A Aliança da Graça
Por
Silvio Dutra
Set/2019
A474
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Alves, Silvio Dutra
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A aliança da graça
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Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro,
2019.
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60p.; 14,8 x21cm
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1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Fé
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I.
Título.
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CDD 252
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“Fiz uma aliança com o meu
escolhido, e jurei ao meu servo Davi, dizendo: A tua semente estabelecerei para
sempre, e edificarei o teu trono de geração em geração.” (Salmo 89.3,4)
Eis aí um assunto que gera
grande oposição do inferno sempre que vamos apresentá-lo segundo é a verdade em
Jesus Cristo, e um dos principais motivos para esta posição reside no fato de
que uma vez sendo compreendido no Espírito, Satanás e os demônios nunca mais
terão como assombrar a qualquer que tenha alcançado tal conhecimento.
Lutero disse que aquele que sabe adequadamente qual
é a distinção entre a Lei e a Graça é um verdadeiro teólogo.
Quando vamos ao testemunho dos puritanos relativos à
graça de Jesus, nós logo verificamos que eles eram teólogos excelentes, por
toda a revelação que Deus lhes havia concedido dando um entendimento
extraordinário do significado da Graça do Evangelho, de maneira que pudéssemos
receber a instrução que necessitamos através deles.
Nenhuma verdade pode ser corretamente aprendida caso
não comecemos a partir do seu ponto certo de origem, e aqui isto não configura
uma exceção, ao contrário, é muito importante que no assunto relativo à Graça,
que nós retornemos ao ponto de partida correto.
Este ponto é com certeza o amor eletivo de Deus. É
no Seu coração que tudo começa. Ele amou de forma eletiva a anjos e a homens,
antes mesmo de trazê-los à existência, e os escolheu para Si em Seu coração,
para estarem sempre com Ele, vivendo num relacionamento íntimo de amor.
Como a criatura, pelo livre arbítrio que lhe é
concedido por ser um ser espiritual e moral, tem a tendência para se desviar da
presença de Deus, por escolher caminhos que são reprovados por Ele, então
interpõe fazendo uma aliança com os anjos e os homens eleitos, por lhes
conceder uma medida de graça que seja necessária para que jamais se afastem
dEle para sempre.
Isto é feito voluntariamente, unilateralmente, sem a
concorrência de méritos ou obras dos eleitos, pois o motivo desta concessão é
puramente amor, bondade, gratuidade.
A graça é necessária porque o espírito, assim como a
carne e a alma, está sujeito a diversas impurezas que não existem na natureza
divina. Por exemplo, o ódio, a rebelião, a murmuração, a ingratidão, a insensatez, a ociosidade, a maledicência etc.
Se não houver a interposição da graça, o espírito da
criatura fica sujeito a incredulidade, dúvida, temor, desespero, descontrole e
a tudo o que é contrário à fé, segurança, firmeza e integridade.
Como a criatura atenderá às perfeitas demandas da
justiça divina se não for habilitada para isto pela graça?
O que impediu Adão e Eva de caírem imediatamente no
pecado no jardim do Éden foi a concessão de graça na medida em que seriam
mantidos unidos a Deus e sentindo aversão por tudo o que era contrário à Sua
vontade.
Mas, quando provados, para recorrem a esta
assistência de graça quando fossem tentados, eles falharam e seguiram o curso
da natureza da criatura e caíram.
Aí teria início a longa jornada de aprendizado da
completa necessidade que temos da graça, e que se ficamos firmes é tão somente
porque a graça de Deus nos sustenta, de modo que até mesmo os anjos eleitos são
instruídos quanto a esta verdade por tudo o que observam das operações de Deus
com os pecadores.
Eles percebem, e nós juntamente com eles, que
aqueles que confiam inteiramente na suficiência da graça para torna-los fortes
em sua fraqueza, são os que triunfam e vencem o pecado e todas as vicissitudes
da vida.
Em razão do pecado original, o nosso estado é de
morte e não de vida. Deus é Deus de vivos e não de mortos. Ele não pode ter
comunhão com mortos porque é o Deus vivo.
Toda a vida verdadeira em comunhão com Ele existe
somente em decorrência de se estar ligada a Jesus que é a fonte de toda a vida.
Fora de Jesus o que há é morte.
Por isso Ele veio a este mundo caído dizendo que era
com a missão recebida do Pai de nos conceder vida em abundância, a vida eterna,
que só pode ser alcançada através da fé nEle.
Quando Ele diz no evangelho de João que porque Ele
nós também viveremos. O apóstolo Paulo, ao discorrer sobre a nossa justificação
pela graça e o nosso acesso à vida eterna, associa isto ao fato de Jesus ter
morrido no nosso lugar, e que Ele já não morre mais. É muito importante esta
afirmação que a muitos parece óbvia que Jesus não morre mais, porque para
deixarmos de ter a vida que recebemos pela graça eletiva através da nossa união
com Ele já não morre também, porque a aliança foi feita entre o Pai e o Filho,
que todo aquele que estivesse ligado ao Filho não mais morreria eternamente,
porque o mandamento que o Filho recebeu do Pai é a vida eterna. Como Jesus
jamais morrerá de novo, o que se conclui é que jamais perderemos a vida eterna
que recebemos por nossa união com Ele, que somente pela morte de Jesus poderia
ser destruída.
A grande ousadia com que os apóstolos e os primeiros
discípulos de Jesus deram testemunho do Evangelho, consistiu principalmente na
plena certeza que eles tinham acerca da verdade sobre a vida eterna pela graça,
conforme haviam sido ensinados por Jesus e pelo Espírito Santo.
Eles deixaram esse testemunho registrado para nós
nas coisas que escreveram para que tivéssemos o mesmo conhecimento e ousadia.
Foi por pura graça que Deus escolheu os seus eleitos
para estarem ligados ao seu amor para sempre, e jamais os deixará ou
abandonará, conforme tem prometido em várias passagens das Escrituras, e
conforme a prática o tem comprovado.
Não é por fazerem força que eles são feitos filhos
de Deus, apesar de a vocação deles exigir que se esforcem para viverem de modo
digno do reino de Deus.
Eles eram carnais e foram feitos espirituais, para
atenderem à condição da nova cidadania do céu que receberam por meio da fé em
Jesus.
Então haverá um trabalho de crucificação do velho
homem e de um progressivo despojamento dele para que sejam revestidos do novo.
Mas todas estas operações são realizadas pela graça
e por meio da fé.
Ao maior dos santos tanto quanto ao menor, ao que
mais trabalhou para Deus, e o que não teve tempo sequer de trabalhar, como foi
o caso ladrão que morreu na cruz ao lado de Jesus, será concedida a entrada no
reino do céu, desde que tal pessoa seja de fato um eleito de Deus.
A certeza desta entra no reino é garantida pela
promessa que Deus fez na Sua Palavra de que faria uma aliança com o Seu Filho
Unigênito, dando-lhe por uma Segunda Cabeça para a humanidade e fazendo com Ele
tal aliança, totalmente diferente de todas as que faria com o próprio homem,
como foi o caso de Adão, em que ele seria designado como representante de toda
a humanidade como alma vivente, com o poder de gerar uma descendência que
estaria ligada a ele nos mesmos termos do pacto que havia sido celebrado de que
viveria caso obedecesse, e morreria em caso contrário.
Esta é a razão por que quando Adão pecou toda a sua
descendência foi encerrada no pecado por causa da sua obediência.
Deus não consultou nesta aliança firmada com Adão,
todas as partes interessadas, porque todos os que estivessem ligados a Adão
seriam considerados um com ele, tanto para a vida, caso obedecesse, quanto para
a morte, em caso de desobediência.
Ora, todos sabemos qual foi o resultado desta
aliança: morte e não vida.
Contudo, desde antes da fundação do mundo, Deus
havia previsto uma Segunda cabeça para a humanidade, e entrou em aliança com Ele,
para vivificar o que havia morrido em Adão, de modo que seria para o homem
caído um espírito vivificante, e não apenas alma vivente como foi o primeiro
Adão.
De modo que esta segunda aliança, que é chamada de
nova aliança na Bíblia, não é nova por ordem de estabelecimento, pois sempre
foi a primeira no coração de Deus, mas nova no sentido de que é diferente, pois
se as alianças anteriores foram feitas através da mediação de homens, esta
seria feita por Deus e com o próprio Deus na pessoa do Seu Filho Unigênito.
