Por
Silvio Dutra
Set/2019
“Não penseis
que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim
para cumprir.” (Mateus 5.17)
Por diversas vezes Jesus usou a expressão “Lei ou
os Profetas” para designar todo o conjunto dos livros do Velho Testamento, uma
vez que os judeus classificam as Escrituras de modo diferente do que fazemos pois
tudo dividem em Torá ou Lei, Profetas Anteriores e Profetas Posteriores, de
modo que os livros que classificamos como históricos e poéticos são incluídos
por eles na citada classificação.
Isto é muito importante de ser entendido porque é comum que se faça uma
aplicação das palavras de Jesus no nosso texto como se referindo apenas à Lei
de Moisés.
Na verdade, o enfoque na Lei foi feito por Ele em razão do uso
distorcido que os escribas e fariseus costumavam fazer da Lei de Moisés,
valendo-se da aplicação dos mandamentos para explorar o povo e colocar fardos
pesados sobre as costas deles, em benefício próprio interesseiro, notadamente
na exploração dos sacrifícios de animais do qual faziam um grande comércio.
Na verdade, Deus havia dado a Lei para propósitos espirituais e não
carnais. Além disso a revelação da verdade não ficou restrita ao Pentateuco com
os cinco livros da Lei, pois deveria avançar com tudo o que foi revelado posteriormente
nos livros históricos desde Josué, passando pelo longo período dos Juízes, de
cerca de 300 anos de duração, e depois no período dos reis que se estendeu
desde 1.040 a 586 a. C, e no período da Restauração até cerca de 400 a. C. quando
se iniciou o chamado período Interbíblico; e também com os chamados livros poéticos
(Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares).
Não aprendemos somente sobre a
Pessoa, o caráter e atributos de Deus em todos estes livros, como também há
neles preciosas promessas para a Igreja, e tudo o que se refere à Pessoa e
Ministério do Messias que haveria de se revelar, conforme prometido em muitas
Escrituras, desde o livro de Gênesis.
Como então, Jesus poderia revogar o que foi revelado para o propósito
mesmo e principal de falar acerca dEle e de tudo o que faria e representaria não
apenas para o Seu povo, mas para toda a humanidade?
É um grande erro portanto considerar que toda a vontade de Deus, e tudo
o que deve ser observado por Seus servos, encontra-se perfeita, completa e
definitivamente revelado na Lei de Moisés.
A Lei é perfeita no propósito que lhe foi designado por Deus para ser
cumprido, mas por exemplo, não pode ser o instrumento da nossa justificação, que
é o principal benefício proposto por Deus para pecadores, pois isto é feito somente
por graça e mediante a fé, e não pela Lei, e sabemos que a Lei não é graça, pois
esta foi prometida 430 anos antes da promulgação da Lei no Sinai, a Abraão, e
em várias promessas de Deus feitas a Davi, e através dos profetas como em
Jeremias 31.31-35 e Ezequiel 36.25-27.
“7 Sabei,
pois, que os da fé é que são filhos
de Abraão.
8 Ora, tendo
a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os
gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os
povos.
9 De modo
que os da fé são abençoados com o crente Abraão.
10 Todos quantos,
pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque
está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as
coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.
11 E é evidente
que, pela lei, ninguém é justificado diante de
Deus, porque o justo viverá pela fé.
12 Ora, a lei
não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos
por eles viverá.” (Gálatas 3.7-12).
A única justiça que poderia ser obtida pela Lei, para que fôssemos
salvos, seria aquela decorrente de uma obediência perfeita de todos os mandamentos
ao longo de toda a nossa existência, porque a Lei obriga ao cumprimento de suas
ordenanças, sem oferecer qualquer graça, misericórdia ou ajuda para que o
façamos.
Já a salvação que é por meio da graça e mediante a fé em Jesus não exige
de nós qualquer obra meritória para que a obtenhamos, pois nos é concedida por
pura graça e misericórdia de Deus, sem levar em conta qual seja a nossa condição.
“13 Cristo nos
resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar
(porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro),
14 para que a
bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim
de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.
15 Irmãos, falo
como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez
ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa.
16 Ora, as
promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E
aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu
descendente, que é Cristo.
17 E digo
isto: uma aliança já anteriormente confirmada
por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode
ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa.
18 Porque, se
a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas
foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão.
19 Qual,
pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que
viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de
anjos, pela mão de um mediador.
20 Ora, o
mediador não é de um, mas Deus é um.
21 É,
porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De
modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a
justiça, na verdade, seria procedente de lei.
22 Mas a
Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus
Cristo, fosse a promessa concedida aos que creem.
