domingo, 8 de dezembro de 2019

De Uma Velha para uma Nova Criação



1 Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água.
2 Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória.
3 Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam.
4 Assim, cumpre-me bendizer-te enquanto eu viver; em teu nome, levanto as mãos.” (Salmo 63.1-4)
O salmista expressa o verdadeiro sentido da nossa vida, conforme fora planejado por Deus para nós, quando diz que O buscava ansiosamente, porque sua alma tinha sede de Deus como uma terra árida, exaurida sem água.
O que pode produzir uma terra árida sem água?
O que pode produzir uma alma sem a água da vida do Espírito?
Podemos perder tudo, mas se não tivermos perdido Deus, ainda há esperança de vida para nós, porque somente Ele é a fonte de água viva, pela qual temos vida eterna.
Podemos ter tudo, mas se tivermos perdido Deus, nada temos de fato, e a própria vida está desprovida de sentido, paz, alegria e propósito verdadeiros, porque somente Deus é tudo isto e tudo o mais que importa sermos e termos.
É com isto em vista que diz o salmista: “A tua graça é melhor do que a vida”. Afinal, o que é a nossa vida quando desprovida da graça divina? O que é a vida quando o Espírito Santo não se move em nós, comunicando amor, paz, alegria, segurança, esperança? Quem pode manter o coração firme e explodindo em cânticos de louvor no meio das tormentas e tempestades deste mundo, senão somente quando a graça de Jesus está sendo aplicada à nossa vida?
Podemos estar envolvidos com a obra do Senhor, aplicando-nos à oração e à meditação da Palavra, diariamente, vigiando contra pecados para repeli-los, mas vez por outra, o próprio Deus reterá a Sua graça, e logo ficamos perturbados, irritados, angustiados, deprimidos, cansados da nossa existência, e qual a razão de tudo isso, senão a de o Senhor buscar nos ensinar que a Sua graça é melhor do que a própria vida, ou seja, a nossa existência?
Há sentido em viver, quando não há esperança?
Há sentido de viver, quando tudo para nós é senão inquietação e temor do presente e do futuro?
O próprio conhecimento das verdades bíblicas será de muito pouco valor para nós, quando a graça da paz, do amor, da fé, da alegria, da esperança, da firmeza de coração, não estiver atuando sobre nós e em nós.
Foi por isso que Deus sempre alertou o Seu povo, em Sua Palavra revelada, desde os dias do Velho Testamento, para que não nos descuidemos de buscá-lo e a Sua vontade. Que não tomemos o Seu nome em vão, de modo que tenhamos de fato como alvo de nossa vida, agradá-lo em tudo, e saber que Ele e nada mais pode dar significado e sentido ao nosso viver.
Por isso importa que O aguardemos, que esperemos pela Sua manifestação a nós, quando passamos pelos vales de tristeza e tribulação. Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isto em silêncio.
Estamos convictos que a causa real da nossa inquietação e angústia é a retirada temporária da presença do Senhor. Tão logo Ele volte a se manifestar a nós novamente, o nosso Sol de justiça torna a brilhar, e mais intensamente e lhe damos maior importância e valor, porque aprendemos por experiência, que sem a presença do Senhor, nada somos e nada podemos fazer que tranquilize o nosso coração.
Por todos estes processos de avanços e retenções da divina presença, a graça está nos educando para o conhecimento da nossa completa dependência dAquele que criou o universo e tudo o que ele contém.
Tão profunda, rica e extensa como o universo é a graça, e ainda mais do que tudo o que foi criado de maneira quase infinita, porque a graça tem a ver com a pessoa infinita, eterna, onipotente, onisciente do próprio Deus.
Ele tudo cria e governa. Nada é comparável à Sua sabedoria, amor e poder. Nada Lhe é impossível.
Temos ouvido falar da existência de um quasar numa galáxia muito distante da Via Láctea, que contém água em forma gasosa que é trilhões de vezes maior do que a quantidade de água de todos os oceanos da Terra.
