terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Morte na Bíblia


Não são poucas as passagens bíblicas que nos falam sobre a morte. Devemos indagar porque em um livro cuja escrita foi inspirada por Deus, fala-se tanto de morte, quando o grande mandamento divino é a vida eterna por meio da fé em Jesus Cristo.
Com este registro Deus comprova que a realidade do homem passou a ser a de morte desde que o pecado entrou no mundo, e que não há como reverter esta condição senão somente por Aquele que é o caminho, e a verdade e a vida.
A grande causa da morte, que é o pecado, é claramente indicada na Bíblia, e portanto, não é possível ter vida sem a remoção desta causa, a saber, a morte do próprio pecado, de modo que se possa ter a vida que é segundo a justiça e a santidade divinas. Isto existe somente em Jesus, e é nEle que deve ser buscado por todos aqueles que desejam ter vida eterna, vida em abundância, vida espiritual e celestial.
Assim, as muitas passagens que reunimos e que falam sobre a morte, têm o propósito de nos convencer de que toda a pregação, filosofia, ensino que apontam apenas para a busca de felicidade e significado de vida neste mundo que foi amaldiçoado por Deus por causa do pecado, é um grande erro e ilusão que cometemos, e os quais são constatados por todos aqueles que deixaram este mundo pela morte, sem terem colocado toda a sua esperança em Jesus Cristo.
A história da humanidade conta com mais de seis mil anos.  Quase duas centenas de gerações já passaram sobre a Terra, e nenhum daqueles que viveram antes de nós, retornaram a este mundo para tentarem concluir os seus variados propósitos. Certamente haverá uma companhia formada por pessoas das variadas gerações que para aqui retornará mas não para cumprir seus propósitos pessoais, senão os de Deus, nas diversas funções que terão que desempenhar no período do milênio imediatamente após o retorno de nosso Senhor Jesus Cristo a este mundo.
É importante lembrar que quando a Bíblia fala de morte, isto não significa aniquilação da existência, porque tendo sido formado à imagem e semelhança de Deus, o homem não deixa de existir. O que ocorre é a diferença de destino para dois grupos distintos: o primeiro que viverá eternamente na presença de Deus em estado de glória e honra, e o segundo que viverá banido eternamente da Sua presença em um estado de vergonha, horror e sofrimento eternos.
A morte física é um alerta abençoado para todos os homens, de maneira que se arrependam de seus pecados e se convertam a Deus por meio da fé em Jesus Cristo. A morte que certamente virá a todos em seu próprio tempo, enquanto estão aqui neste mundo (exceto para os que forem arrebatados na volta de Jesus), nos alerta que é um modo insensato e perigoso de se existir, quando não se é rico para Deus mediante a posse da Sua graça, e se é apenas rico para as coisas deste mundo. Isto não se refere apenas aos que são ricos de coisas materiais, mas a todos os que fazem das coisas terrenas o seu único ideal de vida. Isto acabará se revelando um ideal de morte, um caminho para a morte, e não de vida para a vida.
Quando possuímos o verdadeiro temor do Senhor, vai-se de nós o temor da morte, pois sabemos que na hora da nossa morte a graça do Senhor nos visitará capacitando-nos a não somente não temer o seu aguilhão, como também a provar a paz sobrenatural que o Senhor nos dará na ocasião.
Quando alguém não possui esse temor filial ao Senhor em seu coração, não é de se estranhar que tal pessoa tema a morte, ou mesmo que diga que não a teme, não receberá graça e poder para enfrentá-la em paz. Isto pode ser claramente inferido das palavras de Jesus de que não devemos sequer temer aqueles que matam o corpo, mas a Deus. Temendo a Deus, nem mesmo a morte poderá nos apavorar, pois sabemos que aquele que crê em Jesus, já não morre espiritual e eternamente, conforme Sua promessa.
Como Deus tem dado à nossa existência neste mundo, uns poucos anos que comparados à eternidade, são como alguns palmos comparados ao infinito, muitos, desconhecendo esta realidade, têm a ilusão que a vida aqui embaixo é longa e que todos os objetivos de Deus relativos à nossa existência começam e são encerrados aqui mesmo. Mas quando pensamos numa eternidade de existência com Deus, o que é este pequeno ponto no universo, que é o nosso tempo de peregrinação neste mundo?
Crer em Jesus não é, portanto, uma questão de sublimação, de alienação da existência mundana, mas uma questão de vida eterna e de verdadeira sabedoria, pois bem-aventurados serão apenas aqueles que nele creram para a salvação.
Como Deus é vivo e Deus de vivos e não de mortos, mesmo com a entrada do pecado e da morte no mundo, através de ambos Deus tem se provido de filhos para que vivam diante dele eternamente, tendo uma vez experimentado neste mundo o estado de morte espiritual que é produzido pelo pecado. Com isto eles testemunham que de fato Jesus é a ressurreição e a vida. Ele é espírito vivificante, o único que pode dar vida aos mortos. Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e que por conseguinte, vence a morte.
Os que permanecem no pecado são dignos de serem submetidos ao juízo de morte da parte do Senhor, conforme se vê claramente na Lei de Moisés, mas aqueles que são justificados por meio da fé em Jesus Cristo, e que têm os seus pecados perdoados, já não mais entrarão em condenação, e são libertados para sempre tanto da maldição da Lei, quanto do juízo de morte eterna, sendo feitos dignos de viverem eternamente como filhos abençoados de Deus.



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