quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Aliança da Graça







A Aliança da Graça




Por
Silvio Dutra




Set/2019











 












A474
    Alves, Silvio Dutra         
          A aliança da graça               
          Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019.               
          60p.; 14,8 x21cm       

    1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Fé      
I. Título.

                                                                   CDD 252          





 

Fiz uma aliança com o meu escolhido, e jurei ao meu servo Davi, dizendo: A tua semente estabelecerei para sempre, e edificarei o teu trono de geração em geração.” (Salmo 89.3,4)
Eis aí um assunto que gera grande oposição do inferno sempre que vamos apresentá-lo segundo é a verdade em Jesus Cristo, e um dos principais motivos para esta posição reside no fato de que uma vez sendo compreendido no Espírito, Satanás e os demônios nunca mais terão como assombrar a qualquer que tenha alcançado tal conhecimento.
Lutero disse que aquele que sabe adequadamente qual é a distinção entre a Lei e a Graça é um verdadeiro teólogo.
Quando vamos ao testemunho dos puritanos relativos à graça de Jesus, nós logo verificamos que eles eram teólogos excelentes, por toda a revelação que Deus lhes havia concedido dando um entendimento extraordinário do significado da Graça do Evangelho, de maneira que pudéssemos receber a instrução que necessitamos através deles.
Nenhuma verdade pode ser corretamente aprendida caso não comecemos a partir do seu ponto certo de origem, e aqui isto não configura uma exceção, ao contrário, é muito importante que no assunto relativo à Graça, que nós retornemos ao ponto de partida correto.
Este ponto é com certeza o amor eletivo de Deus. É no Seu coração que tudo começa. Ele amou de forma eletiva a anjos e a homens, antes mesmo de trazê-los à existência, e os escolheu para Si em Seu coração, para estarem sempre com Ele, vivendo num relacionamento íntimo de amor.
Como a criatura, pelo livre arbítrio que lhe é concedido por ser um ser espiritual e moral, tem a tendência para se desviar da presença de Deus, por escolher caminhos que são reprovados por Ele, então interpõe fazendo uma aliança com os anjos e os homens eleitos, por lhes conceder uma medida de graça que seja necessária para que jamais se afastem dEle para sempre.
Isto é feito voluntariamente, unilateralmente, sem a concorrência de méritos ou obras dos eleitos, pois o motivo desta concessão é puramente amor, bondade, gratuidade.
A graça é necessária porque o espírito, assim como a carne e a alma, está sujeito a diversas impurezas que não existem na natureza divina. Por exemplo, o ódio, a rebelião, a murmuração, a ingratidão, a  insensatez, a ociosidade, a maledicência etc.
Se não houver a interposição da graça, o espírito da criatura fica sujeito a incredulidade, dúvida, temor, desespero, descontrole e a tudo o que é contrário à fé, segurança, firmeza e integridade.
Como a criatura atenderá às perfeitas demandas da justiça divina se não for habilitada para isto pela graça?
O que impediu Adão e Eva de caírem imediatamente no pecado no jardim do Éden foi a concessão de graça na medida em que seriam mantidos unidos a Deus e sentindo aversão por tudo o que era contrário à Sua vontade.
Mas, quando provados, para recorrem a esta assistência de graça quando fossem tentados, eles falharam e seguiram o curso da natureza da criatura e caíram.
Aí teria início a longa jornada de aprendizado da completa necessidade que temos da graça, e que se ficamos firmes é tão somente porque a graça de Deus nos sustenta, de modo que até mesmo os anjos eleitos são instruídos quanto a esta verdade por tudo o que observam das operações de Deus com os pecadores.
Eles percebem, e nós juntamente com eles, que aqueles que confiam inteiramente na suficiência da graça para torna-los fortes em sua fraqueza, são os que triunfam e vencem o pecado e todas as vicissitudes da vida.
Em razão do pecado original, o nosso estado é de morte e não de vida. Deus é Deus de vivos e não de mortos. Ele não pode ter comunhão com mortos porque é o Deus vivo.
Toda a vida verdadeira em comunhão com Ele existe somente em decorrência de se estar ligada a Jesus que é a fonte de toda a vida.
Fora de Jesus o que há é morte.
Por isso Ele veio a este mundo caído dizendo que era com a missão recebida do Pai de nos conceder vida em abundância, a vida eterna, que só pode ser alcançada através da fé nEle.
Quando Ele diz no evangelho de João que porque Ele nós também viveremos. O apóstolo Paulo, ao discorrer sobre a nossa justificação pela graça e o nosso acesso à vida eterna, associa isto ao fato de Jesus ter morrido no nosso lugar, e que Ele já não morre mais. É muito importante esta afirmação que a muitos parece óbvia que Jesus não morre mais, porque para deixarmos de ter a vida que recebemos pela graça eletiva através da nossa união com Ele já não morre também, porque a aliança foi feita entre o Pai e o Filho, que todo aquele que estivesse ligado ao Filho não mais morreria eternamente, porque o mandamento que o Filho recebeu do Pai é a vida eterna. Como Jesus jamais morrerá de novo, o que se conclui é que jamais perderemos a vida eterna que recebemos por nossa união com Ele, que somente pela morte de Jesus poderia ser destruída.
A grande ousadia com que os apóstolos e os primeiros discípulos de Jesus deram testemunho do Evangelho, consistiu principalmente na plena certeza que eles tinham acerca da verdade sobre a vida eterna pela graça, conforme haviam sido ensinados por Jesus e pelo Espírito Santo.
Eles deixaram esse testemunho registrado para nós nas coisas que escreveram para que tivéssemos o mesmo conhecimento e ousadia.
Foi por pura graça que Deus escolheu os seus eleitos para estarem ligados ao seu amor para sempre, e jamais os deixará ou abandonará, conforme tem prometido em várias passagens das Escrituras, e conforme a prática o tem comprovado.
Não é por fazerem força que eles são feitos filhos de Deus, apesar de a vocação deles exigir que se esforcem para viverem de modo digno do reino de Deus.
Eles eram carnais e foram feitos espirituais, para atenderem à condição da nova cidadania do céu que receberam por meio da fé em Jesus.
Então haverá um trabalho de crucificação do velho homem e de um progressivo despojamento dele para que sejam revestidos do novo.
Mas todas estas operações são realizadas pela graça e por meio da fé.
Ao maior dos santos tanto quanto ao menor, ao que mais trabalhou para Deus, e o que não teve tempo sequer de trabalhar, como foi o caso ladrão que morreu na cruz ao lado de Jesus, será concedida a entrada no reino do céu, desde que tal pessoa seja de fato um eleito de Deus.
A certeza desta entra no reino é garantida pela promessa que Deus fez na Sua Palavra de que faria uma aliança com o Seu Filho Unigênito, dando-lhe por uma Segunda Cabeça para a humanidade e fazendo com Ele tal aliança, totalmente diferente de todas as que faria com o próprio homem, como foi o caso de Adão, em que ele seria designado como representante de toda a humanidade como alma vivente, com o poder de gerar uma descendência que estaria ligada a ele nos mesmos termos do pacto que havia sido celebrado de que viveria caso obedecesse, e morreria em caso contrário.
Esta é a razão por que quando Adão pecou toda a sua descendência foi encerrada no pecado por causa da sua obediência.
Deus não consultou nesta aliança firmada com Adão, todas as partes interessadas, porque todos os que estivessem ligados a Adão seriam considerados um com ele, tanto para a vida, caso obedecesse, quanto para a morte, em caso de desobediência.
Ora, todos sabemos qual foi o resultado desta aliança: morte e não vida.
Contudo, desde antes da fundação do mundo, Deus havia previsto uma Segunda cabeça para a humanidade, e entrou em aliança com Ele, para vivificar o que havia morrido em Adão, de modo que seria para o homem caído um espírito vivificante, e não apenas alma vivente como foi o primeiro Adão.
De modo que esta segunda aliança, que é chamada de nova aliança na Bíblia, não é nova por ordem de estabelecimento, pois sempre foi a primeira no coração de Deus, mas nova no sentido de que é diferente, pois se as alianças anteriores foram feitas através da mediação de homens, esta seria feita por Deus e com o próprio Deus na pessoa do Seu Filho Unigênito.
