quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Muito Mais do Que a Lei de Moisés







Por
Silvio Dutra




Set/2019






Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.” (Mateus 5.17)
Por diversas vezes Jesus usou a expressão “Lei ou os Profetas” para designar todo o conjunto dos livros do Velho Testamento, uma vez que os judeus classificam as Escrituras de modo diferente do que fazemos pois tudo dividem em Torá ou Lei, Profetas Anteriores e Profetas Posteriores, de modo que os livros que classificamos como históricos e poéticos são incluídos por eles na citada classificação.
Isto é muito importante de ser entendido porque é comum que se faça uma aplicação das palavras de Jesus no nosso texto como se referindo apenas à Lei de Moisés.
Na verdade, o enfoque na Lei foi feito por Ele em razão do uso distorcido que os escribas e fariseus costumavam fazer da Lei de Moisés, valendo-se da aplicação dos mandamentos para explorar o povo e colocar fardos pesados sobre as costas deles, em benefício próprio interesseiro, notadamente na exploração dos sacrifícios de animais do qual faziam um grande comércio.
Na verdade, Deus havia dado a Lei para propósitos espirituais e não carnais. Além disso a revelação da verdade não ficou restrita ao Pentateuco com os cinco livros da Lei, pois deveria avançar com tudo o que foi revelado posteriormente nos livros históricos desde Josué, passando pelo longo período dos Juízes, de cerca de 300 anos de duração, e depois no período dos reis que se estendeu desde 1.040 a 586 a. C, e no período da Restauração até cerca de 400 a. C. quando se iniciou o chamado período Interbíblico; e também com os chamados livros poéticos (Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares).
Não aprendemos somente sobre  a Pessoa, o caráter e atributos de Deus em todos estes livros, como também há neles preciosas promessas para a Igreja, e tudo o que se refere à Pessoa e Ministério do Messias que haveria de se revelar, conforme prometido em muitas Escrituras, desde o livro de Gênesis.
Como então, Jesus poderia revogar o que foi revelado para o propósito mesmo e principal de falar acerca dEle e de tudo o que faria e representaria não apenas para o Seu povo, mas para toda a humanidade?
É um grande erro portanto considerar que toda a vontade de Deus, e tudo o que deve ser observado por Seus servos, encontra-se perfeita, completa e definitivamente revelado na Lei de Moisés.
A Lei é perfeita no propósito que lhe foi designado por Deus para ser cumprido, mas por exemplo, não pode ser o instrumento da nossa justificação, que é o principal benefício proposto por Deus para pecadores, pois isto é feito somente por graça e mediante a fé, e não pela Lei, e sabemos que a Lei não é graça, pois esta foi prometida 430 anos antes da promulgação da Lei no Sinai, a Abraão, e em várias promessas de Deus feitas a Davi, e através dos profetas como em Jeremias 31.31-35 e Ezequiel 36.25-27.
7 Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão.
8 Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos.
9 De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão.
10 Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.
11 E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.
12 Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá.” (Gálatas 3.7-12).
A única justiça que poderia ser obtida pela Lei, para que fôssemos salvos, seria aquela decorrente de uma obediência perfeita de todos os mandamentos ao longo de toda a nossa existência, porque a Lei obriga ao cumprimento de suas ordenanças, sem oferecer qualquer graça, misericórdia ou ajuda para que o façamos.
Já a salvação que é por meio da graça e mediante a fé em Jesus não exige de nós qualquer obra meritória para que a obtenhamos, pois nos é concedida por pura graça e misericórdia de Deus, sem levar em conta qual seja a nossa condição.
13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro),
14 para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.
15 Irmãos, falo como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa.
16 Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo.
17 E digo isto: uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa.
18 Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão.
19 Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador.
20 Ora, o mediador não é de um, mas Deus é um.
21 É, porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente de lei.
22 Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que creem.
23 Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se.
24 De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.
25 Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio.
26 Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus;
27 porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.
28 Desta forma, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
29 E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.” (Gálatas 3.13-29).
É por isso que a par de todo o amor e obediência que o próprio Jesus e os apóstolos tributaram à Lei, pois afinal é de procedência divina, eles não a sacralizaram do modo como os judeus faziam e muitos fazem até hoje, considerando a Lei como um fim em si mesma, e a revelação de toda a vontade de Deus para a humanidade.
A Lei contém também mandamentos civis e cerimoniais em grande número e grande complexidade, de forma que configuravam um grande fardo adicional que foi acrescentado à lei moral, e que obrigava os judeus a viverem de modo muito diferente de todas as nações do mundo, com observância de sacrifícios de animais, distinção de alimentos puros e impuros etc, e tudo isto caiu com a obra realizada por Jesus, porque apontava em figura para Ele até que se manifestasse.
