sexta-feira, 16 de agosto de 2019

O Cumprimento da Principal Profecia


Por
Silvio Dutra
Ago/2019
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A474
Alves, Silvio Dutra
O cumprimento da principal profecia
Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019.
26p.; 14,8 x21cm
1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Alves, Silvio Dutra.
I. Título.
CDD 252
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A principal profecia, do ponto de vista da sua importância para nós, é a que encontramos no 61º capítulo do profeta Isaías, e que é citada no quarto capítulo do evangelho de Lucas, o qual estaremos comentando, para sua apreciação em seu contexto, conforme este fora apresentado pelo citado evangelista.
Lucas 4.1-15 - Vide Mateus 4 1 Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, 2 durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome. 3 Disse-lhe, então, o diabo: Se és o Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão. 4 Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem. 5 E, elevando-o, mostrou-lhe, num momento, todos os reinos do mundo. 6 Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser.
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7 Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua. 8 Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto. 9 Então, o levou a Jerusalém, e o colocou sobre o pináculo do templo, e disse: Se és o Filho de Deus, atira-te daqui abaixo; 10 porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; 11 e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. 12 Respondeu-lhe Jesus: Dito está: Não tentarás o Senhor, teu Deus. 13 Passadas que foram as tentações de toda sorte, apartou-se dele o diabo, até momento oportuno. 14 Então, Jesus, no poder do Espírito, regressou para a Galileia, e a sua fama correu por toda a circunvizinhança. 15 E ensinava nas sinagogas, sendo glorificado por todos.
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João foi decapitado a mando de Herodes quando contava apenas cerca de 30 anos de idade, porque foi morto logo no início do ministério de Jesus, quando contava com a mesma idade com a qual João havia sido morto.
Ele começou o seu ministério aos 29 anos de idade, conforme se infere do registro do terceiro capítulo de Lucas: “1 No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judeia, Herodes, tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe, tetrarca da região da Itureia e Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene, 2 sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás, veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto. 3 Ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados,” (Lucas 3.1-3) Tibério começou a reinar no ano 14 d.C., e seu reinado se estendeu até 37 d.C. Como João começou seu ministério no ano 15º ano de Tibério, então temos 29 como a soma de 14 e 15. Isto é coerente com o tempo do ministério de João, que deveria ser curto, para que toda a
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glória e honra e ação fossem dados a Jesus, de quem João foi apenas o precursor, daquele que cumpriria a profecia de Isaías 61.
Assim, se deu cumprimento à Palavra de João que importava que a sua luz brilhasse apenas por um pouco, porque convinha que ele diminuísse e que Jesus crescesse.
De igual modo, todos os ministérios que estão vinculados a Cristo, têm a mesma função que teve João, a saber, surgir, anunciar a Cristo e desaparecer de cena, de maneira que apenas o nome de Cristo seja perpetuado por todas as gerações.
No entanto, é importante destacar, que em relação ao tempo de permanência do Senhor, na carne, neste mundo, na realização do Seu próprio ministério, que Ele também deixou este mundo para ir para junto do Pai, quando contava apenas 33 anos de idade.
Nisto há um grande ensinamento para todos nós, que vivemos neste mundo, que não é a extensão do tempo de vida que temos aqui, que pode ser considerado como prova da bênção de Deus, porque nascido de mulher não havia maior que João, o Batista, e sem qualquer sombra de dúvida, Cristo é sobre todos e nem o
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somatório de todos os seres da terra e do céu, podem sequer serem comparados à Sua grandeza e glória.
Portanto, tudo que Jesus sofreu neste mundo em relação à humilhação a que foi submetido, inclusive a de ser tentado pelo diabo, foi em razão de ter carregado sobre Si o nosso próprio opróbrio, porque não havia nenhum motivo para carregar qualquer opróbrio, por sua própria causa, porque, afinal, não tinha qualquer pecado.
Tudo o que Ele sofreu foi por nós e por nossa causa.
Ele suportou aflições e triunfou sobre todas as coisas, inclusive sobre a própria morte, para servir de exemplo para nós, e para ser o autor e consumador da nossa salvação.
Deste modo, não foi pela vontade e desígnio do próprio diabo que Ele foi conduzido ao deserto para ser tentado, mas pelo Espírito Santo.
