Por Silvio Dutra
“Nos
seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome,
com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA.” (Jeremias 23.6)
A verdade
sobre a justificação pela justiça de Cristo é defendida e confirmada em todas
as Escrituras, mesmo as do Velho Testamento, em que há o testemunho desde o
livro de Gênesis com a promessa da Semente bendita da mulher para destruir a
serpente, feita primeiro a Adão, e depois a Abraão, Isaque e Jacó, e desde a saída
do Egito a Moisés e tipificada em todos os sacrifícios prescritos pela Lei, e
em todas as profecias dos Salmos e dos profetas, que bem demonstram que a única
maneira de pecadores serem reconciliados com Deus seria pela justiça obtida por
Cristo e em Cristo. Somente nele e por ele poder-se-ia fazer expiação da culpa
pelo pecado; se somente nele poderíamos ser vinculados de maneira a que fosse o
nosso substituto e fiador diante da justiça de Deus, para sermos vistos como
santos e inculpáveis, uma vez identificados com Ele em sua morte e ressurreição,
para que em nossa união com Ele pudéssemos ser aceitos para a reconciliação e
comunhão com Deus Pai.
De nenhuma outra forma,
malfeitores poderiam ser restaurados e reconciliados com o Criador, Legislador
e Juiz deles, uma vez tendo a sua justiça sido grandemente transgredida por
eles; e como poderia aproximar-se destes que são assim reconciliados, uma vez
que a par de serem justificados, possuem ainda resquícios de pecados que
permanecem em sua natureza terrena?
Não pela remoção da lei da nossa criação que
continuará exigindo eternamente a morte daqueles que não a obedecem
perfeitamente, mas pela introdução de uma nova disposição evangélica, em que o
rigor da lei não é removido, nem abrandado, mas em que todo aquele que for encontrado
morto com Cristo, pela fé nele, será considerado por Deus como estando também
morto para a condenação e maldição da Lei, que não tendo mais o poder de morte
sobre os tais, estes podem ser, pelo seu arrependimento, fé e conversão, serem
recebidos não mais como condenados, mas como filhos amados e perdoados, e com
os quais o Pai prometeu, por esta nova disposição legal adicionada à lei da
criação, a saber, a da nova aliança (Jer 31.31-35), ser misericordioso para com
os seus pecados e esquecer as suas transgressões, em face do amor que devotam a
Ele e pela certeza da continuidade do trabalho de santificação que operará em
suas vidas até que sejam achados na perfeição absoluta que terão na glória do céu.
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