Nós vemos então o Senhor dirigindo-se à Lei de Moisés como algo que apesar de não ser revogada por Ele na Sua vinda, deveria ser considerada no seu devido lugar, e não representar a causa e o motivo de todas as expectativas de Deus em relação aos Seus eleitos.
Era Ele, Jesus a causa e o motivo do nosso viver, e é então para Ele que devemos nos dirigir para que tenhamos a vida eterna que nos está sendo proposta por Deus.
37 O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua forma.
38 Também não tendes a sua palavra permanente em vós, porque não credes naquele a quem ele enviou.
39 Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.
40 Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida.
41 Eu não aceito glória que vem dos homens;
42 sei, entretanto, que não tendes em vós o amor de Deus.” (João 5.37-42).
21 Replicou-lhes Jesus: Um só feito realizei, e todos vos admirais.
22 Pelo motivo de que Moisés vos deu a circuncisão (se bem que ela não vem dele, mas dos patriarcas), no sábado circuncidais um homem.
23 E, se o homem pode ser circuncidado em dia de sábado, para que a lei de Moisés não seja violada, por que vos indignais contra mim, pelo fato de eu ter curado, num sábado, ao todo, um homem?
24 Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça.” (João 7.21-24).
5 Insurgiram-se, entretanto, alguns da seita dos fariseus que haviam crido, dizendo: É necessário circuncidá-los e determinar-lhes que observem a lei de Moisés.
6 Então, se reuniram os apóstolos e os presbíteros para examinar a questão.
7 Havendo grande debate, Pedro tomou a palavra e lhes disse: Irmãos, vós sabeis que, desde há muito, Deus me escolheu dentre vós para que, por meu intermédio, ouvissem os gentios a palavra do evangelho e cressem.
8 Ora, Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, concedendo o Espírito Santo a eles, como também a nós nos concedera.
9 E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração.
10 Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais puderam suportar, nem nós?
11 Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram.” (Atos 15.5-11).
1 Então, falou Jesus às multidões e aos seus discípulos:
2 Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus.
3 Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem.
4 Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.
5 Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas.
6 Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas,
7 as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens.
8 Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos.
9 A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus.
10 Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso Guia, o Cristo.
11 Mas o maior dentre vós será vosso servo.
12 Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.
13 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!
14 [Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque devorais as casas das viúvas e, para o justificar, fazeis longas orações; por isso, sofrereis juízo muito mais severo!]
15 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!” (Mateus 23.1-15).
Os guardiães da Lei em Israel nos dias de Jesus, a saber, os escribas e fariseus, tinham fama de homens santos entre o povo, mas Jesus tirou a máscara de hipocrisia deles, revelando o que havia em seus corações.
Não há lei que possa mudar o coração de um homem, de coração hipócrita e de pedra, em um coração santo e sincero.
Alguém pode ser um observador externo da Lei e ter um coração perverso, de modo que jamais a Lei poderia responder ao propósito principal de Deus que é o de nos salvar e santificar.
Com Jesus, mesmo tudo o que se encontrava no Velho Testamento como tipo, figura, e sombra, pôde ser revelado direta e claramente, sobretudo o estado de morte espiritual em que toda a humanidade se encontra.
Daí a necessidade de um novo nascimento espiritual para o ingresso no reino de Deus, porque ninguém poderá entrar lá se não receber uma nova natureza espiritual, celestial e divina pela operação poderosa do Espírito Santo.
Como alguém, em sua natureza carnal, sendo não convertido, entenderia e aceitaria negar a si mesmo, tomar a cruz e seguir o caráter e virtudes e ordens de Jesus, conforme é exigido por Ele de todos os Seus discípulos?
Como poderiam amar uns aos outros com o mesmo amor com que Jesus nos ama?
Como se dedicariam a que a santificação fosse o principal trabalho de toda a sua vida, pela mortificação contínua do pecado e revestimentos das virtudes de Jesus?
Como saberíamos a necessidade de tudo isto, e o praticaríamos, se não fosse pela revelação que nos foi feita por Jesus no evangelho?
Se Deus havia falado diversas vezes e de muitas maneiras no Velho Testamento através de todos aqueles que Ele usou para tal propósito, e especialmente os profetas, Ele fechou a revelação com Jesus Cristo, e o ensino que o Espírito Santo daria aos apóstolos por meio de tudo o que recebesse de Jesus para tal objetivo.
1 Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
2 nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.
3 Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,
4 tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles.
5 Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho?
6 E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.
7 Ainda, quanto aos anjos, diz: Aquele que a seus anjos faz ventos, e a seus ministros, labareda de fogo;
8 mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de equidade é o cetro do seu reino.” (Hebreus 1.1-8).
