várias partes do mundo, e os perversos e impostores têm ido de mal a pior,
crescendo na impiedade deles. Escárnio, zombaria e blasfêmia é o que mais se
tem visto nesta época. Este é um grande indicativo que há um grande juízo de
Deus à porta.
Como nunca antes, o mundo encontra-se em condições de ser
devastado por um conflito nuclear entre as nações que possuem presentemente não
somente a tecnologia mas um arsenal poderoso de bombas capazes de produzir o
Armagedom, no qual será necessária a intervenção operada pela volta de nosso
Senhor Jesus Cristo, de modo que se esta não ocorresse, conforme em suas
próprias palavras, nenhuma carne restaria.
Há todavia Aquele que detém e retarda este evento (o Espírito
Santo, pelo seu poder restringidor), uma vez que importa que a política mundial
caminhe de tal forma para a elevação do Anticristo ao poder absoluto, que
comprovará a que nível chegou a prevaricação e corrupção dos governantes
mundiais, o que a propósito será um dos principais motivos do juízo que Deus
permitirá e trará sobre todas as nações na Terceira Grande Guerra Mundial, que
precipitará o domínio de Deus e de Cristo sobre todos os reinos da Terra.
Todos os prazos e tempos estão sob o controle absoluto da
soberania de Deus. Mas podemos antever que o mundo está maduro para o Seu
grande juízo, em que o ímpio será ceifado para não mais destruir a Terra com
toda sorte de pecados. Não se entenda aqui apenas a destruição física, mas
sobretudo a moral e espiritual, em que uma mentalidade que nega a própria
existência de Deus, ou de um Islã que considera Jesus como um mero homem e que
visa destruir os cristãos, e o crescente aumento de ateus em todo o mundo,
sobretudo na Europa onde se fala até mesmo de mundo pós-cristão, tudo isto e
toda forma de injustiça, pecado, corrupção, violência, crueldade, cinismo,
hipocrisia, e toda sorte de impureza e abominação, tem chegado a tal nível que
não poderia deixar de receber a visitação final do justo juízo divino.
Não tem jeito. Quando não temos a Palavra de Deus por regra
de fé e conduta prática para a nossa vida, podemos incorrer em muitos pecados
grosseiros, iludidos e enganados por qualquer nova moralidade contrária à
Palavra, julgando que seja aprovado por Deus aquilo que praticamos ou apoiamos.
Um exemplo disso é a noção de que não é condenável roubar desde que seja para
uma boa causa, como é o caso de muitos na política, ou que nada há de mal em
relacionamentos homoafetivos, desde que sejam norteados pelo amor entre as
pessoas envolvidas neles. Não importa o que pensemos ou o que outros digam, a
grande verdade eterna é que Deus condena ambas as coisas citadas juntando
graves ameaças de consequências eternas para os seus praticantes.
Assim, quando qualquer pessoa, por melhores que sejam suas
intenções, não tem o devido temor de Deus e de Sua Palavra, toda a sua
moralidade será boa para nada, pois já se encontra condenada, conforme o afirma
o próprio Senhor Jesus Cristo, que não somos Seus discípulos se não
permanecermos na Sua Palavra e não a guardarmos, pois aquele que não crê nEle
já está condenado.
Não é boa política ser sincero com o erro, conforme este é
definido na Bíblia. A propósito, veja o que diz Thomas Watson acerca de
política e políticos:
“Um cristão deve negar a POLÍTICA CARNAL.
Isto é, a sabedoria da carne, 2 Coríntios 1:12. A política carnal é
artesanal. O político não consulta o que é melhor para o país - mas qual é a
política mais segura para ele mesmo. O político é feito de salgueiro; ele pode
ficar do lado de todas as partes; sua religião é cortada de acordo com a moda
dos tempos; ele pode se curvar para o leste ou para o oeste. Zelo por verdade,
é apagado do credo do político. Sir Thomas More disse que ele não
seguiria a verdade muito perto dos saltos - para que isso não explodisse seu
cérebro. É julgado por alguns uma parte de política sábia, não declarar contra
o erro por medo de perder uma parte do eleitorado.
O Político
é um latitudinariano. Ele pode
seguir todos os caminhos. As asas do avestruz ajudam-na a ultrapassar outras
criaturas. A política pecaminosa faz os homens correrem mais longe do que
podem, além dos que são de consciências mais puras. Em suma, o político é como
um camaleão, que pode mudar em todas as cores - e ser da mesma opinião que a
sua empresa. Ele pode ser sério ou
emplumado. Eu concordo que Prudência cristã é louvável, mas a serpente
(astuta) não deve devorar a
pomba (inofensiva). Essa política é injustificável, a que ensina as pessoas a
evitar o dever. Negar a política carnal; ousar ser honesto. A melhor política é
manter a honestidade e a integridade.”
A
prática política não será encontrada apenas no governo, mas também em todas as
partes em que haja um coração que se ajuste às circunstâncias amoldando-se ao
que lhe seja mais conveniente, e não propriamente ao que é justo, verdadeiro,
honesto, moral e espiritual, conforme se vê na Palavra divina. E quanto a isto,
não basta afirmar que a Palavra é correta, quando esta não é praticada, e esta
prática não seja conforme a que procede de uma coração genuinamente regenerado
e santificado pelo Espírito Santo. Tanto é assim, que os falsos pastores e
mestres têm se multiplicado nestes dias, sem que tenham a mínima participação
na natureza divina, mas que pregam e ensinam uma palavra que eles apenas
conhecem na letra, mas não em eficácia transformadora em seus corações.
A humanidade em geral adotou a falácia da teoria da evolução
das espécies que nega o criacionismo por Deus e afirma o surgimento espontâneo
do universo e tudo o que nele há a partir do big-bang. O alvo é considerar Deus
como morto ou inexistente, e isto tem sido ensinado oficialmente nas escolas em
todo o mundo. Como o Senhor suportaria para sempre tal abominação?