Além disso, percebemos que a nova aliança é absoluta para todos os aliançados, e de modo nenhum opcional. Os eleitos seriam alcançados sem a perda de um só deles, porque foram dados pelo Pai ao Filho, para serem redimidos, perdoados, justificados, regenerados, santificados, e incluídos em Seu próprio corpo místico, do qual Ele seria a Cabeça.
Jesus veio buscar o que se havia perdido. Veio recolher cada ovelha do rebanho divino que se encontrava perdida.
Isto é feito porque a aliança que foi feita é uma aliança de pura graça. Deus determinou ter filhos amados e os escolheu antes de seriam trazidos à existência, pois os conheceu em sua onisciência antes mesmo da fundação do mundo, e deu-lhes a Jesus Cristo por Cabeça, Senhor, Fiador e Salvador deles.
A segurança da salvação deles não se encontra neles, mas em Cristo, o Grande Fiador. Deveria ser assim, pois do contrário, a aliança seria desfeita caso viessem a pecar, caso fosse uma aliança de obras, como foi a primeira com Adão.
Mas, como não é uma aliança firmada na obediência perfeita deles de todos os mandamentos, mas na graça de Jesus, que morreu por eles, pagando o preço por todos os seus pecados, então não há o risco de a aliança ser desfeita em razão de transgressões cometidas contra a Lei de Deus.
Não há aqui qualquer incentivo para que se continue na prática do pecado, ao contrário, para que não se viva mais no pecado, pois em Cristo, morremos para ele, e somos chamados a viver na novidade desta vida que recebemos pela graça, mediante a fé.
A morte pelo pecado só pode ser vencida pela virtude da vida, e não por esforços moralistas. É por andar no Espírito que não se cumpre os desejos da carne, e que se obtém as virtudes de Cristo, porque a aliança feita de Deus com Seu Filho, inclui que os aliançados devem receber pelo Espírito, aquilo que o Espírito tem recebido de Jesus para ser concedido a eles, tanto no que se refere aos dons, quanto ao fruto.
Não há espaço para que se formule uma doutrina baseada no barateamento da graça ou mesmo do pecado, considerando-os coisas comuns e banais, pois, na verdade, não são. Cada um deles é por seu turno, os maiores poderes conhecidos neste mundo quanto ao trabalho que podem efetuar na vontade humana. Sendo a graça o único poder maior que o pecado.
E como poderíamos lidar com tais realidades de modo tão superficial, como por exemplo, com o argumento de que já que todos são pecadores, não importa como vivamos, se lutando contra o pecado ou deixando-se vencer por ele, porque, caso creiamos em Jesus, no final seremos bem-sucedidos e seremos achados no céu, porque, afinal, sabemos que somos salvos por pura graça e não por obras.
A isto respondemos que não há um único eleito sequer, que tenha sido realmente salvo pela graça de Jesus, que abrigue tal pensamento pecaminoso, pois, o Espírito Santo, habitando nele, convence-o do pecado, da justiça e do juízo, e ele passa automaticamente a ter o devido temor filial a Deus, sabendo que caso se deixe vencer pelo pecado, não somente entristecerá o Espírito Santo como também desonrará a Jesus, coisas que são as últimas que ele gostaria de fazer. Então, ainda que seja vencido por alguns pecados, os quais aprenderá a mortificar em sua jornada cristã, ele jamais aprovará um viver no pecado, porque a inclinação santa da nova criatura nele o dispõe a isto.
A aliança de vida que foi feita com o Pai baseada no sangue de Seu Filho jamais permitirá que haja no crente um sentimento em favor do pecado, cujo salário é a morte, pois a aliança que o move é uma aliança de vida, conforme é impelido para esta vida espiritual e celestial pelo Espírito Santo que nele habita.
São muitas as disposições contidas nesta aliança de vida eterna, e não poderia ser diferente, porque consiste na eternidade do próprio Deus e no transporte daqueles que se encontravam mortos em delitos e pecados, para a luz da vida de Jesus.
Quando vemos esta verdade bíblica podemos compreender melhor que o Cristianismo verdadeiro não é uma religião ao lado de muitas outras, como o próprio Cristianismo secular, que é também uma forma de religião que não se apoia na vida de Cristo e na manifestação desta vida nos eleitos, senão num conjunto de práticas, cerimônias e superstições que são podem produzir a vida celestial, espiritual, pura e santa nos seus praticantes.
Por isso Jesus ordenou à igreja que pregasse a Ele próprio, a Sua graça e a fé e o arrependimento, para que fôssemos salvos.
Desviar o olhar da obra de Jesus é algo muito perigoso que pode nos levar para fora daquele único caminho, verdade e vida, que nos foi revelado desde o céu.
O puritano Thomas Boston escreveu um tratado excelente sobre a aliança da graça, e gostaríamos de registrar algumas citações do referido tratado a seguir.
Como a ruína do homem era originalmente devida à quebra da aliança de obras, então sua recuperação, do primeiro ao último passo, deve-se puramente ao cumprimento da aliança da graça...
O conhecimento da aliança da graça é inteiramente devido à revelação.
Foi sobre essa aliança o salmista falou o seguinte:
“As benignidades do SENHOR cantarei perpetuamente; com a minha boca manifestarei a tua fidelidade de geração em geração. Pois disse eu: A tua benignidade será edificada para sempre; tu confirmarás a tua fidelidade até nos céus, dizendo: Fiz uma aliança com o meu escolhido, e jurei ao meu servo Davi, dizendo: A tua semente estabelecerei para sempre, e edificarei o teu trono de geração em geração;” (Salmo 89.1-4).
Ele teve uma visão confortável de um edifício glorioso, infalivelmente subindo no meio de ruínas; até um edifício de misericórdia: " Pois disse eu: A tua benignidade será edificada para sempre;" a base de qual afirmação confiante é, em nosso texto, apontada como a aliança de Deus com seu escolhido. Do tipo de pacto da graça, a saber, o pacto da realeza feita a Davi, ele viu uma acumulação de misericórdia para a realeza da família de Judá, quando foram trazidos extremamente baixos. Da substância disso, ele viu um edifício de misericórdia para os pecadores da humanidade, que estavam arruinados pela quebra da primeira aliança. 
Isso é novo, a saber, edificar graça gratuita a pé para nós; em que aqueles que acreditam são recebidos instantaneamente, e onde uma vez recebidos, elas habitarão para sempre; um edifício de misericórdia, no qual todas as pedras, do fundo ao topo, da pedra fundamental à pedra de esquina, é pura misericórdia, rica misericórdia livre para nós.
Desse edifício de misericórdia falarei algumas palavras.
1. O plano dele foi elaborado desde toda a eternidade, no conselho da Trindade: pois é de acordo com o propósito eterno proposto em Jesus Cristo, Ef. 3:11. Os objetos de misericórdia, o tempo e o lugar, o caminho e meios, de conferi-lo, foram projetados particularmente, antes que o homem estivesse infeliz. 
2. O construtor é o próprio Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, 1 Coríntios. 3: 9: "Vós sois o edifício de Deus". Todas as mãos da gloriosa Trindade estão em ação neste edifício. O pai escolheu os objetos da misericórdia e os deu ao Filho para serem redimidos; o Filho comprou redenção para eles; e o Espírito Santo aplica a redenção para eles. Mas é especialmente atribuído ao Filho, por conta de sua agência singular na obra: Zacarias 6:12,13 "E dize-lhe: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do SENHOR. Ele mesmo edificará o templo do SENHOR e será revestido de glória; assentar-se-á no seu trono, e dominará, e será sacerdote no seu trono; e reinará perfeita união entre ambos os ofícios."
3. O fundamento foi posto profundamente no conselho eterno; além do alcance dos olhos de homens ou anjos. Paulo considerando, clama: "Ó, o profundidade!" Romanos 11:33." Porque quem conheceu a mente do Senhor ou quem foi seu conselheiro?" verso 34.
4. Faz mais de cinco mil anos desde que este edifício se elevou acima do solo. E a primeira pedra dele que apareceu, foi uma promessa, uma promessa de um Salvador, feita no paraíso Gên 3:15, a saber, que a semente da mulher deve ferir a cabeça da serpente. Aqui estava a misericórdia. E a misericórdia foi depositada sobre a misericórdia.