Quantas maravilhas insondáveis existem no Universo, e lá estão, criadas e fixadas pelo próprio Deus. Todavia, tudo o que existe no mundo material foi criado a partir de uma estrutura invisível chamada átomo, que se une para formar moléculas, e estas se unem como as estruturas mínimas das quais todos os corpos na Terra e no Universo são formados. Nosso corpo é formado por células de diâmetro menor do que a poeira. Então tudo é feito de partes minúsculas, que a grosso modo nos leva a afirmar que tudo foi feito a partir da estrutura do pó. Somente Deus é uno, indivisível, sem partes. Ele tudo ocupa sem ser ocupado por nada. Não se pode diminuir ou aumentar aquilo que Ele é. Está perfeito em todos os Seus atributos que coexistem nele em perfeita unidade, sendo emanações do Seu próprio Ser.
A velha criação, não no sentido de que se tornou decrépita, mas no de ter sido a inicial, está destinada nos conselhos eternos de Deus a se tornar completamente nova na sua maneira de existência, pois, Deus está providenciando que todas as coisas sejam novas, como Ele mesmo afirma: “Eis que faço novas todas as coisas”, e a isto o apóstolo acrescenta o seu testemunho dizendo que em Cristo há uma nova criação que faz com que as coisas antigas sejam passadas, e que tudo se faça novo.
Jesus disse de um vinho novo sendo colocado em odres novos. E que Ele está realizando este trabalho para a glória de Deus.
Ora, não é difícil entender isto, quando vemos o método geral de Deus para criar as coisas. Ele começa com o que é pequeno. Ele usa um, para dele trazer muitos à existência.
A humanidade foi formada a partir de um primeiro homem que Deus criou, a saber, Adão.
Para abençoar todas as nações, começou com uma nação, a saber, Israel. (“Dias virão em que Jacó lançará raízes, florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto o mundo.” – Isaías 27.6).
De uma semente germinada surge uma árvore que pode dar muitos frutos por um longo tempo.
Um ser humano completamente maduro é no início de sua existência apenas uma célula, que formará um embrião do qual tudo mais se seguirá.
A nova criação espiritual possui apenas uma cabeça, um Salvador, um Senhor, um Redentor, um Rei, a saber, nosso Senhor Jesus Cristo. A partir dEle muitos têm sido tornados filhos de Deus.
O evangelho é um só e começou pequeno com Jesus, um grupo de apóstolos, e está destinado a ser como a semente de mostarda que gerou uma grande árvore espiritual.
Tudo isto nos leva à fé em um só Deus e Criador. Sendo somente Ele digno da nossa adoração. Pois dá a conhecer-se a nós falando através da criação, e de que tudo aponta para uma causa inicial e comum única, a saber, Ele mesmo, o único Deus verdadeiro.
“Teus são os céus, tua, a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste.” (Salmo 89.11).
“O SENHOR fez a terra pelo seu poder; estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a sua inteligência estendeu os céus.” (Jeremias 10.12).
Este imenso universo, com trilhões de estrelas, planetas, cometas etc, possui apenas um planeta habitado com vida – a Terra. Este nosso planeta, comparado em dimensões com a Via Láctea, galáxia na qual se encontra, não passa, comparativamente falando, menos do que a cabeça de um alfinete. Todavia, é a partir dele que Deus povoará os mundos no porvir. É nEle que se encontram as esperanças de serem povoadas as galáxias do universo, pelas novas condições geradas por Deus, pelo Seu poder, propícias à vida, onde e quando Ele desejar. O que determinou que o universo manifeste a Sua glória e poder, pode fazer o que for do Seu agrado, pois nada lhe é impossível, como bem já demonstrou trazendo todos estes corpos celestiais à existência, e fazendo habitar na terra uma multiplicidade de vida, em plantas, animais e minerais, como não encontradas em nenhum outro ponto do universo.
Além disso, deve ser considerado que Ele fez também o céu dos céus, ou seja, o lugar da Sua habitação eterna com os anjos e santos aperfeiçoados.
Então, não estamos falando de coisas de pouca monta quando nos referimos ao Criador.
“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11.36).
“Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos.” (Atos 17.28).
A criatura é sempre dependente do Criador, mas Deus não é dependente de ninguém, pois é autoexistente e imanente. Sendo bom, se comunica, pois a tendência do Ser é a de se comunicar e reproduzir. É de se doar e ser útil para outros seres. E isto Deus é na mais absoluta e perfeita extensão do termo. Como seres morais, criados à Sua imagem e semelhança, só acharemos sentido em nosso viver, quando forem quebradas todas as resistências que habitam em nossa natureza, e avancemos para a imitação da existência de Deus como filhos amados que somos, por meio da fé em Jesus.
