quarta-feira, 27 de novembro de 2019

A Relação Entre a Submissão de Jesus a Deus Pai e a Nossa




Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.” (João 5.19)
Nesta e em várias passagens da Bíblia há um claro testemunho da submissão total de nosso Senhor Jesus Cristo à vontade de Deus Pai, tanto no Velho quanto no Novo Testamento.
É somente quando compreendemos a essência e extensão da Sua própria submissão, que podemos também entender o que é esperado de todos nós, que somos adotados como filhos de Deus por meio da fé nEle.
Não é por falta de ensinamentos e exemplos que nos foram deixados, tanto na vida dos profetas, de Jesus e dos apóstolos, que podemos justificar uma conduta independente de nossa parte e descompromissada com Deus e Sua vontade, uma vez que o nosso dever é claramente revelado a nós nas Escrituras.
Para qual outro propósito principal nos é ordenado pelo Senhor que nos neguemos a nós mesmos e tomemos diariamente a nossa cruz, para podermos seguir os Seus passos? Se não fosse para uma completa absorção da nossa vontade na vontade do Pai, de modo que não busquemos o que seja a nossa própria vontade senão a dEle? Tanto deve ser este o principal objetivo da nossa abnegação porque se fosse somente para melhorias espirituais em nós mesmos, como por exemplo, a obtenção de um temperamento manso e calmo, que é de grande valor, todavia, qual seria a glória de Deus nisto, caso o buscássemos, independentemente de buscarmos conhecer a vontade objetiva do Senhor para as nossas vidas ministeriais, com o intuito de servi-lo e obedecê-lo, de modo que tudo o que fazemos fosse somente para a Sua exclusiva glória?
Mas, este único exemplo apenas toca a superfície deste grande oceano da submissão que é devida a Deus, e da qual podemos aprender, pelo menos nocionalmente nos ensinamentos e exemplo que nos foram deixados pelo próprio Jesus. Dizemos nocionalmente, porque o que importa mesmo é que aprendamos esta submissão na prática, e não apenas no conhecimento do registro das Escrituras. Jesus nos deixou um exemplo não apenas para ser conhecido, mas sobretudo praticado e obedecido.
Há várias razões para esta submissão à Pessoa e vontade de Deus, e não seria possível para nós explicarmos todas elas, até mesmo porque muito disso tem sido reservado por Deus à Sua exclusiva soberania e autoridade.
Nunca é demais lembrar que o próprio Jesus, em relação ao Pai, declara Sua dependência de receber dEle a revelação da Sua vontade Paterna, para que Ele, como Filho Unigênito amado, possa cumpri-la cabalmente, pois é nisto que se encontra a razão da Sua existência como Segunda Pessoa da Trindade Divina, e todo o Seu prazer, assim como do próprio Pai.
Ele declara expressamente que é somente do conhecimento do Pai, o dia, a hora, o momento exato em que deve voltar à Terra para julgar os ímpios e inaugurar o Milênio.
Muito do que Ele fez em Seu ministério terreno, foi-lhe revelado progressivamente pelo Espírito Santo, conforme a vontade do Pai, e isto explica a necessidade que Jesus tinha de estar permanentemente em oração, para que tudo o que fizesse, fosse realizado dentro da esfera da vontade do Pai.
Tem sido assim conosco?
Temos nos ocupado em conhecer diariamente qual seja a vontade de Deus para nós, para que façamos aquilo em que Ele nos comprometeu consigo mesmo, ou temos sido descuidados em relação a isso?
É certo que pela vontade expressa do Pai, muitas coisas nos são permitidas para serem feitas independentemente de consultarmos a Sua vontade Divina, mas, antes dessas coisas, e em primeiro lugar, com prioridade absoluta, importa fazer aquilo que nos tem sido ordenado para ser feito, e não raro, teremos que renunciar a muitas coisas ou adiá-las, para que esta prioridade seja cumprida.
Como poderia haver harmonia e comunhão entre todos os santos no céu, caso a cada um fosse dado agir segundo a própria vontade? Já não temos exemplos suficientes aqui embaixo do que acontece quando cada pessoa age de modo independente e carnalmente?
1 De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?
2 Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis;
3 pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.
4 Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
5 Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?
6 Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
7 Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração.
9 Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza.
10 Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.” (Tiago 4.1-10).
Neste texto, o apóstolo Tiago está falando da necessidade desta submissão absoluta por parte dos crentes, à vontade de Deus, pela busca de um viver em santidade, não se conformando ao mundo, para que possa haver unidade e comunhão real no Espírito.
Sem nos submetermos à vontade Deus e à Sua Palavra, jamais seremos achados mortificando a carne e vencendo o pecado, o diabo e o mundo, porque conforme vemos no testemunho do apóstolo, é por Deus nos conceder a Sua graça que o conseguimos.
Todavia, que nunca se pense que isto é obtido uma vez, e daí para a frente já não mais necessitamos buscá-lo com um espírito manso, submisso e humilde. Não, os suprimentos de graça devem ser renovados diariamente sobretudo pelo exercício da oração e da meditação na Palavra, e disposição para testemunhar as virtudes de Jesus em nossas próprias vidas.