Além disso, percebemos que a nova aliança é absoluta
para todos os aliançados, e de modo nenhum opcional. Os eleitos seriam
alcançados sem a perda de um só deles, porque foram dados pelo Pai ao Filho,
para serem redimidos, perdoados, justificados, regenerados, santificados, e
incluídos em Seu próprio corpo místico, do qual Ele seria a Cabeça.
Jesus veio buscar o que se havia perdido. Veio
recolher cada ovelha do rebanho divino que se encontrava perdida.
Isto é feito porque a aliança que foi feita é uma
aliança de pura graça. Deus determinou ter filhos amados e os escolheu antes de
seriam trazidos à existência, pois os conheceu em sua onisciência antes mesmo
da fundação do mundo, e deu-lhes a Jesus Cristo por Cabeça, Senhor, Fiador e
Salvador deles.
A segurança da salvação deles não se encontra neles,
mas em Cristo, o Grande Fiador. Deveria ser assim, pois do contrário, a aliança
seria desfeita caso viessem a pecar, caso fosse uma aliança de obras, como foi
a primeira com Adão.
Mas, como não é uma aliança firmada na obediência
perfeita deles de todos os mandamentos, mas na graça de Jesus, que morreu por
eles, pagando o preço por todos os seus pecados, então não há o risco de a
aliança ser desfeita em razão de transgressões cometidas contra a Lei de Deus.
Não há aqui qualquer incentivo para que se continue
na prática do pecado, ao contrário, para que não se viva mais no pecado, pois
em Cristo, morremos para ele, e somos chamados a viver na novidade desta vida
que recebemos pela graça, mediante a fé.
A morte pelo pecado só pode ser vencida pela virtude
da vida, e não por esforços moralistas. É por andar no Espírito que não se
cumpre os desejos da carne, e que se obtém as virtudes de Cristo, porque a
aliança feita de Deus com Seu Filho, inclui que os aliançados devem receber
pelo Espírito, aquilo que o Espírito tem recebido de Jesus para ser concedido a
eles, tanto no que se refere aos dons, quanto ao fruto.
Não há espaço para que se formule uma doutrina
baseada no barateamento da graça ou mesmo do pecado, considerando-os coisas
comuns e banais, pois, na verdade, não são. Cada um deles é por seu turno, os
maiores poderes conhecidos neste mundo quanto ao trabalho que podem efetuar na
vontade humana. Sendo a graça o único poder maior que o pecado.
E como poderíamos lidar com tais realidades de modo
tão superficial, como por exemplo, com o argumento de que já que todos são
pecadores, não importa como vivamos, se lutando contra o pecado ou deixando-se
vencer por ele, porque, caso creiamos em Jesus, no final seremos bem-sucedidos
e seremos achados no céu, porque, afinal, sabemos que somos salvos por pura
graça e não por obras.
A isto respondemos que não há um único eleito
sequer, que tenha sido realmente salvo pela graça de Jesus, que abrigue tal
pensamento pecaminoso, pois, o Espírito Santo, habitando nele, convence-o do
pecado, da justiça e do juízo, e ele passa automaticamente a ter o devido temor
filial a Deus, sabendo que caso se deixe vencer pelo pecado, não somente
entristecerá o Espírito Santo como também desonrará a Jesus, coisas que são as
últimas que ele gostaria de fazer. Então, ainda que seja vencido por alguns
pecados, os quais aprenderá a mortificar em sua jornada cristã, ele jamais
aprovará um viver no pecado, porque a inclinação santa da nova criatura nele o
dispõe a isto.
A aliança de vida que foi feita com o Pai baseada no
sangue de Seu Filho jamais permitirá que haja no crente um sentimento em favor
do pecado, cujo salário é a morte, pois a aliança que o move é uma aliança de
vida, conforme é impelido para esta vida espiritual e celestial pelo Espírito
Santo que nele habita.
São muitas as disposições contidas nesta aliança de
vida eterna, e não poderia ser diferente, porque consiste na eternidade do
próprio Deus e no transporte daqueles que se encontravam mortos em delitos e
pecados, para a luz da vida de Jesus.
Quando vemos esta verdade bíblica podemos
compreender melhor que o Cristianismo verdadeiro não é uma religião ao lado de
muitas outras, como o próprio Cristianismo secular, que é também uma forma de
religião que não se apoia na vida de Cristo e na manifestação desta vida nos
eleitos, senão num conjunto de práticas, cerimônias e superstições que são
podem produzir a vida celestial, espiritual, pura e santa nos seus praticantes.
Por isso Jesus ordenou à igreja que pregasse a Ele
próprio, a Sua graça e a fé e o arrependimento, para que fôssemos salvos.
Desviar o olhar da obra de Jesus é algo muito
perigoso que pode nos levar para fora daquele único caminho, verdade e vida,
que nos foi revelado desde o céu.
O puritano Thomas Boston escreveu um tratado
excelente sobre a aliança da graça, e gostaríamos de registrar algumas citações
do referido tratado a seguir.
Como a ruína do homem era
originalmente devida à quebra da aliança de obras, então sua recuperação, do
primeiro ao último passo, deve-se puramente ao cumprimento da aliança da
graça...
O conhecimento da aliança
da graça é inteiramente devido à revelação.
Foi sobre essa aliança o salmista falou o
seguinte:
“As benignidades do SENHOR cantarei perpetuamente; com a minha boca
manifestarei a tua fidelidade de geração em geração. Pois disse eu: A tua
benignidade será edificada para sempre; tu confirmarás a tua fidelidade até nos
céus, dizendo: Fiz uma aliança com o meu escolhido, e jurei ao meu servo Davi,
dizendo: A tua semente estabelecerei para sempre, e edificarei o teu trono de
geração em geração;” (Salmo 89.1-4).
Ele teve uma visão confortável de um edifício
glorioso, infalivelmente subindo no meio de ruínas; até um edifício de misericórdia: " Pois disse eu: A tua benignidade será
edificada para sempre;" a base de qual afirmação confiante é, em
nosso texto, apontada como a aliança de Deus com seu escolhido. Do tipo de pacto da
graça, a saber, o pacto da realeza feita a Davi, ele viu uma acumulação de
misericórdia para a realeza da família de Judá, quando foram trazidos
extremamente baixos. Da substância disso, ele viu um edifício de
misericórdia para os pecadores da humanidade, que estavam arruinados pela
quebra da primeira aliança.
Isso é novo, a saber, edificar graça gratuita a pé
para nós; em que aqueles que acreditam são recebidos
instantaneamente, e onde uma vez recebidos, elas habitarão para sempre; um edifício de misericórdia, no qual todas as
pedras, do fundo ao topo, da pedra fundamental à pedra de esquina, é pura
misericórdia, rica misericórdia livre para nós.
Desse edifício de misericórdia falarei
algumas palavras.
1. O plano dele foi elaborado desde toda a
eternidade, no conselho da Trindade: pois é de acordo com o propósito eterno
proposto em Jesus Cristo, Ef. 3:11. Os objetos de misericórdia, o tempo e o lugar,
o caminho e meios, de conferi-lo, foram projetados particularmente, antes que o
homem estivesse infeliz.
2. O
construtor é o próprio Deus, o Pai, o
Filho e o Espírito Santo, 1 Coríntios. 3: 9: "Vós sois o edifício de Deus". Todas as mãos da
gloriosa Trindade estão em ação neste edifício. O pai escolheu os
objetos da misericórdia e os deu ao Filho para serem redimidos; o Filho comprou redenção
para eles; e o Espírito Santo aplica a redenção para eles. Mas é especialmente atribuído ao Filho, por conta
de sua agência singular na obra: Zacarias 6:12,13 "E
dize-lhe: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é
Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do SENHOR. Ele mesmo
edificará o templo do SENHOR e será revestido de glória; assentar-se-á no seu
trono, e dominará, e será sacerdote no seu trono; e reinará perfeita união
entre ambos os ofícios."
3. O
fundamento foi posto profundamente no conselho eterno; além do alcance dos
olhos de homens ou anjos. Paulo considerando, clama: "Ó, o profundidade!"
Romanos 11:33." Porque quem conheceu a mente do Senhor ou quem foi seu
conselheiro?" verso 34.
4. Faz
mais de cinco mil anos desde que este edifício se elevou acima do solo. E a primeira pedra dele
que apareceu, foi uma promessa, uma promessa de um Salvador, feita no paraíso
Gên 3:15, a saber, que a semente da mulher deve ferir a cabeça da serpente. Aqui estava a misericórdia. E a misericórdia foi depositada
sobre a misericórdia.