Devemos ter sempre em mente que por mais de 400
anos, Deus suportou os pecados abomináveis dos cananeus até cumprir a profecia
que foi dada por Ele a Abraão que seriam destruídos pelos israelitas quando
estes fossem libertados da sua escravidão no Egito. A sentença já estava
determinada e apenas aguardou o tempo do seu cumprimento.
Em relação à própria nação de Israel, Deus suportou
seus maus costumes e pecados grosseiros por mais de setecentos anos, desde que
lhes havia profetizado na Lei de Moisés o que faria a eles, espalhando-os pelas
nações, caso fossem contrários a Ele. A ameaça teve cabal cumprimento uma vez
cumprido o tempo em que a longanimidade divina se esgotou em relação a eles.
E assim tem sido desde o dilúvio com Noé, em que
todos os juízos divinos são previamente anunciados antes do seu cumprimento até
mesmo depois de passados vários séculos. E seria razoável pensarmos que seria
diferente quanto às diversas profecias relativas ao tempo correspondente à
volta de Jesus para julgar o mundo?
O quadro relativo às nações não é nada diferente ou
melhor do que aquele que existiu em Israel nos dias que antecederam os juízos
divinos que lhes sobrevieram. Não poderíamos esperar então um destino melhor do
que o deles.
Veja o que o próprio Deus disse especialmente em
relação ao caráter daqueles que lideravam o povo:
“1 Ai da
cidade opressora, da rebelde e manchada!
2 Não atende a
ninguém, não aceita disciplina, não confia no SENHOR, nem se
aproxima do seu Deus.
3 Os seus príncipes são leões
rugidores no meio dela, os seus juízes são lobos do
cair da noite, que não deixam os ossos para serem roídos no dia
seguinte.
4 Os seus
profetas são levianos, homens pérfidos; os seus sacerdotes profanam o santuário
e violam a lei.
5 O SENHOR é
justo, no meio dela; ele não comete iniquidade; manhã após manhã, traz ele o
seu juízo à luz; não falha; mas o iníquo não conhece a vergonha.” (Sofonias
3.1-5).
“20 Mas, se
recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada;
porque a boca do SENHOR o disse.
21 Como se
fez prostituta a cidade fiel! Ela, que estava cheia de justiça! Nela, habitava
a retidão, mas, agora, homicidas.
22 A tua
prata se tornou em escórias, o teu licor se misturou com água.
23 Os teus príncipes são rebeldes
e companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno e corre atrás de
recompensas. Não defendem o direito do órfão, e não chega
perante eles a causa das viúvas.
24 Portanto,
diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos, o Poderoso de Israel: Ah! Tomarei
satisfações aos meus adversários e vingar-me-ei dos meus inimigos.” (Isaías
1.20-24).
“7 Porque a
vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a
planta dileta do SENHOR; este desejou que exercessem juízo, e eis aí
quebrantamento da lei; justiça, e eis aí clamor.
8 Ai dos que
ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja
mais lugar, e ficam como únicos moradores no meio da terra!
9 A meus
ouvidos disse o SENHOR dos Exércitos: Em verdade, muitas casas ficarão
desertas, até as grandes e belas, sem moradores.
10 E dez
jeiras de vinha não darão mais do que um bato, e um
ômer cheio de semente não dará mais do
que um efa.
11 Ai dos que
se levantam pela manhã e seguem a bebedice e continuam até alta
noite, até que o vinho os esquenta!
12 Liras e
harpas, tamboris e flautas e vinho há nos seus banquetes; porém não
consideram os feitos do SENHOR, nem olham para as obras das suas mãos.
13 Portanto,
o meu povo será levado cativo, por falta de entendimento; os seus nobres terão fome, e
a sua multidão se secará de sede.
14 Por isso,
a cova aumentou o seu apetite, abriu a sua boca desmesuradamente; para lá desce a
glória de Jerusalém, e o seu tumulto, e o seu ruído, e quem
nesse meio folgava.
15 Então, a gente
se abate, e o homem se avilta; e os olhos dos altivos são humilhados.
16 Mas o
SENHOR dos Exércitos é exaltado em juízo; e Deus, o Santo, é santificado em
justiça.
17 Então, os
cordeiros pastarão lá como se no seu pasto; e os
nômades se nutrirão dos campos dos ricos lá
abandonados.
18 Ai dos que
puxam para si a iniquidade com cordas de injustiça e o pecado, como com
tirantes de carro!
19 E dizem:
Apresse-se Deus, leve a cabo a sua obra, para que a vejamos; aproxime-se,
manifeste-se o conselho do Santo de Israel, para que o conheçamos.
20 Ai dos que
ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz,
escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!
21 Ai dos que
são sábios a seus próprios olhos e prudentes em seu próprio
conceito!
22 Ai dos que
são heróis para beber vinho e valentes para misturar bebida forte,
23 os quais
por suborno justificam o perverso e ao justo negam justiça!
24 Pelo que,
como a língua de fogo consome o restolho, e a erva seca se desfaz pela chama,
assim será a sua raiz como podridão, e a sua flor se esvaecerá como
pó; porquanto rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos e desprezaram a palavra
do Santo de Israel.
25 Por isso,
se acende a ira do SENHOR contra o seu povo, povo contra o qual estende a mão e
o fere, de modo que tremem os montes e os seus cadáveres são como monturo no
meio das ruas. Com tudo isto não se aplaca a sua ira, mas ainda está estendida
a sua mão.
26 Ele
arvorará o estandarte para as nações distantes e lhes assobiará para que
venham das extremidades da terra; e vêm apressadamente.” (Isaías
5.7-26).
“1 Veio a mim
a palavra do SENHOR, dizendo:
2 Tu, pois, ó filho do
homem, acaso, julgarás, julgarás a cidade sanguinária?