23 Mas, antes
que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de
futuro, haveria de revelar-se.
24 De maneira
que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos
justificados por fé.
25 Mas, tendo
vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio.
26 Pois todos
vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus;
27 porque
todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.
28 Desta
forma, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem
mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
29 E, se sois
de Cristo, também sois descendentes de Abraão e
herdeiros segundo a promessa.” (Gálatas 3.13-29).
É por isso que a par de todo o amor e obediência que o próprio Jesus e
os apóstolos tributaram à Lei, pois afinal é de procedência divina, eles não a
sacralizaram do modo como os judeus faziam e muitos fazem até hoje,
considerando a Lei como um fim em si mesma, e a revelação de toda a vontade de
Deus para a humanidade.
A Lei contém também mandamentos civis e cerimoniais em grande número e
grande complexidade, de forma que configuravam um grande fardo adicional que
foi acrescentado à lei moral, e que obrigava os judeus a viverem de modo muito
diferente de todas as nações do mundo, com observância de sacrifícios de animais,
distinção de alimentos puros e impuros etc, e tudo isto caiu com a obra
realizada por Jesus, porque apontava em figura para Ele até que se
manifestasse.
Nós vemos então o Senhor dirigindo-se à Lei de Moisés como algo que
apesar de não ser revogada por Ele na Sua vinda, deveria ser considerada no seu
devido lugar, e não representar a causa e o motivo de todas as expectativas de
Deus em relação aos Seus eleitos.
Era Ele, Jesus a causa e o motivo do nosso viver, e é então para Ele que
devemos nos dirigir para que tenhamos a vida eterna que nos está sendo proposta
por Deus.
“37 O Pai, que
me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes
ouvido a sua voz, nem visto a sua forma.
38 Também não tendes a
sua palavra permanente em vós, porque não credes
naquele a quem ele enviou.
39 Examinais
as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que
testificam de mim.
40 Contudo, não quereis
vir a mim para terdes vida.
41 Eu não aceito
glória que vem dos homens;
42 sei,
entretanto, que não tendes em vós o amor
de Deus.” (João 5.37-42).
“21 Replicou-lhes
Jesus: Um só feito realizei, e todos vos admirais.
22 Pelo motivo
de que Moisés vos deu a circuncisão (se bem que ela não vem
dele, mas dos patriarcas), no sábado circuncidais um homem.
23 E, se o
homem pode ser circuncidado em dia de sábado, para que a lei de
Moisés não seja violada, por que vos indignais contra mim, pelo fato de eu ter
curado, num sábado, ao todo, um homem?
24 Não julgueis
segundo a aparência, e sim pela reta justiça.” (João 7.21-24).
“5 Insurgiram-se,
entretanto, alguns da seita dos fariseus que haviam crido, dizendo: É
necessário circuncidá-los e determinar-lhes que observem a lei de Moisés.
6 Então, se
reuniram os apóstolos e os presbíteros para examinar a questão.
7 Havendo
grande debate, Pedro tomou a palavra e lhes disse: Irmãos, vós sabeis
que, desde há muito, Deus me escolheu dentre vós para que, por meu intermédio,
ouvissem os gentios a palavra do evangelho e cressem.
8 Ora, Deus,
que conhece os corações, lhes deu testemunho, concedendo o Espírito Santo
a eles, como também a nós nos concedera.
9 E não
estabeleceu distinção alguma entre nós e eles,
purificando-lhes pela fé o coração.
10 Agora,
pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um
jugo que nem nossos pais puderam suportar, nem nós?
11 Mas cremos
que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram.” (Atos
15.5-11).
“1 Então, falou
Jesus às multidões e aos seus discípulos:
2 Na cadeira
de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus.
3 Fazei e
guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas
obras; porque dizem e não fazem.
4 Atam
fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre
os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.
5 Praticam,
porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois
alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas.
6 Amam o
primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas,
7 as saudações nas praças e o
serem chamados mestres pelos homens.
8 Vós, porém, não sereis
chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos.
9 A ninguém sobre a
terra chameis vosso pai; porque só um é vosso
Pai, aquele que está nos céus.
10 Nem sereis
chamados guias, porque um só é vosso
Guia, o Cristo.
11 Mas o
maior dentre vós será vosso servo.
12 Quem a si
mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.
13 Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos
homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!
14 [Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas, porque devorais as casas das viúvas e,
para o justificar, fazeis longas orações; por isso, sofrereis juízo muito
mais severo!]
15 Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para
fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes
mais do que vós!” (Mateus 23.1-15).
