Por
Wilhelmus à Brakel (1635-1711)
Traduzido,
Adaptado e
Editado por
Silvio Dutra
Na
regeneração, o homem é atraído das trevas para a maravilhosa luz. Ele recebe olhos iluminados para compreender e perceber realidades
invisíveis.
Esses assuntos, ocultos para o
homem natural e vistos de uma perspectiva natural, são vistos de uma maneira
totalmente diferente pela pessoa que foi iluminada.
Quem era a própria escuridão se
torna iluminado no Senhor, e o Espírito Santo brilha em seu coração para dar a
luz do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo.
Esta luz alegra o coração, aquece a
alma, faz com que queime com amor, muda e santifica o homem inteiro. Portanto, aqueles que começam a ver essa luz se tornam tão apaixonados
por ela, que desejam ser levados cada vez mais a essa luz.
De fato, ao fazer isso, eles não tomam nota
da distinção entre a luz da contemplação (que pode e deve ser desejada aqui abaixo, mas é reservada
para o céu) e a luz da fé , que é concedida àqueles que andam na terra, permitindo
que eles sigam seu caminho através da escuridão com alegria. Ao não considerar essa distinção, eles não estão
satisfeitos em andar à luz da fé, mas deseja viver aqui à luz da
contemplação. Eles, portanto, trazem problemas
à sua alma e começam a pensar que ainda estão inteiramente no escuro e não
convertidos. Sim, isso pode causar uma grande
escuridão sobre eles, de modo que até a luz da fé se torna tão fraca
que eles não conseguem perceber nenhuma luz.
(Nota do Tradutor: Já nesta
altura da nossa tradução desse texto sentimos um impulso para inserir esta nota
referente ao assunto, pois em razão do que acabou de ser citado pelo autor, não
poucos crentes, ao longo da história da Igreja, têm passado por muitas expectativas
que não correspondem a uma verdadeira vida de fé.
A principal causa disto se
relaciona com o fato de pensarem que a verdadeira expressão da vida de Jesus na
alma consiste em se ter visões, sonhos, êxtases, sinais, prodígios, continuamente,
que sejam observados pelos sentidos naturais da visão, audição e tato.
Não poucos desejam ver anjos,
outros querem ouvir de forma audível a voz de Deus, outros há que desejam dar
vista a cegos de nascença, ressuscitar fisicamente a mortos, etc, e nisto
empenham toda a sua energia e tempo, e se não o conseguem sentem-se frustrados
ou menos afortunados do que os crentes do passado, especialmente aqueles dos
dias apostólicos.
O maior perigo em tudo isto se
encontra no fato de que o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz, e
quando a pessoa fica aberta para as experiências visíveis e audíveis do mundo
espiritual, ele corre o risco de receber impressões originadas no mundo
espiritual das trevas, só que disfarçadas de luz, e entretê-las como se fossem
de fato da parte de Deus.
Além disso, quando é este o
costume que prevalece em relação ao entendimento do que seja a verdadeira vida
espiritual, pouca ou nenhuma atenção é dada à santificação pela Palavra, e
assim, pouco ou nada da mesma é visto na vida prática do crente.
Longe de nós proibir o exercício
dos dons espirituais sobrenaturais. Ao contrário, conforme a ordenança bíblica
não devem ser proibidos, mas buscados os melhores dons, porque eles exaltam a
ação de Jesus na Igreja e através dela.
Mas quem deve ser priorizado,
conforme I Coríntios 13, é o fruto do Espírito Santo, e não propriamente os
dons sobrenaturais extraordinários que inclusive estão destinados a
desaparecer.
“1 Ainda que
eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze
que soa ou como o címbalo que retine.
2 Ainda que
eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e
toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar
montes, se não tiver amor, nada serei.
3 E ainda
que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu
próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.
4 O amor é paciente,
é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se
ufana, não se ensoberbece,
5 não se
conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não
se exaspera, não se ressente do mal;
6 não se
alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;
7 tudo
sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor
jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo
línguas, cessarão; havendo ciência, passará;
9 porque, em
parte, conhecemos e, em parte, profetizamos.
10 Quando,
porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte
será aniquilado.
11 Quando eu
era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando
cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.
12 Porque,
agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos
face a face. Agora, conheço em parte; então,
conhecerei como também sou conhecido.
13 Agora,
pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o
maior destes é o amor.” (I Coríntios 1.1-13).
