quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Porque Macho é Macho e Fêmea é Fêmea




Por
Silvio Dutra




Dez/2019













 









A474
    Alves, Silvio Dutra         
          Porque Macho é Macho e Fêmea é Fêmea     
          Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019.               
          70p.; 14,8 x21cm       

    1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Fé      
I. Título.

                                                                CDD 252          





27 Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
28 E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.” (Gênesis 1.27,28).
Se na vida do porvir não haverá mais distinção de gênero, porque segundo o ensino de Jesus, na glória celestial, todos serão como os anjos, ou seja, assexuados, por que então Deus teria planejado para a vida deste mundo não somente no mundo animal, mas até mesmo no vegetal, que houvesse em cada espécie a distinção entre macho e fêmea?
Uma coisa é certa: Deus sempre age por motivos sábios e perfeitamente razoáveis, e há portanto, razões que são necessárias para a presente condição das espécies, conforme Ele as projetou e fixou em Seu conselho eterno, para a presente dispensação que antecipa aquele mundo em que tudo será espiritual, inclusive o novo corpo glorificado prometido para aqueles que ressurgirem dos mortos para a vida eterna.
Um primeiro e grande motivo para que haja macho e fêmea nesta criação natural é sem dúvida para que haja a definição de papéis de liderança, uma vez que em projetar a família e a sua proteção, é visto não apenas na humanidade, mas na natureza em geral, que o papel de liderança no núcleo familiar foi atribuído por Deus aos machos.
Daí se dizer que o homem, no casamento é a Cabeça da família, e os demais são respectivamente seus membros.
No caso da humanidade, isto deveria ser mais evidente, uma vez que o casamento foi projetado por Deus para ser um tipo da união que há entre Cristo, a Cabeça, e a Igreja, formada por Seus membros.
Aqui seria visto o amor não interesseiro e abnegado. O amor sacrificial entre os cônjuges. O amor de serviço e respeito mútuo.
A grande lição da submissão que rege o universo, a qual existe na própria Trindade divina entre Pai, Filho e Espírito Santo, seria aprendida e exercitada na união do homem com sua esposa.
Nós podemos ver o mesmo cuidado afetuoso no reino animal, e como geralmente os machos se sacrificam para prover a sua família.
O instinto maternal, foi colocado por Deus, não nos machos, mas nas fêmeas. É algo inteiramente diferente do instinto paternal. A mãe, tendo recebido a função voltada para a concepção e desenvolvimento dos novos seres, não somente os alimenta na fase em que se encontram em seu ventre com seu próprio sangue, e demais componentes vitais, como também exerce um papel preponderante para o desenvolvimento e cuidado deles, muito acima daquilo que podem fazer os pais, uma vez que foram dotadas por Deus de instintos e percepções muito peculiares para atenderem a todas as necessidades de seus filhos.
Além disso, as fêmeas foram projetadas por Deus com encantos específicos, de forma a atrair o interesse dos machos, como por exemplo, uma voz doce, dotada de meiguice, formas abrandadas e belas, e modos e disposições voltados para se adornarem e assim, tornarem-se atrativas.
Evidentemente, em tudo isso, havia da parte de Deus, o propósito não apenas de despertar o desejo sexual, com vistas principalmente à procriação, como também, para ensejar todas os exercícios e manifestações apropriados ao amor e fidelidade de um ao outro.
Quando alguém não tem um lar para cuidar, e cônjuges e filhos para amar, dificilmente se verá nele o sentimento sacrificial de trabalhar e fazer tudo o que for preciso para a preservação da família. Isto refletirá inclusive no modo responsável de se viver, e de se servir à própria comunidade ou nação à qual se pertença, e com isto, decorre o equilíbrio e continuidade da sociedade.
Se este sentido familiar, projetado por Deus, for desintegrado pelo aumento de comportamentos marginais e contrários a tal desígnio, o que se verá, consequentemente, será a desintegração da própria sociedade.
É por estes e outros motivos, que encontramos tantas recomendações e exortações bíblicas no sentido de que o homem aja como homem, e a mulher aja como mulher, porque o contrário disto é uma abominação e pecado aos olhos de Deus, pois não se trata apenas de se transgredir seus mandamentos, mas agir no sentido de destruir o que Ele planejou para aquilo que cada um deveria ser neste mundo, de modo que há mandamentos específicos para os homens e também para as mulheres.
Isto nada tem a ver com costumes de nações, uma vez que as de Canaã foram destruídas, a mando de Deus, especialmente por causa de contrariarem as regras previstas para uma vida pura, sem fornicação sexual decorrente da falta de cumprimento das regras estabelecidas para o casamento.
As cidades de Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, foram destruídas com fogo do céu, pelo mesmo motivo de fornicação sexual.
Os israelitas foram advertidos pelo Senhor que lhes sobreviriam os mesmos juízos que Ele havia trazido às nações pagãs caso eles enveredassem pelo caminho dos mesmos costumes deles.
Então, não é uma questão de somenos importância, ou de pouca relevância, esta quanto ao modo como devem viver tanto os homens quanto as mulheres, especialmente no que diz respeito à área sexual. Deus tem prometido vingar no dia do Juízo Final todas as nações e pessoas que viveram de modo contrário àquele que foi por Ele estabelecido.
Todo um capítulo da Bíblia foi reservado para tratar somente deste assunto, o que demonstra a Sua grande importância, para receber a devida consideração, se desejamos viver de modo agradável a Deus, e escaparmos dos Seus justos juízos.

Levítico –  18

1 Disse mais o SENHOR a Moisés:
2 Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Eu sou o SENHOR, vosso Deus.
3 Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes, nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, para a qual eu vos levo, nem andareis nos seus estatutos.
4 Fareis segundo os meus juízos e os meus estatutos guardareis, para andardes neles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.
5 Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por eles. Eu sou o SENHOR.
6 Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne, para lhe descobrir a nudez. Eu sou o SENHOR.
7 Não descobrirás a nudez de teu pai e de tua mãe; ela é tua mãe; não lhe descobrirás a nudez.
8 Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai; é nudez de teu pai.
9 A nudez da tua irmã, filha de teu pai ou filha de tua mãe, nascida em casa ou fora de casa, a sua nudez não descobrirás.
10 A nudez da filha do teu filho ou da filha de tua filha, a sua nudez não descobrirás, porque é tua nudez.
11 Não descobrirás a nudez da filha da mulher de teu pai, gerada de teu pai; ela é tua irmã.
12 A nudez da irmã do teu pai não descobrirás; ela é parenta de teu pai.
13 A nudez da irmã de tua mãe não descobrirás; pois ela é parenta de tua mãe.
14 A nudez do irmão de teu pai não descobrirás; não te chegarás à sua mulher; ela é tua tia.
15 A nudez de tua nora não descobrirás; ela é mulher de teu filho; não lhe descobrirás a nudez.
16 A nudez da mulher de teu irmão não descobrirás; é a nudez de teu irmão.
17 A nudez de uma mulher e de sua filha não descobrirás; não tomarás a filha de seu filho, nem a filha de sua filha, para lhe descobrir a nudez; parentes são; maldade é.