3 Ouvi-me, ó casa de Jacó e todo o restante da casa de Israel; vós, a quem desde o nascimento carrego e levo nos braços desde o ventre materno.
4 Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda até às cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei.
5 A quem me comparareis para que eu lhe seja igual? E que coisa semelhante confrontareis comigo?
6 Os que gastam o ouro da bolsa e pesam a prata nas balanças assalariam o ourives para que faça um deus e diante deste se prostram e se inclinam.
7 Sobre os ombros o tomam, levam-no e o põem no seu lugar, e aí ele fica; do seu lugar não se move; recorrem a ele, mas nenhuma resposta ele dá e a ninguém livra da sua tribulação.
8 Lembrai-vos disto e tende ânimo; tomai-o a sério, ó prevaricadores.
9 Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim;
10 que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade;
11 que chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei.
12 Ouvi-me vós, os que sois de obstinado coração, que estais longe da justiça.
13 Faço chegar a minha justiça, e não está longe; a minha salvação não tardará; mas estabelecerei em Sião o livramento e em Israel, a minha glória.” (Isaías 46.6-13).
Neste texto de Isaías, Deus repreende a nação de Israel por causa da idolatria que grassava entre eles, e os chama a refletirem como é que podiam fazer tal loucura de compará-lo e colocá-lo em pé de igualdade com falsos deuses criados pela própria imaginação deles? Como um ídolo poderia livrá-los de suas angústias e dar sentido real e significativo às suas vidas, conforme somente Ele, o Senhor, pode dar?
Pelo Seu grande poder o Senhor manifestaria no tempo próprio a Sua justiça em Sião, e isto com a obra de nosso Senhor Jesus em nosso favor, o qual nos foi dado para ser a nossa justiça, com a qual somos justificados de nossos pecados diante de Deus, e habilitados à vida do céu, de modo que a plenitude desta vida seria manifestada em nós, desde então, pela obra do Espírito Santo, regenerando-nos e santificando-nos.
Muito desse trabalho de santificação consiste em aprendermos estas operações da graça, e o quanto dependemos dela para ter paz, alegria, segurança e esperança, em toda e qualquer circunstância. Não são as circunstâncias difíceis que têm o poder de nos abater, mas estas retenções temporárias da graça, para que aprendamos o quanto somos dependente da manifestação real da presença e poder de Deus em nós.
Se já conhecemos o Senhor, pela conversão, podemos sossegar o coração e permanecer firmes na fé, certos de que Ele voltará a nos fortalecer com o Seu poder, o qual a propósito se manifesta melhor na nossa fraqueza. Podemos dizer com o apóstolo: “quando sou fraco então sou forte.”
É a fé nas promessas que nos sustentará nos momentos difíceis, quando nos achamos como diz o salmista, como terra árida, exausta, sedenta, desejosa dos chuveiros da graça. A sequidão e aflição podem ser tão grandes que até mesmo podemos nos esquecer em algumas ocasiões, que nosso problema real é que a graça está sendo retida, e que deve ser aguardada pela fé, com paciência.
Então, a fé nas promessas é o que nos manterá firmes e confiantes de que sempre teremos a Deus por nosso auxílio e socorro, como vemos nas palavras do Salmo 46:
1 Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.
2 Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares;
3 ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam.
4 Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.
5 Deus está no meio dela; jamais será abalada; Deus a ajudará desde antemanhã.
6 Bramam nações, reinos se abalam; ele faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve.
7 O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.
8 Vinde, contemplai as obras do SENHOR, que assolações efetuou na terra.
9 Ele põe termo à guerra até aos confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo.
10 Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.
11 O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.”
Qual é a razão da confiança do salmista, senão que ele conhecia por experiência que Deus é maior do que toda e qualquer tribulação?
De igual modo, o crente bem instruído nas promessas e ações de Deus, achará conforto nas palavras de Jesus de que apesar de ter aflições neste mundo, ele pode e deve ter sempre bom ânimo, certo de que Deus não o deixará e desamparará.
Quem não se firmaria na fé ao saber que já não há mais nenhuma condenação para o crente? Que Ele jamais estará diante de Deus como um Juiz togado pronto a lhe julgar e condenar? Ele terá aqui as correções e repreensões de um Pai, justamente para não ser condenado juntamente com o mundo. Jesus pagou inteiramente todo o preço exigido pela justiça divina, para que o crente fosse perfeitamente libertado de toda acusação e condenação.