Faze-lhe conhecer, pois, todas as suas abominações
3 e dize:
Assim diz o SENHOR Deus: Ai da cidade que derrama sangue no meio de si, para
que venha o seu tempo, e que faz ídolos contra si mesma, para se contaminar!
4 Pelo teu
sangue, por ti mesma derramado, tu te fizeste culpada e pelos teus ídolos, por
ti mesma fabricados, tu te contaminaste e fizeste chegar o dia do teu
julgamento e o término de teus anos; por isso, eu te fiz objeto de opróbrio das
nações e de escárnio de todas as terras.
5 As que estão perto de
ti e as que estão longe escarnecerão de ti, ó infamada,
cheia de inquietação.
6 Eis que os
príncipes de Israel, cada um segundo o seu poder, nada mais intentam, senão derramar
sangue.
7 No meio de
ti, desprezam o pai e a mãe, praticam extorsões contra
o estrangeiro e são injustos para com o órfão e a viúva.
8 Desprezaste
as minhas coisas santas e profanaste os meus sábados.
9 Homens
caluniadores se acham no meio de ti, para derramarem sangue; no meio de ti,
comem carne sacrificada nos montes e cometem perversidade.
10 No teu
meio, descobrem a vergonha de seu pai e abusam da mulher no prazo da sua
menstruação.
11 Um comete
abominação com a mulher do seu próximo, outro contamina torpemente a
sua nora, e outro humilha no meio de ti a sua irmã, filha de
seu pai.
12 No meio de
ti, aceitam subornos para se derramar sangue; usura e lucros tomaste,
extorquindo-o; exploraste o teu próximo com extorsão; mas de mim te esqueceste,
diz o SENHOR Deus.
13 Eis que
bato as minhas palmas com furor contra a exploração que
praticaste e por causa da tua culpa de sangue, que há no meio
de ti. Estará firme o teu coração?
14 Estarão fortes
as tuas mãos, nos dias em que eu vier a tratar contigo? Eu, o SENHOR, o disse e o
farei.
15 Espalhar-te-ei
entre as nações, e te dispersarei em outras terras, e porei termo à tua imundícia.
16 Serás
profanada em ti mesma, à vista das nações, e saberás que eu sou o SENHOR.”
(Ezequiel 22.1-16).
“1 Ouvi esta
palavra que levanto como lamentação sobre vós, ó casa de
Israel:
2 Caiu a
virgem de Israel, nunca mais tornará a levantar-se; estendida
está na sua terra, e não há quem a levante.
3 Porque
assim diz o SENHOR Deus: A cidade da qual saem mil conservará cem, e aquela da
qual saem cem conservará dez à casa de Israel.
4 Pois assim
diz o SENHOR à casa de Israel: Buscai-me e vivei.
5 Porém não busqueis
a Betel, nem venhais a Gilgal, nem passeis a Berseba, porque Gilgal,
certamente, será levada cativa, e Betel será desfeita em nada.
6 Buscai ao
SENHOR e vivei, para que não irrompa na casa de José como um fogo que a
consuma, e não haja em Betel quem o apague.
7 Vós que
converteis o juízo em alosna e deitais por terra a justiça,
8 procurai o
que faz o Sete-estrelo e o Órion, e torna a densa treva em
manhã, e muda o dia em noite; o que chama as águas do
mar e as derrama sobre a terra; SENHOR é o seu nome.
9 É ele que
faz vir súbita destruição sobre o forte e ruína contra a fortaleza.
10 Aborreceis
na porta ao que vos repreende e abominais o que fala sinceramente.
11 Portanto,
visto que pisais o pobre e dele exigis tributo de trigo, não
habitareis nas casas de pedras lavradas que tendes edificado; nem bebereis do
vinho das vides desejáveis que tendes plantado.
12 Porque sei
serem muitas as vossas transgressões e graves os vossos
pecados; afligis o justo, tomais suborno e rejeitais os necessitados na porta.
13 Portanto,
o que for prudente guardará, então, silêncio, porque é tempo mau.
14 Buscai o
bem e não o mal, para que vivais; e, assim, o SENHOR, o Deus dos Exércitos,
estará convosco, como dizeis.
15 Aborrecei
o mal, e amai o bem, e estabelecei na porta o juízo; talvez
o SENHOR, o Deus dos Exércitos, se compadeça do restante de José.
16 Portanto,
assim diz o Senhor, o SENHOR, Deus dos Exércitos: Em todas as praças haverá
pranto; e em todas as ruas dirão: Ai! Ai! E ao lavrador chamarão para o pranto
e, para o choro, os que sabem prantear.
17 Em todas
as vinhas haverá pranto, porque passarei pelo meio de ti, diz
o SENHOR.
18 Ai de vós que
desejais o Dia do SENHOR! Para que desejais vós o Dia do SENHOR? É dia de
trevas e não de luz.
19 Como se um
homem fugisse de diante do leão, e se encontrasse com ele o
urso; ou como se, entrando em casa, encostando a mão à parede,
fosse mordido de uma cobra.
20 Não será, pois, o
Dia do SENHOR trevas e não luz? Não será completa escuridão, sem nenhuma
claridade?
21 Aborreço,
desprezo as vossas festas e com as vossas assembleias solenes não tenho nenhum
prazer.
22 E, ainda
que me ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não me
agradarei deles, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais
cevados.
23 Afasta de
mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei
as melodias das tuas liras.
24 Antes,
corra o juízo como as águas; e a justiça, como
ribeiro perene.
25 Apresentastes-me,
vós, sacrifícios e ofertas de manjares no deserto por
quarenta anos, ó casa de Israel?
26 Sim,
levastes Sicute, vosso rei, Quium, vossa imagem, e o vosso deus-estrela, que
fizestes para vós mesmos.
27 Por isso,
vos desterrarei para além de Damasco, diz o SENHOR, cujo nome é Deus
dos Exércitos.” (Amós 5.1-27).