Mediante promessa de misericórdia foi lançada
misericórdia vivificadora, pela qual nossos primeiros pais perdidos foram
capacitados a acreditar na promessa; e com a misericórdia vivificadora foi-lhes misericórdia perdoadora; e sobre isso novamente
misericórdia santificadora e confirmadora; e finalmente misericórdia glorificadora.
5. O cimento é sangue; o sangue de Jesus
Cristo, o mediador, que é o
sangue de Deus, Atos 20:28. Nenhuma misericórdia salvadora para os pecadores poderia
consistir, nem poderia a misericórdia permanecer firme sobre outra pessoa no
edifício, sem ser cimentada com aquele sangue precioso; mas por ele todo o edifício é constituído e permanece firme
para sempre, Heb. 9:22, 23 e 7:24, 25. 6. Desde o momento em
que apareceu acima do solo, isso vem acontecendo. E muitas mãos foram empregadas,
para servir na execução do trabalho. Nas primeiras eras do
mundo, patriarcas foram empregados nele, como Adão, Enoque e Noé; na idade média,
profetas, sacerdotes e levitas; nestes últimos tempos, o apóstolos e outros oficiais
extraordinários e ministros comuns do evangelho.
Grande
tem sido a oposição
feita ao edifício desde o início, por
Satanás e seus agentes, tanto na forma de violência quanto engano; ainda assim o tempo todo
continua acontecendo: e agora chegou longe acima da altura média; está chegando ao topo e o
momento em que a última pedra será colocada sobre ele; pois é evidente, estamos muito
avançados nos dias da voz do
sétimo anjo, em que o mistério de Deus deve
ser finalizado, Apo 10: 7. 7. A pedra de esquina
será colocada no último dia:
momento em que a promessa receberá sua plena realização, na salvação completa
de todos os objetos da misericórdia, para depois avançar à medida da estatura
da plenitude de Cristo, Ef 4:13. Naquele dia nosso Senhor Jesus Cristo, o
grande construtor, "trará a pedra com gritos", até a última e imensa
misericórdia, dizendo: "Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do
reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." E então eles
habitarão na construção da misericórdia aperfeiçoada e cantar de misericórdias
para todo o sempre.
5) Por fim, o fundamento
sobre o qual se baseia é firme. É necessário que assim seja: para uma edificação de
misericórdia para com os pecadores, de um santo Deus justo, é uma construção de
peso enorme, mais pesada que todo o tecido do céu e terra: e se cair, tudo será
arruinado uma segunda vez, sem mais nenhuma esperança de alívio. Mas é um fundamento seguro,
havendo a eternidade de Deus na aliança: "Fiz uma aliança com os meus
escolhidos."
Em que palavras, juntamente com o segundo
texto, há quatro coisas a serem consideradas.
1. O fundamento sobre o qual se baseia a
construção da misericórdia.
2. As partes contratantes nessa aliança.
3. A realização disso. E,
4, A natureza disso.
I. O fundamento sobre o qual se baseia a
construção da misericórdia é uma aliança, uma aliança divina, certa. O primeiro edifício para a felicidade do
homem foi uma construção de generosidade e bondade, mas não de misericórdia; pois o homem não estava em miséria
quando foi criado. E foi fundada também em uma aliança; a saber, na aliança
de obras, feita com o primeiro Adão: mas ele quebrou a aliança, e todo o
edifício caiu em um instante.
Mas essa é outra aliança e de outra natureza. No tipo de fato, e
sombra, é o pacto da realeza com Davi, 2 Samuel 7: 11-17; que foi um
fundamento de misericórdia para sua família, garantindo a continuidade da
mesma, e isso como uma família real. No entanto, no antítipo e na verdade, é o pacto da graça, o
pacto da vida eterna e da salvação para pecadores, a semente espiritual de sua
cabeça, a ser dada no caminho de graça e misericórdia, Salmo 89: 2, 4, 29, 36; e em que eles estão libertado da maldição,
para que não possa alcançá-los, apesar de suas falhas; mas o Senhor lida com
eles como seus filhos ainda, embora crianças ofensivas, ver. 30-33; e tudo por meio de Jesus
Cristo, o Salvador, o poderoso, ver. 19. Este é o fundamento de toda
construção de misericórdia para com os pecadores em seu estado baixo, no qual
eles haviam sido trazidos pela queda de Adãom. A revelação, promulgação e oferta feitas aos
filhos dos homens, desta aliança que estava escondida nas profundezas do
conselho eterno, é chamado de evangelho; as boas novas de uma
nova aliança para vida e salvação
para os pecadores.
II. As partes contratadas
nesta aliança são Deus e seus escolhidos, no último Adão: pois é evidente pela
natureza das coisas aqui mencionadas, ver. 3, 4 e de 2 Sam. 7: 8, que estas
palavras: "Fiz uma aliança com os meus escolhidos ", são as próprias
palavras do Senhor. Tanto o céu como a terra eram interessado nesta aliança; pois era uma aliança de paz entre eles: e,
consequentemente, os interesses de ambos são vistos pelas partes aliançadas.
1. Do lado do céu está o próprio Deus, o proponente do partido da
aliança, "Fiz uma aliança com os meus escolhidos". Ele foi a parte
ofendida, mas a moção por um pacto de paz vem dele; uma certa indicação da
boa vontade de toda a gloriosa Trindade em relação à recuperação de pecadores
perdidos. O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o
Pai das misericórdias, vendo um mundo perdido, sua misericórdia busca uma
abertura, que pode ser mostrada aos miseráveis; mas a justiça está no caminho da saída e edificação da
misericórdia, sem que haja um pacto pelo qual possa ser satisfeita. Então diz o Pai: "A
primeira aliança não servirá ao propósito de
misericórdia; deve haver uma nova barganha: mas as
criaturas perdidas não têm mais nada para contratar; a menos que outro pegue
o fardo sobre ele por eles, não há remédio no caso: eles não podem escolher
isso por si mesmos; Eu vou fazer uma escolha por eles, e fazer a
aliança com os meus escolhidos."
2. Do lado do homem, então, está Deus e
o escolhido; pois o número é no singular. Este escolhido, no tipo,
a aliança da realeza, é Davi; mas o antitipo, a aliança da graça, é o Filho de
Deus, o último Adão, mesmo Cristo, o escolhido de Deus, Lucas 23:35. A verdade é que grandes coisas são ditas sobre a parte
com quem foi feito esse pacto, de sua semente e da eficácia desta aliança, como
pode concordar plenamente com ninguém, exceto Cristo e sua semente espiritual,
vers. 4, 27, 29, 36, 37.
A família real de Judá, a casa de Davi,
nunca recuperaram seu antigo esplendor,
depois do cativeiro babilônico; tendo em vista a que tempo, esse salmo parece
ter sido escrito. Seu reino está extinto há muitas eras; e a grandeza dessa família, de acordo com a
carne, está bastante afundada. Mas a promessa feita a Davi na aliança da
realeza ainda floresce e florescerá para sempre em Jesus Cristo, o ramo
principal da família de Davi. Como então pode ser, senão que, na construção perpétua
da misericórdia, mencionou ver. 2 e o estabelecimento da semente de Davi e
edificação do seu trono para todas as gerações, ver. 4, o próprio Cristo é destinado
principalmente? E de fato somente ele era Poderoso, apto para
o vasto empreendimento nesta aliança, ver. 19: e o Pai aponta para
nós, como eleitos, ou escolhidos, Isa. 42: 1.
III. Quanto à celebração deste pacto entre as
partes contratantes: o Pai fez isso com seu próprio Filho, fiz uma aliança com
meu escolhido, e isto antes do mundo começar, Tito 1: 2. Por sua mútuo acordo com isso,
essa aliança foi completamente feita desde a eternidade; assim como a aliança
de obras com o primeiro Adão era, antes de existirmos.
IV. Quanto à natureza desta aliança; existem cinco coisas
pertencentes a ela que aparecem nos textos;
1. O ser de uma representação nisto.
2. O desígnio para o qual foi erigida.
3. Que há nela uma condição; e
4. Uma promessa; e
5. Em cujas mãos a administração disso é colocada.
1. Há uma representação ocorrendo nesta
aliança. Como foi no primeiro pacto, assim como no
segundo; o contratante e o agente mediador do lado do
homem, era um representante, representando e sustentando as pessoas dos outros. Isso aparece, em que o
escolhido com quem a aliança foi feita, é chamado o último Adão; porque é
claro, ele é chamado em relação ao primeiro Adão, que era a figura (ou tipo)
dele, Romanos 5:14. ou seja, nesse tipo como
o primeiro Adão representando sua
semente na aliança de obras, trouxe pecado e morte sobre eles; então ele representando os
seus, traz justiça e vida a eles; como o apóstolo ensina em geral
nesse capítulo.
