segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Escuridão Espiritual







Por Wilhelmus à Brakel (1635-1711)

Traduzido, Adaptado e
Editado por Silvio Dutra




Na regeneração, o homem é atraído das trevas para a maravilhosa luz. Ele recebe olhos iluminados para compreender e perceber realidades invisíveis. 
Esses assuntos, ocultos para o homem natural e vistos de uma perspectiva natural, são vistos de uma maneira totalmente diferente pela pessoa que foi iluminada. 
Quem era a própria escuridão se torna iluminado no Senhor, e o Espírito Santo brilha em seu coração para dar a luz do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo. 
Esta luz alegra o coração, aquece a alma, faz com que queime com amor, muda e santifica o homem inteiro. Portanto, aqueles que começam a ver essa luz se tornam tão apaixonados por ela, que desejam ser levados cada vez mais a essa luz. 
De fato, ao fazer isso, eles não tomam nota da distinção entre a luz da contemplação (que pode e deve ser desejada aqui abaixo, mas é reservada para o céu) e a luz da  , que é concedida àqueles que andam na terra, permitindo que eles sigam seu caminho através da escuridão com alegria. Ao não considerar essa distinção, eles não estão satisfeitos em andar à luz da fé, mas deseja viver aqui à luz da contemplação. Eles, portanto, trazem problemas à sua alma e começam a pensar que ainda estão inteiramente no escuro e não convertidos. Sim, isso pode causar uma grande escuridão sobre eles, de modo que até a luz da fé se torna tão fraca que eles não conseguem perceber nenhuma luz.
(Nota do Tradutor: Já nesta altura da nossa tradução desse texto sentimos um impulso para inserir esta nota referente ao assunto, pois em razão do que acabou de ser citado pelo autor, não poucos crentes, ao longo da história da Igreja, têm passado por muitas expectativas que não correspondem a uma verdadeira vida de fé.
A principal causa disto se relaciona com o fato de pensarem que a verdadeira expressão da vida de Jesus na alma consiste em se ter visões, sonhos, êxtases, sinais, prodígios, continuamente, que sejam observados pelos sentidos naturais da visão, audição e tato.
Não poucos desejam ver anjos, outros querem ouvir de forma audível a voz de Deus, outros há que desejam dar vista a cegos de nascença, ressuscitar fisicamente a mortos, etc, e nisto empenham toda a sua energia e tempo, e se não o conseguem sentem-se frustrados ou menos afortunados do que os crentes do passado, especialmente aqueles dos dias apostólicos.
O maior perigo em tudo isto se encontra no fato de que o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz, e quando a pessoa fica aberta para as experiências visíveis e audíveis do mundo espiritual, ele corre o risco de receber impressões originadas no mundo espiritual das trevas, só que disfarçadas de luz, e entretê-las como se fossem de fato da parte de Deus.
Além disso, quando é este o costume que prevalece em relação ao entendimento do que seja a verdadeira vida espiritual, pouca ou nenhuma atenção é dada à santificação pela Palavra, e assim, pouco ou nada da mesma é visto na vida prática do crente.
Longe de nós proibir o exercício dos dons espirituais sobrenaturais. Ao contrário, conforme a ordenança bíblica não devem ser proibidos, mas buscados os melhores dons, porque eles exaltam a ação de Jesus na Igreja e através dela.
Mas quem deve ser priorizado, conforme I Coríntios 13, é o fruto do Espírito Santo, e não propriamente os dons sobrenaturais extraordinários que inclusive estão destinados a desaparecer.
1 Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.
2 Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.
3 E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.
4 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece,
5 não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal;
6 não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;
7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará;
9 porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos.
10 Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.
12 Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” (I Coríntios 1.1-13).
O grande objetivo na nossa salvação é o de que sejamos transformados de glória em glória à Sua própria imagem e semelhança, e isto é feito pelo conhecimento dEle na face de Jesus Cristo. Este conhecimento é feito de forma silenciosa e invisível, pelo Espírito Santo, pois consiste basicamente em se expulsar as trevas da ignorância sobre o verdadeiro caráter, virtudes e atributos de Jesus, de forma que por este conhecimento interior e espiritual possamos seguir os Seus passos, segundo a transformação e renovação da nossa mente.
