A par do grande número de
batalhas e da intensidade dos ferimentos
que serão recebidos, preciosas e eternas são as promessas que são feitas aos
vencedores como as que encontramos nos capítulos 2 e 3 do livro de Apocalipse,
nas bem-aventuranças do Sermão do Monte, e em várias outras passagens bíblicas.
Numa guerra convencional entre a
carne e o sangue os feridos são removidos do campo de batalha para as
enfermarias, mas aqui falamos de uma guerra espiritual, não contra carne e
sangue, mas contra principados e potestades do mal, e nesta não há tréguas, de
modo que somos instruídos a ser vigilantes permanentemente contra as investidas
do Maligno, e a oramos sem cessar, porque nossa vitória depende da nossa
dependência do comando e do poder do nosso grande General – Cristo.
Não bastasse os muitos dardos
inflamados que são disparados contra nós, que devemos apagar com o escudo da
fé, também temos que lutar contra o próprio pecado que reside em nossa velha
natureza, e contra o fascínio do mundo.
Não é sem motivo que somos
ordenados pelo Senhor a termos bom ânimo nas muitas aflições que temos que enfrentar
neste mundo, e o apóstolo Tiago traduz as Suas palavras como termos por motivo
de grande alegria passarmos p0or variadas provações, e o apóstolo Paulo nos
orienta a nos gloriarmos nelas, porque veremos nelas a manifestação do poder de
Deus para nos livrar e aperfeiçoar.
Aqueles que serão reis e
sacerdotes são forjados na fornalha da provação, de modo a terem uma percepção
diferente das tribulações, daquela que normalmente há nos que andam segundo a
carne, e não segundo o Espírito.
O apóstolo Pedro, que estava bem
experimentado nestas batalhas, instrui os crentes a não considerarem como algo
estranho à vocação deles, o fogo ardente destinado a prová-los em sua confiança
no Senhor. Eles devem aprender a ser gratos e a estar sempre contentes em Deus,
em toda e qualquer situação. Nada deve deter a caminhada deles rumo à
santificação que os confirmará na fé e em toda boa palavra divina.
Assim, os que pegam no arado não
devem olhar para trás. Não devem ficar intimidados com as ameaças do reino das
trevas porque os tímidos não herdarão o reino de Deus.
O Espírito que temos recebido não
é de covardia, mas de ousadia, de amor e moderação.
A Bíblia está repleta de exemplos
daqueles que venceram grandes provações por meio da fé que mantiveram no
Senhor, que livra os justos de todas as suas tribulações.
Os grandes inimigos da dúvida, da
incredulidade, da dureza e esfriamento de coração, e todas as tentações
internas e externas são vencidos por meio da fé em Jesus. Olhando para o
Senhor, e somente para Ele, tudo venceremos.
Tudo deve ser feito e suportado
para glória exclusiva de Deus e por amor a Ele, pois não fomos apenas
destinados a crer em Cristo e a participar da Sua glória, mas também dos Seus
sofrimentos. Se sofrermos com Ele com paciência, também com Ele reinaremos.
Aos que investiram fielmente os
talentos recebidos do Senhor, serão recompensados com o governo de cidades no
porvir.
Além da grande glória do corpo
espiritual que será recebido no arrebatamento, do brilho como o das estrelas,
conforme pode ser visto nas profecias bíblicas, e nos escritos apostólicos,
haverá a grande glória da santificação plena pela qual seremos feitos
exatamente à imagem e semelhança de Jesus.
Não se pense portanto que nossa
esperança em Cristo se resume apenas às coisas desta vida, mas à perfeição em
glória que se manifestará por ocasião da volta de Jesus.
Para tanto, temos recebido todo
um arsenal, todo um aparato espiritual dAquele que nos arregimentou para esta
guerra, este bom combate da fé. Somos equipados não com armas materiais, mas
com espirituais e celestiais, poderosas em Deus para destruir sofismas e trazer
todo pensamento cativo à obediência de Cristo.