18 E não tomarás com tua mulher outra, de sorte que lhe seja rival, descobrindo a sua nudez com ela durante sua vida.
19 Não te chegarás à mulher, para lhe descobrir a nudez, durante a sua menstruação.
20 Nem te deitarás com a mulher de teu próximo, para te contaminares com ela.
21 E da tua descendência não darás nenhum para dedicar-se a Moloque, nem profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o SENHOR.
22 Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação.
23 Nem te deitarás com animal, para te contaminares com ele, nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele; é confusão.
24 Com nenhuma destas coisas vos contaminareis, porque com todas estas coisas se contaminaram as nações que eu lanço de diante de vós.
25 E a terra se contaminou; e eu visitei nela a sua iniquidade, e ela vomitou os seus moradores.
26 Porém vós guardareis os meus estatutos e os meus juízos, e nenhuma destas abominações fareis, nem o natural, nem o estrangeiro que peregrina entre vós;
27 porque todas estas abominações fizeram os homens desta terra que nela estavam antes de vós; e a terra se contaminou.
28 Não suceda que a terra vos vomite, havendo-a vós contaminado, como vomitou o povo que nela estava antes de vós.
29 Todo que fizer alguma destas abominações, sim, aqueles que as cometerem serão eliminados do seu povo.
30 Portanto, guardareis a obrigação que tendes para comigo, não praticando nenhum dos costumes abomináveis que se praticaram antes de vós, e não vos contaminareis com eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.
Nós vemos por estas prescrições, que há muito mais envolvido nelas do que a simples proibição do homossexualismo, como se vê no verso 22: Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação.” Há a proibição de fornicação com animais, assim como o incesto em diversos níveis. Evidentemente, todo o comportamento que indique impureza sexual e nudismo público com a intenção de provocar desejos sensuais é explicitamente proibido por Deus, e a tudo isto ele considera como uma abominação.
Os comportamentos sensuais em toda forma de exibição dita artística, folclórica, ou mesmo a título de diversão, são encaixados nesta categoria de pecado, porque depõem contra a pureza e honra devida ao casamento.
No caso da humanidade, Deus projetou o sexo e tudo o que se refira a ele, para ser restringido ao casamento, do homem com sua esposa, e declara que ele odeia o divórcio.
4 Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá.
5 Sendo, pois, o homem justo e fazendo juízo e justiça,
6 não comendo carne sacrificada nos altos, nem levantando os olhos para os ídolos da casa de Israel, nem contaminando a mulher do seu próximo, nem se chegando à mulher na sua menstruação;” (Ezequiel 18.4-6).
Entre os pecados cometidos por Israel que levaram o Senhor a expulsá-lo de sua terra, como Ele o fez efetivamente, encontram-se os de fornicação sexual, como se vê no texto do profeta Ezequiel:
9 Homens caluniadores se acham no meio de ti, para derramarem sangue; no meio de ti, comem carne sacrificada nos montes e cometem perversidade.
10 No teu meio, descobrem a vergonha de seu pai e abusam da mulher no prazo da sua menstruação.
11 Um comete abominação com a mulher do seu próximo, outro contamina torpemente a sua nora, e outro humilha no meio de ti a sua irmã, filha de seu pai.
12 No meio de ti, aceitam subornos para se derramar sangue; usura e lucros tomaste, extorquindo-o; exploraste o teu próximo com extorsão; mas de mim te esqueceste, diz o SENHOR Deus.
13 Eis que bato as minhas palmas com furor contra a exploração que praticaste e por causa da tua culpa de sangue, que há no meio de ti. Estará firme o teu coração?
14 Estarão fortes as tuas mãos, nos dias em que eu vier a tratar contigo? Eu, o SENHOR, o disse e o farei.
 15 Espalhar-te-ei entre as nações, e te dispersarei em outras terras, e porei termo à tua imundícia.
16 Serás profanada em ti mesma, à vista das nações, e saberás que eu sou o SENHOR.” (Ezequiel 22.9-16).
Quando olhamos para estes testemunhos da Palavra de Deus, e a muitos outros constantes no livro sagrado, nós concluímos que a presente geração está mais do que pronta para o juízo de Deus, que certamente virá sobre todas as nações, conforme Ele tem prometido.
É por causa da grande longanimidade do Senhor que o Juízo tem sido adiado, mas não porque não haja ainda o transbordamento da iniquidade que o provoca à ira a ponto de precipitar o julgamento.
1 Palavra do SENHOR, que foi dirigida a Oseias, filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel.
2 Quando, pela primeira vez, falou o SENHOR por intermédio de Oseias, então, o SENHOR lhe disse: Vai, toma uma mulher de prostituições e terás filhos de prostituição, porque a terra se prostituiu, desviando-se do SENHOR.
3 Foi-se, pois, e tomou a Gômer, filha de Diblaim, e ela concebeu e lhe deu um filho.
4 Disse-lhe o SENHOR: Põe-lhe o nome de Jezreel, porque, daqui a pouco, castigarei, pelo sangue de Jezreel, a casa de Jeú e farei cessar o reino da casa de Israel.
5 Naquele dia, quebrarei o arco de Israel no vale de Jezreel.
6 Tornou ela a conceber e deu à luz uma filha. Disse o SENHOR a Oseias: Põe-lhe o nome de Desfavorecida, porque eu não mais tornarei a favorecer a casa de Israel, para lhe perdoar.
7 Porém da casa de Judá me compadecerei e os salvarei pelo SENHOR, seu Deus, pois não os salvarei pelo arco, nem pela espada, nem pela guerra, nem pelos cavalos, nem pelos cavaleiros.
8 Depois de haver desmamado a Desfavorecida, concebeu e deu à luz um filho.
9 Disse o SENHOR a Oseias: Põe-lhe o nome de Não-Meu-Povo, porque vós não sois meu povo, nem eu serei vosso Deus.” (Oseias 1.1-9).
6 O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.
7 Quanto mais estes se multiplicaram, tanto mais contra mim pecaram; eu mudarei a sua honra em vergonha.
8 Alimentam-se do pecado do meu povo e da maldade dele têm desejo ardente.
9 Por isso, como é o povo, assim é o sacerdote; castigá-lo-ei pelo seu procedimento e lhe darei o pago das suas obras.
10 Comerão, mas não se fartarão; entregar-se-ão à sensualidade, mas não se multiplicarão, porque ao SENHOR deixaram de adorar.