O grande objetivo na nossa salvação é o de que sejamos transformados de
glória em glória à Sua própria imagem e semelhança, e isto é feito pelo
conhecimento dEle na face de Jesus Cristo. Este conhecimento é feito de forma
silenciosa e invisível, pelo Espírito Santo, pois consiste basicamente em se
expulsar as trevas da ignorância sobre o verdadeiro caráter, virtudes e
atributos de Jesus, de forma que por este conhecimento interior e espiritual
possamos seguir os Seus passos, segundo a transformação e renovação da nossa
mente.
Agora, se não houver justificação e regeneração, conforme um novo
nascimento do Espírito Santo, não é possível haver progresso na vida de fé
através da santificação. Primeiro regeneração e depois santificação.
Finalmente, não deve ser esquecido que a abundância de dons
extraordinários nos dias de Jesus e dos apóstolos, com a realização de muitos
milagres, sinais e prodígios, especialmente de curas extraordinárias de toda
sorte de enfermidades incuráveis, tinha a ver principalmente com a confirmação
da Palavra de salvação que estava sendo pregada, que apontava para a
necessidade de arrependimento e conversão.
Tanto isto é verdadeiro que no caso de não haver arrependimento e
conversão em face dos muitos milagres que eram efetuados, isto era seguido por
uma dura palavra de repreensão, conforme foi o casos das cidades de Cafarnaum e
Betsaida pelo próprio Jesus em seu ministério terreno.
Agora, isto não significa que a pregação do Evangelho deva ser somente
em palavras, pois se esta não for acompanhada pela unção do Espírito Santo, com
uma atuação real do poder de Jesus sobre os ouvintes, pouco ou nenhuma eficácia
será obtida.)
Essa escuridão espiritual não é
idêntica à que os não convertidos têm, que ainda são totalmente cegos. Isso também não se compara com o que os
iniciantes na experiência da graça, em quem há um vislumbre de luz.
Nós também não o entendemos
pelas ondas de escuridão que ocasionalmente se deparam com um crente e se
dissipam prontamente.
Escuridão espiritual: a doença
espiritual de um cristão
Essa escuridão é, no entanto, uma doença espiritual de uma pessoa que
fez algum progresso na vida cristã .
Na ausência das influências
iluminadoras normais do Espírito Santo, e devido às trevas residuais de sua
antiga natureza, a luz que nele está se torna tão fraca e tão obscurecida que
agora ele contempla os assuntos espirituais, que ele anteriormente percebia com
clareza, como um vislumbre distante e apenas retrata o que aconteceu no passado
por meio de memória. Isso faz com que ele fique sem
alegria, calor e direção; e viva com
medo e ansiedade, fazendo com que ele ande sem rumo, como em um deserto.
A experiência não ensina apenas
que o crente entra em tal escuridão (para que muitos não precisem de outra
prova, exceto o caso deles), mas a Palavra de Deus nos mostra abundantemente
que isso é verdade. Aqueles que estão em tal
condição é necessário anotar isso, já que geralmente chegam à conclusão de que
não têm graça, sendo de opinião de que os piedosos não entram em tal condição.
O que aconteceu com Abraão, pai dos
fiéis, também acontece com seus filhos. "E eis
que um horror de grandes trevas caiu sobre ele" (Gn 15:12).
Jó testemunha disso a respeito de si mesmo: “Eis que,
se me adianto, ali não está; se torno para trás, não o
percebo. Se opera à esquerda, não o vejo; esconde-se à direita, e não o diviso.” (Jó 23:
8-9).
A igreja reclama disso: “Ele me levou e me trouxe para as trevas, mas
não para a luz” (Lam 3: 2).
O Senhor ameaça isso: “Dai glória ao SENHOR, vosso Deus,
antes que ele faça vir as trevas, e antes que tropecem vossos pés nos montes
tenebrosos; antes que, esperando vós luz, ele a mude em sombra de morte e a
reduza à escuridão.” (Jr 13:16).
O profeta dá conselho aos que estão em tal estado: “Quem há entre vós que tema
ao SENHOR e que ouça a voz do seu Servo? Aquele que andou em trevas, sem
nenhuma luz, confie em o nome do SENHOR e se firme sobre o seu Deus.” (Isaías 50:10).
Há épocas de escuridão como resultado da perseguição e da falta
de conforto, bem como devido a cegueira. No entanto,
eles geralmente coexistem nos filhos de Deus, pois as trevas externas produzem
trevas internas.