2. O desígnio desse pacto era a vida, o
interesse mais valioso da humanidade. "O último Adão foi feito um espírito vivificante",
isto é, para dar vida à sua
semente. Portanto, é uma aliança de vida, como a aliança de Levi, um tipo é
expressamente chamado Mal. 2: 5.
A primeira aliança era uma aliança de vida também; mas há essa diferença, a saber, que a
primeira foi para a vida em perfeição ao homem reto, tendo a vida antes; a segunda, pela vida em
perfeição ao homem pecador, legal e
moralmente morto. As partes contratadas pois nesta segunda
aliança, eram consideradas sob as correntes da morte, absolutamente vazias de
vida; e, portanto, totalmente incapazes de agir
para ajudar a si mesmos. Eles jaziam como ossos secos espalhados pela
boca do túmulo, perante as partes contratantes; proibindo a justiça de lhes dar vida, mas
sob termos consistentes e se tornando sua honra.
3. A condição da aliança, os termos dessa
vida, acordados pelo representante, está implícito que ele foi o último Adão,
ou seja, iria com o que o primeiro Adão havia aderido. Adão, na aliança de
obras, tropeçou no curso de sua obediência e caiu; e por sua queda estava
bastante incapacitado para começar de novo: assim ele foi penalizado por essa
aliança também, mas era totalmente incapaz de cumpri-la. Então o último
Adão entra no lugar do primeiro, não como o
primeiro Adão estava em sua integridade; pois nesse caso não havia lugar para um
segundo Adão; mas como um homem quebrado sob a primeira
barganha. E entrando em seu lugar neste caso, seu
negócio era satisfazer as demandas do primeiro pacto, em nome de sua semente. Essas demandas estavam
agora em alta, muito além do
que elas eram para Adão em inocência: a penalidade foi paga, assim como a soma
principal. Portanto, a primeira aliança sendo gravada na segunda
é declarada quebrado; e sendo o principal e a penalidade resumidos
juntos, a limpeza do todo é feita sobre o último ou segundo Adão, como condição
da segunda aliança.
4. A promessa da aliança de ser, sob essa
condição, cumprida pelo contratante do
partido do lado do céu, está implícito nessas palavras: "Eu tenho feito
uma aliança com" (no original, para) "meu escolhido", isto
é," eu tenho feito uma aliança, obrigando-me por promessa solene a meu
escolhido, para tais e tais benefícios, sob a condição nela declarada e aceita.
"Compare a seguinte cláusula: "Jurei a Davi meu servo." A
natureza desta promessa será investigada adiante.
5. Por fim, a administração deste pacto é
colocada nas mãos do contratante do lado do homem: "O último Adão foi
feito alma vivente." Cada uma das partes contratantes sendo divina, não
era possível que qualquer das partes devesse falhar ou que o último Adão deve
quebrar, como o primeiro havia feito. Portanto, o tempo em que
Cristo cumpriu a condição
prefixada do Pai, Deus tomou o vínculo único de Cristo para segurança
suficiente e, portanto, constituiu-o administrador do pacto. Aqueles a quem ele
representava eram considerados sob a
morte, que na linguagem da aliança é um termo
muito extenso: o espírito e a vida deveriam ser comprados por ele e pertenciam
à promessa da aliança. Então, com o crédito de ter cumprido a condição da aliança no devido
tempo, a plenitude do Espírito e a vida eterna, foram alojados nele, para serem
comunicados por ele: Ap o3: 1, "Estas coisas diz aquele que tem os sete
espíritos de Deus." 1 João 5:11, "Deus deu para nós a vida eterna: e
esta vida está em seu Filho." João 17: 2:"Como tu tens lhe dado poder
sobre toda a carne, para que ele desse a vida eterna." Assim foi ele feito
um espírito vivificante.
Agora, a DOUTRINA desses textos, comparada e
explicada, é:
Que a aliança da graça pela vida e salvação
para os pecadores perdidos da humanidade foi feita com Jesus Cristo, o último
Adão; e ele foi constituído administrador dela.
Ao lidar com esse assunto pesado, considero
que não é necessário insistir em provar que existe uma aliança de graça; a existência da qual é óbvia a partir dos textos
de muitas outras escrituras, como Isaías 42: 6; 49: 8; e 54:10; Heb. 8: 6; e 13:20. Mas a seguinte descrição deve ser feita sob
estas seis cabeças: a saber,
1. As partes no pacto da graça.
2. A realização dessa aliança.
3. As partes dela.
4. A administração da mesma.
5. O julgamento de um ser pessoal salvador
nela.
6. A maneira de instigar os pecadores
pessoalmente e salvificamente nela.
I. AS PARTES NA
ALIANÇA DA GRAÇA
Em todos os pactos, de qualquer natureza,
sejam pactos de promessa absoluta, ou condicional, deve haver necessariamente
partes distintas: pelo que se possa decretar, resolver ou propor consigo mesmo,
sem outra parte; no entanto, a aliança ou barganha, promessa
ou promissor, fala de uma obrigação daí decorrente para outra parte distinta.
Consequentemente, na aliança da graça,
existem três partes a serem considerado;
1. O contratante da parte do lado do céu;
2. A parte empreiteira do lado do homem; e
3. A parte contratada e empreendida.
Dos quais em ordem. E,
I. DA PARTE
CONTRATANTE DO LADO DO CÉU
Como era o pacto das obras neste ponto, o
mesmo ocorre na aliança da graça; a parte de um lado é o próprio Deus, e ele
somente. Não havia necessidade de ninguém para cuidar dos
interesses do céu
nesta aliança; e não havia outro quando foi feita, sendo feita
desde a eternidade, antes do mundo começar, Tito 1: 2. Isso é claro pelo palavras da
aliança: "Eu serei o Deus deles", Jer. 31:33...
Na primeira aliança, Deus contratou o próprio
homem como amigo, sem a interposição de um mediador: mas na segunda aliança não
é assim, e não poderia ser assim; pois nele o homem era considerado
uma criatura caída, transgressora da lei e inimiga de Deus; e é uma aliança de
reconciliação, aliança de paz, para aqueles que estiveram em guerra com o céu.
2. Mas, também, Deus deve ser considerado
aqui como um propósito e propósito de Deus, decretado desde a eternidade para
manifestar a glória de Sua graça, amor e misericórdia, na salvação de parte da
humanidade perdida. Por conseguinte, somos ditos sermos salvos no
tempo, "de acordo com seu próprio propósito e graça que nos foi dada em
Cristo Jesus, antes que o mundo começasse,", 2 Tim. 1: 9. Sem esse
propósito da graça em Deus, nunca poderia ter havido tal pacto de graça.
Mas o soberano Senhor das criaturas que
negligencia os anjos caídos quanto a qualquer propósito de misericórdia, tem
pensamentos de amor e paz para a humanidade caída, propondo em si mesmo fazer
alguns deles eternos monumentos de sua graça e misericórdia, participantes da
vida e salvação; e assim pôs em pé a aliança da graça.
3. Por fim, contudo, devemos considerá-lo
também neste assunto como um Deus justo, que
não pode deixar de fazer o que é certo, dar
ao pecado uma justa recompensa e magnificar sua santa lei, e torná-lo honroso,
Gn 18:25; Heb. 2: 2; Is. 42:21. Sobre a moção para
estender a misericórdia aos pecadores da humanidade, a justiça de Deus
interpõe, alegando que a misericórdia não pode ser mostrada a eles, senão sob
termos que agradem à lei e à justiça. E, de fato, não era agradável para a natureza de
Deus, nem à sua verdade em sua palavra, erigir num trono de graça as ruínas de
sua justiça exata, nem mostrar misericórdia em prejuízo dela. Agora, a justiça de Deus
exigia que a lei que foi violada fosse cumprida plenamente satisfeita e sua
honra reparada pelo sofrimento e obediência: os primeiros que possam satisfazer
a sanção penal da lei, e o último, a parte dominante. O que está muito além do alcance dos
próprios pecadores, e eles deveriam morrer sem piedade, a menos que outro, que
possa ser aceito como garantia suficiente, deva empreender por eles, como um
segundo Adão, entrando no lugar deles, como eles foram arruinados pela quebra
da aliança de obras.
Assim estavam os impedimentos no caminho da
misericórdia para o homem caído, bastante insuperáveis para ele, ou para
qualquer um de seus semelhantes; e a aliança de graça foi feita
para remover esses impedimentos do caminho, e
que possa ser o canal em que toda a rica inundação de piedade pode fluir
livremente, para vivificar, purgar, santificar e aperfeiçoar os pecadores
perdidos da humanidade, que estavam sob as correntes da morte e da maldição,
através da violação da primeira aliança pelo primeiro Adão.