11 A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento.
12 O meu povo consulta o seu pedaço de madeira, e a sua vara lhe dá resposta; porque um espírito de prostituição os enganou, eles, prostituindo-se, abandonaram o seu Deus.
13 Sacrificam sobre o cimo dos montes e queimam incenso sobre os outeiros, debaixo do carvalho, dos choupos e dos terebintos, porque é boa a sua sombra; por isso, vossas filhas se prostituem, e as vossas noras adulteram.
14 Não castigarei vossas filhas, que se prostituem, nem vossas noras, quando adulteram, porque os homens mesmos se retiram com as meretrizes e com as prostitutas cultuais sacrificam, pois o povo que não tem entendimento corre para a sua perdição.
15 Ainda que tu, ó Israel, queres prostituir-te, contudo, não se faça culpado Judá; nem venhais a Gilgal e não subais a Bete-Áven, nem jureis, dizendo: Vive o SENHOR.
16 Como vaca rebelde, se rebelou Israel; será que o SENHOR o apascenta como a um cordeiro em vasta campina?
17 Efraim está entregue aos ídolos; é deixá-lo.
18 Tendo acabado de beber, eles se entregam à prostituição; os seus príncipes amam apaixonadamente a desonra.” (Oseias 4.6-18).
18 Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem.
19 Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.
20 São estas as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não o contamina.” (Mateus 15.18-20).
Por esta afirmação de Jesus ninguém pode se justificar diante de Deus ou dos homens, dizendo que não poderia vencer suas disposições para um comportamento sexual impuro e condenado por Deus, porque sente-se naturalmente inclinado para isto. Ora, dizemos que não há justificativa, porque, na verdade, não há quem não esteja naturalmente inclinado ao pecado e à impureza. Para um viver puro e santo é necessário esforço e empenho para se viver pela fé, debaixo do poder da graça de Jesus, pois sem isto, sem a operação poderosa do Espírito Santo, ninguém pode vencer as inclinações pecaminosas do coração.
Assim, Deus não somente não terá por desculpados aqueles que permanecerem em suas práticas pecaminosas, como os sujeitará a uma condenação a um tormento eterno, uma vez que recusaram-se a se arrepender e crer em Cristo, para que fossem justificados, regenerados e santificados.
20 Temo, pois, que, indo ter convosco, não vos encontre na forma em que vos quero, e que também vós me acheis diferente do que esperáveis, e que haja entre vós contendas, invejas, iras, porfias, detrações, intrigas, orgulho e tumultos.
21 Receio que, indo outra vez, o meu Deus me humilhe no meio de vós, e eu venha a chorar por muitos que, outrora, pecaram e não se arrependeram da impureza, prostituição e lascívia que cometeram.” (II Coríntios 12.20,21).
Se aos que são do mundo e que não se arrependem de seus pecados, Deus não os tem julgado instantânea e presentemente, adiando todo o julgamento para o Dia do Juízo Final, no caso de crentes, entretanto, Ele os sujeita à disciplina da Aliança, e os castigará e corrigirá enquanto vivem aqui em baixo.
16 Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne.
17 Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.
18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei.
19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,
20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções,
21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.
22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,
23 mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
24 E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.” (Gálatas 5.16-24).
1 Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.
2 Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;
3 porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.
4 Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.
5 Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria;
6 por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência].
7 Ora, nessas mesmas coisas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nelas.
8 Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar.
9 Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos
10 e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;” (Colossenses 3.1-10).
Se, especialmente nos jovens, a área sexual é aquela em que são mais tentados, então devem ter toda uma atenção especial em relação a isto, porque quando falhamos em qualquer área de nossas vidas, quanto a sermos subjugados pelas tentações, toda a nossa vida espiritual e comunhão com Deus ficam comprometidas.
A natureza foi disposta pelo Senhor de tal forma para que compreendamos que o sexo e o desejo sexual, nunca foram e jamais serão um fim em si mesmos. É por um amadurecimento de hormônios e outros componentes químicos existentes no corpo que há a capacidade para o sexo, de modo que se desperta na puberdade e esmaece na velhice. E enquanto ela existir, deve ser submetida à direção divina, para que não se incorra num viver pecaminoso e impuro, além dos limites estabelecidos por Deus para o sexo.
1 Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais;
2 porque estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus.
3 Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição;
4 que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra,
5 não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus;
6 e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador,
7 porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.
8 Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo.” (I Tessalonicenses 4.1-8).
5 Quero, pois, lembrar-vos, embora já estejais cientes de tudo uma vez por todas, que o Senhor, tendo libertado um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram;
6 e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia;
7 como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição.
8 Ora, estes, da mesma sorte, quais sonhadores alucinados, não só contaminam a carne, como também rejeitam governo e difamam autoridades superiores.
9 Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!
10 Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas coisas se corrompem.” (Judas 1.5-10).
20 Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.
21 Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição.
22 Eis que a prostro de cama, bem como em grande tribulação os que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita.
23 Matarei os seus filhos, e todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que sonda mentes e corações, e vos darei a cada um segundo as vossas obras.” (Apocalipse 2.20-23).
20 Os outros homens, aqueles que não foram mortos por esses flagelos, não se arrependeram das obras das suas mãos, deixando de adorar os demônios e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar;
21 nem ainda se arrependeram dos seus assassínios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos.” (Apocalipse 9.20,21).
1 Depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a terra se iluminou com a sua glória.
2 Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável,
3 pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria.
4 Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos;
5 porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou dos atos iníquos que ela praticou.
6 Dai-lhe em retribuição como também ela retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo as suas obras e, no cálice em que ela misturou bebidas, misturai dobrado para ela.” (Apocalipse 18.1-6).
1 Depois destas coisas, ouvi no céu uma como grande voz de numerosa multidão, dizendo: Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus,
2 porquanto verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande meretriz que corrompia a terra com a sua prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.
3 Segunda vez disseram: Aleluia! E a sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos.” (Apocalipse 19.1-3).
9 Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas,
10 nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.
11 Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” (I Coríntios 6.9-11).
4 Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros.” (Hebreus 13.4).
14 Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,
15 atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados;
16 nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura.
17 Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.” (Hebreus 12.14-17).
11 E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as.
12 Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha.
13 Mas todas as coisas, quando reprovadas pela luz, se tornam manifestas; porque tudo que se manifesta é luz.
14 Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.
15 Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios,
16 remindo o tempo, porque os dias são maus.
17 Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.
18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito,
19 falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais,
20 dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,
21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.
22 As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor;
23 porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo.
24 Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido.
25 Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,
26 para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra,
27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.
28 Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama.
29 Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja;
30 porque somos membros do seu corpo.
31 Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne.
32 Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja.
33 Não obstante, vós, cada um de per si também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao marido.” (Efésios 5.11-33).
Se o casamento não é uma regra para todas as pessoas, todavia a pureza no viver é geral para todos, sejam casados, solteiros ou mesmo eunucos.
1 Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher;
2 mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido.
