quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Provas da Existência de Deus




Por
Silvio Dutra



Deus é o Senhor do tempo, pois é o criador do tempo, na medida em que criou o espaço. Antes da criação dos anjos, do universo, da Terra e de tudo o que contêm, havia apenas desde a eternidade, sem princípio, nem fim, num eterno agora, apenas o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Nosso conceito de existência está muito ligado à noção de tempo, porque, diferentemente de Deus, estamos fisicamente amarrados ao tempo, pelas condições relativas a que fomos sujeitados pelo Criador. Por exemplo, não estamos vivendo em um sistema solar em que a Terra gire em torno do seu eixo com velocidade que seja o dobro ou mais da existente, e nem também a um movimento de translação em volta do sol que fosse equivalente a esta nova velocidade. O resultado disso seria que o espaço percorrido pela terra para completar uma volta em torno do sol (que corresponde a um ano ou 365 dias), seria duplicado ou mais, conforme o valor da velocidade que fosse aplicada. Assim, em vez de uma ano, teríamos a experiência de dois ou mais anos, nas novas condições apresentadas.
Este conhecimento em relação à existência de Deus na eternidade, é muito importante, para vermos que tempo e espaço, não passam de condições relativas que foram introduzidas pelo ato de criação divina, pelas diversas formas de velocidades aplicadas aos diferentes corpos celestiais do universo.
Deus não é aumentado em anos, Ele não envelhece, é sempre o mesmo, ontem, hoje e sempre.
As criaturas observam os eventos na medida em que eles vão ocorrendo, mas Deus já viu tudo a partir de um ponto muito mais elevado e distante daquele em que nos encontramos. De maneira que todas as coisas desembocarão naquele resultado final previsto por Deus para elas, pois de outro modo, Ele não seria o perfeito governante do universo e de todas as suas criaturas, como de fato Ele é.
Quando somos chamados pela pregação do evangelho a sermos coparticipantes da natureza divina, isto significa então que somos convidados a dar o salto de um uma condição natural, para uma espiritual e eterna, que não estará mais sujeitada a tempo e espaço, assim como Deus não está, e a plenitude desta condição há de ser manifestada, conforme nos ensinam as Escrituras, quando deixarmos este corpo físico, e formos admitidos na presença de Deus, em espírito.
Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.” (I João 3.2).
Pelo amor, bondade e graça que existem na natureza divina, ao lado de todos os Seus atributos, havia uma necessidade inerente em Deus de comunicar todo o Seu amor e Sua bondade, os quais poderiam ser exibidos a criaturas morais que fossem santas e perfeitas; bem como os de justiça, misericórdia, paciência e longanimidade, às que caíssem em condição de miséria; e os de  ira e juízo às que vivessem em pecado, além de toda a revelação de Seu poder, onipotência, onisciência e onipresença na produção de todas as formas de seres, inclusive os não espirituais, pela multiplicidade de faculdades atribuídas a cada um deles, para serem a expressão típica da Sua própria glória e majestade.
Como a vida em Deus está sempre em movimento, na manifestação do Seu amor, graça, glória e juízos, é de se esperar que Ele continue com Seus planos de criação e governo pela eternidade afora, de modo que nunca haverá uma ação finita, uma eternidade em tédio, como pode ser observado no próprio universo e na Terra, onde tudo se movimenta, e se expande, e cresce e se multiplica, indicando que não é de se admirar que Deus venha a criar um novo céu e uma nova Terra, conforme tem profetizado e prometido em Sua Palavra revelada.
A perfeição divina consiste em que nada do que ainda será, jamais foi do seu desconhecimento. Tudo o que for trazido à existência por toda a eternidade sem fim já é do conhecimento e planejado por Deus, de modo que pode chamar todos os corpos celestes que criou, pelos nomes que lhes deu, como Ele próprio o declara, e os quais, a propósito são trilhões de trilhões, muito mais numerosos do que todos os grãos de areia de todas as praias da Terra.
Ele não somente os conhece pelo nome, como também lhes trouxe à existência, simplesmente pela Sua Palavra de ordem, como vemos, por exemplo no relato do livro de Gênesis.
Gênesis não foi revelado quanto à criação, nem tanto para o estabelecimento de tempos de atos criativos, mas para demonstrar o causador e a forma dessa criação, a saber, Deus, e pela Sua Palavra criativa autoritativa.