Do que é dito neste ponto, podemos tirar essa
inferência, a saber, que a redenção da alma é preciosa. A salvação dos pecadores perdidos
foi um trabalho maior do que a construção do mundo.
II DA PARTE CONTRATANTE DO
LADO DO HOMEM
Vimos que, por um lado, na aliança da graça,
está Deus o Pai. Agora, do outro lado está Jesus Cristo, o Filho
de Deus, com sua semente espiritual, Heb. 2:13: "Eis-me aqui
os filhos que Deus me deu." O primeiro, como contratante e empreiteiro; o
segundo, como a parte contratada e comprometida por: uma boa razão para seu
nome "Emanuel, que é interpretado, Deus conosco", Mateus 1:23.
(Que a eleição da graça foi feita através de
uma aliança de Deus Pai com Deus Filho, sendo Ele o eleito para reunir todos os
filhos de Deus em um corpo unido estando sob Ele como cabeça, não padece
qualquer dúvida, como pode ser visto de várias passagens das Escrituras, como a
seguinte:
“4 Chegando-vos
para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus
eleita e preciosa,
5 também vós mesmos,
como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo,
a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a
Deus por intermédio de Jesus Cristo.
6 Pois isso
está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita
e preciosa; e quem nela crer não será, de modo
algum, envergonhado.
7 Para vós outros,
portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A
pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra,
angular.” (I Pedro 2.4-7).
O contratante do partido então com Deus, na
aliança da graça, é nosso Senhor Jesus Cristo. Somente ele administrou
os interesses dos homens nesta eterna pechincha: pois, no momento da criação,
nenhum deles existia; nem, se eles se tivessem, teriam sido capazes
de fornecer qualquer ajuda.
Agora, Jesus Cristo, o contratante do
partido, do lado do homem, na aliança da graça, é, de acordo com nossos textos,
considerado nessa matéria como o último ou segundo Adão, chefe e representante
de uma semente de pecadores perdidos da humanidade, a parte contratada. E assim ele se sustentou
Mediador entre um justo Deus ofendido e homens ofensivos culpados diante dele.
Nesse ponto, havia uma diferença principal
entre o primeiro Adão e o último Adão: pois existe um mediador entre Deus e os
homens, o homem Jesus Cristo; que se deu em resgate", 1 Tim. 2: 5, 6.
E assim a aliança da
graça, que não podia ser feita imediatamente com os pecadores, foi feita com
Cristo, o último Adão, sua cabeça e representante, mediando entre Deus e eles; portanto, Jesus é
chamado o mediador da nova aliança, a quem viemos crendo, Heb. 12:22, 24.
2. Nosso Senhor Jesus Cristo sendo, na fraseologia
do Espírito Santo, o último Adão, a razão aqui não pode ser tirada da natureza
comum ao primeiro Adão e ele; pois toda a humanidade participa disso; mas de seu ofício comum
de chefia e representação federal, nos respectivos pactos que tocam a felicidade
eterna do homem; o que é peculiar a Adão e o homem Cristo. Consequentemente, Adão é
chamado o primeiro homem, e Cristo, o segundo homem, 1 Coríntios. 15:47; mas Cristo não é o segundo homem, do que
como ele é o segundo chefe federal, ou o representante na segunda aliança; como Adão foi o primeiro
chefe federal, ou o representante no primeiro pacto. Concordante com o qual,
o apóstolo representa Adão
como cabeça dos homens terrenos e Cristo como cabeça dos os homens celestiais,
I Cor 15.48; sendo o primeiro aqueles que carregam a
imagem de Adão, a saber, todas as suas sementes naturais; o último, aqueles que
participam da imagem de Cristo, a saber, sua semente espiritual, ver. 49. Tudo isso está confirmado de Adão ser
uma figura ou tipo de Cristo, que o apóstolo expressamente afirma em Romanos 5:14; e do paralelo ele
descreve entre eles dois, a saber, que, pela quebra da aliança de Adão, o
pecado e a morte vieram a todos que eram dele, então pela observância da
aliança de Cristo, justiça e vida vêm a todos os que são dele, versos 17, 18, 19. Portanto,
como o primeiro pacto foi feito com Adão, como chefe e representante de sua
semente natural; então a segunda aliança foi feita com Cristo, como a cabeça e
representante de sua semente espiritual.
3.
Como o primeiro homem foi chamado Adão, isto é, homem; ele sendo o
representante principal da humanidade, a pessoa em quem Deus tratou com todos
os homens, sua semente natural na primeira aliança; e, por outro lado, todos
os homens ali representados por ele, estão, na linguagem do Espírito Santo, sob
o nome de Adão, Salmo 29: 5, 11. "Certamente todo homem" no original
é, todo Adão "é vaidade", então Cristo leva o nome de sua semente
espiritual, e eles, por outro lado, levam seu nome; uma evidência clara de serem um
aos olhos da lei e de Deus tratando com ele como seu representante no segundo
pacto. Israel é o nome da semente espiritual, Romanos 9: 6; e nosso Senhor Jesus
Cristo é chamado pelo mesmo nome, Isa. 49: 3. Tu és meu servo, ó Israel, em quem serei
glorificado", como vários comentaristas instruídos e criteriosos entendem
isto; e é evidente em todo o contexto, vers. 1, 2, 4-9. A verdade é, Cristo é aqui chamado
com uma solenidade peculiar; para o texto original permanece precisamente
assim: "Tu és meu servo; Israel, em quem me glorificarei", isto é, tu
és representante de Israel, em quem eu me glorificarei, e faço todos os meus
atributos ilustres; como fui desonrado, e eles obscureceram, por
Israel, o corpo coletivo da semente espiritual.” E isso nos leva a uma
interpretação natural e irrestrita dessa passagem, Salmo 24: 6. “Tal é a geração
dos que o buscam, dos que buscam a face do Deus de Jacó.”; isto é, em outras
palavras, que anseia pelo aparecimento (Pv. 7:15; Gênesis 32:30.) Do
Messias, o Senhor a quem a igreja do Antigo Testamento procurou; uma promessa de cuja
vinda ao seu templo. (Mal. 3: 1.) foi a entrada da arca no
tabernáculo que Davi havia erguido por isso, na ocasião em que o Salmo foi
escrito. Por conseguinte, segue imediatamente, verso 7: "Levantai a cabeça, ó portões, e levantai-vos, ó
portas eternas, e o rei da glória
entrará." E em outro salmo escreveu na mesma ocasião e expressamente disse
ter sido entregue naquele mesmo dia nas mãos de Asafe, 1 Crôn 16: 1, 7, isto é a expressão encontrada,
verso 11, "procure seu rosto
continuamente;" justamente para ser interpretado, de acordo
com as circunstâncias da coisa principal que Davi, através do Espírito, tinha
em vista naquele dia, a saber, a vinda do Messias. Assim, Cristo leva o
nome de sua semente espiritual; e eles, por outro lado, também usam seu nome:
1 Cor. 12:12, "Porque, como o corpo é um, e tem muitos
membros, e todos os membros desse corpo, sendo muitos são um corpo; assim também é Cristo.”
4. As
promessas foram feitas a Cristo como o segundo Adão, a cabeça e representante
de sua semente: Gal. 3:16, "Ora, as promessas foram
feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes,
como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é
Cristo."
Eu possuo isso aqui, assim como no texto imediatamente antes de citado,
entende-se Cristo místico, a cabeça e membros. É para eles que as
promessas aqui são
feitas; mas primariamente à cabeça, secundariamente
aos membros nele; assim como a promessa de vida na primeira
aliança, foi feita principalmente a Adão como o cabeça, e secundariamente a
todas as suas sementes naturais nele. Assim, na típica aliança com Abraão,
as promessas da herança terrena foram
feitas principalmente ao próprio Abraão e,
secundariamente, à sua semente de acordo com a carne. E mesmo assim a promessa
da herança eterna claramente é
feito para Cristo, Tito 1: 2, "Na esperança da vida eterna, que
Deus que não pode mentir, prometeu antes do mundo começar; " quando não
havia senão Cristo a quem essa promessa poderia ser feita pessoalmente. Adequadamente diz-se que
o pacto é feito com a casa de Israel, a saber, o Israel espiritual; contudo, as promessas
dele são dirigidas, não a eles,
mas a outra pessoa, Heb. 8:10, "Eu serei para eles Deus, e eles
serão para mim um povo
" A razão da qual aparece claramente, nas promessas feitas a Cristo como
sua cabeça e representante. Agora, desde que estas promessas pertencem à
aliança da graça, que é, portanto, chamada de pacto da promessa, Ef. 2:12, é manifesto que se elas
fossem feitos para Cristo como cabeça e representante de uma semente, a aliança
da graça foi feito com ele como tal; e aquele a quem elas
foram feitas principalmente, foi certamente o contratante do partido.