3 O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido.
4 A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher.
5 Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência.
6 E isto vos digo como concessão e não por mandamento.
7 Quero que todos os homens sejam tais como também eu sou; no entanto, cada um tem de Deus o seu próprio dom; um, na verdade, de um modo; outro, de outro.
8 E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo.
9 Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado.
10 Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido
11 (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher.
12 Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone;
13 e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o marido.
14 Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos.
15 Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz.
16 Pois, como sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, como sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?
17 Ande cada um segundo o Senhor lhe tem distribuído, cada um conforme Deus o tem chamado. É assim que ordeno em todas as igrejas.” (I Coríntios 7.1-17).
1 E aconteceu que, concluindo Jesus estas palavras, deixou a Galileia e foi para o território da Judeia, além do Jordão.
2 Seguiram-no muitas multidões, e curou-as ali.
3 Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?
4 Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher
5 e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne?
6 De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.
7 Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar?
8 Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio.
9 Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério [e o que casar com a repudiada comete adultério].
10 Disseram-lhe os discípulos: Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar.
11 Jesus, porém, lhes respondeu: Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado.
12 Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir admita.” (Mateus 19.1-12).
1 Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus.” (II Coríntios 7.1).
25 pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!
26 Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza;
27 semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro.
28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes,” (Romanos 1.25-28).
1 Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos
2 a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor.
3 Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição,
4 o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.
5 Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas?
6 E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria.
7 Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém;
8 então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda.
9 Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira,
10 e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.
11 É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira,
12 a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.” (II Tessalonicenses 2.1-12).
Aos olhos do mundo parece ser muito justo e adequado que se incentive a aparente inocente e banal questão da teoria da igualdade de gêneros, mas podemos ver por textos bíblicos como os anteriormente citados, que nunca foi este o modo que Deus julgou este assunto. Ao contrário, é exatamente por não conceder o poder de graça restringidora do Espírito Santo no sentido de impedir o livre acesso de Satanás e os demônios a fazerem tudo o que quiserem com a humanidade, notadamente em inspirar a prática de toda forma de inclinação para a impiedade.
Antes e próximo de um grande juízo de Deus sobre todo o mundo, como aquele que se viu no dilúvio nos dias de Noé, sempre há essa retirada do Espírito Santo em seu trabalho de impedir o avanço da iniquidade, de modo que toda forma de prática pervertida começa a ser espalhada pelo mundo, e não somente isto, a ser aceita e aprovada pela sociedade como um todo.
1 Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas,
2 vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes agradaram.
3 Então, disse o SENHOR: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos.
4 Ora, naquele tempo havia gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade.
5 Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração;
6 então, se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração.
7 Disse o SENHOR: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito.” (Gênesis 6.1-7).
Observe bem que o motivo principal para o dilúvio conforme declarado pelo próprio Deus, foi o da fornicação sexual, porque homens santos haviam abandonado a vida piedosa por se unirem a mulheres depravadas que corromperam seus corações (Gên 6.1-3).
É pelo abandono de Deus, de se observar os seus mandamentos, por longo tempo e por muitos, que Ele deixa as pessoas entregues a si mesmas, e portanto, impotentes para vencerem o mal.
Nosso Senhor Jesus Cristo profetizou qual seria o quadro existente no fim dos tempos em razão deste aumento da iniquidade:
12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos.
13 Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.
14 E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.” (Mateus 24.12-14).
No original grego a palavra “iniquidade” é “anomia”, que significa literalmente “sem lei”, “não ser guiado por lei”, e aqui no caso, a lei em causa é a de Deus, a que que se revela em seus mandamentos constantes da Bíblia.
Quando o macho age como se fosse fêmea, e a fêmea como se fosse macho, o que há então não é uma mera opção sexual, mas uma transgressão continuada e deliberada do mandamento divino. E como legislador e juiz do universo, Deus não pode deixar de levar a julgamento todos aqueles que transgridem a Sua vontade.
10 Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo.
11 Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.
12 E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.
13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.
14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.
15 Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira.” (Apocalipse 22.10-15).













APÊNDICE:
É somente pelo convencimento e instrução do Espírito Santo que podemos compreender adequadamente qual seja o significado do pecado.
Sem esta operação do Espírito Santo, ou quando ainda nos encontramos a caminho de ser melhor esclarecidos por Ele, é muito comum até mesmo negar-se a existência do pecado, ou classificá-lo das mais variadas formas possíveis que em pouco ou nada correspondem ao seu verdadeiro e pleno significado.
De modo que quando se diz que Jesus carregou sobre si os nossos pecados (I Pedro 2.24) e que Ele se manifestou para tirar o pecado, não é dada a devida importância a este maravilhoso fato, que é a resposta à única e principal necessidade do ser humano relativa à vida, pois sem a solução do problema do pecado que a todos atinge, não é possível ter a vida eterna de Deus.
Então, não se deve pensar em Jesus em alguém que veio ao mundo para que pudéssemos errar menos, ou ainda que melhorássemos nossas ações morais, pois a obra de expiação e remoção do pecado está relacionada a uma questão de vida, caso concluída, ou de morte eterna, em caso contrário.
Então é preciso saber qual é a origem e a natureza do pecado e a sua forma de agir na humanidade para que o vencendo possamos atingir ao propósito de Deus na nossa criação e viver de modo agradável a Ele.
Ora, se o pecado é o que se opõe à possibilidade de se ter vida eterna, então, necessitamos refletir mais cuidadosamente sobre a relação que há entre pecado e morte, e santidade e vida.
Então, é muito importante que tenhamos uma compreensão adequada do significado de vida eterna, para que não nos enganemos quanto a se temos alcançado ou não o propósito de Deus quanto a isto.
Antes de tudo, vida em seu sentido geral é muito mais do que simples existência, porque os corpos inanimados existem e no entanto, não possuem vida.
Ainda que alguns seres espirituais existam eternamente, pois espíritos não podem ser aniquilados, todavia não se pode dizer deles que possuem vida eterna, e a par da existência consciente deles são classificados como mortos espiritual e eternamente, tal é o caso de Satanás, dos demônios e de todos os seres humanos que morreram sob a condenação do pecado, estando desligados de Deus.
Deus é a fonte e o padrão da verdadeira vida.
É pelo que existe em sua natureza, portanto, que se define o que é e o que não é participante da vida eterna.
A vida eterna é perfeita e completa em Deus, mas nas criaturas (anjos eleitos e santos) que alcançam a participação nesta vida, estão sujeitos a crescimento na mesma rumo à perfeição divina, que sendo infinita, será para eles sempre um alvo a ser buscado.
Daí se dizer que quando alguém nasce de novo do Espírito Santo, que ele é um bebê espiritual em Cristo. Ele deve crescer na graça e no conhecimento do Senhor, e isto será feito neles pela operação do Espírito Santo, até contemplar neles a maturidade espiritual que é chamada de perfeição, mas não sendo ainda aquela perfeição total como ela se encontra somente em Deus.