Contra a teoria louca de que tudo o que existe surgiu por geração espontânea, sem o concurso da ação divina, há o testemunho da ordem, das leis e de todo o plano lógico que governa o universo e todos os seres criados, tanto em relação a si mesmos, quanto à interdependência entre eles. Para a continuidade da vida física Deus proveu os alimentos específicos para cada uma das espécies, segundo as suas necessidades respectivas. O próprio descrente sabe que existe um equilíbrio ecológico que mantém a vida na Terra, e certamente, nenhuma causa espontânea, não inteligente e racional, poderia ter gerado isto.
Quando se chega então ao homem, que se distingue de tudo o mais na criação, por ter sido o único ser criado à imagem e semelhança de Deus, a qual é marcada por ser o único dotado de um espírito imortal, aí, deve ser indagado aos defensores da teoria da evolução que negam a existência de Deus, de onde surgiu este espírito que pode ter comunhão espiritual com os demais seres espirituais, quando este espírito é vivificado por meio do poder de Jesus Cristo, comunicando-lhes uma nova natureza espiritual, celestial e divina? Todavia, jamais será por meio de argumentos persuasivos como este que alguém poderá chegar ao conhecimento de Deus, pois isto é dado somente àqueles que são eleitos por Ele, e que recebem o dom da fé, para que possam crer e conhecê-lo em espírito.
Os que afirmam a teoria da evolução poderiam explicar qual é o propósito da criação? A que se destina o universo visível? O que sucederá à humanidade, e qual é o objetivo da sua existência? Qual é o curso determinado para o homem seguir depois que o espírito deixa o corpo pela morte física? Enfim, qual é o significado e o sentido da existência que não considera o plano divino para a humanidade?
Quem governa o universo para o evolucionista?
Qual é o poder dominante que mantém as leis da natureza em plena vigor?
É a própria criatura que é dependente de outras criaturas? É quem está sujeito a tempo e a espaço, podendo prever-se então uma aniquilação futura para todas as coisas?
A vida inteligente humana, seria nesses casos, dependente de incertezas, de caprichos do destino, de sorte, ou coisas afins, em vez de se estar debaixo de um Legislador e Governante eterno e poderoso, ao qual todos devem prestar contas de seus atos, pensamentos e omissões.
Não estando sujeito a tempo e a espaço, porque Ele não é parte da criação, Deus pode exercer domínio tanto sobre o tempo e o espaço, como o demonstrou fazendo com que o sol se detivesse nos dias de Josué, e que regredisse 15 graus nos dias do rei Ezequias, e quando abriu o Mar Vermelho, transformou água em vinho; e multiplicou grandemente o azeite e a farinha de uma vasilha etc. Em Seus juízos não podemos esquecer as águas do dilúvio e o fogo consumidor em Sodoma e Gomorra. Mas, muitos outros sinais foram revelados por Deus quanto à Sua onipotência e onisciência, para a Sua própria glória.
É portanto a um Jesus cósmico que servimos. Ele não é mero ajudador de pecadores, mas a razão mesma de ser da criação, porque tudo foi criado por meio dEle e para Ele. Tudo o que existe é sustentado pelo Seu próprio poder. Ele é a cabeça da criação, especialmente da nova criação espiritual que está sendo formada por meio da fé nEle. É por Sua manifestação e revelação da essência da divindade, que o Pai é glorificado. Ele é a resposta para o objetivo e propósito da criação, e especialmente da vida dos santos redimidos.
1 Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
2 nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.
3 Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,
4 tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles.” (Hebreus 1.1-4).
“Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.” (Hebreus 11.3).