A arma de ataque desta armadura é
a Palavra de Deus. Esta é a espada usada pelo Espírito Santo para destruir o
pecado, o diabo, e para vencer o mundo. Não apenas a palavra escrita ou ouvida,
mas a que é aplicada à nossa própria vida, transformando-nos de seres carnais
em espirituais.
As armas de defesa, especialmente
contra a incredulidade e tentações, são: o capacete da salvação, pela firme
certeza da segurança da nossa salvação; o escudo do exercício da fé para
rechaçar os ataques recebidos; a couraça da justiça para proteger o nosso
coração de sentimentos e pensamentos pecaminosos, de iras, ressentimentos etc; o
cinturão da verdade, pela qual todos os demais componentes da armadura são
sustentados, pois sem praticar a verdade da Palavra é impossível ser
bem-sucedido nesta guerra, e por fim o calçado da preparação do evangelho da
paz, que tem a ver com o nosso testemunho público de Cristo, por uma conduta
realmente santa.
“10 Quanto ao mais, sede fortalecidos no
Senhor e na força do seu
poder.
11 Revesti-vos
de toda a armadura de Deus, para
poderdes ficar firmes contra
as ciladas do diabo;
12 porque a
nossa luta não
é contra o sangue
e a carne, e sim
contra os principados e
potestades, contra os dominadores deste
mundo tenebroso, contra
as forças espirituais do mal,
nas regiões celestes.
13 Portanto,
tomai toda a armadura de Deus,
para que possais resistir
no dia mau e, depois de terdes vencido tudo,
permanecer inabaláveis.
14 Estai,
pois, firmes, cingindo-vos com
a verdade e vestindo-vos
da couraça da justiça.
15 Calçai os pés com a
preparação do evangelho da paz;
16 embraçando sempre
o escudo da fé, com o qual
podereis apagar todos
os dardos inflamados do Maligno.
17 Tomai também o capacete
da salvação e a espada
do Espírito, que é a palavra
de Deus;
18 com
toda oração e súplica, orando
em todo tempo no Espírito e para
isto vigiando com
toda perseverança e súplica por
todos os santos
19 e também
por mim; para que
me seja dada, no
abrir da minha boca,
a palavra, para, com
intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho.” (Efésios 6.10-19).
Ora se toda a Palavra descreve a
vida cristã como uma guerra, faremos bem em não buscar prazeres e devaneios
neste mundo, e tudo o que se refira a um viver descompromissado e
irresponsável, porque as consequências imediatas ou finais disto sempre serão
danosas. Melhor é nos equiparmos e estarmos preparados em nossa mente para as
batalhas que terão que ser enfrentadas em cada dia, para o qual basta o seu
próprio mal.
Bem faremos se buscarmos estar
equipados com a armadura que devemos buscar em Deus todos os dias até que
concluamos a nossa jornada e recebamos a coroa da justiça que está reservada
aos que vencerem.
(Fp 1:30)
Pois tendes o mesmo
combate que vistes
em mim e,
ainda agora, ouvis que é
o meu.
(Cl 2:1)
Gostaria, pois,
que soubésseis quão grande
luta venho mantendo por
vós, pelos laodicenses
e por quantos não
me viram face
a face;
(1Ts 2:2)
Mas, apesar de
maltratados e ultrajados
em Filipos, como é
do vosso conhecimento, tivemos ousada
confiança em nosso
Deus, para vos
anunciar o evangelho de Deus,
em meio a muita luta.
(1Tm 6:12)
Combate o bom
combate da fé. Toma posse
da vida eterna, para a qual
também foste chamado e de
que fizeste a boa confissão
perante muitas testemunhas.
(2Tm 4:7)
Combati o bom
combate, completei a carreira,
guardei a fé.
(Hb 12:1)
Portanto, também
nós, visto que temos a rodear-nos
tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo
peso e do pecado
que tenazmente nos assedia, corramos, com
perseverança, a carreira que nos
está proposta,
(Jd 1:3)
Amados, quando empregava toda a
diligência em escrever-vos acerca
da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado
a corresponder-me convosco, exortando-vos
a batalhardes, diligentemente,
pela fé que uma vez por todas foi entregue
aos santos.