Os guardiães da Lei em Israel nos dias de Jesus, a saber, os escribas e
fariseus, tinham fama de homens santos entre o povo, mas Jesus tirou a máscara
de hipocrisia deles, revelando o que havia em seus corações.
Não há lei que possa mudar o coração de um homem, de coração hipócrita e
de pedra, em um coração santo e sincero.
Alguém pode ser um observador externo da Lei e ter um coração perverso,
de modo que jamais a Lei poderia responder ao propósito principal de Deus que é
o de nos salvar e santificar.
Com Jesus, mesmo tudo o que se encontrava no Velho Testamento como tipo,
figura, e sombra, pôde ser revelado direta e claramente, sobretudo o estado de
morte espiritual em que toda a humanidade se encontra.
Daí a necessidade de um novo nascimento espiritual para o ingresso no
reino de Deus, porque ninguém poderá entrar lá se não receber uma nova natureza
espiritual, celestial e divina pela operação poderosa do Espírito Santo.
Como alguém, em sua natureza carnal, sendo não convertido, entenderia e
aceitaria negar a si mesmo, tomar a cruz e seguir o caráter e virtudes e ordens
de Jesus, conforme é exigido por Ele de todos os Seus discípulos?
Como poderiam amar uns aos outros com o mesmo amor com que Jesus nos
ama?
Como se dedicariam a que a santificação fosse o principal trabalho de
toda a sua vida, pela mortificação contínua do pecado e revestimentos das
virtudes de Jesus?
Como saberíamos a necessidade de tudo isto, e o praticaríamos, se não fosse
pela revelação que nos foi feita por Jesus no evangelho?
Se Deus havia falado diversas vezes e de muitas maneiras no Velho
Testamento através de todos aqueles que Ele usou para tal propósito, e
especialmente os profetas, Ele fechou a revelação com Jesus Cristo, e o ensino
que o Espírito Santo daria aos apóstolos por meio de tudo o que recebesse de
Jesus para tal objetivo.
“1 Havendo
Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas,
2 nestes últimos
dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo
qual também fez o universo.
3 Ele, que é o
resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as
coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos
pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,
4 tendo-se
tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles.
5 Pois a
qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, eu hoje te
gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho?
6 E,
novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos
os anjos de Deus o adorem.
7 Ainda,
quanto aos anjos, diz: Aquele que a seus anjos faz ventos, e a seus ministros,
labareda de fogo;
8 mas acerca
do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e:
Cetro de equidade é o cetro do seu reino.” (Hebreus 1.1-8).
O próprio Moisés que foi o mediador entre Israel e Deus para o
recebimento da Lei, falou que a revelação só seria completada quando o grande
Profeta (Jesus) se manifestasse no mundo, e de que todo aquele que não o
ouvisse deveria ser cortado da possibilidade de participar do povo de Deus.
“15 O SENHOR,
teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a
mim; a ele ouvirás,
16 segundo
tudo o que pediste ao SENHOR, teu Deus, em Horebe, quando reunido o povo: Não
ouvirei mais a voz do SENHOR, meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para
que não morra.
17 Então, o SENHOR
me disse: Falaram bem aquilo que disseram.
18 Suscitar-lhes-ei
um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca
porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.
19 De todo
aquele que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, disso lhe pedirei
contas.” (Deuteronômio 18.15-19).
Se na Lei houvesse somente esta passagem, ela subscreveria tudo o mais
como sendo de procedência divina e digno de toda aceitação, reverência e
cumprimento.
Não é sem motivo que todos declaram o seu amor e apreço pela Lei de
Deus, tanto no Velho quanto no Novo Testamento.
Paulo declara expressamente que ser judeu ou gentio não tem a mínima
importância, porque o que vale é guardar as ordenanças de Deus.
Nosso Senhor também afirma que aquele que ama a Deus é quem guarda os
seus mandamentos.
Devemos nos guardar portanto, em nossas reflexões sobre a Lei de Moisés,
de qualquer sentimento de desprezo ou rejeição a ela.
“Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus.” (Romanos
7.22).
“Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o
dia!” (Salmo 119.97).
“7 A lei do SENHOR
é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos
símplices.
8 Os preceitos
do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e
ilumina os olhos.
9 O temor do
SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e
todos igualmente, justos.
10 São mais
desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais
doces do que o mel e o destilar dos favos.
11 Além disso,
por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande
recompensa.” (Salmo 19.7-11).
Quando somamos a Lei de Deus com tudo o mais revelado na Sua Palavra, nós
temos a perfeição absoluta, e daí ser dito que apenas a Lei não é toda a
verdade, mas as Escrituras, em seu conjunto, a Palavra de Deus, é a toda a verdade
que devemos amar, obedecer e praticar.