1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
4 A vida estava nele e a vida era a luz dos homens.
5 A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.” (João 1.1-5).
Deus produz tanto a antiga quanto a nova criação por sua Palavra e por seu Espírito. Por meio de sua fala ele chama todas as coisas à existência a partir do nada (Gn 1; SI 33.6; João 1.3; Hb 1.3; 11.3); pela palavra de seu poder ele novamente levanta o mundo caído. Ele pessoalmente chama Adão (Gn 3.9), Abraão (Gn 12.1; Is 51.2), Israel (Is 41.9; 42.6; 43.1; 45.4; 49.1; Jr 31.3; Ez 16.6; Os 11.1) e, por meio de seus servos, faz o convite ao arrependimento e à vida (Dt 30; 2Rs 17.13; Is 1.16; Jr 3; Ez 18; 33; Rm 8.28-29; 2Co 5.20; l Ts 2.12; 5.24; 2Ts 2.14; I Pe 2.9; 5.10; etc.). Como esse chamado de Deus vem às pessoas no Filho e por meio dele, e Cristo é aquele que obtém nossa salvação, ela é especialmente creditada a ele. Assim como o Pai criou todas as coisas por meio dele e ele mesmo também é o Criador de todas as coisas, assim também ele é aquele que chama (Mt 11.28; Mc 1.15; 2.17; Lc 5.32; 19.10), que envia trabalhadores para sua vinha (Mt 20.1-7), chama convidados para as bodas (Mt 22.2), reúne os filhos como a galinha reúne os pintinhos (Mt 23.37), designa apóstolos e mestres (Mt 10; 28.19; Lc 10; E f 4.11), cuja voz se faz ouvir por toda a terra (Rm 10.18). Portanto, embora o chamado do crente, essencialmente, se origine com Deus ou Cristo, nesse sentido ele emprega pessoas, não somente no sentido estrito de profetas e apóstolos, pastores e mestres, mas também pais e parentes, professores e amigos em geral. Há até mesmo uma voz que nos fala, provindo de todas as obras das mãos de Deus, dos movimentos da história e das direções e das experiências de nossa vida.
Todas as coisas falam de Deus ao crente. Embora o chamado, em um sentido restrito, venha a nós também através da palavra do evangelho, esta não pode ser separada daquilo que vem a nós através da natureza e da história. A aliança da graça é sustentada pela aliança cósmica da natureza. Cristo, o mediador da aliança da graça, é o mesmo Logos que criou todas as coisas, que, como luz, brilha nas trevas e que ilumina todo ser humano que vem ao mundo. Ele não deixa ninguém sem testemunho, mas desde o céu faz o bem e enche também o coração dos gentios de alimento e alegria (SI 19.2-4; Mt 5.45; João 1.5, 9-10; At 14.16-17; 17.27; Rm 1.19-21; 2.14-15).
Vemos assim que Jesus não é apenas um reparador de brechas. Ele não é apenas a solução para o problema do pecado que entrou no mundo, mas a razão mesma da criação. Tudo está seguindo o que foi planejado por Deus Pai em Seu conselho eterno, e tudo o que Cristo fez, faz e fará está relacionado à realização deste planejamento divino.
É assim que deve ser vista a criação do universo, da Terra, do homem natural, do homem espiritual, e de tudo o que foi, é e há de ser.
Ainda que a criação não esteja ligada em essência à natureza de Deus, é por ela que se manifesta a própria existência divina. Assim, como sabemos que há uma fonte de calor atuando quando algo está quente, sabemos que tudo o que foi criado é apenas a emanação da vontade, do poder, da sabedoria, da existência divina.
Se não houvesse Deus, não haveria criação. Tudo seria um grande nada. Mas, como Deus existe, e tendo o poder de trazer realidades à existência a partir do nada, pela palavra do Seu poder, então ainda que não possamos provar como seja a essência da natureza de Deus, todavia podemos conhecê-lo por meio das manifestações de tudo o que Ele revelou sobre Si mesmo.
De onde veio toda a moralidade que há no mundo, mesmo nas nações que afirmam não crerem na existência divina, senão em tudo o que o próprio Deus registrou nas consciências de suas criaturas morais, pelo que revelou e ensinou através dos primeiros pais da humanidade, a partir de Adão, quanto ao que é moralmente aprovado ou reprovado? Até mesmo através das criaturas irracionais aprendemos muito sobre os atributos de Deus. Vemos Sua beleza, fidelidade, lealdade, fragrância, elegância, em muitos animais, plantas e pedras e metais preciosos. Quanto aprendemos pelo contraste da luz que Ele criou em relação às trevas. Sem luz física não haveria vida natural, e sem luz espiritual emanando de Cristo não haveria vida espiritual. A água é boa para diversos propósitos se for limpa. Onde há sujeira há multiplicação de vários organismos nocivos que prejudicam a saúde. Enfim, não podemos encerrar a lista de revelações que encontramos da pessoa e existência de Deus na própria natureza.