Jesus é o modelo supremo de submissão, mansidão, humildade e de obediência à vontade de Deus, e não é sem razão que Ele nos é dado pelo Pai para ser seguido por nós em Seu caráter, virtudes, santidade, porque foi para isto mesmo que fomos chamados, a saber, a razão da nossa criação e vocação é para sermos à exata imagem e semelhança de Jesus, conforme testificam as Escrituras.
Votamos a dizer que não poderia jamais haver um céu de paz e harmonia, sem que todos os que lá se encontram submetam suas próprias vontades à de Deus Pai.
É nos dirigindo ao mesmo Centro Bendito de onde procede toda a vontade que é boa, perfeita e agradável, para cada um de nós, que podemos também ser achados em paz e em comunhão espiritual uns com os outros.
Por isso é tão essencial que se mortifique de fato o pecado, e isto já deve começar aqui embaixo, pois estamos sendo aperfeiçoados para a vida perfeita do céu.
Quando não negamos a nossa própria vontade quem sempre há de prevalecer é o homem carnal, o velho homem ou criatura, que não está sujeito à vontade de Deus e nem mesmo pode estar.
Dependemos de ser ensinados, instruídos, guiados, capacitados pelo Espírito Santo para esta nova vida que é espiritual, celestial e divina. Lembremos que ela não nos vem da parte de nada que seja desta mundo, pois é inteiramente procedente do céu, e penetra em cada crente para estabelecer nele o Reino de Deus e a Sua justiça.
Todo o nosso discurso será em vão enquanto não nos convencermos que o grande motivo da criação tanto de homens quanto de anjos é para que eles façam a vontade de Deus. Esta, por sua vez, para ser obedecida, deve antes ser buscada e conhecida. Por isso somos ordenados a bater, pedir, buscar, e a sermos realmente diligentes para tal propósito. Se falhamos nisto, teremos falhado em tudo o mais que se refira ao verdadeiro objetivo da vida.
A vida eterna encontra-se somente em Deus Pai, e ela deve ser buscada em Jesus Cristo que foi ordenado pelo Pai, para concedê-la a nós.
Nunca será demais lembrarmos que apesar de o Pai ter dado ao Seu Filho Unigênito Jesus Cristo, o poder de ter vida em si mesmo, vida independente, poder para dá-la e reassumi-la como Ele fez em sua morte e ressurreição, e além de tudo isso, poder de comunicar a vida eterna aos eleitos de Deus, que se encontravam mortos em delitos e em pecados, todavia, Ele não vive por Sua própria vontade, mas sempre fazendo a vontade do Pai. Quanto mais então, não cabe a nós, criaturas que somos, fazer o mesmo, porque Aquele que não é criatura, sendo também Deus, o faz, que argumento teremos para justificar o fato de não o fazermos?
Veja o testemunho do próprio Jesus nas passagens a seguir:
17 Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.
18 Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.
19 Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.
20 Porque o Pai ama ao Filho, e lhe mostra tudo o que faz, e maiores obras do que estas lhe mostrará, para que vos maravilheis.
21 Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer.
22 E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento,
23 a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.
24 Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.
25 Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão.
26 Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.
27 E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem.
28 Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão:
29 os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.
30 Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou.
31 Se eu testifico a respeito de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro.
32 Outro é o que testifica a meu respeito, e sei que é verdadeiro o testemunho que ele dá de mim.” (João 5.17-32).
“Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.” (João 6.38).
41 Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava,
42 dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua.” (Lucas 22.41,42).
“Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.” (João 4.34).
37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.
38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.
39 E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia.
40 De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.” (João 6.37-40).
16 Respondeu-lhes Jesus: O meu ensino não é meu, e sim daquele que me enviou.
17 Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo.
18 Quem fala por si mesmo está procurando a sua própria glória; mas o que procura a glória de quem o enviou, esse é verdadeiro, e nele não há injustiça.” (João 7.16-18).
Disso também dão testemunho os profetas e os Salmos:
6 Sacrifícios e ofertas não quiseste; abriste os meus ouvidos; holocaustos e ofertas pelo pecado não requeres.
7 Então, eu disse: eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu respeito;
8 agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei.
9 Proclamei as boas-novas de justiça na grande congregação; jamais cerrei os lábios, tu o sabes, SENHOR.
10 Não ocultei no coração a tua justiça; proclamei a tua fidelidade e a tua salvação; não escondi da grande congregação a tua graça e a tua verdade.” (Salmo 40.6-10).
1 Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios.
2 Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça.
3 Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega; em verdade, promulgará o direito.
4 Não desanimará, nem se quebrará até que ponha na terra o direito; e as terras do mar aguardarão a sua doutrina.
5 Assim diz Deus, o SENHOR, que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto produz; que dá fôlego de vida ao povo que nela está e o espírito aos que andam nela.
6 Eu, o SENHOR, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios;
7 para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere, os que jazem em trevas.” (Isaías 42.1-7).
Da submissão de Jesus ao Pai deram também testemunho os apóstolos:
3 Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.
4 Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.