“9 Ouvi,
agora, isto, vós, cabeças de Jacó, e vós, chefes da casa de
Israel, que abominais o juízo, e perverteis tudo o que é direito,
10 e
edificais a Sião com sangue e a Jerusalém, com perversidade.
11 Os seus
cabeças dão as sentenças por suborno, os seus sacerdotes ensinam por
interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao
SENHOR, dizendo: Não está o SENHOR no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá.
12 Portanto,
por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de ruínas, e o
monte do templo, numa colina coberta de mato.” (Miqueias 3.9-12).
“1 Ai de mim!
Porque estou como quando são colhidas as frutas do verão, como os rabiscos da
vindima: não há cacho de uvas para chupar, nem figos temporãos que a minha alma
deseja.
2 Pereceu da
terra o piedoso, e não há entre os homens um que
seja reto; todos espreitam para derramarem sangue; cada um caça a seu irmão com
rede.
3 As suas mãos estão sobre o
mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige condenação, o juiz
aceita suborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos
eles juntamente urdem a trama.
4 O melhor
deles é como um espinheiro; o mais reto é pior do que uma sebe de espinhos. É
chegado o dia anunciado por tuas sentinelas, o dia do teu castigo; aí está a
confusão deles.
5 Não creiais
no amigo, nem confieis no companheiro. Guarda a porta de tua boca àquela que
reclina sobre o teu peito.
6 Porque o
filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora,
contra a sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa.”
(Miqueias 7.1-6).
Precisaríamos de mais textos proféticos para nos convencermos que Deus
tem de fato uma contenda com os moradores da Terra por causa de suas más obras?
Os que são líderes deveriam esperar um tratamento diferenciado da parte do
Senhor? Não é a eles que são dirigidas as maiores e mais pesadas ameaças, em
face de que muito se exige a quem muito é dado?
A justiça divina que nos é concedida por meio da fé em Jesus Cristo,
cobrirá multidão de pecados daqueles que se arrependeram, mas será implacável
contra aqueles que permaneceram na prática da iniquidade, conforme somos
alertados nas próprias palavras de Jesus e seus apóstolos.
“1 Tendo
Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para
lhe mostrar as construções do templo.
2 Ele, porém, lhes
disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui
pedra sobre pedra que não seja derribada.
3 No monte
das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em
particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal
haverá da tua vinda e da consumação do século.
4 E ele lhes
respondeu: Vede que ninguém vos engane.
5 Porque virão muitos
em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a
muitos.
6 E,
certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos
assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.
7 Porquanto
se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e
terremotos em vários lugares;
8 porém tudo
isto é o princípio das dores.
9 Então, sereis
atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por
causa do meu nome.
10 Nesse
tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos
outros;
11 levantar-se-ão muitos
falsos profetas e enganarão a muitos.
12 E, por se
multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos.
13 Aquele,
porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.
14 E será pregado
este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então,
virá o fim.
15 Quando,
pois, virdes o abominável da desolação de que
falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda),
16 então, os que
estiverem na Judeia fujam para os montes;
17 quem
estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma
coisa;
18 e quem
estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa.
19 Ai das que
estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias!
20 Orai para
que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado;
21 porque
nesse tempo haverá grande tribulação, como
desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais.
22 Não tivessem
aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por
causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados.
23 Então, se alguém vos
disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis;
24 porque
surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para
enganar, se possível, os próprios eleitos.
25 Vede que
vo-lo tenho predito.
26 Portanto,
se vos disserem: Eis que ele está no deserto!, não saiais.
Ou: Ei-lo no interior da casa!, não acrediteis.
27 Porque,
assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no
ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem.
28 Onde
estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres.
29 Logo em
seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade,
as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados.
30 Então,
aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão
o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória.
31 E ele
enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus
escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.
32 Aprendei,
pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas
brotam, sabeis que está próximo o verão.
33 Assim também vós: quando
virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas.
34 Em verdade
vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto
aconteça.
35 Passará o céu e a
terra, porém as minhas palavras não passarão.
36 Mas a
respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o
Filho, senão o Pai.
37 Pois assim
como foi nos dias de Noé, também será a vinda
do Filho do Homem.
38 Porquanto,
assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam,
casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na
arca,
39 e não o
perceberam, senão quando veio o dilúvio e os
levou a todos, assim será também a vinda do Filho do
Homem.
40 Então, dois
estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro;
41 duas estarão
trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra.
42 Portanto,
vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.
43 Mas
considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria
e não deixaria que fosse arrombada a sua casa.
44 Por isso,
ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais,
o Filho do Homem virá.
45 Quem é, pois, o
servo fiel e prudente, a quem o Senhor confiou os seus conservos para dar-lhes
o sustento a seu tempo?
46 Bem-aventurado
aquele servo a quem seu Senhor, quando vier, achar fazendo assim.
47 Em verdade
vos digo que lhe confiará todos os seus bens.
48 Mas, se
aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu Senhor demora-se,
49 e passar a
espancar os seus companheiros e a comer e beber com ébrios,
50 virá o Senhor
daquele servo em dia em que não o espera e em hora que não sabe
51 e
castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger
de dentes.” (Mateus 24.1-51).
“31 Quando
vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se
assentará no trono da sua glória;
32 e todas as
nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor
separa dos cabritos as ovelhas;
33 e porá as
ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda;
34 então, dirá o Rei aos
que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que
vos está preparado desde a fundação do mundo.
35 Porque
tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era
forasteiro, e me hospedastes;
36 estava nu,
e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me.
37 Então,
perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de
comer? Ou com sede e te demos de beber?
38 E quando
te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos?
39 E quando
te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar?
40 O Rei,
respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes
meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
41 Então, o Rei
dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim,
malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.
42 Porque
tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
43 sendo
forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me
enfermo e preso, não fostes ver-me.
44 E eles lhe
perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu,
enfermo ou preso e não te assistimos?
45 Então, lhes
responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes
mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer.