Foi para a liberdade que Jesus o chamou, e ele permanecerá livre pela eternidade afora.
1 Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto.
2 Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo.” (Salmo 32.1,2).
11 Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem.
12 Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.
13 Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem.
14 Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó.” (Salmo 103.11-14).
16 Senhor, por estas disposições tuas vivem os homens, e inteiramente delas depende o meu espírito; portanto, restaura-me a saúde e faze-me viver.
17 Eis que foi para minha paz que tive eu grande amargura; tu, porém, amaste a minha alma e a livraste da cova da corrupção, porque lançaste para trás de ti todos os meus pecados.” (Isaías 38.16,17).
1 Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus.
2 Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniquidade está perdoada e que já recebeu em dobro das mãos do SENHOR por todos os seus pecados.” (Isaías 40.1,2).
“Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro.” (Isaías 43.25).
Qual é a razão de Deus lançar todos os nossos pecados para trás de Suas costas, lançá-los nas profundezas do mar do esquecimento, senão para que possamos ter paz real em nossa comunhão com Ele, sabendo que apesar de nossas fraquezas, quando somos sinceros em nossa busca de Sua face, o sangue de Jesus se mostra poderoso para nos perdoar os pecados e purificar de toda injustiça?
1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;
2 por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.
3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;
4 e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.” (Romanos 5.1-4).
7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
8 Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.
9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (I João 1.7-9).
Para o propósito de nos tornar participantes da Sua vida, em plena comunhão espiritual com a Trindade Divina, Deus Pai fez uma aliança com Deus Filho, tendo por testemunha o Espírito Santo, de que o Filho seria o Fiador e a Garantia da nossa salvação por meio da fé nEle. Tudo o que é necessário para sermos coparticipantes da natureza divina deve ser provido pelo Filho, de modo que sem Ele nada podemos fazer.
Esta aliança entraria em pleno vigor com a morte de Jesus na cruz, porque é por meio do Seu sacrifício que somos perdoados e justificados por Deus. Todavia, como este sacrifício tem validade legal eterna, sempre foi baseado nele que pecadores foram salvos, inclusive nos dias do Velho Testamento, como foi o caso de Abraão que foi justificado pela fé.
Deus prometeu perdoar e esquecer os pecados de todos os que cressem em Cristo, e os livraria da culpa de modo a não sofrerem qualquer condenação por causa deles.
31 Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá.
32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR.
33 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
34 Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.
35 Assim diz o SENHOR, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à lua e às estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas; SENHOR dos Exércitos é o seu nome.
36 Se falharem estas leis fixas diante de mim, diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre.
37 Assim diz o SENHOR: Se puderem ser medidos os céus lá em cima e sondados os fundamentos da terra cá embaixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o SENHOR.” (Jeremias 31.31-37).
39 Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos.
40 Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.
41 Alegrar-me-ei por causa deles e lhes farei bem; plantá-los-ei firmemente nesta terra, de todo o meu coração e de toda a minha alma.
42 Porque assim diz o SENHOR: Assim como fiz vir sobre este povo todo este grande mal, assim lhes trarei todo o bem que lhes estou prometendo.” (Jeremias 32.39-42).
7 Restaurarei a sorte de Judá e de Israel e os edificarei como no princípio.
8 Purificá-los-ei de toda a sua iniquidade com que pecaram contra mim; e perdoarei todas as suas iniquidades com que pecaram e transgrediram contra mim.” (Jeremias 33.7,8).
“Naqueles dias e naquele tempo, diz o SENHOR, buscar-se-á a iniquidade de Israel, e já não haverá; os pecados de Judá, mas não se acharão; porque perdoarei aos remanescentes que eu deixar.” (Isaías 50.20).
“Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.” (João 5.24).
37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.
38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.
39 E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia.
40 De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.” (João 6.37-40).
31 Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?
33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica.
34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.
35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?
36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro.
37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.
38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes,
39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 8.31-39).
“Pois, para com as suas iniquidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei.” (Hebreus 8.12).
Através dos séculos Deus tem cumprido totalmente o Seu propósito de ter muitos filhos semelhantes a Cristo, e provendo-se deles a partir de pecadores que são transformados em santos pelo Seu próprio poder divino. Ele nos tem chamado à paz, ao amor, à alegria, à vida eterna, e nos tem dado demonstrações dessa realidade aqui embaixo, como penhor de que teremos a bênção completa dessas graças quando Jesus voltar para arrebatar a Igreja.