Assim como não podemos negar a existência do universo em razão dos muitos corpos celestes que não podemos ainda observar diretamente, em razão das grandes distâncias a que se encontram, pois sabemos que Ele existe pelo que podemos observar, de igual modo não podemos negar a existência de Deus, em razão de partes da Sua natureza e essência que Ele não nos revelou, porque por diversos modos se revelou a nós, especialmente pelas Escrituras, as quais confirmam a Sua veracidade, e que procedem de fato de Deus, quando praticamos suas doutrinas. Sabemos que Deus é amor porque Ele nos capacita a amar assim como Ele ama, suportando e sendo pacientes com todas as coisas, sendo benignos, tudo crendo e esperando, e dispostos a dar nossa vida pelos irmãos. Sabemos que Deus é perdoador, porque quando o conhecemos Ele também nos capacita a perdoar até setenta vezes sete. Sabemos que Ele é santo, porque o Espírito Santo e a Palavra nos purificam e nos inclinam para o que é verdadeiro, puro e de boa fama. Enfim, pelos diversos testemunhos que alcançamos pela prática das Escrituras, confirmamos em nossas próprias vidas a existência divina, apesar de não o vermos com os olhos naturais, os quais, a propósito, se possível, nos propiciariam apenas um conhecimento superficial e imperfeito de uma visão de uma das formas pelas quais Deus poderia se apresentar a nós. Este seria um conhecimento mais do que parcial, porque como poderíamos conhecer em plenitude o Deus que é onipresente, e que preenche todas as coisas? Como, sendo finitos, conheceríamos o que é infinito, e cujos planos se desenvolverão pela eternidade afora à medida que Ele os conduzir à realização, em conformidade com a Sua vontade e sabedoria?
Assim, o Senhor nos fala de Si mesmo, de diversos modos na natureza, e como já dissemos, especialmente pelas Escrituras.
Portanto, temos, antes de tudo, que distinguir um chamado real, que vem aos seres humanos não tanto em linguagem clara, mas nas coisas, por meio da natureza, da história, do ambiente, de vários direcionamentos e experiências. O meio pelo qual esse chamado é feito não é o evangelho, mas a lei, e, por meio dela, ele ganha expressão na família, na sociedade e no estado, na religião e na moralidade, no coração e na consciência, e chama os seres humanos à obediência e os obriga a fazer o bem. Esse chamado é reconhecidamente insuficiente para a salvação, porque nada sabe de Cristo e de sua graça e, portanto, não pode levar ninguém ao Pai (João 14.6; At 4.12; Rm 1.16). Nem mesmo com esse chamado o mundo, em sua loucura e em suas trevas, conheceu a Deus (João 1.5,10; Rm 1.2; I Cor 1.21; Ef 2.12). No entanto, ele é uma forma rica do envolvimento de Deus com suas criaturas, um testemunho do Logos, uma ação do Espírito de Deus de grande importância para a humanidade. Devemos a esse chamado que, apesar da realidade do pecado, a humanidade continue a existir; que ela tenha se organizado em famílias, sociedades e estados; que tenha permanecido nela uma noção de religião e de moralidade; e que ela não tenha desaparecido em um esgoto de bestialidade. Todas as coisas convergem em Cristo, que sustenta todas as coisas pela palavra de seu poder (Cl 1.16; Hb 1.3).
Esse chamado também serve especificamente, tanto na vida de povos quanto na de indivíduos, para pavimentar o caminho para o chamado melhor e mais elevado do evangelho. Como Logos, por vários caminhos e meios, Cristo lança o alicerce de sua obra de graça. Ele mesmo apareceu primeiro publicamente apenas na plenitude do tempo. Quando o mundo, por sua própria sabedoria, não conheceu a Deus, aprouve a Deus, através da loucura da pregação, salvar aqueles que creem (I Cor 1.21). O evangelho não vem a todas as pessoas ao mesmo tempo, mas, por muitos séculos, continua seu progresso pelo mundo.
Além disso, no caso de pessoas especiais, ele chega no momento em que o próprio Deus providencialmente preparou e planejou.
Ora, por mais importante que seja essa vocação real, mais elevada é a vocação verbal, que chega às pessoas não somente por meio da lei revelada, mas especificamente por meio do evangelho. Esse chamado, embora não anule o chamado que vem por meio da natureza e da história, incorpora-o em si mesmo, confirma-o e, de fato, o transcende em muito. Ele é, afinal, um chamado que procede não do Logos, mas especificamente de Cristo. Como seu meio real, ele emprega não tanto a lei, mas o evangelho. Ele nos convida não pela obediência à lei divina, mas pela fé na graça de Deus. Além disso, ele é sempre acompanhado por uma ação e testemunho do Espírito, que Cristo derramou como seu Espírito sobre a igreja (João 16.8-11; Mt 12.31; At 5.3; 7.51; Hb 6.4). Testemunho esse do Espírito Santo com o espírito do crente de que agora ele foi tornado de fato filho de Deus, é uma das maiores evidências da prova da existência de Deus, pelo que pode ser observado de comum somente naqueles que são nascidos de novo do Espírito Santo.