(Tiago 4.1)
De onde vêm as guerras e
pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que
nos vossos membros guerreiam?
(I Pedro 2.11)
Amados, peço-vos, como a
peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que
combatem contra a alma;
(Mt 24:6)
E,
certamente, ouvireis falar de
guerras e rumores
de guerras; vede, não
vos assusteis, porque é necessário
assim acontecer, mas ainda não
é o fim.
(Mc 13:7)
Quando,
porém, ouvirdes falar de guerras
e rumores de guerras,
não vos assusteis; é necessário
assim acontecer, mas ainda não é
o fim.
(Lc 14:31)
Ou qual é o rei
que, indo para combater outro
rei, não se assenta
primeiro para calcular se
com dez mil
homens poderá enfrentar o que vem
contra ele com
vinte mil?
(Lc 21:9)
Quando
ouvirdes falar de guerras e
revoluções, não vos assusteis; pois é
necessário que primeiro aconteçam
estas coisas, mas o fim
não será logo.
(1Co 14:8)
Pois
também se a trombeta
der som incerto,
quem se preparará para a
batalha?
(Hb 11:34)
Extinguiram a
violência do fogo, escaparam
ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se
poderosos em guerra,
puseram em fuga exércitos de estrangeiros.
(Ap 9:7)
O aspecto dos
gafanhotos era semelhante a cavalos
preparados para a peleja;
na sua cabeça
havia como que coroas parecendo
de ouro; e o seu
rosto era como rosto
de homem;
(Ap 9:9)
Tinham
couraças, como couraças
de ferro; o barulho que as suas
asas faziam era como o barulho
de carros de muitos cavalos,
quando correm à peleja;
(Ap 11:7)
Quando
tiverem, então, concluído o testemunho
que devem dar, a besta que
surge do
abismo pelejará contra
elas, e as
vencerá, e matará,
(Ap 12:7)
Houve
peleja no céu.
Miguel e os seus
anjos pelejaram contra
o dragão. Também pelejaram
o dragão e seus anjos;
(Ap 12:17)
Irou-se o
dragão contra a mulher
e foi pelejar
com os restantes da sua
descendência, os que guardam
os mandamentos de Deus e
têm o testemunho de Jesus;
e se pôs em pé sobre
a areia do mar.
(Ap 13:7)
Foi-lhe dado, também,
que pelejasse contra os santos
e os vencesse.
Deu-se-lhe ainda autoridade
sobre cada tribo,
povo, língua e nação;
(Ap 16:14)
Porque eles
são espíritos de demônios,
operadores de sinais, e se dirigem
aos reis do mundo
inteiro com o fim de
ajuntá-los para a peleja
do grande Dia do
Deus Todo-Poderoso.
(2Co 7:5)
Porque,
chegando nós à
Macedônia, nenhum alívio
tivemos; pelo contrário, em
tudo fomos atribulados: lutas
por fora, temores por dentro.
(2Tm 2:23)
E repele as questões
insensatas e absurdas,
pois sabes que só engendram
contendas.
(Tt 3:9)
Evita discussões
insensatas, genealogias, contendas
e debates sobre a lei;
porque não têm utilidade e
são fúteis.
(Tg 4:1)
De onde procedem
guerras e contendas
que há entre vós? De onde,
senão dos prazeres
que militam na vossa
carne?
(Tg 4:2)
Cobiçais
e nada tendes;
matais, e invejais,
e nada podeis
obter; viveis a lutar e a
fazer guerras. Nada tendes,
porque não pedis;
(2Tm 2:24)
Ora, é
necessário que o servo do Senhor
não viva a contender, e sim
deve ser brando para
com todos, apto para
instruir, paciente,
(Lc 11:22)
Sobrevindo,
porém, um mais valente do que ele,
vence-o, tira-lhe a armadura
em que confiava e lhe divide
os despojos.
(Jo 16:33)
Estas coisas
vos tenho dito para que
tenhais paz em
mim. No mundo,
passais por aflições; mas
tende bom ânimo; eu venci
o mundo.