Agora, se não houver justificação e regeneração, conforme um novo nascimento do Espírito Santo, não é possível haver progresso na vida de fé através da santificação. Primeiro regeneração e depois santificação.
Finalmente, não deve ser esquecido que a abundância de dons extraordinários nos dias de Jesus e dos apóstolos, com a realização de muitos milagres, sinais e prodígios, especialmente de curas extraordinárias de toda sorte de enfermidades incuráveis, tinha a ver principalmente com a confirmação da Palavra de salvação que estava sendo pregada, que apontava para a necessidade de arrependimento e conversão.
Tanto isto é verdadeiro que no caso de não haver arrependimento e conversão em face dos muitos milagres que eram efetuados, isto era seguido por uma dura palavra de repreensão, conforme foi o casos das cidades de Cafarnaum e Betsaida pelo próprio Jesus em seu ministério terreno.
Agora, isto não significa que a pregação do Evangelho deva ser somente em palavras, pois se esta não for acompanhada pela unção do Espírito Santo, com uma atuação real do poder de Jesus sobre os ouvintes, pouco ou nenhuma eficácia será obtida.)
Essa escuridão espiritual não é idêntica à que os não convertidos têm, que ainda são totalmente cegos. Isso também não se compara com o que os iniciantes na experiência da graça, em quem há um vislumbre de luz. 
Nós também não o entendemos pelas ondas de escuridão que ocasionalmente se deparam com um crente e se dissipam prontamente.
Escuridão espiritual: a doença espiritual de um cristão
Essa escuridão é, no entanto, uma doença espiritual de uma pessoa que fez algum progresso na vida cristã . 
Na ausência das influências iluminadoras normais do Espírito Santo, e devido às trevas residuais de sua antiga natureza, a luz que nele está se torna tão fraca e tão obscurecida que agora ele contempla os assuntos espirituais, que ele anteriormente percebia com clareza, como um vislumbre distante e apenas retrata o que aconteceu no passado por meio de memória. Isso faz com que ele fique sem alegria, calor e direção; e viva com medo e ansiedade, fazendo com que ele ande sem rumo, como em um deserto.
A experiência não ensina apenas que o crente entra em tal escuridão (para que muitos não precisem de outra prova, exceto o caso deles), mas a Palavra de Deus nos mostra abundantemente que isso é verdade. Aqueles que estão em tal condição é necessário anotar isso, já que geralmente chegam à conclusão de que não têm graça, sendo de opinião de que os piedosos não entram em tal condição. 
O que aconteceu com Abraão, pai dos fiéis, também acontece com seus filhos. "E eis que um horror de grandes trevas caiu sobre ele" (Gn 15:12). 
Jó testemunha disso a respeito de si mesmo: “Eis que, se me adianto, ali não está; se torno para trás, não o percebo. Se opera à esquerda, não o vejo; esconde-se à direita, e não o diviso.” (Jó 23: 8-9). 
A igreja reclama disso: “Ele me levou e me trouxe para as trevas, mas não para a luz” (Lam 3: 2).
O Senhor ameaça isso: “Dai glória ao SENHOR, vosso Deus, antes que ele faça vir as trevas, e antes que tropecem vossos pés nos montes tenebrosos; antes que, esperando vós luz, ele a mude em sombra de morte e a reduza à escuridão.” (Jr 13:16). 
O profeta dá conselho aos que estão em tal estado: “Quem há entre vós que tema ao SENHOR e que ouça a voz do seu Servo? Aquele que andou em trevas, sem nenhuma luz, confie em o nome do SENHOR e se firme sobre o seu Deus.(Isaías 50:10). 
Há épocas de escuridão como resultado da perseguição e da falta de conforto, bem como devido a cegueira. No entanto, eles geralmente coexistem nos filhos de Deus, pois as trevas externas produzem trevas internas.