É importante observar que o Espírito Santo só foi derramado em todas as nações a partir da morte e ressurreição de Jesus, dando-se cumprimento à promessa feita aos profetas do seu derramamento. Até então, as nações eram pagãs, sem o conhecimento de Deus conforme importa ser conhecido, a saber, em Espírito e em verdade.
28 E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões;
29 até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias.” (Joel 2.28,29).
A Escritura ordena que o convite à salvação pelo evangelho seja feito a todos (Mt 28.19), e declara, além disso, que muitos que não vêm são, contudo, chamados (Mt 22.14; Lc 14.16-18). Eles rejeitam o evangelho (João 3.36; At 13.46; 2Ts 1.8) e são, portanto, culpados de horroroso pecado e incredulidade (Mt 10.15; 11.22-24; João 3.36; 16.8-9; 2 Ts 1.8; l João 5.10).
A Escritura não deixa dúvida de que o evangelho pode e deve ser pregado a todas as criaturas.
A norma de nossa conduta é apenas a vontade revelada de Deus. Sobretudo no campo da moral, o correto é fazer o que é segundo a vontade divina, e o incorreto, o que se opõe a ela. Mas, o real conhecimento divino é mais do que ajuste à mera moralidade. Ele está atrelado à santidade, porque Deus é santo, e importa que seja conhecido por aqueles que forem também santos. De modo que a vocação de todo crente é para a santidade. Este é grande objetivo da sua chamada. Deus não pode ser conhecido e ter comunhão com um coração impuro. A árvore deve ser feita boa para que o fruto seja bom. Quanto mais somos santificados pelo Espírito Santo e a Palavra, mais repelimos o pecado, e mais nos inclinamos para as coisas que são do alto. Um coração santificado é a maior prova da existência de Deus, porque não é possível ter um coração que odeie toda forma de pecado, e que ame tudo o que está revelado nas Escrituras, e que pratique de fato, por hábito, prazer, amor e alegria, tudo que se refira à vontade divina.
Somente aqueles que conhecem a Deus por meio da fé em Jesus Cristo, podem manifestar em suas vidas aquelas coisas que jamais podem ser vistas nos que são incrédulos, como por exemplo: autonegação, caminhada por fé e não por vista, oração e adoração no Espírito, pregação e ensino do evangelho, amor ágape, comunhão com os santos etc.
Para Deus, o resultado da história do mundo não pode ser um desapontamento. E, com o devido respeito, não é nossa tarefa, mas responsabilidade de Deus, ajustar isso com o oferecimento universal da salvação. Só sabemos que o resultado, de acordo com o decreto de Deus, está atrelado e é adquirido por todas as formas e meios que foram determinadas para nós. É somente Deus, pelo seu próprio poder, que pode trazer à existência todas as coisas relativas à salvação: eleição, redenção, justificação, regeneração, santificação e glorificação. Que criatura estaria capacitada a trazer estas realidades à existência? Somente Deus o pode, e assim, isto também prova a Sua própria existência.
O evangelho é pregado aos seres humanos não como eleitos ou réprobos, mas como pecadores, todos os quais precisam de redenção. Ministrado por pessoas que não conhecem o conselho secreto de Deus, o evangelho só pode ser universal em seu oferecimento. Assim como uma rede lançada no mar colhe peixes bons e peixes ruins, assim como o sol brilha simultaneamente sobre o trigo e o joio, assim como a semente cai não somente em solo bom, mas também em lugares pedregosos e secos, assim também o evangelho, ao ser ministrado, alcança todas as pessoas sem distinção.
Quando se pensa em Jesus apenas como Salvador, e não como Juiz, comete-se um grande engano quanto ao significado completo da Sua Pessoa Divina, uma vez que, se durante a dispensação da graça a Sua missão se concentra principalmente em salvar e não em condenar o mundo, todavia, Sua glória seria incompleta caso Ele não tivesse autoridade e a missão de julgar todos aqueles que lhe resistem. Ele deixou muito claro mesmo em Seu ministério terreno que foi a Ele que o Pai deu a autoridade para ser Juiz tanto de vivos quanto de mortos. Por isso o evangelho deve ser pregado a todos, porque aqueles que não crerem devem ser submetidos ao juízo futuro de Jesus por causa da incredulidade deles. De modo que se diz:
15 Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem.