(Rm 12:21)
Não te deixes
vencer do mal,
mas vence o mal
com o bem.
(1Jo 2:13)
Pais, eu
vos escrevo, porque
conheceis aquele que existe desde o princípio.
Jovens, eu vos escrevo,
porque tendes vencido o Maligno.
(1Jo 2:14)
Filhinhos, eu
vos escrevi, porque
conheceis o Pai. Pais,
eu vos escrevi, porque
conheceis aquele que existe
desde o princípio. Jovens,
eu vos escrevi, porque
sois fortes, e a
palavra de Deus permanece
em vós, e
tendes vencido o Maligno.
(1Jo 4:4)
Filhinhos,
vós sois de
Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque
maior é aquele que está em vós do que
aquele que está no mundo.
(1Jo 5:4)
Porque
todo o que é nascido de
Deus vence o mundo;
e esta é a
vitória que vence o mundo:
a nossa fé.
(1Jo 5:5)
Quem é o que vence
o mundo, senão aquele que crê ser
Jesus o Filho de Deus?
(Ap 2:7)
Quem tem
ouvidos, ouça o que
o Espírito diz às igrejas:
Ao vencedor, dar-lhe-ei
que se alimente da árvore
da vida que se encontra
no paraíso de Deus.
(Ap 2:11)
Quem tem
ouvidos, ouça o que
o Espírito diz às igrejas:
O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da
segunda morte.
(Ap 2:17)
Quem tem
ouvidos, ouça o que
o Espírito diz às igrejas:
Ao vencedor, dar-lhe-ei
do maná escondido,
bem como lhe darei uma pedrinha
branca, e sobre
essa pedrinha escrito um nome
novo, o qual ninguém
conhece, exceto aquele que o recebe.
(Ap 2:26)
Ao vencedor,
que guardar até ao fim
as minhas obras, eu lhe
darei autoridade sobre
as nações,
(Ap 3:5)
O vencedor
será assim vestido de
vestiduras brancas, e de
modo nenhum apagarei o seu
nome do Livro
da Vida; pelo contrário, confessarei
o seu nome diante
de meu Pai e
diante dos seus anjos.
(Ap 3:12)
Ao
vencedor, fá-lo-ei coluna
no santuário do meu
Deus, e daí
jamais sairá; gravarei
também sobre ele o nome
do meu Deus, o nome
da cidade do meu Deus,
a nova Jerusalém que
desce do céu,
vinda da parte do meu Deus, e o
meu novo
nome.
(Ap 3:21)
Ao
vencedor, dar-lhe-ei sentar-se
comigo no meu
trono, assim como
também eu venci e me
sentei com meu
Pai no seu
trono.
(Ap 5:5)
Todavia,
um dos anciãos
me disse: Não
chores; eis que o Leão
da tribo de Judá,
a Raiz de Davi, venceu
para abrir o livro e os
seus sete selos.
(Ap 11:7)
Quando
tiverem, então, concluído o testemunho
que devem dar, a besta que
surge do
abismo pelejará contra
elas, e as
vencerá, e matará,
(Ap 12:11)
Eles, pois,
o venceram por causa
do sangue do Cordeiro e por
causa da palavra do testemunho
que deram e, mesmo em face da morte,
não amaram a própria
vida.
(Ap 13:7)
Foi-lhe
dado, também, que pelejasse contra
os santos e os
vencesse. Deu-se-lhe ainda
autoridade sobre cada
tribo, povo, língua e
nação;
(Ap 15:2)
Vi como
que um mar de vidro,
mesclado de fogo, e os
vencedores da besta,
da sua imagem
e do número do seu
nome, que se achavam em pé no
mar de vidro, tendo
harpas de Deus;
(Ap 17:14)
Pelejarão
eles contra o Cordeiro,
e o Cordeiro os
vencerá, pois é o
Senhor dos senhores e o
Rei dos reis; vencerão também os chamados,
eleitos e fiéis
que se acham com ele.
(Ap 21:7)
O vencedor
herdará estas coisas, e eu
lhe serei Deus, e ele
me será
filho.
Por Silvio Dutra
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