As causas da escuridão espiritual
A visão natural pode ser obstruída por várias causas: o desaparecimento do sol, o espessamento das nuvens, a interferência de objetos opacos, doença dos olhos ou olhar para o sol. A escuridão espiritual também tem várias causas:
(1) o desaparecimento do Sol da Justiça, o Senhor Jesus Cristo, e a retenção da influência iluminadora do Espírito Santo;
(2) o diabo que obscurece essa luz obscurecendo os problemas, gerando a fumaça do erro e da heresia, gerando falsa luz, obscurecendo a verdade e seduzindo uma pessoa por meio de enganadores;
(3) uma pessoa que não dá ouvidos à luz da fé, considerando que isso é muito insignificante; um enfraquecimento do amor pela verdade, uma luta por algo mais elevado; uma insistência em ser iluminado pela luz de contemplar, e por ser desejoso de receber luz que não seja aquela pela qual o Senhor normalmente guia seu povo;
(4) desviar os olhos da luz cedendo às nossas concupiscências, fechando os olhos e espalhando areia nos nossos olhos - pelo qual a verdade em sua eficácia e preciosidade não é percebida;
(5) exercer demais nossa visão espiritual para compreender as perfeições e os caminhos incompreensíveis de Deus. Isto, ao invés de nos dar mais luz, nos trará mais escuridão. Pois quando nos afastamos da luz da Palavra de Deus e não podemos alcançar uma contemplação imediata, nosso intelecto corrupto e razão irracional virá para o primeiro plano, enganando a alma com falsas contemplações, em que a verdadeira luz é cada vez mais obscurecida.
As consequências da escuridão espiritual
Essa escuridão espiritual leva os crentes a um estado de tristeza e pecado, pois:
Primeiro, haverá desânimo. A luz dos olhos é boa e alegra o coração. Dias sombrios, pelo contrário, são dias de tristeza; a noite encerra tudo e oprime o coração. Isso também é verdade para os crentes que têm visto a luz, que estavam acostumados a andar na luz do semblante de Deus, e se alegravam com a luz, mas agora devem perder essa luz e estão cercados por uma escuridão espessa. Tudo isso afligirá o coração e uma triste tristeza supera-os, para que tudo, por assim dizer, os entristece. Eles pensam nos dias anteriores em que o Senhor fez com que Sua luz brilhasse sobre eles, e eles atravessaram as trevas pela Sua luz. Isso agora desapareceu, no entanto, e há trevas tristes.
Em segundo lugar, durante a escuridão, os animais selvagens saem de seus buracos. Da mesma forma, todos os tipos de movimentos pecaminosos manifestam-se nessa escuridão, como descrença, desânimo, irritação e murmuração. Mesmo pensamentos fugazes ateístas surgem no coração, bem como todo tipo de raciocínio pecaminoso para levar a alma a trevas adicionais.
Terceiro, a escuridão é uma coisa assustadora . Há um terror à noite e uma flecha que voa de dia (Sl 91: 5). Tal é também o caso aqui. Dificilmente seremos capazes de discernir o que é graça e não somos capazes de percebê-la em nós mesmos. Nós temeremos a ira de Deus e a condenação. O diabo lança suas flechas aterrorizantes; nossos pensamentos e os sonhos nos aterrorizam, e não encontraremos descanso nem refúgio em lugar algum.
Quarto, aquele que, no escuro, atravessa um caminho em que há muitas trilhas, se desvia facilmente. Tal é também o caso aqui. "Quem anda nas trevas não sabe para onde vai" (João 12:35). Quando ele está sozinho, seus pensamentos vagam, e quando ele está entre as pessoas, ele tropeça em suas palavras. Se ele deve empreender algo ou se for necessário tomar uma decisão, ele cometerá um erro na sua escolha e o resultado do seu empreendimento estará errado. Em toda parte ele está enredado e está preso em tudo o que empreende.