16 Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas?” (II Coríntios 2.15,16).
É por meio de Jesus que Deus Pai está revelando todos os Seus atributos, tanto os que se manifestam em relação à vida, quanto os que se manifestam em relação à morte; os que se manifestam em relação à salvação, e os que se manifestam em relação ao juízo.
Deus não tem prazer na morte de ímpios, mas ainda que muitos resistam à Sua vontade e não Lhe obedeçam, nem por isso Ele perde a Sua glória, ou é frustrado em Seu propósito quanto à criação, antes, é nisto que este é cumprido, porque tanto os salvos, quanto os anjos eleitos, aprendem definitivamente que não é por nada neles próprios que permanecem firmes em justiça diante de Deus, mas exclusivamente em razão da Sua graça que é comunicada a eles, e que jamais se afastará deles, conforme tem prometido fazer em relação aos que são eleitos.
No que tange aos réprobos, revela também que é justo Juiz, que condena a todos aqueles que buscam a destruição do amor, da bondade, da justiça e de tudo o que é necessário à harmonia eterna na criação.
Uma vez que este núcleo de aprendizado for concluído com a consumação plena do propósito inicial divino para a restauração de todas as coisas, isto poderá ter um efeito multiplicador usado por Ele, para todas as dispensações novas e futuras que porventura venha a trazer à existência.
Todos serão ensinados por aqueles que experimentaram em suas próprias vidas os efeitos, tanto do afastamento da graça divina, quanto da sua operação neles, a saber, aqueles que foram chamados para serem um reino de sacerdotes. Eles serão príncipes e governantes com e para Cristo, para ensinarem a vontade de Deus a outros, por meio da própria experiência deles com a graça, tanto para vencer o pecado, quanto para permanecerem em santificação.
Eis aí está que reinará um rei com justiça, e em retidão governarão príncipes.” (Isaías 32.1).
“Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre, de eternidade em eternidade.” (Daniel 7.18).
“O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão.” (Daniel 7.27).
9 e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação
10 e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra.” (Apocalipse 5.9,10).
Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos.” (Apocalipse 22.5)
11 Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, também viveremos com ele;
12 se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos negará;” (II Timóteo 2.11,12).
Tão profunda, rica e extensa como o universo é a graça, e ainda mais do que tudo o que foi criado de maneira quase infinita, porque a graça tem a ver com a pessoa infinita, eterna, onipotente, onisciente do próprio Deus.
Ele tudo cria e governa. Nada é comparável à Sua sabedoria, amor e poder. Nada Lhe é impossível.
Temos ouvido falar da existência de um quasar numa galáxia muito distante da Via Láctea, que contém água em forma gasosa que é trilhões de vezes maior do que a quantidade de água de todos os oceanos da Terra.
Quantas maravilhas insondáveis existem no Universo, e lá estão, criadas e fixadas pelo próprio Deus. Todavia, tudo o que existe no mundo material foi criado a partir de uma estrutura invisível chamada átomo, que se une para formar moléculas, e estas se unem como as estruturas mínimas das quais todos os corpos na Terra e no Universo são formados. Nosso corpo é formado por células de diâmetro menor do que a poeira. Então tudo é feito de partes minúsculas, que a grosso modo nos leva a afirmar que tudo foi feito a partir da estrutura do pó. Somente Deus é uno, indivisível, sem partes. Ele tudo ocupa sem ser ocupado por nada. Não se pode diminuir ou aumentar aquilo que Ele é. Está perfeito em todos os Seus atributos que coexistem nele em perfeita unidade, sendo emanações do Seu próprio Ser.
O erro essencial de Tomé foi o de tentar associar a fé à visão natural. E este é o erro de muitos que pretendem chegar ao conhecimento de Deus pela vista. Como Seus atributos e caráter seriam conhecidos por uma visão externa? Podemos conhecer o caráter de uma pessoa por simplesmente olhar para ela? Isto não somente não é um conhecimento real pessoal, como também não há o mínimo interesse do Deus verdadeiro nisto.
Além de tudo, deve ser considerado que é totalmente impossível uma observação completa da Pessoa de Deus em Sua essência, uma vez que Ele é maior do que o próprio universo que criou, que chega às raias do infinito, e Ele excede o céu dos céus, ou seja, o terceiro céu, lugar da sua habitação, que é tão extenso ou ainda maior do que o universo visível.