“Desfaço as tuas transgressões como a névoa e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi.” (Isaías 44.22)
7 Por breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias torno a acolher-te;
8 num ímpeto de indignação, escondi de ti a minha face por um momento; mas com misericórdia eterna me compadeço de ti, diz o SENHOR, o teu Redentor.
9 Porque isto é para mim como as águas de Noé; pois jurei que as águas de Noé não mais inundariam a terra, e assim jurei que não mais me iraria contra ti, nem te repreenderia.
10 Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o SENHOR, que se compadece de ti.” (Isaías 54.7-10).
Nenhuma dessas consolações são conhecidas por aqueles que são do mundo, que amam o mundo, que se aborrecem de Deus e não o conhecem, porque Ele não os faz participantes das aflições de Cristo. Eles não são tratados e corrigidos como filhos, e por não serem submetidos à disciplina da Aliança, seguem seu rumo com alegrias ou tristezas mundanas, sem participarem daquelas que são segundo Deus, e destinadas a produzir arrependimento e santificação.
O processo de educação divina é de fato doloroso e prolongado, mas produz fruto pacífico de justiça e nos faz participantes da santidade divina. Esta educação pela graça e reservada somente para aqueles que têm temor de Deus por estarem ligados espiritualmente a Jesus Cristo.
11 Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens,
12 educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente,
13 aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus,
14 o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.” (Tito 2.11-14).
 Se a terra do nosso coração estivesse sempre regada será que chegaríamos ao reconhecimento de que é pela graça divina que ela é tornada úmida e fértil?
Deus interpõe as retenções de graça seguidas de posteriores derramamentos de graça para que cheguemos a este reconhecimento, e assim lhe tributemos toda a honra e glória, como fazia o salmista:
1 Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água.
2 Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória.
3 Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam.
4 Assim, cumpre-me bendizer-te enquanto eu viver; em teu nome, levanto as mãos.” (Salmo 63.1-4)
Bem-aventurados portanto, são aqueles cujo coração é contristado por Deus com várias provações, pois são entristecidos segundo Deus e não segundo o mundo.
6 Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações,
7 para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo;” (I Pedro 1.6,7).
2 Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,
3 sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.
4 Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.” (Tiago 1.2-4).
“Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.” (Tiago 1.12).
Estes sofrimentos com os quais os crentes são visitados por Deus, destinados ao crescimento e amadurecimento espiritual deles, comprovam a sua filiação ao Senhor e que são amados por Ele, pois os trata como a filhos, aperfeiçoando-os para a vida do céu.
8 Porquanto, ainda que vos tenha contristado com a carta, não me arrependo; embora já me tenha arrependido (vejo que aquela carta vos contristou por breve tempo),
9 agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofrêsseis.
10 Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte.
11 Porque quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que defesa, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vindita! Em tudo destes prova de estardes inocentes neste assunto.” (II Coríntios 7.8-11).
Nenhuma provação ou aflição que forem reservadas para o crente se encontram fora do controle de Deus, nem mesmo aquelas que são causadas por visitações em decorrência de pecados cometidos por eles. Deus as controlará de tal forma que eles as possam suportar e superar, ainda que possam parecer estarem muito além da capacidade de suportá-las.
6 Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.
7 Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está escrito: O povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se.
8 E não pratiquemos imoralidade, como alguns deles o fizeram, e caíram, num só dia, vinte e três mil.
9 Não ponhamos o Senhor à prova, como alguns deles já fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes.
10 Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador.
11 Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.
12 Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia.
13 Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.” (I Coríntios 10.6-13).
Estes castigos são produzidos pela mão de um Pai de amor, que é perfeitamente sábio e poderoso para corrigir os seus filhos e livrá-los de todo mal.
Ele tornará a consolá-los com as visitações de refrigérios celestiais, uma vez completado o arrependimento deles. E isto coopera para o aperfeiçoamento deles em santificação.
Os golpes dados por Deus são para serem sentidos, e não resistidos. Podemos chorar e lamentar nossa condição, mas devemos ter o cuidado de não murmurar e nos queixarmos sobretudo contra o próprio Deus, uma vez que não cabe ao pecador que foi salvo ser ingrato e rebelde, mas humilde, grato e suportar as correções divinas em completa submissão ao Senhor.
6 Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte,
7 lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
8 Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;
9 resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo.