As causas da escuridão espiritual
A visão natural pode ser
obstruída por várias causas: o desaparecimento do sol, o espessamento das
nuvens, a interferência de objetos opacos, doença dos olhos ou olhar para o
sol. A escuridão espiritual
também tem várias causas:
(1) o desaparecimento do Sol da
Justiça, o Senhor Jesus Cristo, e a retenção da influência iluminadora do
Espírito Santo;
(2) o diabo que obscurece essa
luz obscurecendo os problemas, gerando a fumaça do erro e da heresia, gerando
falsa luz, obscurecendo a verdade e seduzindo uma pessoa por meio de
enganadores;
(3) uma pessoa que não dá ouvidos
à luz da fé, considerando que isso é muito insignificante; um enfraquecimento do amor pela verdade, uma luta por algo mais elevado; uma insistência em ser iluminado pela luz de
contemplar, e por ser desejoso de receber luz que não seja aquela pela qual o
Senhor normalmente guia seu povo;
(4) desviar os olhos da luz
cedendo às nossas concupiscências, fechando os olhos e espalhando areia nos
nossos olhos - pelo qual a verdade em sua eficácia e preciosidade não é
percebida;
(5) exercer demais nossa visão
espiritual para compreender as perfeições e os caminhos incompreensíveis de
Deus. Isto, ao invés de nos dar mais
luz, nos trará mais escuridão. Pois quando
nos afastamos da luz da Palavra de Deus e não podemos alcançar uma contemplação
imediata, nosso intelecto corrupto e razão irracional virá para o primeiro
plano, enganando a alma com falsas contemplações, em que a verdadeira luz é
cada vez mais obscurecida.
As consequências da escuridão
espiritual
Essa escuridão espiritual leva os
crentes a um estado de tristeza e pecado, pois:
Primeiro, haverá desânimo. A luz dos olhos é boa e alegra o coração. Dias sombrios, pelo contrário, são dias de tristeza; a noite encerra tudo e oprime o coração. Isso também é verdade
para os crentes que têm visto a luz, que estavam acostumados
a andar na luz do semblante de Deus, e se alegravam com a luz, mas agora devem
perder essa luz e estão cercados por uma escuridão espessa. Tudo isso afligirá o coração e uma triste tristeza supera-os,
para que tudo, por assim dizer, os entristece. Eles pensam
nos dias anteriores em que o Senhor fez com que Sua luz brilhasse sobre eles, e
eles atravessaram as trevas pela Sua luz. Isso agora
desapareceu, no entanto, e há trevas tristes.
Em segundo lugar, durante a
escuridão, os animais selvagens saem de seus buracos. Da mesma
forma, todos os tipos de movimentos pecaminosos manifestam-se nessa escuridão,
como descrença, desânimo, irritação e murmuração. Mesmo
pensamentos fugazes ateístas surgem no coração, bem como todo tipo de
raciocínio pecaminoso para levar a alma a trevas adicionais.
Terceiro, a escuridão é uma coisa assustadora . Há um terror à noite e uma
flecha que voa de dia (Sl 91: 5). Tal é também o
caso aqui. Dificilmente seremos capazes de
discernir o que é graça e não somos
capazes de percebê-la em nós mesmos. Nós temeremos a ira de Deus e a condenação. O diabo lança suas
flechas aterrorizantes; nossos pensamentos e os sonhos
nos aterrorizam, e não encontraremos descanso nem refúgio em lugar algum.
Quarto, aquele que, no escuro,
atravessa um caminho em que há muitas trilhas, se desvia
facilmente. Tal é também o
caso aqui. "Quem anda nas trevas não sabe para
onde vai" (João 12:35). Quando ele
está sozinho, seus pensamentos vagam, e quando ele está entre as pessoas,
ele tropeça em suas palavras. Se ele deve
empreender algo ou se for necessário tomar uma decisão, ele cometerá um erro na
sua escolha e o resultado do seu empreendimento estará errado. Em toda parte ele está enredado e está preso em tudo o que empreende.
(Nota do Tradutor: Jesus diz que
aquele que caminha durante a luz do dia não tropeça, e aqui Ele nos chama a
refletir que se andarmos na Sua luz nós não tropeçaremos. Isto é a mais pura
verdade, pois quando a alma está na luz, ela tem a direção de Deus para todas
as coisas que se referem à sua vida, especialmente nas decisões que tenha que
tomar. Mas, quando a alma está em uma condição ruim de trevas, tudo é confuso e
obscuro, e nada parece estar seguindo o rumo certo que deveria tomar, pois
falta até mesmo a atmosfera de segurança
de que tudo irá bem em relação a nós, porque até mesmo as tribulações
cooperarão para o nosso bem, pois através delas perceberemos que a nossa fé
está sendo aperfeiçoada por Deus.)