46 E irão estes
para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna.” (Mateus 25.31-46).
“9 Ou não sabeis
que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos
enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros,
nem efeminados, nem sodomitas,
10 nem
ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o
reino de Deus.” (I Coríntios 6.9,10).
“19 Ora, as
obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,
20 idolatria,
feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias,
dissensões, facções,
21 invejas,
bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu
vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os
que tais coisas praticam.” (Gálatas 5.19-21).
“10 Virá,
entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão
com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra
e as obras que nela existem serão atingidas.
11 Visto que
todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como
os que vivem em santo procedimento e piedade,
12 esperando
e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus,
incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se
derreterão.
13 Nós, porém, segundo
a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais
habita justiça.
14 Por essa
razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados
por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis,” (II
Pedro 3.10-14).
“Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos
abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a
todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e
enxofre, a saber, a segunda morte.” (Apocalipse 21.8).
“10 Disse-me ainda: Não seles as palavras da
profecia deste livro, porque o tempo está próximo.
11 Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo
ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.
12 E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para
retribuir a cada um segundo as suas obras.
13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.
14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas
vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem
na cidade pelas portas.
15 Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os
assassinos, os idólatras
e todo aquele que ama e pratica a mentira.” (Apocalipse 22.10-15).
Apesar
de um grande e terrível juízo contra o pecado já se encontrar à porta,
permanece ainda em vigor a dispensação da graça, na qual nosso Senhor continua
com o seu trabalho de salvar e não de condenar, e esta missão que lhe foi dada
pelo Pai, é a mesma da Sua Igreja.
Até
que o Senhor venha, todo aquele que se arrepender e crer nEle como Senhor e
Salvador, escapará não somente do grande Juízo como também será reconciliado
com Deus para ser seu filho amado, nas bases da grande aliança de graça que foi
feita antes da fundação do mundo, e da qual falamos nas linhas a seguir:
O Evangelho que nos Leva a Obter a Salvação
Estamos inserindo esta nota em forma de apêndice em
nossas últimas publicações, uma vez que temos sido impelidos a explicar em
termos simples e diretos o que seja de fato o evangelho, na forma em que nos é
apresentado nas Escrituras, já que há muita pregação e ensino de caráter
legalista que não é de modo algum o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
Há também uma grande ignorância relativa ao que seja
a aliança da graça por meio da qual somos salvos, e que consiste no coração do
evangelho, e então a descrevemos em termos bem simples, de forma que possa ser
adequadamente entendida.
Há somente um evangelho pelo qual podemos ser
verdadeiramente salvos. Ele se encontra revelado na Bíblia, e especialmente nas
páginas do Novo Testamento. Mas, por interpretações incorretas é possível até
mesmo transformá-lo em um meio de perdição e não de salvação, conforme tem
ocorrido especialmente em nossos dias, em que as verdades fundamentais do
evangelho de Jesus Cristo têm sido adulteradas ou omitidas.
Tudo isto nos levou a tomar a iniciativa de
apresentar a seguir, de forma resumida, em que consiste de fato o evangelho da
nossa salvação.
Em primeiro lugar, antes de tudo, é preciso entender
que somos salvos exclusivamente com base na aliança de graça que foi feita
entre Deus Pai e Deus Filho, antes mesmo da criação do mundo, para que nas
diversas gerações de pessoas que seriam trazidas por eles à existência sobre a
Terra, houvesse um chamado invisível, sobrenatural, espiritual, para serem
perdoadas de seus pecados, justificadas, regeneradas (novo nascimento
espiritual), santificadas e glorificadas. E o autor destas operações
transformadoras seria o Espírito Santo, a terceira pessoa da trindade divina.
Estes que seriam chamados à conversão, o seriam pelo
meio de atração que seria feita por Deus Pai, trazendo-os a Deus Filho, de modo
que pela simples fé em Jesus Cristo, pudessem receber a graça necessária que os
redimiria e os transportaria das trevas para a luz, do poder de Satanás para o
de Deus, e que lhes transformaria em filhos amados e aceitos por Deus.
Como estes que foram redimidos se encontravam
debaixo de uma sentença de maldição e condenação eternas, em razão de terem
transgredido a lei de Deus, com os seus pecados, para que fossem redimidos
seria necessário que houvesse uma quitação da dívida deles para com a justiça
divina, cuja sentença sobre eles era a de morte física e espiritual
eternas.
Havia a necessidade de um sacrifício, de alguém
idôneo que pudesse se colocar no lugar do homem, trazendo sobre si os seus
pecados e culpa, e morrendo com o derramamento do Seu sangue, porque a lei
determina que não pode haver expiação sem que haja um sacrifício sangrento
substitutivo.
Importava também que este Substituto de pecadores,
assumisse a responsabilidade de cobrir tudo o que fosse necessário em relação à
dívida de pecados deles, não apenas a anterior à sua conversão, como a que
seria contraída também no presente e no futuro, durante a sua jornada terrena.
Este Substituto deveria ser perfeito, sem pecado,
eterno, infinito, porque a ofensa do pecador é eterna e infinita. Então deveria
ser alguém divino para realizar tal obra.
Jesus, sendo Deus, se apresentou na aliança da graça
feita com o Pai, para ser este Salvador, Fiador, Garantia, Sacrifício,
Sacerdote, para realizar a obra de redenção.
O homem é fraco, dado a se desviar, mas a sua
chamada é para uma santificação e perfeição eternas. Como poderia responder por
si mesmo para garantir a eternidade da segurança da salvação?
Havia necessidade que Jesus assumisse ao lado da
natureza divina que sempre possuiu, a natureza humana, e para tanto ele foi
gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria.
Ele deveria ter um corpo para ser oferecido em
sacrifício. O sangue da nossa redenção deveria ser o de alguém que fosse
humano, mas também divino, de modo que se pode até mesmo dizer que fomos
redimidos pelo sangue do próprio Deus.