Não devemos ficar, portanto, satisfeitos somente com a conversão inicial a Cristo, pela qual fomos tornados filhos de Deus e novas criaturas, mas devemos prosseguir em busca daquela santificação que nos tornará cada vez mais à imagem e semelhança de Jesus.
O grande indicador do progresso neste crescimento na vida eterna, é o de aumento de graus em santificação. Este aperfeiçoamento em santificação é a vontade de Deus quanto ao seu propósito em nos ter tornado seus filhos. (I Tessalonicenses 4.3, 5.23).
Esta é a vida em abundância que Jesus veio dar àqueles que se tornariam filhos de Deus por meio da fé nele.
Podemos entender melhor isto quando fazemos um contraste com o pecado, pois se o pecado é o que produz morte, a santidade é o que produz vida.
Concluímos que somente aqueles que forem santificados têm acesso à vida eterna. Daí se dizer que sem santificação ninguém verá o Senhor.
É fácil entendermos esta verdade quando refletimos que de fato não se pode dizer que há a vida de Deus onde domina o orgulho, a impureza, a malícia, a cobiça, o adultério, o ódio, o roubo, a corrupção, a inveja, e todas as obras da carne que operam segundo o pecado.
Mas, onde o que prevalece é a fé, a humildade, o amor, a bondade, a misericórdia, a longanimidade, a reverência, o louvor, a adoração ao Senhor, a obediência aos Seus mandamentos e tudo o mais que compõe o fruto do Espírito Santo, pode-se dizer que temos em tudo isto indícios ou evidências onde há vida eterna.
Os que afirmam andar na luz e pertencerem a Jesus, quando na verdade caminham nas trevas, são chamados pelo apóstolo João de mentirosos, e que não têm de fato a vida eterna que eles alegam possuir, porque onde ela foi semeada por Jesus, não produz os frutos venenosos do pecado e da justiça própria, senão os que são provenientes da santidade e da justiça de Jesus atuando em nós.
Como o conhecimento verdadeiro de Deus, consiste em termos um conhecimento pessoal de Seu caráter, virtude, obras e atributos, e isto, por uma revelação que recebamos da parte dEle em Espírito, e para tanto temos recebido o dom da fé, então, não somos apenas justificados por este conhecimento, como também acessamos à vida eterna, alcançando que sejam implantadas em nós as mesmas virtudes e caráter de Cristo.
É este conhecimento real, espiritual e pessoal de quem seja de fato Deus, o que promove a nossa santificação e aumentos em graus na posse da vida eterna, ou melhor dizendo, para que a vida eterna se aposse em maiores graus de nós.
Quando nos falta este viver piedoso na verdade, ainda que sejamos crentes, Deus nos vê como mortos e não como vivos, e por isso somos chamados ao arrependimento e à prática das primeiras obras, para que tenhamos o necessário reavivamento espiritual. (Apocalipse 3.1-3,17-19).
Enganam-se todos aqueles que por julgarem estarem cheios de energia, e envolvidos na realização de muitas obras, que isto é um sinal evidente de vida abundante neles, quando toda esta energia é carnal e não acompanhada por um viver realmente piedoso que seja operado neles pelo Espírito Santo, pela aplicação da Palavra de Deus às suas vidas.
É na medida em que as obras da carne são mortificadas que mais se manifesta em nós a vida eterna que há em Cristo.
Se não houver a crucificação do ego carnal, a mortificação do pecado, a vida ressurreta de Cristo não se manifestará.
A verdadeira santidade que conduz à vida é dependente das operações sobrenaturais do Espírito Santo, mediante a obra realizada por Jesus Cristo em nosso favor. A mera prática da moralidade não pode produzir esta santidade necessária à vida eterna. A simples religiosidade carnal na busca de cumprimento dos mandamentos de Deus, segundo a nossa própria justiça, também não pode produzir esta santidade. O jovem rico enganou-se quanto a isto, e por não se sujeitar à justiça que vem de Cristo, não alcançou a vida eterna.
Há necessidade de convencimento do pecado pelo Espírito Santo, de que Ele nos convença de nossa completa miserabilidade diante de Deus, e de nossa total dependência da sua misericórdia, graça e bondade, para que nos salve, mediante a confiança que temos colocado em Jesus e na obra que Ele realizou em nosso favor. Sem isto, não pode haver salvação, e por conseguinte vida eterna, porque Deus não pode operar santidade em um coração que se rebela contra Ele e Sua vontade.
Deus não contempla nossos meros desejos e palavras. Ele olha o nosso coração. Ele opera somente segundo a verdade, e não segundo nossas emoções, sentimentos, vontades, pois podem não estar conformados à verdade da Sua Palavra revelada na Bíblia, e assim não podendo chegar a um verdadeiro arrependimento, torna-se impossível sermos contemplados com uma salvação cujo fim é a nossa santificação.
Para o nosso presente propósito, não basta ir ao relato de como o pecado entrou no mundo através do primeiro casal criado, atendo-nos apenas aos fatos relacionados à narrativa da Queda, sobretudo quanto à maneira desta entrada mediante tentação vindo do exterior da parte de Satanás sobre a mulher. É preciso entender o mecanismo de operação desta tentação naquela ocasião, uma vez que ela ocorreu quando a mulher era inocente, não conhecia nem bem e nem mal, não sendo portanto ainda uma pecadora, e no entanto, pela tentação, teve o desejo de praticar algo que lhe havia sido proibido por Deus.
Poderia este desejo, sem a consumação do ato, ser considerado como sendo a própria entrada do pecado? Em caso contrário, o que seria necessário haver também para que assim fosse considerado?
Por que desde aquele primeiro pecado, toda a descendência de Adão ficou encerrada no pecado? Por que o pecado permanece ligado à natureza dos próprios crentes, mesmo depois da conversão deles?
Por que o pecado desagrada tanto a Deus que como consequência produz a morte?
Estas e outras perguntas, procuraremos responder nas linhas a seguir.
Antes de apresentar qualquer consideração específica ao caso, é importante destacar que o único ser que possui vontade absoluta, gerada em si mesmo, e sempre perfeita e aprovada, é Deus, cuja vontade é o modelo de toda vontade também aprovada. Esta é a razão de Ele não poder ser tentado ao mal, e a ninguém tentar. Sua vontade é santíssima e perfeitamente justa. Mas no caso dos homens e até mesmo dos anjos, cuja vontade é a de uma criatura, sendo dotados de vontade livre, estão contingenciados a submeterem suas vontades à de Deus naqueles pontos em que o exercício da própria vontade deles colidisse com esta vontade divina. Eles são livres para pensar, imaginar, agir, criar, mas tudo dentro de uma esfera que não ultrapasse os limites que lhes são determinados por Deus, quer na lei natural impressa em suas consciências, quer na lei moral revelada em Sua Palavra, a qual é também impressa nas mentes e corações dos crentes.