Mediante promessa de misericórdia foi lançada misericórdia vivificadora, pela qual nossos primeiros pais perdidos foram capacitados a acreditar na promessa; e com  a misericórdia vivificadora foi-lhes misericórdia perdoadora; e sobre isso novamente misericórdia santificadora e confirmadora; e finalmente misericórdia glorificadora. 
5. O cimento é sangue; o sangue de Jesus Cristo, o mediador, que é o sangue de Deus, Atos 20:28. Nenhuma misericórdia salvadora para os pecadores poderia consistir, nem poderia a misericórdia permanecer firme sobre outra pessoa no edifício, sem ser cimentada com aquele sangue precioso; mas por ele todo o edifício é constituído e permanece firme para sempre, Heb. 9:22, 23 e 7:24, 25. 6. Desde o momento em que apareceu acima do solo, isso vem acontecendo. E muitas mãos foram empregadas, para servir na execução do trabalho. Nas primeiras eras do mundo, patriarcas foram empregados nele, como Adão, Enoque e Noé; na idade média, profetas, sacerdotes e levitas; nestes últimos tempos, o apóstolos e outros oficiais extraordinários e ministros comuns do evangelho. 
Grande tem sido a oposição feita ao edifício desde o início, por Satanás e seus agentes, tanto na forma de violência quanto engano; ainda assim o tempo todo continua acontecendo: e agora chegou longe acima da altura média; está chegando ao topo e o momento em que a última pedra será colocada sobre ele; pois é evidente, estamos muito avançados nos dias da voz do sétimo anjo, em que o mistério de Deus deve  ser finalizado, Apo 10: 7. 7. A pedra de esquina será colocada no último dia: momento em que a promessa receberá sua plena realização, na salvação completa de todos os objetos da misericórdia, para depois avançar à medida da estatura da plenitude de Cristo, Ef 4:13. Naquele dia nosso Senhor Jesus Cristo, o grande construtor, "trará a pedra com gritos", até a última e imensa misericórdia, dizendo: "Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." E então eles habitarão na construção da misericórdia aperfeiçoada e cantar de misericórdias para todo o sempre. 
5) Por fim, o fundamento sobre o qual se baseia é firme. É necessário que assim seja: para uma edificação de misericórdia para com os pecadores, de um santo Deus justo, é uma construção de peso enorme, mais pesada que todo o tecido do céu e terra: e se cair, tudo será arruinado uma segunda vez, sem mais nenhuma esperança de alívio. Mas é um fundamento seguro, havendo a eternidade de Deus na aliança: "Fiz uma aliança com os meus escolhidos."
Em que palavras, juntamente com o segundo texto, há quatro coisas a serem consideradas. 
1. O fundamento sobre o qual se baseia a construção da misericórdia.
2. As partes contratantes nessa aliança. 
3. A realização disso. E,
4, A natureza disso.

I. O fundamento sobre o qual se baseia a construção da misericórdia é uma aliança, uma aliança divina, certa. O primeiro edifício para a felicidade do homem foi uma construção de generosidade e bondade, mas não de misericórdia; pois o homem não estava em miséria quando foi criado. E foi fundada também em uma aliança; a saber, na aliança de obras, feita com o primeiro Adão: mas ele quebrou a aliança, e todo o edifício caiu em um instante.
Mas essa é outra aliança e de outra natureza. No tipo de fato, e sombra, é o pacto da realeza com Davi, 2 Samuel 7: 11-17; que foi um fundamento de misericórdia para sua família, garantindo a continuidade da mesma, e isso como uma família real. No entanto, no antítipo e na verdade, é o pacto da graça, o pacto da vida eterna e da salvação para pecadores, a semente espiritual de sua cabeça, a ser dada no caminho de graça e misericórdia, Salmo 89: 2, 4, 29, 36; e em que eles estão libertado da maldição, para que não possa alcançá-los, apesar de suas falhas; mas o Senhor lida com eles como seus filhos ainda, embora crianças ofensivas, ver. 30-33; e tudo por meio de Jesus Cristo, o Salvador, o poderoso, ver. 19. Este é o fundamento de toda construção de misericórdia para com os pecadores em seu estado baixo, no qual eles haviam sido trazidos pela queda de Adãom. A revelação, promulgação e oferta feitas aos filhos dos homens, desta aliança que estava escondida nas profundezas do conselho eterno, é chamado de evangelho; as boas novas de uma nova aliança para vida e salvação para os pecadores.
II. As partes contratadas nesta aliança são Deus e seus escolhidos, no último Adão: pois é evidente pela natureza das coisas aqui mencionadas, ver. 3, 4 e de 2 Sam. 7: 8, que estas palavras: "Fiz uma aliança com os meus escolhidos ", são as próprias palavras do Senhor. Tanto o céu como a terra eram interessado nesta aliança; pois era uma aliança de paz entre eles: e, consequentemente, os interesses de ambos são vistos pelas partes aliançadas.
1. Do lado do céu está o próprio Deus, o proponente do partido da aliança, "Fiz uma aliança com os meus escolhidos". Ele foi a parte ofendida, mas a moção por um pacto de paz vem dele; uma certa indicação da boa vontade de toda a gloriosa Trindade em relação à recuperação de pecadores perdidos. O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias, vendo um mundo perdido, sua misericórdia busca uma abertura, que pode ser mostrada aos miseráveis; mas a justiça está no caminho da saída e edificação da misericórdia, sem que haja um pacto pelo qual possa ser satisfeita. Então diz o Pai: "A primeira aliança não servirá ao propósito de misericórdia; deve haver uma nova barganha: mas as criaturas perdidas não têm mais nada para contratar; a menos que outro pegue o fardo sobre ele por eles, não há remédio no caso: eles não podem escolher isso por si mesmos; Eu vou fazer uma escolha por eles, e fazer a aliança com os meus escolhidos."
2. Do lado do homem, então, está Deus e o  escolhido; pois o número é no singular. Este escolhido, no tipo, a aliança da realeza, é Davi; mas o antitipo, a aliança da graça, é o Filho de Deus, o último Adão, mesmo Cristo, o escolhido de Deus, Lucas 23:35. A verdade é que grandes coisas são ditas sobre a parte com quem foi feito esse pacto, de sua semente e da eficácia desta aliança, como pode concordar plenamente com ninguém, exceto Cristo e sua semente espiritual, vers. 4, 27, 29, 36, 37.
A família real de Judá, a casa de Davi,
nunca recuperaram seu antigo esplendor, depois do cativeiro babilônico; tendo em vista a que tempo, esse salmo parece ter sido escrito. Seu reino está extinto há muitas eras; e a grandeza dessa família, de acordo com a carne, está bastante afundada. Mas a promessa feita a Davi na aliança da realeza ainda floresce e florescerá para sempre em Jesus Cristo, o ramo principal da família de Davi. Como então pode ser, senão que, na construção perpétua da misericórdia, mencionou ver. 2 e o estabelecimento da semente de Davi e edificação do seu trono para todas as gerações, ver. 4, o próprio Cristo é destinado principalmente? E de fato somente ele era Poderoso, apto para o vasto empreendimento nesta aliança, ver. 19: e o Pai aponta para nós, como eleitos, ou escolhidos, Isa. 42: 1.
III. Quanto à celebração deste pacto entre as partes contratantes: o Pai fez isso com seu próprio Filho, fiz uma aliança com meu escolhido, e isto antes do mundo começar, Tito 1: 2. Por sua mútuo acordo com isso, essa aliança foi completamente feita desde a eternidade; assim como a aliança de obras com o primeiro Adão era, antes de existirmos.