(Nota do Tradutor: Jesus diz que aquele que caminha durante a luz do dia não tropeça, e aqui Ele nos chama a refletir que se andarmos na Sua luz nós não tropeçaremos. Isto é a mais pura verdade, pois quando a alma está na luz, ela tem a direção de Deus para todas as coisas que se referem à sua vida, especialmente nas decisões que tenha que tomar. Mas, quando a alma está em uma condição ruim de trevas, tudo é confuso e obscuro, e nada parece estar seguindo o rumo certo que deveria tomar, pois falta até mesmo a atmosfera de segurança  de que tudo irá bem em relação a nós, porque até mesmo as tribulações cooperarão para o nosso bem, pois através delas perceberemos que a nossa fé está sendo aperfeiçoada por Deus.)
Em quinto lugar, quem anda na escuridão tropeça rapidamente em algo que jaz em seu caminho, sem poder ver isso - e irregularidades o fazem tropeçar rapidamente. Isso também é verdade aqui. Os caminhos de Deus não estão mais em seu coração e ele caminha por caminhos difíceis. Aqui ele vê alguma coisa e ali ouve alguma coisa, e isso o ofende imediatamente. Aqui há tentações de errar na doutrina, de pecar e a oposição há de se revelar. 
Em toda parte existem armadilhas, mas ele não as vê. Isso faz com que ele seja facilmente enredado, e quanto mais ele se move, mais e mais ele se torna enredado. Ele não pode se livrar, pois não sabe onde colocará o pé.
Sexto, a escuridão é uma época infrutífera. Na escuridão do inverno, as árvores permanecem estéreis e como se estivessem mortas. Perto dos polos sul e norte, quase nenhuma vegetação ou grama cresce e o que é semeado ou plantado em um local que não pode ser alcançado pelo sol, não pode crescer e estará em uma condição triste. Esse também é o caso aqui. Quando trevas espessas envolvem a alma, ela não produz frutos dignos de arrependimento. Ela é estéril e fraca, não dá prazer ao Senhor que a plantou, não é um ornamento para a igreja, e esse plantio do Senhor não é uma questão de alegria para outras pessoas piedosas nem atraente para os não convertidos. Durante essa temporada, ela não responde ao propósito para o qual foi nomeada.
Sétimo, durante a escuridão faz frio . Durante os invernos e embaixo das camadas de neve, tudo fica imóvel devido à geada. Isso também é verdade aqui. Quando alguém entra em um estado de escuridão, ele entra rapidamente em um estado em que ele é frio, rígido, e insensível. Em breve discutiremos esse estado de insensibilidade de maneira mais abrangente.
Meios para Evitar as Trevas Espirituais
Visto que o estado de escuridão é de natureza tão prejudicial, todos devem cuidar para que ele não entre em tal condição e, portanto:
(1) Esteja atento às coisas pelas quais você entra em tal condição - como foi mostrado anteriormente.
(2) Estime muito a luz que você tem, por menor que possa parecer aos seus próprios olhos.
(3) Regozije-se com o fato de você conhecer Deus, Cristo e o caminho da salvação. Além disso, alegre-se que você entende a Palavra de Deus em seu sentido espiritual, pois você vê tantos que estão sem essa luz. 
"33 Mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade.
34 Eu, porém, não aceito humano testemunho; digo-vos, entretanto, estas coisas para que sejais salvos.
35 Ele era a lâmpada que ardia e alumiava, e vós quisestes, por algum tempo, alegrar-vos com a sua luz.
36 Mas eu tenho maior testemunho do que o de João; porque as obras que o Pai me confiou para que eu as realizasse, essas que eu faço testemunham a meu respeito de que o Pai me enviou.
37 O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes ouvido a sua voz, nem visto a sua forma.” (João 5:33-37).
(4) Preste atenção à luz que brilha na Palavra de Deus, direcione suas ações de acordo e ande nela.
“Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não caiam sobre vós” (João 12:35).
(Nota do tradutor: A Palavra de Deus é o alimento do espírito. Devemos nos alimentar dela continuamente, sentindo ou não fome, estando em luz ou escuridão, pois isto fará que nos levantemos mais rapidamente de possíveis abatimentos com que nos defrontemos em nossa jornada. Muitas vezes Deus permite que haja retenções da Sua graça para nós, para que em nossa fraqueza nos exercitemos a buscá-Lo ainda que nestas horas difíceis, para que enfim haja o triunfo da fé, pela recepção da graça que necessitamos. Temos isto na experiência do apóstolo Paulo:
2 Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe)
3 e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe)
4 foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir.