Temos assim, desde o início da criação, um campo aberto para um possível conflito de vontades. Deus por um lado agindo pelo Espírito Santo buscando nos mover à negação do ego para fazer não a nossa, mas a Sua vontade, e o nosso ego querendo fazer algo que possa ser eventualmente diferente daquilo que Deus determina para que façamos ou deixemos de fazer.
Neste ponto, podemos entender que a proposta de Satanás para Eva no paraíso, buscava estimular e despertar desejos e sentimentos em Eva para que a sua vontade fosse conduzida pela do diabo, e não pela de Deus.
Se ao sentir-se inclinada à desobediência ela tivesse recorrido à graça divina, clamando por ajuda para rejeitar a tentação e permanecer obediente, a fé teria triunfado em sua confiança no Senhor e sujeição a ele, e em vez de um ato pecaminoso, haveria um motivo para Deus ser glorificado. E isto ocorreria todas as vezes em que ao ser tentado a fazer algo diferente do que havia sido determinado por Deus, o homem escolhesse obedecer à Sua Palavra, e não aos desejos criados em seus pensamentos e imaginação.
Podemos tirar assim a primeira grande conclusão em ralação ao que seja o pecado, de que não se trata de algo corpóreo, ainda que invisível, com existência própria e poder inteligente para nos influenciar, mas é algo decorrente de nossas próprias inclinações, desejos e más escolhas, especialmente quando não nos permitimos ser dirigidos e instruídos por Deus, e não nos exercitamos em sujeitar todas as nossas faculdades a Ele para agir conforme a Sua santa, boa, perfeita e agradável vontade.
É pelo desconhecimento desta verdade que muitos crentes caminham de forma desordenada, uma vez que tendo aprendido que a aliança da graça foi feita entre Deus Pai e Deus Filho, e que são salvos exclusivamente por meio da fé, que então não importa como vivam uma vez que já se encontram salvos das consequências mortais do pecado.
Ainda que isto seja verdadeiro, é apenas uma das faces da moeda da salvação, que nos trazendo justificação e regeneração instantaneamente pela graça, mediante a fé, no momento mesmo da nossa conversão inicial, todavia, possui uma outra face que é a relativa ao propósito da nossa justificação e regeneração, a saber, para sermos santificados pelo Espírito Santo, mediante implantação da Palavra em nosso caráter. Isto tem a ver com a mortificação diária do pecado, e o despojamento do velho homem, por um andar no Espírito, pois de outra forma, não é possível que Deus seja glorificado através de nós e por nós. Não há vida cristã vitoriosa sem santificação, uma vez que Cristo nos foi dado para o propósito mesmo de se vencer o pecado, por meio de um viver santificado.
O homem, tendo sido criado em um estado tão santo e glorioso, foi colocado no Paraíso, que era sua residência. 
No meio deste Jardim do Éden estava a árvore da vida, que não consideramos pertencer a uma certa espécie, mas era uma árvore singular na natureza. E do chão fez o Senhor Deus crescer todas as árvores ... a árvore da vida também no meio do jardim ”(Gênesis 2: 9). Portanto, essa árvore não foi encontrada em outros locais.
No Paraíso, havia também a árvore do conhecimento do bem e do mal. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás (Gn 2:17; 3: 3). Como lá havia apenas uma árvore da vida; portanto, havia apenas uma árvore do conhecimento do bem e do mal. Não se afirma que isto se refere ao tipo de árvore, mas ao número. É simplesmente referido como "a árvore". A razão para esse nome pode ser deduzido do próprio nome.
(1) Era uma árvore probatória pela qual Deus desejava provar ao homem se ele perseveraria em fazer o bem ou se ele cairia no mal, como se encontra em 2 Crônicas 32:31: “... Deus o deixou, para julgá-lo, para que ele pudesse saber tudo que estava em seu coração."
(2) O homem, ao comer desta árvore, saberia em que condição pecaminosa e triste ele tinha trazido a si mesmo.
O Senhor colocou Adão e Eva neste jardim para cultivá-lo e guardá-lo (Gn 2:15). 
O sábado era a exceção, pois então ele era obrigado a descansar e a se abster de trabalhar de acordo com o exemplo que seu Criador lhe dera e ordenara que ele imitasse.
Assim, Adão tinha todas as coisas em perfeição e para deleite do corpo e da alma. Se ele tivesse perseverado perfeitamente durante seu período de estágio, ele, sem ver nenhuma morte, teria sido conduzido ao terceiro céu, para a glória eterna. Embora o corpo tivesse sido construído a partir de elementos materiais, sua condição era tal que era capaz de estar em união essencial com a alma imortal e capaz de existir sem nunca estar sujeito a doença ou morte.
Se ele não tivesse pecado, o homem não teria morrido, mas teria subido ao céu com corpo e alma. Isso pode ser facilmente deduzido do fato de que Enoque, mesmo depois da entrada do pecado no mundo, foi arrebatado ao terceiro céu, sem passar pela morte, em razão de ter andado com Deus.
Sendo este o desígnio de Deus na criação do homem, a saber, que ele andasse em santidade de vida na Sua presença, então não é difícil concluir quão enganados se encontram aqueles que apesar de terem muita prosperidade material e facilidades no mundo, e que todavia não estão santificados pela Palavra de Deus, aplicada pelo Espírito Santo, em razão da fé em Jesus, e que os tais encontram-se mortos à vista de Deus em delitos e pecados, permanecendo debaixo de uma maldição e condenação eternas, enquanto permanecerem na citada condição sem arrependimento e conversão.
Aqui percebemos a natureza abominável do pecado, enquanto o homem, sendo dotado de faculdades tão excelentes para estar unido ao Seu Criador com tantos laços de amor, partiu dEle, e O desprezou e O rejeitou.
Ele agiu para que o Criador não o dominasse, mas que pudesse ser seu próprio senhor e viver de acordo com a sua própria vontade.
Aqui brilha a incompreensível bondade e sabedoria de Deus, na medida em que reconcilia tais seres humanos maus consigo mesmo novamente através do Mediador Jesus Cristo. Ele fez com que este mediador viesse de Adão como santo, tendo a mesma natureza que pecara, para suportar a punição do pecado do próprio homem e, assim, cumprir toda a justiça. Tais seres humanos, Ele novamente adota como Seus filhos e toma para Si em felicidade eterna. A Ele seja dado eterno louvor e honra por isso. Amém.
Eva foi seduzida a comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ela não foi coagida, mas o fez por vontade própria. 