IV. Quanto à natureza desta aliança; existem cinco coisas pertencentes a ela que aparecem nos textos; 
1. O ser de uma representação nisto. 
2. O desígnio para o qual foi erigida. 
3. Que há nela uma condição; e
4. Uma promessa; e
5. Em cujas mãos a administração disso é colocada.
1. Há uma representação ocorrendo nesta aliança. Como foi no primeiro pacto, assim como no segundo; o contratante e o agente mediador do lado do homem, era um representante, representando e sustentando as pessoas dos outros. Isso aparece, em que o escolhido com quem a aliança foi feita, é chamado o último Adão; porque é claro, ele é chamado em relação ao primeiro Adão, que era a figura (ou tipo) dele, Romanos 5:14. ou seja, nesse tipo como o primeiro Adão representando sua semente na aliança de obras, trouxe pecado e morte sobre eles; então ele representando os seus, traz justiça e vida a eles; como o apóstolo ensina em geral nesse capítulo.
2. O desígnio desse pacto era a vida, o interesse mais valioso da humanidade. "O último Adão foi feito um espírito vivificante", isto é, para dar vida à sua semente. Portanto, é uma aliança de vida, como a aliança de Levi, um tipo é expressamente chamado Mal. 2: 5. 
A primeira aliança era uma aliança de vida também; mas há essa diferença, a saber, que a primeira foi para a vida em perfeição ao homem reto, tendo a vida antes; a segunda, pela vida em
perfeição ao homem pecador, legal e moralmente morto. As partes contratadas pois nesta segunda aliança, eram consideradas sob as correntes da morte, absolutamente vazias de vida; e, portanto, totalmente incapazes de agir para ajudar a si mesmos. Eles jaziam como ossos secos espalhados pela boca do túmulo, perante as partes contratantes; proibindo a justiça de lhes dar vida, mas sob termos consistentes e se tornando sua honra.
3. A condição da aliança, os termos dessa vida, acordados pelo representante, está implícito que ele foi o último Adão, ou seja, iria com o que o primeiro Adão havia aderido. Adão, na aliança de obras, tropeçou no curso de sua obediência e caiu; e por sua queda estava bastante incapacitado para começar de novo: assim ele foi penalizado por essa aliança também, mas era totalmente incapaz de cumpri-la. Então o último
Adão entra no lugar do primeiro, não como o primeiro Adão estava em sua integridade; pois nesse caso não havia lugar para um segundo Adão; mas como um homem quebrado sob a primeira barganha. E entrando em seu lugar neste caso, seu negócio era satisfazer as demandas do primeiro pacto, em nome de sua semente. Essas demandas estavam agora em alta, muito além do que elas eram para Adão em inocência: a penalidade foi paga, assim como a soma principal. Portanto, a primeira aliança sendo gravada na segunda é declarada quebrado; e sendo o principal e a penalidade resumidos juntos, a limpeza do todo é feita sobre o último ou segundo Adão, como condição da segunda aliança.
4. A promessa da aliança de ser, sob essa condição, cumprida pelo  contratante do partido do lado do céu, está implícito nessas palavras: "Eu tenho feito uma aliança com" (no original, para) "meu escolhido", isto é," eu tenho feito uma aliança, obrigando-me por promessa solene a meu escolhido, para tais e tais benefícios, sob a condição nela declarada e aceita. "Compare a seguinte cláusula: "Jurei a Davi meu servo." A natureza desta promessa será investigada adiante.
5. Por fim, a administração deste pacto é colocada nas mãos do contratante do lado do homem: "O último Adão foi feito alma vivente." Cada uma das partes contratantes sendo divina, não era possível que qualquer das partes devesse falhar ou que o último Adão deve quebrar, como o primeiro havia feito. Portanto, o tempo em que Cristo cumpriu a condição prefixada do Pai, Deus tomou o vínculo único de Cristo para segurança suficiente e, portanto, constituiu-o administrador do pacto. Aqueles a quem ele representava eram considerados sob a
morte, que na linguagem da aliança é um termo muito extenso: o espírito e a vida deveriam ser comprados por ele e pertenciam à promessa da aliança. Então, com o crédito de ter cumprido a condição da aliança no devido tempo, a plenitude do Espírito e a vida eterna, foram alojados nele, para serem comunicados por ele: Ap o3: 1, "Estas coisas diz aquele que tem os sete espíritos de Deus." 1 João 5:11, "Deus deu para nós a vida eterna: e esta vida está em seu Filho." João 17: 2:"Como tu tens lhe dado poder sobre toda a carne, para que ele desse a vida eterna." Assim foi ele feito um espírito vivificante.
Agora, a DOUTRINA desses textos, comparada e explicada, é:
Que a aliança da graça pela vida e salvação para os pecadores perdidos da humanidade foi feita com Jesus Cristo, o último Adão; e ele foi constituído administrador dela.
Ao lidar com esse assunto pesado, considero que não é necessário insistir em provar que existe uma aliança de graça; a existência da qual é óbvia a partir dos textos de muitas outras escrituras, como Isaías 42: 6; 49: 8; e 54:10; Heb. 8: 6; e 13:20. Mas a seguinte descrição deve ser feita sob estas seis cabeças: a saber,
1. As partes no pacto da graça.
2. A realização dessa aliança.
3. As partes dela.
4. A administração da mesma.
5. O julgamento de um ser pessoal salvador nela.
6. A maneira de instigar os pecadores pessoalmente e salvificamente nela.
I. AS PARTES NA ALIANÇA DA GRAÇA
Em todos os pactos, de qualquer natureza, sejam pactos de promessa absoluta, ou condicional, deve haver necessariamente partes distintas: pelo que se possa decretar, resolver ou propor consigo mesmo, sem outra parte; no entanto, a aliança ou barganha, promessa ou promissor, fala de uma obrigação daí decorrente para outra parte distinta.
Consequentemente, na aliança da graça, existem três partes a serem considerado; 
1. O contratante da parte do lado do céu; 
2. A parte empreiteira do lado do homem; e
3. A parte contratada e empreendida.
Dos quais em ordem. E,
I. DA PARTE CONTRATANTE DO LADO DO CÉU
Como era o pacto das obras neste ponto, o mesmo ocorre na aliança da graça; a parte de um lado é o próprio Deus, e ele somente. Não havia necessidade de ninguém para cuidar dos interesses do céu nesta aliança; e não havia outro quando foi feita, sendo feita desde a eternidade, antes do mundo começar, Tito 1: 2. Isso é claro pelo palavras da aliança: "Eu serei o Deus deles", Jer. 31:33...
Na primeira aliança, Deus contratou o próprio homem como amigo, sem a interposição de um mediador: mas na segunda aliança não é assim, e não poderia ser assim; pois nele o homem era considerado uma criatura caída, transgressora da lei e inimiga de Deus; e é uma aliança de reconciliação, aliança de paz, para aqueles que estiveram em guerra com o céu.
2. Mas, também, Deus deve ser considerado aqui como um propósito e propósito de Deus, decretado desde a eternidade para manifestar a glória de Sua graça, amor e misericórdia, na salvação de parte da humanidade perdida. Por conseguinte, somos ditos sermos salvos no tempo, "de acordo com seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes que o mundo começasse,", 2 Tim. 1: 9. Sem esse propósito da graça em Deus, nunca poderia ter havido tal pacto de graça.
Mas o soberano Senhor das criaturas que negligencia os anjos caídos quanto a qualquer propósito de misericórdia, tem pensamentos de amor e paz para a humanidade caída, propondo em si mesmo fazer alguns deles eternos monumentos de sua graça e misericórdia, participantes da vida e salvação; e assim pôs em pé a aliança da graça.
3. Por fim, contudo, devemos considerá-lo também neste assunto como um Deus justo, que
não pode deixar de fazer o que é certo, dar ao pecado uma justa recompensa e magnificar sua santa lei, e torná-lo honroso, Gn 18:25; Heb. 2: 2; Is. 42:21. Sobre a moção para estender a misericórdia aos pecadores da humanidade, a justiça de Deus interpõe, alegando que a misericórdia não pode ser mostrada a eles, senão sob termos que agradem à lei e à justiça. E, de fato, não era agradável para a natureza de Deus, nem à sua verdade em sua palavra, erigir num trono de graça as ruínas de sua justiça exata, nem mostrar misericórdia em prejuízo dela. Agora, a justiça de Deus exigia que a lei que foi violada fosse cumprida plenamente satisfeita e sua honra reparada pelo sofrimento e obediência: os primeiros que possam satisfazer a sanção penal da lei, e o último, a parte dominante. O que está muito além do alcance dos próprios pecadores, e eles deveriam morrer sem piedade, a menos que outro, que possa ser aceito como garantia suficiente, deva empreender por eles, como um segundo Adão, entrando no lugar deles, como eles foram arruinados pela quebra da aliança de obras.