Em quinto lugar, quem anda na
escuridão tropeça rapidamente em algo que jaz em seu caminho, sem poder ver isso - e irregularidades o
fazem tropeçar rapidamente. Isso também é verdade
aqui. Os caminhos de Deus não estão mais em
seu coração e ele caminha por caminhos difíceis. Aqui ele vê
alguma coisa e ali ouve alguma coisa, e isso o ofende imediatamente. Aqui há tentações de errar na doutrina, de pecar e a oposição há de se
revelar.
Em toda parte existem armadilhas,
mas ele não as vê. Isso faz com que ele seja
facilmente enredado, e quanto mais ele se move, mais e mais ele se torna enredado. Ele não pode se livrar, pois não sabe onde colocará o pé.
Sexto, a escuridão é uma época infrutífera. Na escuridão do inverno, as árvores
permanecem estéreis e como se estivessem mortas. Perto dos polos sul e
norte, quase nenhuma vegetação ou grama cresce e o que é semeado ou plantado em
um local que não pode ser alcançado pelo sol, não pode crescer e estará em uma
condição triste. Esse também é o caso
aqui. Quando trevas espessas envolvem a
alma, ela não produz frutos dignos de arrependimento. Ela é estéril e fraca, não dá prazer ao Senhor que a plantou, não é um ornamento
para a igreja, e esse plantio do Senhor não é uma questão de alegria para
outras pessoas piedosas nem atraente para os não convertidos. Durante essa temporada, ela não responde ao propósito para o
qual foi nomeada.
Sétimo, durante a escuridão faz frio . Durante os invernos e embaixo das camadas de neve, tudo fica imóvel devido à
geada. Isso também é verdade
aqui. Quando alguém entra em
um estado de escuridão, ele entra rapidamente em um estado em que ele é frio,
rígido, e insensível. Em breve discutiremos esse estado
de insensibilidade de maneira mais abrangente.
Meios para Evitar as Trevas
Espirituais
Visto que o estado de escuridão é
de natureza tão prejudicial, todos devem cuidar para que ele não entre em tal condição
e, portanto:
(1) Esteja atento às coisas pelas
quais você entra em tal condição - como foi mostrado anteriormente.
(2) Estime muito a luz que você
tem, por menor que possa parecer aos seus próprios olhos.
(3) Regozije-se com o fato de
você conhecer Deus, Cristo e o caminho da salvação. Além disso, alegre-se que você entende a Palavra de Deus em seu sentido
espiritual, pois você vê tantos que estão sem essa luz.
"33 Mandastes
mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade.
34 Eu, porém, não aceito
humano testemunho; digo-vos, entretanto, estas coisas para que sejais salvos.
35 Ele era a
lâmpada que ardia e alumiava, e vós quisestes, por algum tempo,
alegrar-vos com a sua luz.
36 Mas eu
tenho maior testemunho do que o de João; porque as obras que o
Pai me confiou para que eu as realizasse, essas que eu faço
testemunham a meu respeito de que o Pai me enviou.
37 O Pai, que
me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes
ouvido a sua voz, nem visto a sua forma.” (João 5:33-37).
(4) Preste atenção à luz que
brilha na Palavra de Deus, direcione suas ações de acordo e ande nela.
“Andai enquanto tendes a luz,
para que as trevas não caiam sobre vós” (João 12:35).
(Nota do tradutor: A Palavra de
Deus é o alimento do espírito. Devemos nos alimentar dela continuamente,
sentindo ou não fome, estando em luz ou escuridão, pois isto fará que nos
levantemos mais rapidamente de possíveis abatimentos com que nos defrontemos em
nossa jornada. Muitas vezes Deus permite que haja retenções da Sua graça para
nós, para que em nossa fraqueza nos exercitemos a buscá-Lo ainda que nestas
horas difíceis, para que enfim haja o triunfo da fé, pela recepção da graça que
necessitamos. Temos isto na experiência do apóstolo Paulo:
“2 Conheço um homem
em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao
terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe)
3 e sei que
o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe)
4 foi
arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as
quais não é lícito ao homem referir.
5 De tal
coisa me gloriarei; não, porém, de mim mesmo, salvo nas
minhas fraquezas.
6 Pois, se
eu vier a gloriar-me, não serei néscio, porque direi a
verdade; mas abstenho-me para que ninguém se preocupe comigo mais
do que em mim vê ou de mim ouve.
7 E, para
que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me
posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de
que não me exalte.