Além disso, Adão não foi o primeiro a ser enganado, nem foi enganado pela serpente, mas como o apóstolo declara em 1 Tim 2:14, por uma Eva enganada - e, portanto, subsequente a ela. Estou convencido de que, se Adão permanecesse de pé, Eva teria suportado o castigo sozinha. Como Adão também pecou, ​​no entanto, toda a natureza humana, toda a raça humana, tornou-se culpada, como Paulo disse: "Portanto, como por um homem o pecado entrou no mundo ..." (Romanos 5:12). Ele não apenas se refere ao pecado de Eva, mas ao pecado de toda a raça humana, que é total e inteiramente encerrada em Adão e Eva, que eram um em virtude de seu casamento. Em vez disso, ele se refere especificamente ao pecado de Adão, que foi o primeiro homem, a primeira e única fonte, tanto de Eva como de toda a raça humana.
Entenda-se este ato de ter sido encerrado por Deus no pecado, não como se Deus tivesse feito a cada um de nós pecadores, ou então que tivesse transferido para nós o pecado praticado por Adão, mas como a consideração e imputação de culpa a toda a humanidade, e sujeição à maldição da condenação pela morte, uma vez que não haveria quem não pecasse, já que o homem revelou desde Adão que de um modo ou de outro faria um uso indevido de sua vontade, opondo-se a Deus. Pois sem a concessão da Graça de Deus é impossível que o homem possa vencer o pecado. E a Graça para tal propósito somente é concedida aos que creem em Jesus.
O pecado inicial não pode ser encontrado no ato externo, nas emoções, afetos e inclinações, nem na vontade. Em uma natureza perfeita, vontade e emoções estão sujeitos ao intelecto, pois não precedem o intelecto em sua função, mas são uma consequência do mesmo.
O pecado inicial deve ser buscado no intelecto, que por meio de raciocínio enganoso foi levado a concluir que eles não morreriam e que havia um poder inerente àquela árvore para torná-los sábios, uma sabedoria que eles poderiam desejar sem serem culpados de pecado. Essa árvore tinha o nome de conhecimento, que era desejável para eles. Mas também trazia o nome de bem e mal, mesmo que estivesse escondido deles quanto ao que era compreendido na palavra mal. A serpente usa esse nome como se grandes questões estivessem ocultas nessas palavras. Como o intelecto se concentrou mais na conveniência de se tornar sábio quanto a árvore pela qual, como meio ou causa, essa sabedoria poderia ser transmitida a eles, a intensa e viva consciência da proibição de não comer e da ameaça de morte tendem a diminuir. A faculdade de julgamento, sugerindo que seria desejável comer dessa árvore, despertou a inclinação de adquirir sabedoria dessa maneira. Além disso, havia o fato de que ... a mulher viu que a árvore era boa para comer, e agradável aos olhos” (Gn 3: 6).
A decepção do intelecto não foi consequência da natureza da árvore e de seus frutos, mas devido às palavras da serpente e as palavras da mulher para Adão. Assim, foi tomada por verdadeira a palavra da serpente, e depois a da mulher, em vez da Palavra de Deus. Portanto, o primeiro pecado foi a fé na serpente, (ainda que não no animal propriamente dito, mas naquele que o usou como seu instrumento, a saber, Satanás.), acreditando que eles não morreriam, mas, em vez disso, adquiririam sabedoria. 
O ato implicava uma descrença em Deus que havia ameaçado a morte ao comer dessa árvore. Assim Eva em virtude da incredulidade tornou-se desobediente, estendeu a mão e comeu. Ao fazer isso, ela creu na serpente e foi enganada, este pecado é denominado como tal em 1 Tim 2:14 e 2 Cor 11: 3. 
Da mesma maneira, ela seduziu Adão. Portanto, o primeiro pecado não era orgulho, isto é, ser igual a Deus, também não rebelião, desobediência ou apetite injustificado, mas incredulidade.
Não crer na palavra de Deus, não dar a devida observância a ela e não praticá-la, é tudo consequente de incredulidade, e este é o pecado principal do qual os demais se originam, pois o justo viverá por sua fé, e por esta fé é possível até mesmo confessar-se culpado, arrepender-se e converter-se a Deus, e tudo isto sucede por conta de se dar crédito às ameaças de Deus contra o pecado.
Concluímos, que o pecado sempre jaz à porta, ele sempre nos assedia bem de perto, conforme afirmam as Escrituras, pois o intelecto sempre é solicitado de uma forma ou de outra, por tentações internas ou externas, a despertar a vontade e desejos pecaminosos, que se não forem resistidos por meio da graça, sempre prevalecerão.
Daí nos ser ordenado a vigiar e orar incessantemente, porque a carne é fraca. A andarmos continuamente no Espírito Santo para podermos vencer as obras da carne, e não ceder às tentações.
É por meio de uma vida santificada que nos tornamos fortes para resistir ao pecado, pois eliminá-lo de uma vez por todas enquanto andamos neste mundo, equivaleria a remover de nós toda a liberdade que temos de escolher livremente o que fazer e o que não fazer. De modo que se não nos negarmos, se não sujeitarmos a nossa vontade à de Deus, seguindo o exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo, jamais poderemos ter um caminhar vitorioso neste mundo.
Quando nosso Senhor foi conduzido ao deserto para ser tentado pelo diabo, Ele foi solicitado a transformar pedras em pães porque era grande a sua fome no final do jejum de quarenta dias e noites. O diabo vislumbrou nEle este desejo por comida, e então reforçou o desejo por meio de tentação dizendo-lhe que se era de fato o Filho de Deus, poderia transformar pedras em pães. Se Ele o fizesse, teria pecado porque estava sob o comando total do Espírito Santo e somente poderia fazer o que lhe fosse ordenado pelo Pai. Nada poderia fazer por seu próprio poder, ao qual deveria renunciar em seu ministério terreno, para ser obediente não como Deus, mas como homem, segundo a instrução do Espírito Santo. O desejo de comer não era em si pecaminoso, mas a ordem era que somente quebrasse o jejum quando lhe fosse permitido pelo Pai. Assim, Jesus renunciou ao desejo, porque nem só de pão material vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. O desejo não foi consumado e portanto não houve pecado, mas uma obediência pela qual Deus foi glorificado.
O mesmo sucede conosco sempre que somos solicitados pelo nosso intelecto a fazer o que nos seja vedado pela Palavra de Deus. Se renunciarmos à nossa própria vontade para fazer a do Senhor, então somos aprovados e nisto Ele é glorificado.
Assim, qualquer tentação específica traz em si mesma o potencial para a nossa ruína, ou para a glória de Deus, em caso de desobediência ou obediência, respectivamente.
“Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14.26,27).
A cruz representa o ato de sacrificarmos a nossa própria vontade para escolher fazer a de Deus.
“Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14.33)
O fato de que Deus desde a eternidade conheceu a queda, decretando que permitiria que ocorresse, não é apenas confirmado pelas doutrinas de sua onisciência e decretos, mas também pelo fato de que Deus desde a eternidade tem ordenado um Redentor para o homem, para libertá-lo do pecado: o Senhor Jesus Cristo, a quem Pedro chama de Cordeiro, “que em verdade foi predestinado antes da fundação do mundo” (1 Pedro 1:20).