5 De tal coisa me gloriarei; não, porém, de mim mesmo, salvo nas minhas fraquezas.
6 Pois, se eu vier a gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade; mas abstenho-me para que ninguém se preocupe comigo mais do que em mim vê ou de mim ouve.
7 E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte.
8 Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim.
9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.
10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.” (II Coríntios 12.2-10).
Se você foi dominado pelas trevas, não desista da coragem, pois muitos dos piedosos entram nessa condição. Isto não é um sinal de estar sem graça. Você ainda conhece o Senhor e Seu caminho, embora de longe. Essa escuridão é um fardo para você e todo o seu desejo é pela luz - não apenas para poder ver, mas para se alegrar, aquecer, ser dirigido e santificado por ela. O Senhor, por renovação, aliviará suas trevas e levantará novamente a luz de Seu semblante sobre você. Você experimentará que esta época das trevas foi uma escola para você, na qual você
aprendeu muito. 
Especialmente não cedamos a esta escuridão, mas esforcemo-nos por ser libertados dela. Eu não preciso apresentar diante de você a repugnante natureza das trevas e o deleite da luz para despertá-lo assim, pois você experimentou ambas as condições. Eu apenas desejo lhe dar uma orientação.
Instruções para aqueles que lutam com a escuridão
Primeiro, tenha certeza de que você não retornará imediatamente à luz que desfrutou anteriormente. Os raios fugazes de luz que caem sobre você no meio de suas trevas são confortos divinos para fortalecê-lo para as trevas que ainda estão por vir. Uma disposição habitual só deve ser alcançada por meio de muito exercício. Portanto, não fique desencorajado se você não recuperar essa condição logo no início.
Em segundo lugar, fique satisfeito com a pouca luz que você ainda tem, e que lhe permite entender a Palavra em seu sentido espiritual, mesmo que não produza prazer nem calor. É o suficiente para lhe dar orientação.
Terceiro, abstenha-se de se esforçar para ter pontos de vista sobre assuntos importantes, mas apegue-se humildemente à Palavra de Deus.
Sempre que você ler e sempre que uma passagem das Escrituras lhe ocorrer, pense: “Esta é a verdade.” Se é uma promessa, avalie-a como tal e não levante seu coração acima dessa Palavra. Ao mesmo tempo, reflita sobre o próprio Deus, mas não vá além do que Sua Palavra O descreve. Se houver uma exortação a acreditar ou praticar outra virtude, então pense: “Esta é minha regra de conduta e, de acordo com isso, desejo andar com toda a simplicidade.”
Mantendo um perfil baixo, você virá à luz da maneira mais prudente.
Quarto, lide fielmente com a pequena medida de luz que você possui. Não comece a raciocinar com seu intelecto natural para poder entender e melhorar sua condição. Reconheça-a pela fé e siga-a. Em humildade e retidão, ande nessa luz. Não se concentre nos seus tropeços, considere-se apenas uma criança pequena. A ordenação do seu caminho de acordo com essa pequena medida de luz certamente será um meio de receber uma medida maior de luz. Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo.” (João 7:17); Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8: 31-32).
Em quinto lugar, mantenha seus exercícios devocionais agendados. Se você descontinuá-los, você entrará em mais trevas e tornar-se-á mais distante; no entanto, se você os mantiver, aumentará a luz. Não se pressione para ser ocupado com isso por um longo período de tempo, mas faça isso com simplicidade. Não faça isso para adicioná-lo ao registro de suas virtudes, pois logo você se desencorajaria. Em vez disso, faça-o com o objetivo constante de usá-lo como um objetivo de receber mais luz. 