8 Por causa
disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim.
9 Então, ele me
disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na
fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre
mim repouse o poder de Cristo.
10 Pelo que
sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas
perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou
fraco, então, é que sou forte.” (II Coríntios 12.2-10).
Se você foi dominado pelas
trevas, não desista da coragem, pois muitos dos piedosos entram nessa condição. Isto não é um sinal de estar sem graça. Você ainda
conhece o Senhor e Seu caminho, embora de longe. Essa escuridão é um fardo para
você e todo o seu desejo é pela luz - não apenas para poder ver, mas para se
alegrar, aquecer, ser dirigido e santificado por ela. O Senhor, por renovação, aliviará suas trevas
e levantará novamente a luz de Seu semblante sobre você. Você experimentará que esta época das trevas foi uma
escola para você, na qual você
aprendeu muito.
Especialmente não cedamos a
esta escuridão, mas esforcemo-nos por ser libertados dela. Eu não preciso apresentar diante de você a repugnante natureza das trevas e o
deleite da luz para despertá-lo assim, pois você experimentou ambas as condições. Eu apenas desejo lhe dar uma orientação.
Instruções para aqueles que lutam
com a escuridão
Primeiro, tenha certeza de que
você não retornará imediatamente à luz que desfrutou anteriormente. Os raios fugazes de luz que caem sobre você no meio de suas trevas são
confortos divinos para fortalecê-lo para as trevas que ainda estão por vir. Uma disposição habitual só deve ser
alcançada por meio de muito exercício. Portanto, não fique desencorajado se você não
recuperar essa condição logo no início.
Em segundo lugar, fique
satisfeito com a pouca luz que você ainda tem, e que lhe permite entender a
Palavra em seu sentido espiritual, mesmo que não produza prazer nem calor. É o suficiente para lhe dar orientação.
Terceiro, abstenha-se de se
esforçar para ter pontos de vista sobre assuntos importantes, mas apegue-se
humildemente à Palavra de Deus.
Sempre que você ler e sempre que
uma passagem das Escrituras lhe ocorrer, pense: “Esta é a verdade.” Se é uma promessa,
avalie-a como tal e não levante seu coração acima dessa Palavra. Ao mesmo tempo, reflita sobre o próprio Deus, mas não vá além do que
Sua Palavra O descreve. Se houver uma exortação a
acreditar ou praticar outra virtude, então pense: “Esta é minha regra de
conduta e, de acordo com isso, desejo andar com toda a simplicidade.”
Mantendo um perfil baixo, você
virá à luz da maneira mais prudente.
Quarto, lide fielmente com a pequena medida de luz que você possui. Não comece a raciocinar com seu intelecto natural para poder entender e
melhorar sua condição. Reconheça-a pela fé e siga-a. Em humildade e retidão, ande nessa luz. Não se concentre nos seus tropeços, considere-se apenas uma criança
pequena. A ordenação do seu
caminho de acordo com essa pequena medida de luz certamente será um meio de
receber uma medida maior de luz. “Se alguém quiser
fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é
de Deus ou se eu falo por mim mesmo.” (João 7:17); “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós
permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:
31-32).
Em quinto lugar, mantenha seus
exercícios devocionais agendados. Se você descontinuá-los, você entrará em mais
trevas e tornar-se-á mais distante; no entanto,
se você os mantiver, aumentará a luz. Não se pressione para ser ocupado com isso por um longo período de tempo,
mas faça isso com simplicidade. Não faça isso para
adicioná-lo ao registro de suas virtudes, pois logo você se desencorajaria. Em vez disso, faça-o com o objetivo constante de usá-lo como um
objetivo de receber mais luz.
Leia a Palavra de Deus e suplique e clame ao Senhor que ouve e vê você -
mesmo que você não O veja. Você, no
entanto, conhece-o por meio de Sua Palavra. Particularmente,
ore por luz, porque a luz procede somente dEle. Ele pode
abrir o entendimento com uma palavra para que você entenda as Escrituras (Lucas 24:44,45
– “A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei,
estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito
na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então, lhes
abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras.) Ele promete dar luz e sabedoria àqueles que Lhe oram por isso
(Tiago 1: 5 – “Se, porém, algum de vós necessita
de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera;
e ser-lhe-á concedida.”) E isso Ele é
capaz e está disposto a fazer, também fará, e você ainda o louvará pela ajuda
de Seu semblante. Um dia você contemplará o rosto
dele em retidão e então ficará satisfeito. Amém.