Este é o fundamento da nossa salvação. A morte de
Jesus em nosso lugar, de modo a nos abrir o caminho para a vida eterna e o céu.
Para que nunca nos esquecêssemos desta grande e
importante verdade do evangelho de que Jesus se tornou da parte de Deus para
nós, o nosso tudo, e que sem Ele nada somos ou podemos fazer para agradar a
Deus, Jesus fixou a Ceia que deve ser regularmente observada pelos crentes,
para que se lembrem de que o Seu corpo foi rasgado, assim como o pão que
partimos na Ceia, e o Seu sangue foi derramado em profusão, conforme
representado pelo vinho, para que tenhamos vida eterna por meio de nos
alimentarmos dEle. Por isso somos ordenados a comer o pão, que representa o
corpo de Jesus, que é verdadeiro alimento para o nosso espírito, e a beber o
sangue de Jesus, que é verdadeira bebida para nos refrigerar e manter a Sua
vida em nós.
Quando Ele disse que é o caminho e a verdade e a
vida. Que a porta que conduz à vida eterna é estreita, e que o caminho é
apertado. Tudo isto se aplica ao fato de que não há outra verdade, outro
caminho, outra vida, senão a que existe somente por meio da fé nEle. A porta é
estreita porque não admite uma entrada para vários caminhos e atalhos, que
sendo diferentes dEle, conduzem à perdição. É estreito e apertado para que
nunca nos desviemos dEle, o autor e consumador da nossa salvação.
Então o plano de salvação, na aliança de graça que
foi feita, nada exige do homem, além da fé, pois tudo o que tiver que ser feito
nele para ser transformado e firmado na graça, será realizado pelo autor da sua
salvação, a saber, Jesus Cristo.
Tanto é assim, que para que tenhamos a plena
convicção desta verdade, mesmo depois de sermos justificados, regenerados e
santificados, percebemos, enquanto neste mundo, que há em nós resquícios do
pecado, que são o resultado do que se chama de pecado residente, que ainda
subsiste no velho homem, que apesar de ter sido crucificado juntamente com
Cristo, ainda permanece em condições de operar em nós, ao lado da nova natureza
espiritual e santa que recebemos na conversão.
Qual é a razão disso, senão a de que o Senhor
pretende nos ensinar a enxergar que a nossa salvação é inteiramente por graça e
mediante a fé? Que é Ele somente que nos garante a vida eterna e o céu. Se não
fosse assim, não poderíamos ser salvos e recebidos por Deus porque sabemos que
ainda que salvos, o pecado ainda opera em nossas vidas de diversas formas.
Isto pode ser visto claramente em várias passagens
bíblicas e especialmente no texto de Romanos 7.
À luz desta verdade, percebemos que mesmo as
enfermidades que atuam em nossos corpos físicos, e outras em nossa alma, são o
resultado da imperfeição em que ainda nos encontramos aqui embaixo, pois Deus
poderia dar saúde perfeita a todos os crentes, sem qualquer doença, até o dia
da morte deles, mas Ele não o faz para que aprendamos que a nossa salvação está
inteiramente colocada sobre a responsabilidade de Jesus, que é aquele que
responde por nós perante Ele, para nos manter seguros na plena garantia da
salvação que obtivemos mediante a fé, conforme o próprio Deus havia determinado
justificar-nos somente por fé, do mesmo modo como fizera com Abraão e com
muitos outros mesmo nos dias do Velho Testamento.
Nenhum crente deve portanto julgar-se sem fé porque
não consegue vencer determinadas fraquezas ou pecados, porque enquanto se
esforça para ser curado deles, e ainda que não o consiga neste mundo, não
perderá a sua condição de filho amado de Deus, que pode usar tudo isto em forma
de repreensão e disciplina, mas que jamais deixará ou abandonará a qualquer que
tenha recebido por filho, por causa da aliança que fez com Jesus e na qual se
interpôs com um juramento que jamais a anularia por causa de nossas
imperfeições e transgressões.
Um crente verdadeiro odeia o pecado e ama a Jesus,
mas sempre lamentará que não o ame tanto quanto deveria, e por não ter o mesmo
caráter e virtudes que há em Cristo. Mas de uma coisa ele pode ter certeza: não
foi por mérito, virtude ou boas obras que lhes foram exigidos a apresentar a
Deus que ele foi salvo, mas simplesmente por meio do arrependimento e da fé
nAquele que tudo fez e tem feito que é necessário para a segurança eterna da
sua salvação.
É possível que alguém leia tudo o que foi dito
nestes sete últimos parágrafos e não tenha percebido a grande verdade central
relativa ao evangelho, que está sendo comentada neles, e que foi citada de
forma resumida no primeiro deles, a saber:
“Então o plano de salvação, na aliança de graça que
foi feita, nada exige do homem, além da fé, pois tudo o que tiver que ser feito
nele para ser transformado e firmado na graça, será realizado pelo autor da sua
salvação, a saber, Jesus Cristo.”
Nós temos na Palavra de Deus a confirmação desta
verdade, que tudo é de fato devido à graça de Jesus, na nossa salvação, e que
esta graça é suficiente para nos garantir uma salvação eterna, em razão do
pacto feito entre Deus Pai e Deus Filho, que nos escolheram para esta salvação
segura e eterna, antes mesmo da fundação do mundo, no qual Jesus e Sua obra são
a causa dessa segurança eterna, pois é nEle que somos aceitos por Deus, nos
termos da aliança firmada, em que o Pai e o Filho são os agentes da aliança, e
os crentes apenas os beneficiários.
O pacto foi feito unilateralmente pelo Pai e o
Filho, sem a consulta da vontade dos beneficiários, uma vez que eles nem sequer
ainda existiam, e quando aderem agora pela fé aos termos da aliança, eles são
convocados a fazê-lo voluntariamente e para o principal propósito de serem
salvos para serem santificados e glorificados, sendo instruídos pelo evangelho
que tudo o que era necessário para a sua salvação foi perfeitamente consumado
pelo Fiador deles, nosso Senhor Jesus Cristo.