Assim estavam os impedimentos no caminho da misericórdia para o homem caído, bastante insuperáveis para ele, ou para qualquer um de seus semelhantes; e a aliança de graça foi feita
para remover esses impedimentos do caminho, e que possa ser o canal em que toda a rica inundação de piedade pode fluir livremente, para vivificar, purgar, santificar e aperfeiçoar os pecadores perdidos da humanidade, que estavam sob as correntes da morte e da maldição, através da violação da primeira aliança pelo primeiro Adão.
Do que é dito neste ponto, podemos tirar essa inferência, a saber, que a redenção da alma é preciosa. A salvação dos pecadores perdidos foi um trabalho maior do que a construção do mundo.
II DA PARTE CONTRATANTE DO LADO DO HOMEM
Vimos que, por um lado, na aliança da graça, está Deus o Pai. Agora, do outro lado está Jesus Cristo, o Filho de Deus, com sua semente espiritual, Heb. 2:13: "Eis-me aqui os filhos que Deus me deu." O primeiro, como contratante e empreiteiro; o segundo, como a parte contratada e comprometida por: uma boa razão para seu nome "Emanuel, que é interpretado, Deus conosco", Mateus 1:23.
(Que a eleição da graça foi feita através de uma aliança de Deus Pai com Deus Filho, sendo Ele o eleito para reunir todos os filhos de Deus em um corpo unido estando sob Ele como cabeça, não padece qualquer dúvida, como pode ser visto de várias passagens das Escrituras, como a seguinte:
4 Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa,
5 também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.
6 Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado.
7 Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular.” (I Pedro 2.4-7).

O contratante do partido então com Deus, na aliança da graça, é nosso Senhor Jesus Cristo. Somente ele administrou os interesses dos homens nesta eterna pechincha: pois, no momento da criação, nenhum deles existia; nem, se eles se tivessem, teriam sido capazes de fornecer qualquer ajuda.
Agora, Jesus Cristo, o contratante do partido, do lado do homem, na aliança da graça, é, de acordo com nossos textos, considerado nessa matéria como o último ou segundo Adão, chefe e representante de uma semente de pecadores perdidos da humanidade, a parte contratada. E assim ele se sustentou Mediador entre um justo Deus ofendido e homens ofensivos culpados diante dele. 
Nesse ponto, havia uma diferença principal entre o primeiro Adão e o último Adão: pois existe um mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo; que se deu em resgate", 1 Tim. 2: 5, 6. E assim a aliança da graça, que não podia ser feita imediatamente com os pecadores, foi feita com Cristo, o último Adão, sua cabeça e representante, mediando entre Deus e eles; portanto, Jesus é chamado o mediador da nova aliança, a quem viemos crendo, Heb. 12:22, 24.
2. Nosso Senhor Jesus Cristo sendo, na fraseologia do Espírito Santo, o último Adão, a razão aqui não pode ser tirada da natureza comum ao primeiro Adão e ele; pois toda a humanidade participa disso; mas de seu ofício comum de chefia e representação federal, nos respectivos pactos que tocam a felicidade eterna do homem; o que é peculiar a Adão e o homem Cristo. Consequentemente, Adão é chamado o primeiro homem, e Cristo, o segundo homem, 1 Coríntios. 15:47; mas Cristo não é o segundo homem, do que como ele é o segundo chefe federal, ou o representante na segunda aliança; como Adão foi o primeiro chefe federal, ou o representante no primeiro pacto. Concordante com o qual, o apóstolo representa Adão como cabeça dos homens terrenos e Cristo como cabeça dos os homens celestiais, I Cor 15.48; sendo o primeiro aqueles que carregam a imagem de Adão, a saber, todas as suas sementes naturais; o último, aqueles que participam da imagem de Cristo, a saber, sua semente espiritual, ver. 49. Tudo isso está confirmado de Adão ser uma figura ou tipo de Cristo, que o apóstolo expressamente afirma em Romanos 5:14; e do paralelo ele descreve entre eles dois, a saber, que, pela quebra da aliança de Adão, o pecado e a morte vieram a todos que eram dele, então pela observância da aliança de Cristo, justiça e vida vêm a todos os que são dele, versos 17, 18, 19. Portanto, como o primeiro pacto foi feito com Adão, como chefe e representante de sua semente natural; então a segunda aliança foi feita com Cristo, como a cabeça e representante de sua semente espiritual.
3. Como o primeiro homem foi chamado Adão, isto é, homem; ele sendo o representante principal da humanidade, a pessoa em quem Deus tratou com todos os homens, sua semente natural na primeira aliança; e, por outro lado, todos os homens ali representados por ele, estão, na linguagem do Espírito Santo, sob o nome de Adão, Salmo 29: 5, 11. "Certamente todo homem" no original é, todo Adão "é vaidade", então Cristo leva o nome de sua semente espiritual, e eles, por outro lado, levam seu nome; uma evidência clara de serem um aos olhos da lei e de Deus tratando com ele como seu representante no segundo pacto. Israel é o nome da semente espiritual, Romanos 9: 6; e nosso Senhor Jesus Cristo é chamado pelo mesmo nome, Isa. 49: 3. Tu és meu servo, ó Israel, em quem serei glorificado", como vários comentaristas instruídos e criteriosos entendem isto; e é evidente em todo o contexto, vers. 1, 2, 4-9. A verdade é, Cristo é aqui chamado com uma solenidade peculiar; para o texto original permanece precisamente assim: "Tu és meu servo; Israel, em quem me glorificarei", isto é, tu és representante de Israel, em quem eu me glorificarei, e faço todos os meus atributos ilustres; como fui desonrado, e eles obscureceram, por Israel, o corpo coletivo da semente espiritual.” E isso nos leva a uma interpretação natural e irrestrita dessa passagem, Salmo 24: 6. “Tal é a geração dos que o buscam, dos que buscam a face do Deus de Jacó.”; isto é, em outras palavras, que anseia pelo aparecimento (Pv. 7:15; Gênesis 32:30.) Do Messias, o Senhor a quem a igreja do Antigo Testamento procurou; uma promessa de cuja vinda ao seu templo. (Mal. 3: 1.) foi a entrada da arca no tabernáculo que Davi havia erguido por isso, na ocasião em que o Salmo foi escrito. Por conseguinte, segue imediatamente, verso 7: "Levantai a cabeça, ó portões, e levantai-vos, ó
portas eternas, e o rei da glória entrará." E em outro salmo escreveu na mesma ocasião e expressamente disse ter sido entregue naquele mesmo dia nas mãos de Asafe, 1 Crôn 16: 1, 7, isto é a expressão encontrada, verso 11, "procure seu rosto continuamente;" justamente para ser interpretado, de acordo com as circunstâncias da coisa principal que Davi, através do Espírito, tinha em vista naquele dia, a saber, a vinda do Messias. Assim, Cristo leva o nome de sua semente espiritual; e eles, por outro lado, também usam seu nome: 1 Cor. 12:12, "Porque, como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros desse corpo, sendo muitos são um corpo; assim também é Cristo.”
4. As promessas foram feitas a Cristo como o segundo Adão, a cabeça e representante de sua semente: Gal. 3:16, "Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo." Eu possuo isso aqui, assim como no texto imediatamente antes de citado, entende-se Cristo místico, a cabeça e membros. É para eles que as promessas aqui são feitas; mas primariamente à cabeça, secundariamente aos membros nele; assim como a promessa de vida na primeira aliança, foi feita principalmente a Adão como o cabeça, e secundariamente a todas as suas sementes naturais nele. Assim, na típica aliança com Abraão, as promessas da herança terrena foram
feitas principalmente ao próprio Abraão e, secundariamente, à sua semente de acordo com a carne. E mesmo assim a promessa da herança eterna claramente é feito para Cristo, Tito 1: 2, "Na esperança da vida eterna, que Deus que não pode mentir, prometeu antes do mundo começar; " quando não havia senão Cristo a quem essa promessa poderia ser feita pessoalmente. Adequadamente diz-se que o pacto é feito com a casa de Israel, a saber, o Israel espiritual; contudo, as promessas dele são dirigidas, não a eles, mas a outra pessoa, Heb. 8:10, "Eu serei para eles Deus, e eles serão para mim um povo " A razão da qual aparece claramente, nas promessas feitas a Cristo como sua cabeça e representante. Agora, desde que estas promessas pertencem à aliança da graça, que é, portanto, chamada de pacto da promessa, Ef. 2:12, é manifesto que se elas fossem feitos para Cristo como cabeça e representante de uma semente, a aliança da graça foi feito com ele como tal; e aquele a quem elas foram feitas principalmente, foi certamente o contratante do partido.