Nota do Tradutor:
Em uma de minhas meditações
orava ao Senhor pedindo-lhe que me desse sabedoria para ser mais eficaz em meus
esforços dirigidos à salvação e edificação de almas, enquanto pensava em meu
coração em algum método específico que pudesse atender a tal objetivo, quando o
Senhor me disse que não há método que seja dado ao homem porque Ele usa o método
necessário para cada pessoa em particular, segundo o Seu próprio poder, e isto
não se encontra na esfera de capacidade de qualquer criatura, por mais sábia
que ela seja.
Então, nossa obrigação é a de pregar e ensinar a
verdade das Escrituras, e deixar a eficácia do resultado nas mãos de Deus,
porque usará o testemunho e as circunstâncias que Ele julgar as mais eficazes
para atuar em cada caso promovendo salvação e edificação.
Assim como um bisturi não tem qualquer uso senão
somente quando se encontra nas mãos de um cirurgião habilidoso, de igual forma
somos apenas instrumentos sem qualquer uso, quer no que falamos, quer no que
escrevemos, até que o grande Cirurgião decida usar-nos para que Ele próprio
promova a cura de uma alma enferma.
Não tem sido assim em nossa própria experiência, em
que fomos abençoados por Deus através da instrumentalidade de muitos dos Seus
servos, em diversas ocasiões diferentes?
De igual modo espero que o que passo a descrever
adiante, possa de alguma forma ser usado pelo Senhor para abençoar a vida de
algum leitor.
Em uma tarde ensolarada de primavera, vi passar em
louca disparada um cavalo de porte médio, ainda jovem, com a pelagem muito
suja, esquelético e de andar desconjuntado, montado por um cavaleiro alto,
adulto e desvairado, que o chicoteava repetidamente sob o proferimento de
vários impropérios de baixo calão que dirigia a ele em grande fúria, exigindo
que se deslocasse mais rapidamente.
O pobre animal espumava e mal conseguia se deslocar,
estando debaixo de grande sofrimento, e eu fui despertado em um grande clamor
por justiça em meu coração, sentindo ao mesmo tempo uma grande impotência e
incapacidade para poder fazer algo que pudesse impedir a continuidade daquela
crueldade.
À noite, mal conseguia conciliar o sono, pensando
nas muitas injustiças que desde a mais remota época, vêm acontecendo no mundo,
e que atingem não apenas os animais, mas inclusive a criancinhas e
especialmente mulheres que são estupradas ou assassinadas por pessoas cruéis,
que continuam impunes em sua grande maioria, dando prosseguimento às suas
crueldades.
Como Deus vê tudo isso?
Muitos consideram que Ele é indiferente e que também
é impassível em relação a tais ocorrências.
Outros colocam toda a culpa no diabo, a quem
atribuem todo o tipo de mal e injustiça que há no mundo.
Outros, isentam a Deus de qualquer culpa ou
indiferença, e ainda que admitam a participação do diabo em muitos eventos,
todavia atribuem toda a culpa ao próprio homem, em razão de ser pecador.
Mas a grande questão que se levanta é a relativa à
aplicação da justiça. Há um clamor moral natural para que a justiça seja feita
sempre que houver a manifestação do mal. Mas como poderia haver uma justiça
perfeita para um homem cujo coração imagina continuamente o mal?
Esperar tal justiça perfeita da parte dos homens
seria equivalente a uma utopia, uma vez que o próprio juiz é pecador. E por
melhor que ele fosse não é dado a nenhum homem conhecer perfeitamente o seu
próximo no que diz respeito a todos os seus pensamentos, ações, omissões, sejam
boas ou más, ao longo do curso de toda a história das suas vidas.
Deus tem todo o poder, sabedoria, conhecimento,
inclusive presciente, e é perfeitamente santo e justo para exercer juízos,
porque conhece perfeitamente o coração de cada pessoa e todo o histórico de sua
vida desde a formação no ventre até o dia da sua morte.
Se Ele não tivesse se revelado nas Escrituras,
sobretudo na forma como exerce o juízo com base na mais perfeita justiça, nos
encontraríamos em um labirinto infinito do qual jamais acharíamos a saída.
Antes de tudo, vejamos o caso do cavaleiro cruel e
seu cavalo.
Deus tem proibido e ameaçado nas Escrituras, aqueles
que causam danos à Terra e que maltratam os animais.
Mesmo no caso de animais que são sacrificados para
serem consumidos, não é admitido que recebam maltratos enquanto vivem, ou que
sejam submetidos a qualquer tipo de morte dolorosa e prolongada.