Leia a Palavra de Deus e suplique e clame ao Senhor que ouve e vê você - mesmo que você não O veja. Você, no entanto, conhece-o por meio de Sua Palavra. Particularmente, ore por luz, porque a luz procede somente dEle. Ele pode abrir o entendimento com uma palavra para que você entenda as Escrituras (Lucas 24:44,45 – “A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras.) Ele promete dar luz e sabedoria àqueles que Lhe oram por isso (Tiago 1: 5 – “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.”) E isso Ele é capaz e está disposto a fazer, também fará, e você ainda o louvará pela ajuda de Seu semblante. Um dia você contemplará o rosto dele em retidão e então ficará satisfeito. Amém.











Nota do Tradutor:
Em uma de minhas meditações orava ao Senhor pedindo-lhe que me desse sabedoria para ser mais eficaz em meus esforços dirigidos à salvação e edificação de almas, enquanto pensava em meu coração em algum método específico que pudesse atender a tal objetivo, quando o Senhor me disse que não há método que seja dado ao homem porque Ele usa o método necessário para cada pessoa em particular, segundo o Seu próprio poder, e isto não se encontra na esfera de capacidade de qualquer criatura, por mais sábia que ela seja.
Então, nossa obrigação é a de pregar e ensinar a verdade das Escrituras, e deixar a eficácia do resultado nas mãos de Deus, porque usará o testemunho e as circunstâncias que Ele julgar as mais eficazes para atuar em cada caso promovendo salvação e edificação.
Assim como um bisturi não tem qualquer uso senão somente quando se encontra nas mãos de um cirurgião habilidoso, de igual forma somos apenas instrumentos sem qualquer uso, quer no que falamos, quer no que escrevemos, até que o grande Cirurgião decida usar-nos para que Ele próprio promova a cura de uma alma enferma.
Não tem sido assim em nossa própria experiência, em que fomos abençoados por Deus através da instrumentalidade de muitos dos Seus servos, em diversas ocasiões diferentes?
De igual modo espero que o que passo a descrever adiante, possa de alguma forma ser usado pelo Senhor para abençoar a vida de algum leitor.
Em uma tarde ensolarada de primavera, vi passar em louca disparada um cavalo de porte médio, ainda jovem, com a pelagem muito suja, esquelético e de andar desconjuntado, montado por um cavaleiro alto, adulto e desvairado, que o chicoteava repetidamente sob o proferimento de vários impropérios de baixo calão que dirigia a ele em grande fúria, exigindo que se deslocasse mais rapidamente.
O pobre animal espumava e mal conseguia se deslocar, estando debaixo de grande sofrimento, e eu fui despertado em um grande clamor por justiça em meu coração, sentindo ao mesmo tempo uma grande impotência e incapacidade para poder fazer algo que pudesse impedir a continuidade daquela crueldade.
À noite, mal conseguia conciliar o sono, pensando nas muitas injustiças que desde a mais remota época, vêm acontecendo no mundo, e que atingem não apenas os animais, mas inclusive a criancinhas e especialmente mulheres que são estupradas ou assassinadas por pessoas cruéis, que continuam impunes em sua grande maioria, dando prosseguimento às suas crueldades.
Como Deus vê tudo isso?
Muitos consideram que Ele é indiferente e que também é impassível em relação a tais ocorrências.
Outros colocam toda a culpa no diabo, a quem atribuem todo o tipo de mal e injustiça que há no mundo.
Outros, isentam a Deus de qualquer culpa ou indiferença, e ainda que admitam a participação do diabo em muitos eventos, todavia atribuem toda a culpa ao próprio homem, em razão de ser pecador.
Mas a grande questão que se levanta é a relativa à aplicação da justiça. Há um clamor moral natural para que a justiça seja feita sempre que houver a manifestação do mal. Mas como poderia haver uma justiça perfeita para um homem cujo coração imagina continuamente o mal?
Esperar tal justiça perfeita da parte dos homens seria equivalente a uma utopia, uma vez que o próprio juiz é pecador. E por melhor que ele fosse não é dado a nenhum homem conhecer perfeitamente o seu próximo no que diz respeito a todos os seus pensamentos, ações, omissões, sejam boas ou más, ao longo do curso de toda a história das suas vidas.