5 Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
6 pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;
7 antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,
8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome,
10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra,
11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.3-11).
Nosso Senhor Jesus Cristo demonstrou na prática até que ponto Ele estava submisso ao Pai e comprometido com a Sua vontade, ao ter caminhado voluntariamente para se entregar à morte ignominiosa da cruz.
Cabe destacar que a mesma disposição em submissão é requerida dos crentes conforme palavras do apóstolo João:
“Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.” (I João 3.16).
5 Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste;
6 não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado.
7 Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade.
8 Depois de dizer, como acima: Sacrifícios e ofertas não quiseste, nem holocaustos e oblações pelo pecado, nem com isto te deleitaste (coisas que se oferecem segundo a lei),
9 então, acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade. Remove o primeiro para estabelecer o segundo.
10 Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas.
11 Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados;
12 Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus,
13 aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés.
14 Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados.” (Hebreus 10.5-14).
O que se diz da submissão de Jesus, também se aplica ao Espírito Santo.
12 Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora;
13 quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.
14 Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.” (João 16.12-14).
Tudo o que Jesus fez em seu ministério terreno foi pela direção e poder do Espírito Santo, mas ao derramar o Espírito Santo a partir do Pentecostes, tudo o que o Espírito faz é por receber de Jesus e para glorificá-lo.
Qual argumento mais poderoso necessitaríamos para nos convencer de vez da importância de não buscarmos fazer a nossa própria vontade, senão somente a de Deus?
27 E, se eu expulso demônios por Belzebu, por quem os expulsam vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes.
28 Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós.” (Mateus 12.27,28).
Quanto a este assunto muito importante de se fazer a vontade de Deus, temos muitos argumentos nas Escrituras para tanto, como por exemplo na própria abertura das palavras da oração Dominical, que resume em modelo tudo o que importa se lembrado, buscado e realizado em nossa relação com Deus. Não se diz ali “seja feita a Tua vontade assim na terra como é feita no céu”? Não se diz também que “o nome de Deus deve ser santificado por nós”? Se a primeira petição aponta para o efeito, o resultado esperado, que é se fazer a vontade de Deus, a segunda aponta para o meio como isto deve ser feito, ou seja, vivendo nós em verdadeira santificação. Para isto fica subentendida a necessidade de um novo nascimento do Espírito Santo e de uma negação do nosso ego para a crucificação e despojamento da carne que é o princípio operativo do pecado que reside em nós. Não temos portanto aqui, o ensino de meras palavras para serem pronunciadas em oração, mas a indicação do modo pelo qual nos importa viver para o agrado de Deus.
Tudo o que se refira à vida espiritual gira e gravita em torno disso, e sem isso, não há real sentido espiritual em tudo o que fizermos.
1 Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais;
2 porque estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus.
3 Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição;
4 que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra,
5 não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus;
6 e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador,
7 porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.
8 Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo.” (I Tessalonicenses 4.1-8).
1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
3 Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
4 Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função,
5 assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros,
6 tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé;
7 se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo;
8 ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria.
9 O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem.
10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
11 No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor;
12 regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes;
13 compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade;
14 abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.
15 Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.
16 Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos.
17 Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens;
18 se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens;
19 não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.
20 Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça.
21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” (Romanos 12.1-21).
27 Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou.
28 Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.” (I Cor 15.27,28).
17 Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.
18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito,
19 falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais,
20 dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,
21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.” (Efésios 5.17-21).
12 Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.
13 Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;
14 acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.
15 Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos.
16 Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.
17 E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3.12-17).
Quando somos persuadidos da verdade conforme ela é em Jesus Cristo, aí então é que podemos ver e entender que de fato o Seu reino não é deste mundo, e quão abominável para Deus é aquilo que o mundo considera elevado. Quando foi que o mundo estimou a submissão? A virtude necessária para a comunhão é considerada pelo mundo como uma grande fraqueza, e é tida em grande desprezo. Disso devemos nos cuidar portanto, especialmente em nossos dias que que se vê rebelião por toda parte.
Tão preciosa e necessária é a submissão a quem é devida, que nos é recomendada não apenas em relação a Deus, mas aos mais velhos, às autoridades, aos patrões, e dos filhos aos pais, das esposas aos maridos, e em tudo devemos honrar a quem a honra é devida. Como atenderemos ao mandamento divino sem que tenhamos um espírito diferente do de Cristo que é manso e humilde de coração?
O que responde por toda a violência e rebelião que são vistas no mundo, inclusive nas próprias famílias? Falta de submissão de uns aos outros.
Por isso Jesus diz que no reino de Deus o menor é como o maior, e o maior como o menor. Que o  maior é o servo de todos.
42 Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade.
43 Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva;
44 e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos.
45 Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Marcos 10.42-45).
“Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.” (Hebreus 13.17).
13 Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como soberano,
14 quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem.
15 Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos;
16 como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus.
17 Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei.
18 Servos, sede submissos, com todo o temor ao vosso Senhor, não somente se for bom e cordato, mas também ao perverso;
19 porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus.” (I Pedro 2.13-19).
“Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça.” (I Pedro 5.5).




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