O pecado causa a morte eterna mas o seu efeito pode ser revertido por meio da fé em Jesus Cristo. A Lei de Deus que opera segundo a Sua justiça, é implacável e amaldiçoa a todo aquele que vier a transgredir a qualquer dos seus mandamentos. Mas o amor, a misericórdia, a longanimidade e bondade de Deus dão ao pecador a oportunidade de se voltar para Ele, através do arrependimento e da fé, pois o próprio Deus proveu uma aliança com o Filho, através da qual pode adotar pecadores como filhos amados, para serem tornados santos por Ele, prometendo-lhes conduzi-los à perfeição total quando eles partirem para a glória celestial, assim como havia feito nos próprios dias do Velho Testamento, dando inclusive um novo corpo perfeito e glorificado a Enoque e a Elias. Mas todos os espíritos dos que nEle creram foram transladados em perfeição para o mesmo céu de glória.
Deus nos ensina, quando nele cremos, que a sua graça é suficiente e poderosa para nos firmar em santidade, pois na nossa própria experiência conhecemos que quanto mais nos consagramos a Ele, mais somos fortalecidos pela graça para resistir e vencer o pecado, inclusive o que procura se levantar em nossa própria natureza terrena. Por isso temos recebido em Cristo uma nova natureza, ao lado da antiga, para subjugar esta última, pois a nova natureza é celestial, espiritual, divina e santa, e sempre nos inclina para aquilo que é de Deus e que é conforme a Sua santa vontade.
É por uma caminhada constante no Espírito Santo, mediante a prática da Palavra, que somos tornados cada vez mais espirituais e menos inclinados para a carne que não é sujeita à lei de Deus e nem mesmo pode ser.
Mas é de tal ordem a bondade e misericórdia que Deus nos tem concedido por meio da aliança da graça em Cristo, que mesmo aqueles que não tenham feito grande progresso em santificação têm a condenação eterna anulada por causa da união deles com Jesus, por meio de quem receberam um novo nascimento espiritual para pertencerem a Ele. Não serão jamais lançados fora conforme a Sua promessa, porque isto seria a negação da verdade de que foram de fato salvos por pura graça e não por mérito, virtude ou obras deles mesmos.
Deus nos trata conforme a cabeça da raça sob a qual nos encontramos: se apenas em Adão, estamos condenados pela sentença que foi lavrada sobre ele e todos aqueles que viriam a ser da sua descendência; mas se estamos sob a cabeça de Cristo, recebemos um novo nascimento e somos ligados espiritualmente a Ele, e não somos apenas livrados da sentença que tínhamos sob Adão, pois somos considerados por Deus como tendo morrido juntamente com Cristo, como também somos conduzidos à vida eterna, pelo poder da justificação e da ressurreição, que o próprio Cristo experimentou, para que fosse também comunicado aos que estão unidos a Ele pela fé.
Todos os homens, tendo pecado em Adão, são roubados da imagem de Deus, então todo homem nasce vazio de luz espiritual, amor, verdade, vida e santidade.
Então ao se analisar o que seja o pecado não se deve simplesmente pensar nas ações pecaminosas que são resultantes do princípio que opera na natureza caída, mas nas consequências de estarmos sem Cristo, e por conseguinte destituídos da graça de Deus.
Pois ainda que alguém que não pertença a Cristo, estivesse isolado em um lugar ermo, e sem pensamentos pecaminosos ou possibilidade de ser tentado a pecar, ainda assim, esta pessoa estaria morta espiritualmente, em completa ignorância de Deus e da Sua vontade santa, sem a possibilidade de ter comunhão com Ele, e portanto ter paz, alegria e vida espiritual e participação em todas as virtudes de Cristo, pois é esta a condição do homem natural sem Cristo.
Pela entrada do pecado no mundo, em razão da incredulidade, é somente por meio da fé que Deus pode se manifestar e habitar no interior do homem.
A justiça de Deus exige que todo aquele que se aproxima dele para ter comunhão com ele, seja também justo. E como poderia o pecador, destituído totalmente da justiça divina se aproximar dEle, senão por meio dAquele que foi dado por Deus a ele para tal aproximação por meio da fé?
A imagem de Deus é restaurada na regeneração. Tudo o que foi restaurado foi uma vez perdido, e o que quer que seja dado não estava em posse anteriormente. E vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;” (Cl 3:10); no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.” (Ef 4: 22-24).
Ao nos dar Cristo, Deus resolve o problema do pecado pela raiz, porque não trata conosco no varejo de nossas transgressões, mas destrói a fábrica de veneno para que dali não saiam mais produtos venenosos, pois a corrupção herdada também consiste em uma propensão ao pecado. O pecado original não consiste apenas na ausência da justiça original, mas também na posse de uma propensão ao contrário à justiça. A falta de ação da graça divina no coração do pecador é o que faz com que seja avesso à vontade de Deus, e busque seguir a sua própria vontade. É a graça somente quem pode transformar o nosso coração de pedra insensível a Deus, por um coração de carne sensível a Ele.
Então, pela própria entrada do pecado no mundo, podemos ser ensinados por Deus que não podemos viver de modo agradável a Ele se não nos submetermos inteiramente a Cristo, para que possamos receber graça sobre graça, que é a única maneira de sermos mantidos firmes na fé e em santidade na Sua presença.
De modo que o maior pecado que uma pessoa pode cometer além da sua condição natural pecaminosa é o de rejeitar a graça que lhe está sendo oferecida em Cristo para ser curada do pecado e de suas consequências, e a principal delas que é a morte espiritual e eterna.
O pecado e a morte que é consequente dele devem ser combatidos com a vida de Jesus, e é em razão disso que Ele sempre destacou em seu ministério terreno que a principal coisa que temos a fazer é crer nEle, e disso os apóstolos e todos nós fomos encarregados para dar testemunho desta verdade.
Não podemos considerar devidamente o pecado à parte de Jesus, pois Ele não se manifestou apenas para que deixássemos de fazer o que é errado para fazer o que é certo, mas para que tivéssemos vida em abundância e santa, para que pudéssemos estar em comunhão com Deus, sendo coparticipantes da Sua natureza divina, condição esta que foi perdida por Adão, e por ele, toda a sua descendência.
Muitas outras considerações podem ser feitas sobre o que seja o pecado e o modo como ele opera, e também o modo como podemos alcançar a vitória sobre o pecado por meio da fé, mas entendemos que as considerações que foram apresentadas são suficientes para o objetivo de conhecermos melhor este inimigo, que não sendo vencido pode interromper a nossa comunhão com Deus ou até mesmo impedir que alcancemos a vida eterna, pela incredulidade em Cristo.











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