Tratar qualquer criatura com crueldade não é
admitido de nenhuma forma pelo Criador que afirma que trará em juízo até uma
palavra proferida de forma ociosa.
Não há qualquer indiferença da parte de Deus em
relação aos pecados que são praticados na Terra, porque os tem registrado para
uma posterior imputação no Dia do Juízo Final.
Além desse julgamento final do qual ninguém
escapará, há intervenções de juízos localizados e temporários da parte de Deus,
nas quais a Sua misericórdia e longanimidade devem ser levadas em consideração,
antes de serem apreciadas, como foi o caso do tempo dado a Sodoma e Gomorra,
aos amorreus, e em vários outros exemplos destacados na Bíblia, e registrados
na própria história geral da humanidade, com vistas a manter a continuidade da
vida na Terra.
Mas, a questão moral da aplicação da justiça ainda
permanece em aberto com todas estas informações já dadas. É preciso prosseguir
adiante e entender que além de ser poderoso, juiz e justo, Deus é amor,
bondade, misericórdia, paciência, longanimidade etc.
Todos os Seus atributos encontram-se em perfeita
harmonia e equilibrados nEle, de forma que um não se sobressai sobre o outro.
Ele determinou salvar a muitos pecadores ao longo de
toda a história da humanidade, e sabia que teria que fazê-lo em um mundo
hostil, cruel e contrário a Ele e às Suas leis justas.
Isto demanda então que seja paciente e longânimo
para com todos, inclusive os maus, dos quais a propósito, serão gerados muitos
que se converterão a Ele e o amarão e temerão.
Enquanto a crueldade corre desenfreadamente na face
da Terra, em diversas formas de injustiça, inclusive em guerras, o amor, a
bondade e a misericórdia de Deus seguem ao lado resgatando a muitos das trevas
do pecado, para trazê-los para a luz.
Além disso, em nenhum momento a justiça divina deixa
de ser exercida, inclusive em relação àqueles que não mais responderão perante
Ele para serem condenados a um sofrimento eterno no inferno, porque Jesus
sofreu no lugar deles, morrendo na cruz, e recebendo contra Si mesmo toda a ira
da justiça divina contra os pecadores, que eles deveriam sofrer.
O cavaleiro cruel chicoteava e xingava o cavalo, e os
pecadores, quando pecam, chicoteiam e xingam a Deus. Isto não pode ser deixado
sem um juízo de retribuição eterna, de vergonha e dor, porque é praticado
contra um Ser infinito e eterno.
Devemos lamentar e chorar por causa dos nossos
pecados, porque na salvação, o que está implícito não é apenas a questão moral
da satisfação da justiça através do sangue derramado por Jesus, mas o
sentimento dolorido que devemos ter por saber que aquela morte foi causada pela
nossa própria crueldade.
Não é cruel ofender a um Deus que é todo bondade e
amor?
Não é cruel ter rejeitado e cuspido na mão que nos
alimentou e cuidou?
Por isso é dito no profeta Zacarias que quando
víssemos Jesus sendo transpassado pelos nossos pecados, nós choraríamos
amargamente, por sabermos que fomos nós mesmos que demos ocasião a isto.
Foi doloroso ver o cavalo sendo chicoteado
cruelmente e injustamente, e seria menos doloroso ver Jesus sendo cravado na
cruz e perfurado pela lança, e cuspido, escarnecido, e oprimido por Satanás e
todos os demônios?
Seria menos culpável o fato de continuarmos
rejeitando-o enquanto Ele estende suas mãos feridas em nossa direção para que
acreditemos nEle?
A questão do juízo, da justiça e do próprio pecado
giram em torno da pessoa sagrada de Jesus.
Ele é a régua da medida dos nossos pensamentos e
atos.
O que for conforme a Ele é aprovado e justo, e o que
é contra Ele está condenado.
Entreguemos todo o juízo nas mãos do Justo Juiz, que
a seu tempo dará a cada um segundo as suas obras.
Enquanto isso, continuemos suspirando e lamentando
por todo o mal que há em nós e no mundo, porque de fato, não é coisa pequena
esta terrível crueldade chamada pecado.
“5 Viu o
SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era
continuamente mau todo desígnio do seu coração;
6 então, se
arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração.
7 Disse o
SENHOR: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o
animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito.”
(Gênesis 6.5-7).
“Não atarás a boca ao boi quando debulha.” (Deuteronômio 20.4).
“8 Em
nascendo o sol, Deus mandou um vento calmoso oriental; o sol bateu na cabeça de
Jonas, de maneira que desfalecia, pelo que pediu para si a morte, dizendo:
Melhor me é morrer do que viver!