Importa portanto, conhecer a Deus somente em espírito, e pela iluminação do entendimento segundo a revelação que Ele faz de Si mesmo a nós, através da instrução do Espírito Santo.
Acrescente-se que em decorrência disto, que aquele que não nascer de novo do Espírito, não pode ver o Reino de Deus. Ele jamais poderá chegar ao conhecimento das coisas relativas a Deus, que são celestiais e espirituais.
Então, sabemos que Deus existe, porque no novo nascimento, não está envolvido nada que seja natural, deste mundo, pois tudo que é gerado nos vem pelo agir sobrenatural do Espírito Santo, que implanta em nós, uma nova natureza espiritual, pela qual possamos viver de modo agradável a Deus.
10 O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.
11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome;
13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (João 1.10-13).
A velha criação, não no sentido de que se tornou decrépita, mas no de ter sido a inicial, está destinada nos conselhos eternos de Deus a se tornar completamente nova na sua maneira de existência, pois, Deus está providenciando que todas as coisas sejam novas, como Ele mesmo afirma: “Eis que faço novas todas as coisas”, e a isto o apóstolo acrescenta o seu testemunho dizendo que em Cristo há uma nova criação que faz com que as coisas antigas sejam passadas, e que tudo se faça novo.
Jesus disse de um vinho novo sendo colocado em odres novos. E que Ele está realizando este trabalho para a glória de Deus.
Ora, não é difícil entender isto, quando vemos o método geral de Deus para criar as coisas. Ele começa com o que é pequeno. Ele usa um, para dele trazer muitos à existência.
A humanidade foi formada a partir de um primeiro homem que Deus criou, a saber, Adão.
Para abençoar todas as nações, começou com uma nação, a saber, Israel. (“Dias virão em que Jacó lançará raízes, florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto o mundo.” – Isaías 27.6).
De uma semente germinada surge uma árvore que pode dar muitos frutos por um longo tempo.
Um ser humano completamente maduro é no início de sua existência apenas uma célula, que formará um embrião do qual tudo mais se seguirá.
A nova criação espiritual possui apenas uma cabeça, um Salvador, um Senhor, um Redentor, um Rei, a saber, nosso Senhor Jesus Cristo. A partir dEle muitos têm sido tornados filhos de Deus.
O evangelho é um só e começou pequeno com Jesus, um grupo de apóstolos, e está destinado a ser como a semente de mostarda que gerou uma grande árvore espiritual.
Tudo isto nos leva à fé em um só Deus e Criador. Sendo somente Ele digno da nossa adoração. Pois dá a conhecer-se a nós falando através da criação, e de que tudo aponta para uma causa inicial e comum única, a saber, Ele mesmo, o único Deus verdadeiro.
“Teus são os céus, tua, a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste.” (Salmo 89.11).
“O SENHOR fez a terra pelo seu poder; estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os céus.” (Jeremias 10.12).
Este imenso universo, com trilhões de estrelas, planetas, cometas etc, possui apenas um planeta habitado com vida – a Terra. Este nosso planeta, comparado em dimensões com a Via Láctea, galáxia na qual se encontra, não passa, comparativamente falando, menos do que a cabeça de um alfinete. Todavia, é a partir dele que Deus povoará os mundos no porvir. É nEle que se encontram as esperanças de serem povoadas as galáxias do universo, pelas novas condições geradas por Deus, pelo Seu poder, propícias à vida, onde e quando Ele desejar. O que determinou que o universo manifeste a Sua glória e poder, pode fazer o que for do Seu agrado, pois nada lhe é impossível, como bem já demonstrou trazendo todos estes corpos celestiais à existência, e fazendo habitar na terra uma multiplicidade de vida, em plantas, animais e minerais, como não encontradas em nenhum outro ponto do universo.
Além disso, deve ser considerado que Ele fez também o céu dos céus, ou seja, o lugar da Sua habitação eterna com os anjos e santos aperfeiçoados.
Temos aprendido na prática histórica, que Deus conduz os Seus planos à realização, através de dispensações, as quais duram, em geral, por séculos seguidos, demonstrando que Seu Conselho eterno opera a longo prazo.
Então, não estamos falando de coisas de pouca monta quando nos referimos ao Criador.
“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11.36).
“Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos.” (Atos 17.28).
2 O SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo.
3 Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará.” (Habacuque 2.2,3).
3 tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões
4 e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.