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a
verdade.” (João 17.17).
Esta Palavra é espírito e vida.
“O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos
tenho dito são espírito e são vida.” (João 6.63).
Não admira que o próprio Deus atribua tanto valor à Sua Palavra:
“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós
permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos;” (João
8.31).
“23 Respondeu
Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e
viremos para ele e faremos nele morada.
24 Quem não me ama não guarda
as minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não é minha,
mas do Pai, que me enviou.” (João 14.23,24).
“Conheço as tuas obras – eis que tenho posto diante de ti uma porta
aberta, a qual ninguém pode fechar – que tens pouca força, entretanto,
guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.” (Apocalipse 3.8).
“22 Olhai para
mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus, e não há
outro.
23 Por mim
mesmo tenho jurado; da minha boca saiu o que é justo, e
a minha palavra não tornará atrás. Diante
de mim se dobrará todo joelho, e jurará toda língua.” (Isaías
45.22,23).
“Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a
existir, diz o SENHOR, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido
de espírito e que treme da minha palavra.” (Isaías 66.2).
“11 Veio ainda
a palavra do SENHOR, dizendo: Que vês tu, Jeremias? Respondi: vejo uma vara de
amendoeira.
12 Disse-me o
SENHOR: Viste bem, porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.” (Jeremias
1.11,12).
“28 O profeta
que tem sonho conte-o como apenas sonho; mas aquele em quem está a minha
palavra fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o trigo? – diz o SENHOR.
29 Não é a minha
palavra fogo, diz o SENHOR, e martelo que esmiúça a penha?” (Jeremias
23.28,29).
Todo aquele que estiver portanto interessado em fazer a vontade de Deus,
deverá, necessariamente observar toda a Palavra revelada, porque nem só de pão
viverá o homem mas de toda palavra que procede da boca de Deus, e esta nós
temos em toda a Bíblia.
Tudo o que foi revelado foi para nossa instrução e santificação na
verdade, de modo que vemos o apóstolo Paulo dando o seguinte testemunho acerca
do conjunto das Escrituras:
“14 Tu, porém, permanece
naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste
15 e que,
desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a
salvação pela fé em Cristo Jesus.
16 Toda a
Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a
correção, para a educação na justiça,
17 a fim de
que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa
obra.” (II Timóteo 3.14-17).
E temos da parte do apóstolo Pedro o seguinte testemunho:
“19 Temos,
assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como
a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela
da alva nasça em vosso coração,
20 sabendo,
primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de
particular elucidação;
21 porque
nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens
[santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” (II Pedro
1.19-21).
A Palavra é alimento para o nosso espírito, de modo que mesmo no Velho
Testamento nós temos a ordenança de meditar nela dia e noite para praticá-la.
“Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite,
para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então,
farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido.” (Josué 1.8).
“1 Bem-aventurado
o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores,
nem se assenta na roda dos escarnecedores.
2 Antes, o
seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.
3 Ele é como árvore
plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o
seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido.”
(Salmo 1.1-3).
E a mesma ordenança nos é dada no Novo Testamento:
“21 Portanto,
despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei,
com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a
vossa alma.
22 Tornai-vos,
pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes,
enganando-vos a vós mesmos.
23 Porque, se
alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao
homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural;
24 pois a si
mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência.
25 Mas aquele
que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela
persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será
bem-aventurado no que realizar.
26 Se alguém supõe ser
religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua
religião é vã.
27 A religião pura e
sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e
as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.”
(Tiago 1.21-27).
“7 Eis que venho sem demora. Bem-aventurado
aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.
8 Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E,
quando as ouvi e vi, prostrei-me ante os pés do anjo que me mostrou essas coisas, para
adorá-lo.
9 Então, ele me disse: Vê, não faças isso; eu sou conservo
teu, dos teus irmãos, os
profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.” (Apocalipse
22.7-9).
“Aqui está a
perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” (Apocalipse
14.12).
“21 Amados, se
o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus;
22 e aquilo
que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos
diante dele o que lhe é agradável.
23 Ora, o seu
mandamento é este: que creiamos em o nome de seu Filho, Jesus Cristo, e nos
amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou.
24 E aquele
que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto
conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos
deu.” (I João 3.21-24).
“3 Ora,
sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos.
4 Aquele que
diz: Eu o conheço e não guarda os seus
mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.
5 Aquele, entretanto,
que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o
amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele:
6 aquele que
diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.” (I João
2.3-6).
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