5. Por fim, esta liderança federal de Cristo
e sua representação de semente espiritual na aliança da graça, aparece em sua
fiança naquele pacto, o melhor testamento, do qual Jesus foi garantido, Heb.
7:22. Agora, ele se tornou garantia para eles em
termos de satisfação por suas dívidas de punição e obediência; e que assumiu toda a
carga sobre si mesmo, como para pessoas totalmente incapazes de responder por
si mesmas.
Portanto, não é apenas dito que Cristo foi feito pecado por
nós, 2 Coríntios. 5:21, por termos posto a iniquidade de todos
nós sobre ele, Isa. 53: 6, e ter morrido por nós, Romanos 5: 8; mas também nos é dito termos sido
crucificados com Cristo, Gal. 2:20, para ser feita a justiça de Deus nele, 2
Coríntios. 5:21 sim, para serem levantados juntos e
glorificados, sendo sentados juntos em lugares celestiais em Cristo Jesus, Ef. 2: 6, e para ser
vivificados em Cristo, quando morremos em Adão, 1 Coríntios. 15:22. Tudo o que
necessariamente exige essa sua liderança e representação na aliança.
E assim parece que a segunda aliança foi
feita com Cristo como o último ou o segundo Adão, chefe e representante de sua
semente espiritual.
Em segundo lugar, devemos indagar, por que a
segunda aliança, a aliança
de graça, foi feito assim? E isso deve ser
explicado nos seguintes detalhes.
1. O pacto da graça foi feito com Cristo como
o último Adão, cabeça e representante de sua semente espiritual, para que o
amor infinito possa ser derramado, mesmo desde a eternidade. O amor especial de Deus
pela semente espiritual o levou à aliança da graça. E esse amor e essa aliança são da mesma data eterna:
como o amor era eterno, Jer. 31: 3, o mesmo aconteceu à aliança, Heb. 13:20; Tito 1: 2. Mas como as sementes são apenas de ontem,
o pacto da graça deve ser semelhante ao pacto
das obras, uma aliança de ontem, uma aliança do tempo, se não foi feita com
Cristo como seu representante; caso contrário, não poderia ter sido um eterno pacto. A promessa da vida
eterna, que é sem dúvida uma promessa da
aliança da graça, não poderia ter sido de uma data tão antiga, como antes do
mundo começar, como o apóstolo diz que é, Tito 1: 2. Como poderia a aliança
eterna ser feita originalmente com criaturas do tempo, senão em sua cabeça
eterna e representante? Ou como poderia ser uma aliança eterna pessoalmente,
com eles, por meio de aplicação pessoal a eles, não foi desde a eternidade
feito com outro como sua cabeça e representante? Mas neste método de infinita
sabedoria, o amor livre tomou uma ventilação precoce; não esperando o movimento
lento de seus objetos rastejando para fora do útero do tempo, em que muitos
deles se encontram, até hoje. Mas como os príncipes às vezes se casam, por
procuração, com jovens princesas, antes de serem casados ou capazes de dar seu consentimento; então Deus, no seu infinito
amor, casou consigo mesmo toda a semente espiritual, em e por Jesus Cristo como
seu representante, não apenas antes de serem capazes de consentir, mas antes
que eles existissem. O que eles fazem depois, em sua eficácia chamando, aprovando
pela fé e dando seu consentimento pessoalmente a Ele; e então
eles desfrutam de Deus como seu Deus, e Deus
os tem como seu povo: João 20:17, "Eu ascendo a meu Pai e seu Pai, e a meu
Deus e seu Deus."
2. Caso contrário, não poderia ter sido feito
um pacto condicional respondendo ao desígnio dele. Essa aliança ocorrendo somente após a violação da primeira
aliança, o grande desígnio dela era que pecadores mortos podem ter vida, como
foi observado anteriormente. Agora, para isso, um santo justo Deus permaneceu
em condições, sem as quais essa vida não poderia ser dada: e eram condições
elevadas, Salmo 40: 6, "Sacrifício e ofertas que não desejaste." 1
Tes. 5: 9, 10, "Jesus Cristo, que morreu para que nós devamos viver."
Mas como poderia uma condicional e eficaz aliança para a vida ser feita com
pecadores mortos, senão em um representante? Almas mortas não podem realizar nenhuma
condição para a vida no que
possa ser agradável a Deus. Eles precisam ter vida antes que possam fazer
qualquer coisa dessa natureza, nunca sendo uma condição tão pequena: portanto,
um pacto condicional para a vida, não poderia ser feito com os pecadores por
suas pessoas por si só; especialmente considerando que as condições de vida eram tão altas, porque aquele
homem em seu melhor estado não foi capaz de realizá-las. Portanto, se tal aliança
foi feita de todo, deveria ser feita com Cristo como seu representante, Romanos 8: 3, 4.
3. Foi
assim ordenado, até o fim para que possa ser para nós pobres pecadores aliança
de graça, de fato. É evidente pelas Escrituras sagradas que esta
aliança foi projetada para exaltar a livre graça de Deus; e isso é tão emoldurado, como um
pacto de pura graça, e não de obras, com respeito a nós, o que quer que fosse
em relação a Cristo: Romanos 4:16, "Portanto, é de fé, para que seja
pela graça." Ef 2: 9: "Não das obras, para que ninguém se
vanglorie." E a esse ritmo, de fato, é um pacto de pura graça; e todo o
terreno da vanglória é tirado de nós; com o senhor Jesus Cristo
como representante, sendo o único agente mediador e executor das suas
condições. Mas não é assim, se é feito com o próprio pecador, permanecendo como parte
principal, contratado com Deus e empreendendo e cumprindo as condições da
aliança para a vida: por quanto sob essas condições, empreendidas e forjadas
pelo pecador em sua própria pessoa, deveria ser, a promessa da aliança feita a
eles; e assim, de acordo com o cálculo das Escrituras, é uma aliança de obras,
Romanos 4: 4: "Ora, ao que trabalha, o salário não é
considerado como favor, e sim como dívida." e entre a aliança
de Adão e tal aliança, não há diferença, senão em grau, o que a deixa ainda do
mesmo tipo.
4. Este método foi adotado, para que a
comunicação da justiça e da vida possa ser tão compensadora quanto a
comunicação do pecado e da a morte foi: "Como pela desobediência de um
homem muitos foram feitos pecadores; pela obediência de um, muitos serão
justificados ", Romanos 5:19.
A aliança de obras que foi feita com Adão,
como representante da sua semente natural, ao quebrá-la, pecado e morte são
comunicados a todos seus descendentes como uma cabeça mortal. Sendo assim, não era
agradável ao método do procedimento divino com os homens, para tratar com os
predestinados para a salvação várias vezes, como partes principais, cada um
contratando a si mesmo na nova aliança para a vida; mas tratar por todos
eles com uma pessoa pública que, através do cumprimento da aliança, deve ser
uma cabeça vivificante para eles, de onde a vida pode ser derivada para eles,
de um modo tão certo, como a morte foi desde o primeiro Adão. Porque suas
misericórdias estão acima de todas as suas outras obras.
5. Por fim, o pacto da graça foi feito de
modo que pudesse ser um pacto seguro; até o fim, e a promessa
possa ser segura para toda a semente, Romanos 4:16. A primeira aliança foi feita com uma mera
criatura, como principal partido e empreiteiro: e embora ele fosse um homem
santo e justo, ainda ele era tão inconstante e instável, que falhou em realizar
a condição que ele empreendeu; e assim se perdeu o benefício da promessa;
portanto caíram os homens que não
eram de forma alguma adequados para serem os principais partidos ou os
contratantes
a nova aliança, em que a promessa era certa,
e não perderia de vista uma conquista. Sendo então uma empresa totalmente
falida, para não ser confiada no
assunto, Jesus Cristo, o Filho de Deus, foi constituído chefe da nova aliança,
para agir e em nome da semente espiritual: e que para o fim, sendo o pacto
dessa maneira seguro no ponto de cumprimento da condição, também pode ter
certeza no ponto da realização da promessa. E esta é a própria dobradiça da estabilidade da
aliança de graça, de acordo com as Escrituras: Salmo 89:28: "Guardarei
minha misericórdia para sempre, e minha aliança permanecerá firme com
ele." Ver. 22,
"O inimigo jamais o surpreenderá, nem o há de
afligir o filho da perversidade." O inimigo não deve enganá-lo", ou
seja, como ele fez ao primeiro Adão. A frase original é elíptica, O inimigo não deve seduzir (sua
alma, Jer. 37: 9.) nele.