Então, preste atenção neste ponto muito importante,
de que tanto é assim, que não é pelo fato de os crentes continuarem sujeitos ao
pecado, mesmo depois de convertidos, que eles correm o risco de perderem a
salvação deles, uma vez que a aliança não foi feita diretamente com eles, e
consistindo na obediência perfeita deles a toda a vontade de Deus, mas foi
feita com Jesus Cristo, para não somente expiar a culpa deles, como para
garantir o aperfeiçoamento deles na santidade e na justiça, ainda que isto
venha a ser somente completado integralmente no por vir, quando adentrarem a
glória celestial.
A salvação é por graça porque alguém pagou
inteiramente o preço devido para que fôssemos salvos – nosso Senhor Jesus
Cristo.
E para que soubéssemos disso, Jesus não nos foi dado
somente como Sacrifício e Sacerdote, mas também como Profeta e Rei.
Ele não somente é quem nos anuncia o evangelho pelo
poder do Espírito Santo, e quem tudo revelou acerca dele nas páginas da Bíblia,
para que não errássemos o alvo por causa da incredulidade, que sendo o oposto
da fé, é a única coisa que pode nos afastar da possibilidade da salvação.
Em sua obra como Rei, Jesus governa os nossos
corações, e nos submete à Sua vontade de forma voluntária e amorosa,
capacitando-nos, pelo Seu próprio poder, a viver de modo agradável a Deus.
Agora, nada disso é possível sem que haja
arrependimento. Ainda que não seja ele a causa da nossa salvação, pois, como
temos visto esta causa é o amor, a misericórdia e a graça de Deus, manifestados
em Jesus em nosso favor, todavia, o arrependimento é necessário, porque toda
esta salvação é para uma vida santa, uma vida que lute contra o pecado, e que
busque se revestir do caráter e virtudes de Jesus.
Então, não há salvação pela fé onde o coração
permanece apegado ao pecado, e sem manifestar qualquer desejo de viver de modo
santo para a glória de Deus.
Desde que haja arrependimento não há qualquer
impossibilidade para que Deus nos salve, nem mesmo os grosseiros pecados da
geração atual, que corre desenfreadamente à busca de prazeres terrenos, e
completamente avessa aos valores eternos e celestiais.
Ainda que possa parecer um paradoxo, haveria até
mais facilidade para Deus salvar a estes que vivem na iniquidade porque a vida
deles no pecado é flagrante, e pouco se importam em demonstrar por um viver
hipócrita, que são pessoas justas e puras, pois não estão interessados em
demonstrar a justiça própria do fariseu da parábola de Jesus, para que através
de sua falsa religiosidade, e autoengano, pudessem alcançar algum favor da
parte de Deus.
Assim, quando algum deles recebe a revelação da luz
que há em Jesus, e das grandes trevas que dominam seu coração, o trabalho de
convencimento do Espírito Santo é facilitado, e eles lamentam por seus pecados
e fogem para Jesus para obterem a luz da salvação. E ele os receberá, e a
nenhum deles lançará fora, conforme a Sua promessa, porque o ajuste feito para
a sua salvação exige somente o arrependimento e a fé, para a recepção da graça
que os salvará.
Deus mesmo é quem provê todos os meios necessários
para que permaneçamos firmes na graça que nos salvou, de maneira que jamais
venhamos a nos separar dele definitivamente.
Ele nos fez coparticipantes da Sua natureza divina, no
novo nascimento operado pelo Espírito Santo, de modo que uma vez que uma
natureza é atingida, ela jamais pode ser desfeita. Nós viveremos pela nova
criatura, ainda que a velha venha a se dissolver totalmente, assim como está
ordenado que tudo o que herdamos de Adão e com o pecado deverá passar, pois
tudo é feito novo em Jesus, em quem temos recebido este nosso novo ser que se
inclina em amor para Deus e para todas as coisas de Deus.
Ainda que haja o pecado residente no crente, ele se
encontra destronado, pois quem reina agora é a graça de Jesus em seu coração, e
não mais o pecado. Ainda que algum pecado o vença isto será temporariamente, do
mesmo modo que uma doença que se instala no corpo é expulsa dele pelas defesas
naturais ou por algum medicamento potente. O sangue de Jesus é o remédio pelo
qual somos sarados de todas as nossas enfermidades. E ainda que alguma delas
prevaleça neste mundo ela será totalmente extinta quando partirmos para a
glória, onde tudo será perfeito.
Temos este penhor da perfeição futura da salvação
dado a nós pela habitação do Espírito Santo, que testifica juntamente com o
nosso espírito que somos agora filhos de Deus, não apenas por ato declarativo
desta condição, mas de fato e de verdade pelo novo nascimento espiritual que
nos foi dado por meio da nossa fé em Jesus.
Toda esta vida que temos agora é obtida por meio da
fé no Filho de Deus que nos amou e se entregou por nós, para que vivamos por
meio da Sua própria vida. Ele é o criador e o sustentador de toda a criação,
inclusive desta nova criação que está realizando desde o princípio, por meio da
geração de novas criaturas espirituais para Deus por meio da fé nEle.
Ele pode fazê-lo porque é espírito vivificante, ou
seja, pode fazer com que nova vida espiritual seja gerada em quem Ele assim o
quiser. Ele sabe perfeitamente quais são aqueles que atenderão ao chamado da
salvação, e é a estes que Ele se revela em espírito para que creiam nEle, e
assim sejam salvos.
Bem-aventurados portanto são:
Os humildes de espírito que reconhecem que nada
possuem em si mesmos para agradarem a Deus.
Os mansos que se submetem à vontade de Deus e que se
dispõem a cumprir os Seus mandamentos.
Os que choram por causa de seus pecados e todo o
pecado que há no mundo, que é uma rebelião contra o Criador.