Deus tem todo o poder, sabedoria, conhecimento, inclusive presciente, e é perfeitamente santo e justo para exercer juízos, porque conhece perfeitamente o coração de cada pessoa e todo o histórico de sua vida desde a formação no ventre até o dia da sua morte.
Se Ele não tivesse se revelado nas Escrituras, sobretudo na forma como exerce o juízo com base na mais perfeita justiça, nos encontraríamos em um labirinto infinito do qual jamais acharíamos a saída.
Antes de tudo, vejamos o caso do cavaleiro cruel e seu cavalo.
Deus tem proibido e ameaçado nas Escrituras, aqueles que causam danos à Terra e que maltratam os animais.
Mesmo no caso de animais que são sacrificados para serem consumidos, não é admitido que recebam maltratos enquanto vivem, ou que sejam submetidos a qualquer tipo de morte dolorosa e prolongada.
Tratar qualquer criatura com crueldade não é admitido de nenhuma forma pelo Criador que afirma que trará em juízo até uma palavra proferida de forma ociosa.
Não há qualquer indiferença da parte de Deus em relação aos pecados que são praticados na Terra, porque os tem registrado para uma posterior imputação no Dia do Juízo Final.
Além desse julgamento final do qual ninguém escapará, há intervenções de juízos localizados e temporários da parte de Deus, nas quais a Sua misericórdia e longanimidade devem ser levadas em consideração, antes de serem apreciadas, como foi o caso do tempo dado a Sodoma e Gomorra, aos amorreus, e em vários outros exemplos destacados na Bíblia, e registrados na própria história geral da humanidade, com vistas a manter a continuidade da vida na Terra.
Mas, a questão moral da aplicação da justiça ainda permanece em aberto com todas estas informações já dadas. É preciso prosseguir adiante e entender que além de ser poderoso, juiz e justo, Deus é amor, bondade, misericórdia, paciência, longanimidade etc.
Todos os Seus atributos encontram-se em perfeita harmonia e equilibrados nEle, de forma que um não se sobressai sobre o outro.
Ele determinou salvar a muitos pecadores ao longo de toda a história da humanidade, e sabia que teria que fazê-lo em um mundo hostil, cruel e contrário a Ele e às Suas leis justas.
Isto demanda então que seja paciente e longânimo para com todos, inclusive os maus, dos quais a propósito, serão gerados muitos que se converterão a Ele e o amarão e temerão.
Enquanto a crueldade corre desenfreadamente na face da Terra, em diversas formas de injustiça, inclusive em guerras, o amor, a bondade e a misericórdia de Deus seguem ao lado resgatando a muitos das trevas do pecado, para trazê-los para a luz.
Além disso, em nenhum momento a justiça divina deixa de ser exercida, inclusive em relação àqueles que não mais responderão perante Ele para serem condenados a um sofrimento eterno no inferno, porque Jesus sofreu no lugar deles, morrendo na cruz, e recebendo contra Si mesmo toda a ira da justiça divina contra os pecadores, que eles deveriam sofrer.
O cavaleiro cruel chicoteava e xingava o cavalo, e os pecadores, quando pecam, chicoteiam e xingam a Deus. Isto não pode ser deixado sem um juízo de retribuição eterna, de vergonha e dor, porque é praticado contra um Ser infinito e eterno.
Devemos lamentar e chorar por causa dos nossos pecados, porque na salvação, o que está implícito não é apenas a questão moral da satisfação da justiça através do sangue derramado por Jesus, mas o sentimento dolorido que devemos ter por saber que aquela morte foi causada pela nossa própria crueldade.
Não é cruel ofender a um Deus que é todo bondade e amor?
Não é cruel ter rejeitado e cuspido na mão que nos alimentou e cuidou?
Por isso é dito no profeta Zacarias que quando víssemos Jesus sendo transpassado pelos nossos pecados, nós choraríamos amargamente, por sabermos que fomos nós mesmos que demos ocasião a isto.