Antes de deixar este ponto, ofereço as
seguintes inferências.
I. O pacto da redenção e o pacto da graça não
são dois pactos distintos, mas um e o mesmo pacto.
Para confirmar isso, considere:
(1) Que, no julgamento das Escrituras, os
pactos
vida e
felicidade para o homem são apenas dois em número, dos quais a aliança de obras
é uma: Gal. 4:24, "Estas coisas são alegóricas;
porque estas mulheres são duas alianças; uma,
na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Agar.", ou seja, gerando
filhos, excluídos da herança, ver. 30. Isso é um caráter distintivo da
aliança de obras; pois tais são realmente os filhos dessa aliança, mas não
os filhos da aliança de graça sob qualquer dispensação. Esses dois pactos são
chamados, a
antiga
aliança e a nova aliança; e o antigo é chamado o primeiro, que é novo por ser o
segundo: Heb. 8:13, " Quando ele diz Nova, torna
antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a
desaparecer."
Romanos 11: 6.” E, se é pela graça, já não é pelas
obras; do contrário, a graça já não é graça.”
O primeiro é o pacto da lei, com o primeiro
Adão representando todos da sua semente natural; feito primeiro no paraíso, e depois repetido no
Monte Sinai, com a aliança da graça: esta é a aliança da graça, feita com o
segundo Adão representando sua semente espiritual: 1 Cor. 15:47, 48.
(2.) É
evidente que a salvação dos pecadores é pelo sangue da aliança, que é o sangue
de Cristo, Heb. 10:29; 1 Cor. 11:25. E as Escrituras
mencionam o sangue da aliança quatro vezes; mas nunca o sangue dos
pactos; portanto, o pacto, o sangue do qual as Escrituras mencionam, e nossa
salvação depende, é apenas uma aliança, e não duas. Agora, essa aliança é a aliança de Cristo, ou a aliança de redenção: pois foi
através do sangue que ele foi trazido novamente dos mortos; ou seja, em virtude da
promessa feita a ser cumprida para ele, ao cumprir sua condição, Heb. 13:20. E é também a aliança de seu povo,
ou a aliança da graça, Êxodo. 24: 8, "Eis que o sangue da aliança que
o Senhor fez convosco." É expressamente chamada sua aliança, Zacarias 9:11: "Quanto a
ti, Sião, por causa do sangue da tua aliança, tirei os teus cativos da
cova em que não havia água." As palavras que expressam a parte aqui
falada, sendo do gênero feminino na primeira língua, torna evidente que isso
não é dirigido a Cristo, mas à igreja: então a aliança é proposta como seu
pacto. E os prisioneiros espirituais são libertados, em virtude
dessa aliança, que certamente deve ser a aliança da graça. Por tudo o que parece que
a aliança da graça é a mesma aliança que foi feita com Cristo, a respeito de
quem é chamada a aliança de redenção.
2. Assim como toda a humanidade pecou em Adão, os crentes obedecem e
sofrem em Cristo o segundo Adão. Pois como o pacto das
obras sendo feito com Adão como pessoa pública e representante, todos pecaram
nele, quando ele quebrou essa aliança; então a aliança da graça sendo feita com
Cristo, como pessoa pública e representante, todos os crentes obedecem e sofrem
nele, quando ele cumpriu essa aliança. Esta é a doutrina do apóstolo,
Romanos 5:19, "Como pela desobediência de um homem, muitos
foram feitos pecadores: assim, pela obediência de um, muitos serão
justificados. "
Romanos 8: 3, "Deus enviando seu próprio
Filho, à semelhança da carne pecaminosa, e pelo pecado condenou o pecado na
carne." Verso 4, "para que a justiça da lei possa ser cumprida em
nós." 2 Cor. 5:21 "Para que sejamos feitos justiça de Deus
nele." Gál. 2:20: " Eu estou crucificado com Cristo.", fornece
uma resposta sólida para os crentes, à exigência de obediência da lei e
sofrimento pela vida e salvação.
3. Os
crentes são justificados imediatamente, pela justiça de Cristo, sem nenhuma
justiça própria intervindo; assim como todos os homens são condenados, pelo
pecado de Adão, antes que eles fizessem algum bem ou mal em suas próprias
pessoas: Romanos 5:18, "Pois assim como, por uma só ofensa,
veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um
só ato de justiça, veio a graça sobre
todos os homens para a justificação que dá vida." E assim os crentes são justos diante
de Deus com a mesma justiça que foi realizada por Jesus Cristo, no cumprimento
da aliança. A justiça não lhes é imputada apenas em seus
efeitos; assim como na fé deles, arrependimento e obediência sincera
são, portanto, aceitos como justiça evangélica, na qual eles são justificados:
mas é imputado a eles em si, assim como o pecado de Adão.
4. A aliança da graça é absoluta e não
condicional para nós. Por ser feita com Cristo, como representante
de sua semente, todas as condições dela foram postas sobre ele e cumpridas por
ele. Portanto, tudo o que resta para ser cumprido,
é, o cumprimento das promessas que ele e sua semente espiritual; mesmo como teria sido no
caso da primeira aliança, se
uma vez o primeiro Adão tivesse cumprido sua condição.
5. A aliança da graça é um artifício de
infinita sabedoria e amor, digno de ser abraçado por pecadores pobres, bem
ordenado em todas as coisas e seguro. 2 Sam. 23: 5. Ó admirável artifício de ajuda para um
caso desesperado!
Maravilhoso
artifício de uma aliança de Deus com aqueles que estavam incapazes de
permanecer na presença de sua santidade ou de realizar a menor condição para a
vida e salvação! Uma nova pechincha para o alívio dos perdidos
pecadores feitos nos mais altos termos com aqueles que não puderam vir até os
termos mais baixos! A sabedoria infinita descobriu o caminho, a
saber, por um representante. O amor do Pai o contratou para propor a
representação; e o amor do Filho o levou a aceitá-lo. Portanto, Deus tinha um,
com quem ele poderia contratar com a segurança de sua honra; e quem foi capaz
de cumprir o pacto, a reparação dos ferimentos feito à sua glória: e os
pecadores também tinham alguém capaz de agir por eles e comprar a salvação para
eles nas mãos de um santo Deus justo. Tão certo foi feito um
pacto firme e estabelecido, sobre o qual Deus estabeleceu o peso de sua honra,
e sobre o qual os pecadores podem depositar com segurança sua confiança: "Portanto,
assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já
provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada; aquele que crer não
foge."
Isa. 28:16; "não se envergonha", Romanos 9:33.
6. Por fim, a maneira de entrar pessoalmente
na aliança da graça, a fim de participar dos benefícios disso, para a salvação,
é unir-se a Cristo, cabeça da aliança pela fé. Sendo assim imergido
nele, somos participantes de toda essa felicidade que é garantida ao Cristo
místico (Jesus unido ao corpo da Igreja), na aliança eterna: assim como através
de você se tornar filho de Adão, por geração natural, você é pessoalmente
envolvido na primeira aliança, então como cair sob aquele pecado e morte que
passou sobre todos os homens, pela violação, Romanos 5:12.
III. DA PARTE CONTRATADA E
COMPROMETIDA
Como contratante e empreiteiro do lado do
homem, na aliança de graça, houve um representante; então a parte contratada e
comprometida, foi representado por ele. E que esses dois, a
saber, os representados, e aqueles contratados, são de igual latitude, é
evidente pela natureza da coisa: para aqueles a quem alguém representa em uma
aliança, ele contrata nessa aliança; e aqueles para quem alguém contrai uma aliança feita com ele como
representante, são representados por ele nessa aliança. Portanto estava na
aliança do primeiro Adão, que era uma figura de Cristo, o chefe da segunda
aliança. Nele, aqueles a quem Adão contratou, ele
representou; e aqueles a quem ele representou, ele
contratou: ele representava apenas sua semente natural e, somente para eles,
ele contraiu: portanto, aqueles a quem o segundo Adão contratou, ele
representou; e quem ele representou, ele contratou.
Agora, a parte representada e contratada por
nosso Senhor Jesus Cristo, na aliança da graça, foram os eleitos da humanidade; sendo um certo número da
humanidade, escolhida desde a eternidade até a vida eterna; "filhos
participantes de carne e sangue, que Deus deu a Cristo ", Heb. 2:13, 14.