5 Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus,
6 pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água.
7 Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios.
8 Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia.
9 Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.
10 Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.
11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade,
12 esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.
13 Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça.” (II Pedro 2.3-13).
Agora, a grandeza e majestade de Deus deve ser medida por Seu amor, Sua justiça e bondade, e não pela régua da soberba do ímpio, uma vez que o Seu Reino não é como os reinos deste mundo, cujo príncipe é Satanás.
Na busca de grandeza, o homem sempre segue o atalho da cobiça, que o conduz à soberba, e desta à dissensão e disputa uns com os outros, na busca de se subjugar o suposto ou real oponente. Observe o mundo e você verá isto em todos os escalões, a partir dos próprios políticos e magistrados, que quando não se devoram mutuamente, este desejo permanece incontido dentro deles pela busca de uma supremacia, da qual eles não podem se livrar, porque é gerada pelo pecado e insuflada e ampliada pelo diabo, assim como ele agiu em relação ao primeiro homem criado, desde o princípio, levando-o a tentar entrar em competição com o próprio Deus, para igualar-se a Ele em conhecimento e poder.
Este sentimento de vanglória é o que antecede a própria corrupção, porque esta é praticada para dar sustentação à vanglória que está arraigada no coração.
Associado a tudo isto há ainda fetiches, volúpias, desejos carnais incontidos, e um sentimento de ostentação sem limites que conduz à necessidade de obtenção de riquezas ainda que seja por meios ilícitos, e tudo para alimentar o sentimento ilusório e enganoso de grandeza e poder que habitou primeiro no diabo, quando Ele foi expulso do céu, e que agora, ele busca multiplicar e disseminar entre os homens.
Esta é a razão de aos crentes ser ordenado em não raras passagens bíblicas, que sejam símplices como as pombas, que se amoldem às coisas humildes e que se contentem com o pouco que eles tiverem, não andando ansiosos por coisa alguma. Que fujam do orgulho, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Que sejam submissos uns aos outros, assim como há submissão na própria trindade divina. Uma vez que estas ordenanças sejam negligenciadas, é possível tornar-se facilmente presa do diabo.
“1 Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias,
2 completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento.
3 Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.
4 Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.
5 Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
6 pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;
7 antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,
8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome,
10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra,
11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.1-11).
1 De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?
2 Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis;
3 pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.
4 Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
5 Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?
6 Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
7 Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração.
9 Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza.
10 Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.” (Tiago 4.1-10).
Se  para o crente é difícil alcançar e manter um viver em paz uns com os outros, pelo cultivo das virtudes cristãs que promovem a paz; para os ímpios isto é totalmente impossível, como o próprio Deus o declara que para os ímpios não há paz, pois são como o mar bravio que não pode ser aquietado.
E não somente na questão relativa à paz, mas a tudo o que se refira à santidade e piedade, nenhum ímpio pode ter participação nisto, caso não se converta, pois os que são santos tendem a se santificarem ainda mais, assim como os ímpios tendem a aumentar em impiedade.
10 Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo.
11 Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.
12 E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.
13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.
14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.
15 Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira.
16 Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã.
17 O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.” (Apocalipse 22.10-17).
“Quanto ao mais, irmãos, adeus! Aperfeiçoai-vos, consolai-vos, sede do mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz estará convosco.” (II Coríntios 13.11).
Se não fosse pela existência de Deus, como poderiam viver alguns em paz e em amor, em meio a um mundo pecador, sujeito ao diabo?
Como a criação seguiria o seu curso normal, e tendo as profecias bíblicas se cumprindo, caso não houvesse o poder divino por detrás de tudo isso, garantindo a sua continuidade?
Como se explica a existência de todos os recursos necessários, renováveis e não renováveis, em nosso planeta, de modo a sustentar a vida de bilhões de pessoas ao longo de uma história de mais de seis mil anos, a não ser por terem sido criados por um Deus sábio, onipotente e onisciente?
Como explicar a transformação instantânea, operada pela conversão a Cristo, senão por um poder divino operante, quando pessoas que mais parecem demônios, passam a ser santas?
E milhões de outras questões não podem ser respondidas senão apenas pela existência de Deus, que sendo espírito e invisível, não nos deixou sem testemunho de Si, tendo se revelado de diversas formas, até mesmo na forma de homem como apareceu a Adão e a Abraão, e na de um anjo, de uma pomba, e na melhor de todas elas na pessoa de Jesus Cristo, por quem tem operado a nossa salvação.


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