10 Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.” (I Pedro 5.6-10).
Para que possa nos exaltar, Deus primeiro nos humilha, porque temos um ego carnal e uma natureza corrompida para negar, e Deus concede sua graça somente a quem se humilha, porque é por esta humilhação a nossos próprios olhos que podemos reconhecer o nosso nada, e que o Senhor é o nosso tudo.
O velho homem não se sujeita a Deus, e daí deve ser levado à cruz para que seja mortificado. O seu despojamento, entretanto, é gradual, conforme a sentença de morte recebida por ele na cruz. É pela vida e manifestação da nova criatura, do homem espiritual, criado segundo Cristo, que o velho homem é subjugado. À medida que aprendemos a caminhar e a viver no Espírito Santo, a graça se torna cada vez mais forte, e a velha natureza cada vez mais fraca. É caminhando por fé na Palavra de Deus, e não por vista que a vitória da cruz é estabelecida em nossa caminhada cristã. Assim, em vez de nos entristecermos com as tribulações e aflições, regozijemo-nos e gloriemo-nos nelas, sabendo que por elas estão cooperando para o nosso aperfeiçoamento espiritual.
1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;
2 por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.
3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;
4 e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.
5 Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.” (Romanos 5.1-5).
“Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra.” (Salmo 119.67).
18 Servos, sede submissos, com todo o temor ao vosso Senhor, não somente se for bom e cordato, mas também ao perverso;
19 porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus.
20 Pois que glória há, se, pecando e sendo esbofeteados por isso, o suportais com paciência? Se, entretanto, quando praticais o bem, sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a Deus.
21 Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos,
22 o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca;
23 pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente,” (I Pedro 2.18-23).
12 Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo;
13 pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando.
14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus.
15 Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem;
16 mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome.” (I Pedro 4.12-16).
“Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos.” (Salmo 119.71).
Deus não tem prazer em nos afligir, mas assim como um pai que não se agrada em castigar o filho a quem ama, Ele nos afligirá sempre que isto for necessário para o nosso bem.
15 Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos.
16 Pois não contenderei para sempre, nem me indignarei continuamente; porque, do contrário, o espírito definharia diante de mim, e o fôlego da vida, que eu criei.” (Isaías 57.15,16).
“Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o SENHOR Deus. Portanto, convertei-vos e vivei.” (Ezequiel 18.32).
31 O Senhor não rejeitará para sempre;
32 pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias;
33 porque não aflige, nem entristece de bom grado os filhos dos homens.” (Lamentações 3.31-33).
Agora, apesar de Deus não ter prazer em afligir os seus filhos, todavia Ele nos impõe o dever de afligir nossas almas em razão do pecado. Mais do que aflição, devemos ter aversão pelo pecado, porque enquanto ele estiver prevalecendo sobre nós, não podemos ter comunhão com Deus.
“Isso vos será por estatuto perpétuo: no sétimo mês, aos dez dias do mês, afligireis a vossa alma e nenhuma obra fareis, nem o natural nem o estrangeiro que peregrina entre vós.” (Levítico 16.29).
7 e livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento libertino daqueles insubordinados
8 (porque este justo, pelo que via e ouvia quando habitava entre eles, atormentava a sua alma justa, cada dia, por causa das obras iníquas daqueles),” (II Pedro 2.7,8).
6 Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.
7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
8 Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.
9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
10 Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” (I João 1.6-10).
1 Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;
2 e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.
3 Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos.
4 Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.
5 Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele:
6 aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.” (I João 2.1-6).
Jesus se manifestou para remover o nosso pecado. Ele terá a Sua obra consumada na glória quando todo vestígio de pecado for removido de nós, mas este trabalho de remoção do pecado começa aqui neste mundo. Nisto Deus é glorificado no Filho, pela obra que realizou para satisfação da Sua justiça, e realização do plano eterno de nos adotar como filhos por meio de Jesus.