Em sua pessoa, ele se levantou, fazendo esta aliança com seu pai; em seu nome que ele
agiu, fazendo essa barganha com ele, como uma garantia para obedecer à lei,
e satisfazer a justiça.
E isso eu devo, em primeiro lugar, confirmar; e depois perguntar como
o eleitos foram considerados nesta aliança e representação federal.
Primeiro, que os eleitos eram a parte
representada ou contratada e empreendida para, na aliança da graça, aparece a
partir dos seguintes motivos.
1. A parte com quem a aliança foi feita é
chamada no texto de escolhido; como representante e contratante de todos os
escolhidos ou eleitos: como o primeiro homem foi chamado Adão ou homem, como
representante e contratante para toda a humanidade em sua aliança. Pois, como ensina o apóstolo, Heb. 2:11, "ele - e eles
- são todos um;" não apenas de uma natureza, mas também de um
corpo, a saber, a eleição; Cristo é o chefe eleito, Isa. 42: 1, eles o corpo
eleito, Ef 5:23. Portanto, eles vão sob um nome,
pertencendo principalmente a ele, e depois para eles pela participação com ele. Assim, ele também é chamado a semente de
Abraão, como representando toda a semente espiritual de Abraão, isto é, os
eleitos, Gal. 3: 6: "E à tua descendência, que é Cristo;" e a semente da mulher,
em oposição à semente da serpente; e sob esse nome também os eleitos são
compreendidos; eles, e somente eles, sendo a parte entre
quem e a serpente com sua semente, Deus coloca a inimizade, de acordo com a
promessa, Gn 3:15.
2.
Aqueles a quem Cristo representou e contratou na aliança da graça, são os
homens celestiais: 1 Cor. 15:47, 48, "O primeiro
homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Como
foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e,
como é o homem celestial, tais também os celestiais." Agora, os homens
celestiais, pertencentes a Cristo, o segundo homem, não são outros senão os
eleitos. Pois eles são distintos dos homens terrenos, pertencentes
ao primeiro homem; ou seja, toda
humanidade levada para a primeira aliança em
Adão: e, portanto, eles são os homens eleitos, levados para a segunda aliança,
no segundo Adão.
Novamente, os homens celestes são aqueles que
devem ter a imagem do homem celestial Cristo, ver. 49; e esses são os eleitos, e eles
somente. E, finalmente, são aqueles para quem Cristo
é, em relação à eficácia, um espírito vivificador: pois "como é o
celestial, assim também são os que são celestiais". Como a eficácia mortal
de Adão é tão ampla quanto sua representação feita na primeira aliança,
alcançando toda a humanidade sua semente natural, e eles somente; então a eficácia vivificadora de
Cristo é tão ampla quanto sua
representação feita na segunda aliança, alcançando todos os eleitos, sua
semente espiritual e apenas eles: e se não o fizesse, alguns seriam privados do
benefício que
foi comprado e pago em nome do fiador: o que
não é consistente com a justiça de Deus.
3. Aqueles a quem Cristo representou e
contratou na aliança, são sua semente, sua semente espiritual: Gal. 3:16. "Agora a Abraão e sua semente foram
feitas as promessas. Ele disse - e à tua descendência, que é Cristo."
Salmo 89: 3, 4: "Fiz aliança com o
meu escolhido e jurei a Davi, meu servo: Para sempre estabelecerei a tua
posteridade e firmarei o teu trono de geração em geração."
A semente espiritual de Cristo é a eleita, e nenhuma
outro; pois são aqueles a quem ele gera pela palavra da
verdade, Tiago 1:18. e nascem de novo (1 Pedro 1:23.) para ele em
sua
regeneração; a quem, portanto, ele vê como sua semente, com
sua própria imagem neles, Isa. 53:10. Eles são o trabalho de sua
alma, que, mais cedo ou mais tarde, são, todos eles, justificado, ver. 11. Eles são a semente que o servirá, Salmo 22:30; estabelecido e que
durará para sempre, ou seja, em um estado de felicidade, Salmo 89: 4, 29, 36.
4. Por
fim, Cristo estava na aliança da graça representativa de Israel, de acordo com
esse texto, Isa. 49: 3: "Tu és meu servo, ó Israel, em quem serei
glorificado." Agora, Israel, o corpo coletivo, é o eleito, Romanos 9: 6,
"E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de
Israel são, de fato, israelitas;" portanto os eleitos eram a parte
representada e contratada na aliança. Então aqueles a quem Cristo
tomou consigo no vínculo de sua aliança, são descritos como a semente de
Abraão: Heb. 2:16, "Porque em verdade ele não tomou sobre si a
natureza dos anjos; mas ele tomou a semente de Abraão."
Toda a semente de Adão estava afundando,
assim como a semente de Abraão, que é apenas uma parte da semente de Adão,
mesmo alguns de toda a humanidade: mas não se diz que Cristo se apoderou da
semente de Adão, isto é, toda a humanidade; mas da semente de Abraão, isto é, de todos os eleitos,
ou o Israel espiritual, chamado a casa de Jacó, Lucas 1:33.
Portanto, é observável que a primeira vez que
a aliança da graça foi ouvida no mundo, o discurso foi dirigido à serpente, por
meio de narração, Gênesis 3:14, 15; não a Adão, como era a primeira
aliança, cap. 2:16, 17, para
que Adão saiba, que ele deveria vir aqui como um soldado particular somente uma
pessoa, e não como uma pessoa pública com sua semente. E por essa causa também,
nosso Senhor Jesus não se chama simplesmente Adão, ou homem; mas o ultimo Adão e o
segundo homem, cuja semente difere da do primeiro homem, como semente de Abraão
da semente de Adão: mas ele é simplesmente chamado Israel, sem qualquer
epíteto: e sua semente é claramente determinada como a eleita, Isa. 45:25: "No Senhor
toda a descendência de Israel será justificada;" assim como no primeiro homem,
toda a semente de Adão foi condenada, Romanos 5:18.
Em segundo lugar, devemos perguntar como os
eleitos foram considerados nesta aliança e representação federal. E aí eles vieram sob uma tripla
consideração.
1. Eles foram considerados pecadores,
perdidos, arruinados e desfeitos em Adão; ovelhas perdidas da casa de Israel,
Mateus 15:24. Na primeira aliança, todo o rebanho da
humanidade foi posto sob a mão de um pastor, ou seja, Adão; mas ele, perdendo a si
mesmo, perdeu todo o rebanho e nunca foi capaz de recuperar sequer um deles
novamente. Deus, desde toda a eternidade, colocou uma
marca secreta em alguns deles, pela qual ele os distinguiu dos demais, 2 Tim. 2:19, "Tendo este
selo, o Senhor conhece os que são dele."
E ele também os viu, entre outros, se
afastando do pasto, vagando como errantes e perdidos, sendo presa de todo
devorador: mas, para serem procurados, devolvidos e mantidos em segurança para
sempre, o novo pacto foi firmado com outro pastor, a saber, nosso Senhor Jesus
Cristo: e eles são postos sob a mão dele, como pastor de Israel.
2. Eles foram considerados também como
totalmente incapazes de ajudar a si mesmos, total ou parcialmente; como estando sem força, Romanos 5: 6. Eles eram devedores, e
incapaz de pagar um centavo da dívida: eles eram criminosos, mas incapaz de
suportar o próprio castigo, para satisfação da justiça: dependia deles pagar a dívida
ou suportar a punição da dívida, eles deviam afundar para sempre sob a carga. Então foi necessário, que
eles deveriam ter um para representá-los, assumindo o ônus sobre ele por todos
eles.
3. Por fim, eram considerados como objetos de
eterno, soberano, e livre amor, dados a Cristo por seu Pai. O Pai os amou, João
17:23, e, portanto, os deu a Cristo, ver. 6. O Filho os amava, Ef
5: 2; e representou-os na aliança, como um pai de
seus próprios filhos, Isa. 9: 6, "Seu nome será chamado - Pai
eterno." Compare Hb 2:13: " Eis-me aqui e os filhos que Deus me
deu." Foi devido a esse amor livre, e mero bom prazer, que eles, e não
outros na mesma condenação, pela violação da primeira aliança, foram
representados e contratados por Jesus Cristo, na segunda; que seus nomes foram
colocados no contrato eterno, enquanto os nomes dos outros foram deixados de
fora. Eles foram a escolha de seu pai, e sua
própria escolha; então ele se tornou o representante deles.
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