O próprio Moisés que foi o mediador entre Israel e Deus para o recebimento da Lei, falou que a revelação só seria completada quando o grande Profeta (Jesus) se manifestasse no mundo, e de que todo aquele que não o ouvisse deveria ser cortado da possibilidade de participar do povo de Deus.
15 O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás,
16 segundo tudo o que pediste ao SENHOR, teu Deus, em Horebe, quando reunido o povo: Não ouvirei mais a voz do SENHOR, meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra.
17 Então, o SENHOR me disse: Falaram bem aquilo que disseram.
18 Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.
19 De todo aquele que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, disso lhe pedirei contas.” (Deuteronômio 18.15-19).
Se na Lei houvesse somente esta passagem, ela subscreveria tudo o mais como sendo de procedência divina e digno de toda aceitação, reverência e cumprimento.
Não é sem motivo que todos declaram o seu amor e apreço pela Lei de Deus, tanto no Velho quanto no Novo Testamento.
Paulo declara expressamente que ser judeu ou gentio não tem a mínima importância, porque o que vale é guardar as ordenanças de Deus.
Nosso Senhor também afirma que aquele que ama a Deus é quem guarda os seus mandamentos.
Devemos nos guardar portanto, em nossas reflexões sobre a Lei de Moisés, de qualquer sentimento de desprezo ou rejeição a ela.
“Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus.” (Romanos 7.22).
“Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia!” (Salmo 119.97).
7 A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices.
8 Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos.
9 O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos.
10 São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos.
11 Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa.” (Salmo 19.7-11).
Quando somamos a Lei de Deus com tudo o mais revelado na Sua Palavra, nós temos a perfeição absoluta, e daí ser dito que apenas a Lei não é toda a verdade, mas as Escrituras, em seu conjunto, a Palavra de Deus, é a toda a verdade que devemos amar, obedecer e praticar.
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17.17).
Esta Palavra é espírito e vida.
“O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.” (João 6.63).
Não admira que o próprio Deus atribua tanto valor à Sua Palavra:
“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos;” (João 8.31).
23 Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.
24 Quem não me ama não guarda as minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai, que me enviou.” (João 14.23,24).
“Conheço as tuas obras eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar – que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.” (Apocalipse 3.8).
22 Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.
23 Por mim mesmo tenho jurado; da minha boca saiu o que é justo, e a minha palavra não tornará atrás. Diante de mim se dobrará todo joelho, e jurará toda língua.” (Isaías 45.22,23).
“Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o SENHOR, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra.” (Isaías 66.2).
11 Veio ainda a palavra do SENHOR, dizendo: Que vês tu, Jeremias? Respondi: vejo uma vara de amendoeira.
12 Disse-me o SENHOR: Viste bem, porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.” (Jeremias 1.11,12).
28 O profeta que tem sonho conte-o como apenas sonho; mas aquele em quem está a minha palavra fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o trigo? – diz o SENHOR.
29 Não é a minha palavra fogo, diz o SENHOR, e martelo que esmiúça a penha?” (Jeremias 23.28,29).
Todo aquele que estiver portanto interessado em fazer a vontade de Deus, deverá, necessariamente observar toda a Palavra revelada, porque nem só de pão viverá o homem mas de toda palavra que procede da boca de Deus, e esta nós temos em toda a Bíblia.
Tudo o que foi revelado foi para nossa instrução e santificação na verdade, de modo que vemos o apóstolo Paulo dando o seguinte testemunho acerca do conjunto das Escrituras:
14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste
15 e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.
16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,
17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (II Timóteo 3.14-17).
E temos da parte do apóstolo Pedro o seguinte testemunho:
19 Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração,
20 sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação;
21 porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” (II Pedro 1.19-21).
A Palavra é alimento para o nosso espírito, de modo que mesmo no Velho Testamento nós temos a ordenança de meditar nela dia e noite para praticá-la.
“Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido.” (Josué 1.8).
1 Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
2 Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.
3 Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido.” (Salmo 1.1-3).
E a mesma ordenança nos é dada no Novo Testamento:
21 Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma.
22 Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.
23 Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural;
24 pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência.
25 Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.
26 Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã.
27 A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.” (Tiago 1.21-27).
7 Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.
8 Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E, quando as ouvi e vi, prostrei-me ante os pés do anjo que me mostrou essas coisas, para adorá-lo.
9 Então, ele me disse: Vê, não faças isso; eu sou conservo teu, dos teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.” (Apocalipse 22.7-9).
Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” (Apocalipse 14.12).
21 Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus;
22 e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável.
23 Ora, o seu mandamento é este: que creiamos em o nome de seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou.
24 E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu.” (I João 3.21-24).
3 Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos.
4 Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.
5 Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele:
6 aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.” (I João 2.3-6).


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