9 Então,
perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira por causa da planta? Ele
respondeu: É razoável a minha ira até à morte.
10 Tornou o
SENHOR: Tens compaixão da planta que te não custou trabalho, a qual não fizeste
crescer, que numa noite nasceu e numa noite pereceu;
11 e não hei
de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte
mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e
também muitos animais?” (Jonas 4.8-11).
“O justo atenta para a vida
dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel.” (Provérbios 12.10).
“3 Era
desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer;
e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos
caso.
4 Certamente,
ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e
nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
5 Mas ele
foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas
nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados.
6 Todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez
cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
7 Ele foi
oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi
levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não
abriu a boca.
8 Por juízo
opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi
cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu
povo, foi ele ferido.
9 Designaram-lhe
a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que
nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca.
10 Todavia,
ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como
oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a
vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos.
11 Ele verá o fruto
do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o
Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as
iniquidades deles levará sobre si.
12 Por isso,
eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo,
porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores;
contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.”
(Isaías 53.3-12).
“10 E sobre a
casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém
derramarei o espírito da graça e de súplicas;
olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como
quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele
como se chora amargamente pelo primogênito.
11 Naquele
dia, será grande o pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom,
no vale de Megido.
12 A terra
pranteará, cada família à parte; a família da
casa de Davi à parte, e suas mulheres à parte; a família da
casa de Natã à parte, e suas mulheres à parte;
13 a família da
casa de Levi à parte, e suas mulheres à parte; a família dos
simeítas à parte, e suas mulheres à parte.
14 Todas as
mais famílias, cada família à parte, e suas mulheres à parte.”
(Zacarias 12.10-14);
“6 Levanta-te,
SENHOR, na tua indignação, mostra a tua grandeza contra a fúria dos meus
adversários e desperta-te em meu favor, segundo o juízo que designaste.
7 Reúnam-se ao
redor de ti os povos, e por sobre eles remonta-te às alturas.
8 O SENHOR
julga os povos; julga-me, SENHOR, segundo a minha retidão e segundo a
integridade que há em mim.
9 Cesse a malícia dos ímpios, mas
estabelece tu o justo; pois sondas a mente e o coração, ó justo
Deus.
10 Deus é o
meu escudo; ele salva os retos de coração.
11 Deus é justo
juiz, Deus que sente indignação todos os dias.
12 Se o homem
não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o
arco, tem-no pronto;
13 para ele
preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas.
14 Eis que o ímpio está com dores
de iniquidade; concebeu a malícia e dá à luz a mentira.
15 Abre, e
aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz.
16 A sua malícia lhe
recai sobre a cabeça, e sobre a própria
mioleira desce a sua violência.
17 Eu, porém,
renderei graças ao SENHOR, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do
SENHOR Altíssimo.” (Salmo 7.6-17).
“Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu
Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um
conforme as suas obras.” (Mateus 16.27).
“Porque importa que todos nós compareçamos
perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal
que tiver feito por meio do corpo.” (II Coríntios 5.10).
“11 Vi um
grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram
a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
12 Vi também os
mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do
trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E
os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava
escrito nos livros.
13 Deu o mar
os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que
neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
14 Então, a morte
e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a
segunda morte, o lago de fogo.
15 E, se alguém não foi
achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para
dentro do lago de fogo.” (Apocalipse 20.11-15).
“10 Disse-me ainda: Não seles as palavras da
profecia deste livro, porque o tempo está próximo.
11 Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo
ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.
12 E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para
retribuir a cada um segundo as suas obras.
13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.
14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas
vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem
na cidade pelas portas.
15 Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os
assassinos, os idólatras
e todo aquele que ama e pratica a mentira.
16 Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos
testificar estas coisas às
igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã.
17 O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve,
diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.
18 Eu, a todo aquele que ouve as palavras da
profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe
acrescentará os flagelos escritos neste livro;
19 e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro
desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas
que se acham escritas neste livro.
20 Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente,
venho sem demora. Amém!
Vem, Senhor Jesus!
21 A graça do Senhor Jesus seja com todos.”
(Apocalipse 22.10-21).
“2 O SENHOR é
Deus zeloso e vingador, o SENHOR é vingador e cheio de ira; o SENHOR toma
vingança contra os seus adversários e reserva indignação para os seus inimigos.
3 O SENHOR é
tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o SENHOR
tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus
pés.” (Naum 1.2,3).
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