Foi doloroso ver o cavalo sendo chicoteado cruelmente e injustamente, e seria menos doloroso ver Jesus sendo cravado na cruz e perfurado pela lança, e cuspido, escarnecido, e oprimido por Satanás e todos os demônios?
Seria menos culpável o fato de continuarmos rejeitando-o enquanto Ele estende suas mãos feridas em nossa direção para que acreditemos nEle?
A questão do juízo, da justiça e do próprio pecado giram em torno da pessoa sagrada de Jesus.
Ele é a régua da medida dos nossos pensamentos e atos.
O que for conforme a Ele é aprovado e justo, e o que é contra Ele está condenado.
Entreguemos todo o juízo nas mãos do Justo Juiz, que a seu tempo dará a cada um segundo as suas obras.
Enquanto isso, continuemos suspirando e lamentando por todo o mal que há em nós e no mundo, porque de fato, não é coisa pequena esta terrível crueldade chamada pecado.
5 Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração;
6 então, se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração.
7 Disse o SENHOR: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito.” (Gênesis 6.5-7).
“Não atarás a boca ao boi quando debulha.” (Deuteronômio 20.4).
8 Em nascendo o sol, Deus mandou um vento calmoso oriental; o sol bateu na cabeça de Jonas, de maneira que desfalecia, pelo que pediu para si a morte, dizendo: Melhor me é morrer do que viver!
9 Então, perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira por causa da planta? Ele respondeu: É razoável a minha ira até à morte.
10 Tornou o SENHOR: Tens compaixão da planta que te não custou trabalho, a qual não fizeste crescer, que numa noite nasceu e numa noite pereceu;
11 e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?” (Jonas 4.8-11).
O justo atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel.”  (Provérbios 12.10).
3 Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.
4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
7 Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.
8 Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido.
9 Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca.
10 Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos.
11 Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.
12 Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.” (Isaías 53.3-12).
10 E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito.
11 Naquele dia, será grande o pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom, no vale de Megido.
12 A terra pranteará, cada família à parte; a família da casa de Davi à parte, e suas mulheres à parte; a família da casa de Natã à parte, e suas mulheres à parte;
13 a família da casa de Levi à parte, e suas mulheres à parte; a família dos simeítas à parte, e suas mulheres à parte.
14 Todas as mais famílias, cada família à parte, e suas mulheres à parte.” (Zacarias 12.10-14);
6 Levanta-te, SENHOR, na tua indignação, mostra a tua grandeza contra a fúria dos meus adversários e desperta-te em meu favor, segundo o juízo que designaste.
7 Reúnam-se ao redor de ti os povos, e por sobre eles remonta-te às alturas.
8 O SENHOR julga os povos; julga-me, SENHOR, segundo a minha retidão e segundo a integridade que há em mim.
9 Cesse a malícia dos ímpios, mas estabelece tu o justo; pois sondas a mente e o coração, ó justo Deus.
10 Deus é o meu escudo; ele salva os retos de coração.
11 Deus é justo juiz, Deus que sente indignação todos os dias.
12 Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto;
13 para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas.
14 Eis que o ímpio está com dores de iniquidade; concebeu a malícia e dá à luz a mentira.
15 Abre, e aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz.
16 A sua malícia lhe recai sobre a cabeça, e sobre a própria mioleira desce a sua violência.
17 Eu, porém, renderei graças ao SENHOR, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do SENHOR Altíssimo.” (Salmo 7.6-17).
“Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras.” (Mateus 16.27).
“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.” (II Coríntios 5.10).
11 Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
12 Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.
13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
14 Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.
15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.” (Apocalipse 20.11-15).
10 Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo.
11 Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.
12 E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.
13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.
14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.
15 Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira.
16 Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã.
17 O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.
18 Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro;
19 e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro.
20 Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus!
21 A graça do Senhor Jesus seja com todos.” (Apocalipse 22.10-21).
2 O SENHOR é Deus zeloso e vingador, o SENHOR é vingador e cheio de ira; o SENHOR toma vingança contra os seus adversários e reserva indignação para os seus inimigos.
3 O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.” (Naum 1.2,3).








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