Não pode haver vitória sobre o pecado se não aprendermos a obedecer à vontade de Deus e Seus mandamentos. Não temos de nós mesmos este poder e capacidade, mas o temos pelo exercício da fé em Jesus. A graça passa a reinar onde o pecado reinava antes. O poder de governo é da graça e não do pecado, na vida de todo crente. Mas, para que a graça se mostre eficaz é necessário que o crente se incline para obedecer a Deus, seguindo o exemplo de Jesus que mesmo sendo igual ao Pai, submete-se inteiramente a Ele e à Sua vontade, e o demonstrou no Seu ministério terreno, até que ponto estava comprometido com a vontade do Pai, sendo-Lhe obediente até a morte, e morte de cruz. Ele nada fazia de si mesmo, senão somente aquilo que lhe era mostrado pelo Pai, para que fosse feito. A Sua comida consiste em fazer a vontade de Deus Pai, e a nossa não deve ser diferente disso. É este o grande alimento da alma, é aquilo que nos mantém vivos e atuantes diante do Senhor, a saber, ocupar-nos em fazer toda a Sua vontade relativa à nossa pessoa e ministério.
É aqui que mais se manifesta a nossa total necessidade da graça divina, sem a qual nada podemos fazer (I Coríntios 15.10). Se estivermos nos autonegando de fato e ocupando-nos realmente com as coisas que são do interesse e vontade de Deus, seremos muito operosos e eficazes no que fizermos em Seu nome, mas se estivermos falhando nisto, é um sinal provável de falta de submissão de nossa parte a Ele.
Se for este último, o caso, não devemos dar descanso a nós mesmos até que vejamos uma obra de Deus sendo realizada em nossa vida. E não fiquemos desanimados ou desfalecidos por nossas condições presentes, porque a graça nos foi dada justamente para realizar o trabalho paciente de Deus na nossa transformação. Nenhum crescimento, ainda que no mundo natural, é processado de um momento para o outro, e de igual modo isto não é diferente no mundo espiritual, em que uma obra muito maior deve ser realizada, a saber, a de nos conduzir à estatura de varão perfeito, ou seja, segundo a semelhança do próprio Cristo.
Esta obra referida, é sobretudo a obra da fé que atua pelo amor. É para o amor divino operando em nós que somos vocacionados. De modo que só podemos ter certeza que passamos da morte espiritual para vida eterna, quando percebemos o amor de Cristo derramado em nosso coração, dirigindo-se não somente a Deus como também aos irmãos na fé.
11 Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros;
12 não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.
13 Irmãos, não vos maravilheis se o mundo vos odeia.
14 Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte.
15 Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si.
16 Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.” (I João 3.11-16).
24 Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.
25 Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão.
26 Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.
27 E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem.
28 Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão:
29 os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5.24-29).
Como em Cristo os crentes não são mais do mundo, apesar de ainda se encontrarem no mundo, eles também não amam o mundo que rejeita a Cristo, porque todo o amor deles é dirigido para o Seu novo Senhor.
15 Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele;
16 porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.
17 Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.” (I João 2.15-17).
4 Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
5 Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?
6 Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
7 Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração.
9 Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza.
10 Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.” (Tiago 4.4-10).
Tudo aquilo que impede ou atrapalha a nossa comunhão com Deus, ainda que não seja pecaminoso, pode ser no entanto, um peso que procede do mundo, e assim devemos submetê-lo à cruz, para que o neguemos para darmos prioridade à vontade de Deus.
Se não formos exíguos e cuidadosos nisto corremos o risco de nos tornarmos mundanos, e assim, o amor de Deus não se manifestará em nosso viver, pois não permitirá que nada venha a competir com o nosso amor por Ele, que deve ter sempre a prioridade em tudo, pois não há outra forma de honrar tão Elevada Majestade.
37 Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim;
38 e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim.
39 Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á.” (Mateus 10.37-39).
26 Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
27 E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo.
28 Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?
29 Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele,
30 dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar.
31 Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil?
32 Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz.
33 Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14.26-33).
Deus é espírito e deve ser conhecido, amado e adorado em espírito.
É somente em Cristo que podemos ser mudados de carnais em espirituais, de modo a poder atender à demanda do que é necessário para se adorar e servir a Deus.
Uma vez tendo sido tornado espiritual, importa caminhar e viver como espiritual e não como carnal, inclinando-se para o que é do Espírito e não para o que é da carne e do mundo.
Além disso, sendo pecadores, há toda uma obra de purificação a que devemos ser submetidos para a expurgação do pecado, de maneira que as virtudes espirituais de Jesus possam ser implantadas e manifestadas em nós.
Aqui reside a dificuldade de muitos crentes, pois julgam incorretamente que tudo quanto necessitavam era da conversão inicial e proferirem verbalmente que pertencem a Jesus, esquecidos ou ignorando que importa que andem no Espírito, em novidade de vida, crescendo na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (II Pedro 3.18).








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