5. Por fim, esta liderança federal de Cristo e sua representação de semente espiritual na aliança da graça, aparece em sua fiança naquele pacto, o melhor testamento, do qual Jesus foi garantido, Heb. 7:22. Agora, ele se tornou garantia para eles em termos de satisfação por suas dívidas de punição e obediência; e que assumiu toda a carga sobre si mesmo, como para pessoas totalmente incapazes de responder por si mesmas. 
Portanto, não é apenas dito que Cristo foi feito pecado por nós, 2 Coríntios. 5:21, por termos posto a iniquidade de todos nós sobre ele, Isa. 53: 6, e ter morrido por nós, Romanos 5: 8; mas também nos é dito termos sido crucificados com Cristo, Gal. 2:20, para ser feita a justiça de Deus nele, 2 Coríntios. 5:21 sim, para serem levantados juntos e glorificados, sendo sentados juntos em lugares celestiais em Cristo Jesus, Ef. 2: 6, e para ser vivificados em Cristo, quando morremos em Adão, 1 Coríntios. 15:22. Tudo o que necessariamente exige essa sua liderança e representação na aliança.
E assim parece que a segunda aliança foi feita com Cristo como o último ou o segundo Adão, chefe e representante de sua semente espiritual.
Em segundo lugar, devemos indagar, por que a segunda aliança, a aliança
de graça, foi feito assim? E isso deve ser explicado nos seguintes detalhes.
1. O pacto da graça foi feito com Cristo como o último Adão, cabeça e representante de sua semente espiritual, para que o amor infinito possa ser derramado, mesmo desde a eternidade. O amor especial de Deus pela semente espiritual o levou à aliança da graça. E esse amor e essa aliança são da mesma data eterna: como o amor era eterno, Jer. 31: 3, o mesmo aconteceu à aliança, Heb. 13:20; Tito 1: 2. Mas como as sementes são apenas de ontem,
o pacto da graça deve ser semelhante ao pacto das obras, uma aliança de ontem, uma aliança do tempo, se não foi feita com Cristo como seu representante; caso contrário, não poderia ter sido um eterno pacto. A promessa da vida eterna, que é sem dúvida uma promessa da aliança da graça, não poderia ter sido de uma data tão antiga, como antes do mundo começar, como o apóstolo diz que é, Tito 1: 2. Como poderia a aliança eterna ser feita originalmente com criaturas do tempo, senão em sua cabeça eterna e representante? Ou como poderia ser uma aliança eterna pessoalmente, com eles, por meio de aplicação pessoal a eles, não foi desde a eternidade feito com outro como sua cabeça e representante? Mas neste método de infinita sabedoria, o amor livre tomou uma ventilação precoce; não esperando o movimento lento de seus objetos rastejando para fora do útero do tempo, em que muitos deles se encontram, até hoje. Mas como os príncipes às vezes se casam, por procuração, com jovens princesas, antes de serem casados ​​ou capazes de dar seu consentimento; então Deus, no seu infinito amor, casou consigo mesmo toda a semente espiritual, em e por Jesus Cristo como seu representante, não apenas antes de serem capazes de consentir, mas antes que eles existissem. O que eles fazem depois, em sua eficácia chamando, aprovando pela fé e dando seu consentimento pessoalmente a Ele; e então
eles desfrutam de Deus como seu Deus, e Deus os tem como seu povo: João 20:17, "Eu ascendo a meu Pai e seu Pai, e a meu Deus e seu Deus."
2. Caso contrário, não poderia ter sido feito um pacto condicional respondendo ao desígnio dele. Essa aliança ocorrendo somente após a violação da primeira aliança, o grande desígnio dela era que pecadores mortos podem ter vida, como foi observado anteriormente. Agora, para isso, um santo justo Deus permaneceu em condições, sem as quais essa vida não poderia ser dada: e eram condições elevadas, Salmo 40: 6, "Sacrifício e ofertas que não desejaste." 1 Tes. 5: 9, 10, "Jesus Cristo, que morreu para que nós devamos viver." Mas como poderia uma condicional e eficaz aliança para a vida ser feita com pecadores mortos, senão em um representante? Almas mortas não podem realizar nenhuma condição para a vida no que possa ser agradável a Deus. Eles precisam ter vida antes que possam fazer qualquer coisa dessa natureza, nunca sendo uma condição tão pequena: portanto, um pacto condicional para a vida, não poderia ser feito com os pecadores por suas pessoas por si só; especialmente considerando que as condições de vida eram tão altas, porque aquele homem em seu melhor estado não foi capaz de realizá-las. Portanto, se tal aliança foi feita de todo, deveria ser feita com Cristo como seu representante, Romanos 8: 3, 4.
3. Foi assim ordenado, até o fim para que possa ser para nós pobres pecadores aliança de graça, de fato. É evidente pelas Escrituras sagradas que esta aliança foi projetada para exaltar a livre graça de Deus; e isso é tão emoldurado, como um pacto de pura graça, e não de obras, com respeito a nós, o que quer que fosse em relação a Cristo: Romanos 4:16, "Portanto, é de fé, para que seja pela graça." Ef 2: 9: "Não das obras, para que ninguém se vanglorie." E a esse ritmo, de fato, é um pacto de pura graça; e todo o terreno da vanglória é tirado de nós; com o senhor Jesus Cristo como representante, sendo o único agente mediador e executor das suas condições. Mas não é assim, se é feito com o próprio pecador, permanecendo como parte principal, contratado com Deus e empreendendo e cumprindo as condições da aliança para a vida: por quanto sob essas condições, empreendidas e forjadas pelo pecador em sua própria pessoa, deveria ser, a promessa da aliança feita a eles; e assim, de acordo com o cálculo das Escrituras, é uma aliança de obras, Romanos 4: 4: "Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida." e entre a aliança de Adão e tal aliança, não há diferença, senão em grau, o que a deixa ainda do mesmo tipo.
4. Este método foi adotado, para que a comunicação da justiça e da vida possa ser tão compensadora quanto a comunicação do pecado e da a morte foi: "Como pela desobediência de um homem muitos foram feitos pecadores; pela obediência de um, muitos serão justificados ", Romanos 5:19.
A aliança de obras que foi feita com Adão, como representante da sua semente natural, ao quebrá-la, pecado e morte são comunicados a todos seus descendentes como uma cabeça mortal. Sendo assim, não era agradável ao método do procedimento divino com os homens, para tratar com os predestinados para a salvação várias vezes, como partes principais, cada um contratando a si mesmo na nova aliança para a vida; mas tratar por todos eles com uma pessoa pública que, através do cumprimento da aliança, deve ser uma cabeça vivificante para eles, de onde a vida pode ser derivada para eles, de um modo tão certo, como a morte foi desde o primeiro Adão. Porque suas misericórdias estão acima de todas as suas outras obras.
5. Por fim, o pacto da graça foi feito de modo que pudesse ser um pacto seguro; até o fim, e a promessa possa ser segura para toda a semente, Romanos 4:16. A primeira aliança foi feita com uma mera criatura, como principal partido e empreiteiro: e embora ele fosse um homem santo e justo, ainda ele era tão inconstante e instável, que falhou em realizar a condição que ele empreendeu; e assim se perdeu o benefício da promessa; portanto caíram os homens que não eram de forma alguma adequados para serem os principais partidos ou os contratantes
a nova aliança, em que a promessa era certa, e não perderia de vista uma conquista. Sendo então uma empresa totalmente falida, para não ser confiada no assunto, Jesus Cristo, o Filho de Deus, foi constituído chefe da nova aliança, para agir e em nome da semente espiritual: e que para o fim, sendo o pacto dessa maneira seguro no ponto de cumprimento da condição, também pode ter certeza no ponto da realização da promessa. E esta é a própria dobradiça da estabilidade da aliança de graça, de acordo com as Escrituras: Salmo 89:28: "Guardarei minha misericórdia para sempre, e minha aliança permanecerá firme com ele." Ver. 22,
"O inimigo jamais o surpreenderá, nem o há de afligir o filho da perversidade." O inimigo não deve enganá-lo", ou seja, como ele fez ao primeiro Adão. A frase original é elíptica, O inimigo não deve seduzir (sua alma, Jer. 37: 9.) nele.