Os misericordiosos, porque dão por si mesmos o
testemunho de que todos necessitam da misericórdia de Deus para serem
perdoados.
Os pacificadores, e não propriamente pacifistas que
costumam anular a verdade em prol da paz mundial, mas os que anunciam pela palavra
e suas próprias vidas que há paz de reconciliação com Deus somente por meio da
fé em Jesus.
Os que têm fome e sede de justiça, da justiça do
reino de Deus que não é comida, nem bebida, mas justiça, paz e alegria no
Espírito Santo.
Os que são perseguidos por causa do evangelho,
porque sendo odiados sem causa, perseveram em dar testemunho do Nome e da
Palavra de Jesus Cristo.
Vemos assim que ser salvo pela graça não significa:
de qualquer modo, de maneira descuidada, sem qualquer valor ou preço envolvido
na salvação. Jesus pagou um preço altíssimo e de valor inestimável para que
pudéssemos ser redimidos. Os termos da aliança por meio da qual somos salvos
são todos bem ordenados e planejados para que a salvação seja segura e efetiva.
Há poderes sobrenaturais, celestiais, espirituais envolvidos em todo o processo
da salvação.
É de uma preciosidade tão grande este plano e
aliança que eles devem ser eficazes mesmo quando não há naqueles que são salvos
um conhecimento adequado de todas estas verdades, pois está determinado que
aquele que crê no seu coração e confessar com os lábios que Jesus é o Senhor e
Salvador, é tudo quanto que é necessário para um pecador ser transformado em
santo e recebido como filho adotivo por Deus.
O crescimento na graça e no conhecimento de Jesus
são necessários para o nosso aperfeiçoamento espiritual em progresso da nossa
santificação, mas não para a nossa justificação e regeneração (novo nascimento)
que são instantâneos e recebidos simultaneamente no dia mesmo em que nos
convertemos a Cristo. Quando fomos a Ele como nos encontrávamos na ocasião,
totalmente perdidos e mortos em
transgressões e pecados.
E fomos recebidos porque a palavra da promessa da
aliança é que todo aquele que crê será salvo, e nada mais é acrescentado a ela
como condição para a salvação.
É assim porque foi este o ajuste que foi feito entre
o Pai e o Filho na aliança que fizeram entre si para que fôssemos salvos por
graça e mediante a fé.
Jesus é pedra de esquina eleita e preciosa, que o
Pai escolheu para ser o autor e o consumador da nossa salvação. Ele foi eleito
para a aliança da graça, e nós somos eleitos para recebermos os benefícios
desta aliança por meio da fé nAquele a quem foram feitas as promessas de ter um
povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras.
Então quando somos chamados de eleitos na Bíblia,
isto não significa que Deus fez uma aliança exclusiva e diretamente com cada um
daqueles que creem, uma vez que uma aliança com Deus para a vida eterna demanda
uma perfeita justiça e perfeita obediência a Ele, sem qualquer falha, e de nós
mesmos, jamais seríamos competentes para atender a tal exigência, de modo que a
aliança poderia ter sido feita somente com Jesus.
Somos aceitos pelo Pai porque estamos em Jesus, e
assim é por causa do Filho Unigênito que somos também recebidos. Jamais
poderíamos fazê-lo diretamente sem ter a Jesus como nossa Cabeça, nosso Sumo
Sacerdote e Sacrifício. Isto é tipificado claramente na Lei, em que nenhum
ofertante ou oferta seriam aceitos por Deus sem serem apresentados pelo
sacerdote escolhido por Deus para tal propósito. Nenhum outro Sumo Sacerdote
foi designado pelo Pai para que pudéssemos receber uma redenção e aproximação
eternas, senão somente nosso Senhor Jesus Cristo, aquele que Ele escolheu para
este ofício.
Mas uma vez que nos tornamos filhos de Deus por meio
da fé em Jesus Cristo, importa permanecermos nEle por um viver e andar em
santificação, no Espírito.
É pelo desconhecimento desta verdade que muitos
crentes caminham de forma desordenada, uma vez que tendo aprendido que a
aliança da graça foi feita entre Deus Pai e Deus Filho, e que são salvos
exclusivamente por meio da fé, que então não importa como vivam uma vez que já
se encontram salvos das consequências mortais do pecado.
Ainda que isto seja verdadeiro no tocante à
segurança eterna da salvação em razão da justificação, é apenas uma das faces
da moeda da salvação, que nos trazendo justificação e regeneração
instantaneamente pela graça, mediante a fé, no momento mesmo da nossa conversão
inicial, todavia, possui uma outra face que é a relativa ao propósito da nossa
justificação e regeneração, a saber, para sermos santificados pelo Espírito
Santo, mediante implantação da Palavra em nosso caráter. Isto tem a ver com a
mortificação diária do pecado, e o despojamento do velho homem, por um andar no
Espírito, pois de outra forma, não é possível que Deus seja glorificado através
de nós e por nós. Não há vida cristã vitoriosa sem santificação, uma vez que
Cristo nos foi dado para o propósito mesmo de se vencer o pecado, por meio de
um viver santificado.
Esta santificação foi também incluída na aliança da
graça feita entre o Pai e o Filho, antes da fundação do mundo, e para isto
somos também inteiramente dependentes de Jesus e da manifestação da sua vida em
nós, porque Ele se tornou para nós da parte de Deus a nossa justiça, redenção,
sabedoria e santificação (I Coríntios 1.30). De modo que a obra iniciada na
nossa conversão será completada por Deus para o seu aperfeiçoamento final até a
nossa chegada à glória celestial.
“Estou plenamente certo de
que aquele que começou boa obra em vós há de
completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.” (Filipenses 1.6).
“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e
corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.” (I
Tessalonicenses 5.23,24).
“Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha
presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa
salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer
como o realizar, segundo a sua boa vontade.” (Filipenses 2.12,13).
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