Antes de deixar este ponto, ofereço as seguintes inferências.
I. O pacto da redenção e o pacto da graça não são dois pactos distintos, mas um e o mesmo pacto.
Para confirmar isso, considere:
(1) Que, no julgamento das Escrituras, os pactos
vida e felicidade para o homem são apenas dois em número, dos quais a aliança de obras é uma: Gal. 4:24, "Estas coisas são alegóricas; porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Agar.", ou seja, gerando filhos, excluídos da herança, ver. 30. Isso é um caráter distintivo da aliança de obras; pois tais são realmente os filhos dessa aliança, mas não os filhos da aliança de graça sob qualquer dispensação. Esses dois pactos são chamados, a
antiga aliança e a nova aliança; e o antigo é chamado o primeiro, que é novo por ser o segundo: Heb. 8:13, " Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer."
Romanos 11: 6. E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.”
O primeiro é o pacto da lei, com o primeiro Adão representando todos da sua semente natural; feito primeiro no paraíso, e depois repetido no Monte Sinai, com a aliança da graça: esta é a aliança da graça, feita com o segundo Adão representando sua semente espiritual: 1 Cor. 15:47, 48.
(2.) É evidente que a salvação dos pecadores é pelo sangue da aliança, que é o sangue de Cristo, Heb. 10:29; 1 Cor. 11:25. E as Escrituras mencionam o sangue da aliança quatro vezes; mas nunca o sangue dos pactos; portanto, o pacto, o sangue do qual as Escrituras mencionam, e nossa salvação depende, é apenas uma aliança, e não duas. Agora, essa aliança é a aliança de Cristo, ou a aliança de redenção: pois foi através do sangue que ele foi trazido novamente dos mortos; ou seja, em virtude da promessa feita a ser cumprida para ele, ao cumprir sua condição, Heb. 13:20. E é também a aliança de seu povo, ou a aliança da graça, Êxodo. 24: 8, "Eis que o sangue da aliança que o Senhor fez convosco." É expressamente chamada sua aliança, Zacarias 9:11: "Quanto a ti, Sião, por causa do sangue da tua aliança, tirei os teus cativos da cova em que não havia água." As palavras que expressam a parte aqui falada, sendo do gênero feminino na primeira língua, torna evidente que isso não é dirigido a Cristo, mas à igreja: então a aliança é proposta como seu pacto. E os prisioneiros espirituais são libertados, em virtude dessa aliança, que certamente deve ser a aliança da graça. Por tudo o que parece que a aliança da graça é a mesma aliança que foi feita com Cristo, a respeito de quem é chamada a aliança de redenção.
2. Assim como toda a humanidade pecou em Adão, os crentes obedecem e sofrem em Cristo o segundo Adão. Pois como o pacto das obras sendo feito com Adão como pessoa pública e representante, todos pecaram nele, quando ele quebrou essa aliança; então a aliança da graça sendo feita com Cristo, como pessoa pública e representante, todos os crentes obedecem e sofrem nele, quando ele cumpriu essa aliança. Esta é a doutrina do apóstolo, Romanos 5:19, "Como pela desobediência de um homem, muitos foram feitos pecadores: assim, pela obediência de um, muitos serão justificados. "
Romanos 8: 3, "Deus enviando seu próprio Filho, à semelhança da carne pecaminosa, e pelo pecado condenou o pecado na carne." Verso 4, "para que a justiça da lei possa ser cumprida em nós." 2 Cor. 5:21 "Para que sejamos feitos justiça de Deus nele." Gál. 2:20: " Eu estou crucificado com Cristo.", fornece uma resposta sólida para os crentes, à exigência de obediência da lei e sofrimento pela vida e salvação.
3. Os crentes são justificados imediatamente, pela justiça de Cristo, sem nenhuma justiça própria intervindo; assim como todos os homens são condenados, pelo pecado de Adão, antes que eles fizessem algum bem ou mal em suas próprias pessoas: Romanos 5:18, "Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida." E assim os crentes são justos diante de Deus com a mesma justiça que foi realizada por Jesus Cristo, no cumprimento da aliança. A justiça não lhes é imputada apenas em seus efeitos; assim como na fé deles, arrependimento e obediência sincera são, portanto, aceitos como justiça evangélica, na qual eles são justificados: mas é imputado a eles em si, assim como o pecado de Adão.
4. A aliança da graça é absoluta e não condicional para nós. Por ser feita com Cristo, como representante de sua semente, todas as condições dela foram postas sobre ele e cumpridas por ele. Portanto, tudo o que resta para ser cumprido, é, o cumprimento das promessas que ele e sua semente espiritual; mesmo como teria sido no caso da primeira aliança, se uma vez o primeiro Adão tivesse cumprido sua condição.
5. A aliança da graça é um artifício de infinita sabedoria e amor, digno de ser abraçado por pecadores pobres, bem ordenado em todas as coisas e seguro. 2 Sam. 23: 5. Ó admirável artifício de ajuda para um caso desesperado!
Maravilhoso artifício de uma aliança de Deus com aqueles que estavam incapazes de permanecer na presença de sua santidade ou de realizar a menor condição para a vida e salvação! Uma nova pechincha para o alívio dos perdidos pecadores feitos nos mais altos termos com aqueles que não puderam vir até os termos mais baixos! A sabedoria infinita descobriu o caminho, a saber, por um representante. O amor do Pai o contratou para propor a representação; e o amor do Filho o levou a aceitá-lo. Portanto, Deus tinha um, com quem ele poderia contratar com a segurança de sua honra; e quem foi capaz de cumprir o pacto, a reparação dos ferimentos feito à sua glória: e os pecadores também tinham alguém capaz de agir por eles e comprar a salvação para eles nas mãos de um santo Deus justo. Tão certo foi feito um pacto firme e estabelecido, sobre o qual Deus estabeleceu o peso de sua honra, e sobre o qual os pecadores podem depositar com segurança sua confiança: "Portanto, assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada; aquele que crer não foge." Isa. 28:16; "não se envergonha", Romanos 9:33.
6. Por fim, a maneira de entrar pessoalmente na aliança da graça, a fim de participar dos benefícios disso, para a salvação, é unir-se a Cristo, cabeça da aliança pela fé. Sendo assim imergido nele, somos participantes de toda essa felicidade que é garantida ao Cristo místico (Jesus unido ao corpo da Igreja), na aliança eterna: assim como através de você se tornar filho de Adão, por geração natural, você é pessoalmente envolvido na primeira aliança, então como cair sob aquele pecado e morte que passou sobre todos os homens, pela violação, Romanos 5:12.
III. DA PARTE CONTRATADA E COMPROMETIDA
Como contratante e empreiteiro do lado do homem, na aliança de graça, houve um representante; então a parte contratada e comprometida, foi representado por ele. E que esses dois, a saber, os representados, e aqueles contratados, são de igual latitude, é evidente pela natureza da coisa: para aqueles a quem alguém representa em uma aliança, ele contrata nessa aliança; e aqueles para quem alguém contrai uma aliança feita com ele como representante, são representados por ele nessa aliança. Portanto estava na aliança do primeiro Adão, que era uma figura de Cristo, o chefe da segunda aliança. Nele, aqueles a quem Adão contratou, ele representou; e aqueles a quem ele representou, ele contratou: ele representava apenas sua semente natural e, somente para eles, ele contraiu: portanto, aqueles a quem o segundo Adão contratou, ele representou; e quem ele representou, ele contratou.
Agora, a parte representada e contratada por nosso Senhor Jesus Cristo, na aliança da graça, foram os eleitos da humanidade; sendo um certo número da humanidade, escolhida desde a eternidade até a vida eterna; "filhos participantes de carne e sangue, que Deus deu a Cristo ", Heb. 2:13, 14. Em sua pessoa, ele se levantou, fazendo esta aliança com seu pai; em seu nome que ele agiu, fazendo essa barganha com ele, como uma garantia para obedecer à lei,
e satisfazer a justiça.
E isso eu devo, em primeiro lugar, confirmar; e depois perguntar como o eleitos foram considerados nesta aliança e representação federal.
Primeiro, que os eleitos eram a parte representada ou contratada e empreendida para, na aliança da graça, aparece a partir dos seguintes motivos.
1. A parte com quem a aliança foi feita é chamada no texto de escolhido; como representante e contratante de todos os escolhidos ou eleitos: como o primeiro homem foi chamado Adão ou homem, como representante e contratante para toda a humanidade em sua aliança. Pois, como ensina o apóstolo, Heb. 2:11, "ele - e eles - são todos um;" não apenas de uma natureza, mas também de um corpo, a saber, a eleição; Cristo é o chefe eleito, Isa. 42: 1, eles o corpo eleito, Ef 5:23. Portanto, eles vão sob um nome, pertencendo principalmente a ele, e depois para eles pela participação com ele. Assim, ele também é chamado a semente de Abraão, como representando toda a semente espiritual de Abraão, isto é, os eleitos, Gal. 3: 6: "E à tua descendência, que é Cristo;" e a semente da mulher, em oposição à semente da serpente; e sob esse nome também os eleitos são compreendidos; eles, e somente eles, sendo a parte entre quem e a serpente com sua semente, Deus coloca a inimizade, de acordo com a promessa, Gn 3:15.
2. Aqueles a quem Cristo representou e contratou na aliança da graça, são os homens celestiais: 1 Cor. 15:47, 48, "O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais." Agora, os homens celestiais, pertencentes a Cristo, o segundo homem, não são outros senão os eleitos. Pois eles são distintos dos homens terrenos, pertencentes ao primeiro homem; ou seja, toda
humanidade levada para a primeira aliança em Adão: e, portanto, eles são os homens eleitos, levados para a segunda aliança, no segundo Adão.
Novamente, os homens celestes são aqueles que devem ter a imagem do homem celestial Cristo, ver. 49; e esses são os eleitos, e eles somente. E, finalmente, são aqueles para quem Cristo é, em relação à eficácia, um espírito vivificador: pois "como é o celestial, assim também são os que são celestiais". Como a eficácia mortal de Adão é tão ampla quanto sua representação feita na primeira aliança, alcançando toda a humanidade sua semente natural, e eles somente; então a eficácia vivificadora de Cristo é tão ampla quanto sua representação feita na segunda aliança, alcançando todos os eleitos, sua semente espiritual e apenas eles: e se não o fizesse, alguns seriam privados do benefício que
foi comprado e pago em nome do fiador: o que não é consistente com a justiça de Deus.
3. Aqueles a quem Cristo representou e contratou na aliança, são sua semente, sua semente espiritual: Gal. 3:16. "Agora a Abraão e sua semente foram feitas as promessas. Ele disse - e à tua descendência, que é Cristo."
Salmo 89: 3, 4: "Fiz aliança com o meu escolhido e jurei a Davi, meu servo: Para sempre estabelecerei a tua posteridade e firmarei o teu trono de geração em geração."
A semente espiritual de Cristo é a eleita, e nenhuma outro; pois são aqueles a quem ele gera pela palavra da verdade, Tiago 1:18. e nascem de novo (1 Pedro 1:23.) para ele em sua
regeneração; a quem, portanto, ele vê como sua semente, com sua própria imagem neles, Isa. 53:10. Eles são o trabalho de sua alma, que, mais cedo ou mais tarde, são, todos eles, justificado, ver. 11. Eles são a semente que o servirá, Salmo 22:30; estabelecido e que durará para sempre, ou seja, em um estado de felicidade, Salmo 89: 4, 29, 36.
4. Por fim, Cristo estava na aliança da graça representativa de Israel, de acordo com esse texto, Isa. 49: 3: "Tu és meu servo, ó Israel, em quem serei glorificado." Agora, Israel, o corpo coletivo, é o eleito, Romanos 9: 6, "E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas;" portanto os eleitos eram a parte representada e contratada na aliança. Então aqueles a quem Cristo tomou consigo no vínculo de sua aliança, são descritos como a semente de Abraão: Heb. 2:16, "Porque em verdade ele não tomou sobre si a natureza dos anjos; mas ele tomou a semente de Abraão." 
Toda a semente de Adão estava afundando, assim como a semente de Abraão, que é apenas uma parte da semente de Adão, mesmo alguns de toda a humanidade: mas não se diz que Cristo se apoderou da semente de Adão, isto é, toda a humanidade; mas da semente de Abraão, isto é, de todos os eleitos, ou o Israel espiritual, chamado a casa de Jacó, Lucas 1:33.
Portanto, é observável que a primeira vez que a aliança da graça foi ouvida no mundo, o discurso foi dirigido à serpente, por meio de narração, Gênesis 3:14, 15; não a Adão, como era a primeira aliança, cap. 2:16, 17, para que Adão saiba, que ele deveria vir aqui como um soldado particular somente uma pessoa, e não como uma pessoa pública com sua semente. E por essa causa também, nosso Senhor Jesus não se chama simplesmente Adão, ou homem; mas o ultimo Adão e o segundo homem, cuja semente difere da do primeiro homem, como semente de Abraão da semente de Adão: mas ele é simplesmente chamado Israel, sem qualquer epíteto: e sua semente é claramente determinada como a eleita, Isa. 45:25: "No Senhor toda a descendência de Israel será justificada;" assim como no primeiro homem, toda a semente de Adão foi condenada, Romanos 5:18. 
Em segundo lugar, devemos perguntar como os eleitos foram considerados nesta aliança e representação federal. E aí eles vieram sob uma tripla consideração.
1. Eles foram considerados pecadores, perdidos, arruinados e desfeitos em Adão; ovelhas perdidas da casa de Israel, Mateus 15:24. Na primeira aliança, todo o rebanho da humanidade foi posto sob a mão de um pastor, ou seja, Adão; mas ele, perdendo a si mesmo, perdeu todo o rebanho e nunca foi capaz de recuperar sequer um deles novamente. Deus, desde toda a eternidade, colocou uma marca secreta em alguns deles, pela qual ele os distinguiu dos demais, 2 Tim. 2:19, "Tendo este selo, o Senhor conhece os que são dele."
E ele também os viu, entre outros, se afastando do pasto, vagando como errantes e perdidos, sendo presa de todo devorador: mas, para serem procurados, devolvidos e mantidos em segurança para sempre, o novo pacto foi firmado com outro pastor, a saber, nosso Senhor Jesus Cristo: e eles são postos sob a mão dele, como pastor de Israel. 
2. Eles foram considerados também como totalmente incapazes de ajudar a si mesmos, total ou parcialmente; como estando sem força, Romanos 5: 6. Eles eram devedores, e incapaz de pagar um centavo da dívida: eles eram criminosos, mas incapaz de suportar o próprio castigo, para satisfação da justiça: dependia deles pagar a dívida ou suportar a punição da dívida, eles deviam afundar para sempre sob a carga. Então foi necessário, que eles deveriam ter um para representá-los, assumindo o ônus sobre ele por todos eles.
3. Por fim, eram considerados como objetos de eterno, soberano, e livre amor, dados a Cristo por seu Pai. O Pai os amou, João 17:23, e, portanto, os deu a Cristo, ver. 6. O Filho os amava, Ef 5: 2; e representou-os na aliança, como um pai de seus próprios filhos, Isa. 9: 6, "Seu nome será chamado - Pai eterno." Compare Hb 2:13: " Eis-me aqui e os filhos que Deus me deu." Foi devido a esse amor livre, e mero bom prazer, que eles, e não outros na mesma condenação, pela violação da primeira aliança, foram representados e contratados por Jesus Cristo, na segunda; que seus nomes foram colocados no contrato eterno, enquanto os nomes dos outros foram deixados de fora. Eles foram a escolha de seu pai, e sua própria escolha; então ele se tornou o representante deles.



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