E importava que fosse tentado estando em extrema fraqueza, decorrente do jejum completo que fizera de quarenta dias e noites, para nos mostrar quão suficiente é o poder da graça do Espírito Santo que estava nEle, porque
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havia sido batizado no Espírito quando foi batizado nas águas por João, o Batista, pouco tempo antes de ser conduzido pelo Espírito ao deserto, para ser tentado.
Ele venceu a tentação de suportar a fome, não atendendo à insinuação do diabo que mostrasse o Seu poder transformando pedras em pães.
Necessitamos aprender esta lição, para que não venhamos a tentar a Deus nos momentos em que estivermos passando por necessidades, por sabermos que Deus é poderoso para nos sustentar com a palavra que procede da Sua boca, nestas horas difíceis.
De igual modo, não devemos tentar a Deus, por nos lançarmos ao encontro de dificuldades e perigos por sugestão do diabo, para demonstrarmos que temos o poder do Senhor sobre as nossas vidas.
Quanto a isto Jesus nos deixou o exemplo de não atender a Satanás, quando este lhe pediu para que se lançasse do pináculo do templo abaixo, porque segundo ele, Deus teria que cumprir o que está registrado nas Escrituras, que daria ordens a Seus anjos a respeito de Jesus, para que lhe sustentassem em suas mãos, para nunca tropeçar em alguma pedra.
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Também, devemos rejeitar completamente o oferecimento por parte do diabo, da glória vã das coisas deste mundo que passa, desde que nos submetamos a ele.
Deus é digno de ser adorado, e somente Ele deve ser adorado e buscado. Nosso coração não deve estar preso a nenhuma coisa deste mundo.
Somente o Senhor é digno de ser servido, e todo nosso serviço aos homens, deve ser, na verdade, por amor a Ele, e para trazer honra e glória ao Seu santo nome.
Fomos criados por Deus para isto, e é portanto, deste modo, que devemos viver, a saber, conforme o propósito da nossa vocação.
Entretanto, é de pasmar, que haja tão grande desinteresse por parte da maior parte da humanidade, em ter um conhecimento pessoal e íntimo da pessoa de Jesus, que tão maravilhosamente se manifestou ao mundo por amor de nós.
Fora dEle, a vida não tem nenhum verdadeiro significado, propósito e sentido.
Por isso, mesmo antes de ter encarnado há cerca de dois mil anos atrás, Deus não nos deixou sem o testemunho da Sua pessoa e
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vontade, pela revelação que fez aos antigos, e especialmente nas Escrituras do Antigo Testamento através dos profetas.
Todavia, como dissemos anteriormente, não são poucos os que vivem como se nada tivesse sido profetizado acerca de Cristo, e que vivem como se Ele não tivesse se manifestado pessoalmente ao mundo.
Caminham sem Cristo, sem Deus, sem o mínimo interesse em investigar as coisas que foram reveladas de uma vez para sempre, para o conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.
Vivem como se estivessem ainda nos dias do Antigo Testamento, quando a revelação da glória do Senhor era feita com por um espelho, como uma figura, das realidades que já se cumpriram conforme havia sido profetizado acerca dEle, como por exemplo, o fato de ter-se mudado de Nazaré para a cidade de Cafarnaum, da Galileia, dando-se cumprimento à profecia de Isaías.
“1 Mas para a que estava aflita não haverá escuridão. Nos primeiros tempos, ele envileceu a terra de Zebulom, e a terra de Naftali; mas nos
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últimos tempos fará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, a Galileia dos gentios.
2 O povo que andava em trevas viu uma grande luz; e sobre os que habitavam na terra de profunda escuridão resplandeceu a luz.” (Is 9.1,2)
Antes mesmo que houvesse Galileia, Deus profetizou acerca dela, porque para o povo desprezado que vivia naquela região resplandeceria a esperança da luz da glória do evangelho, por meio de Jesus Cristo.
Aquele era apenas um sinal da luz que seria derramada em todas as nações, para aqueles que desejassem sair das trevas do pecado, da ignorância e da obscuridade, pela união espiritual com Cristo.
A luz está disponível ainda em nossos dias, e estará disponível enquanto durar a dispensação da graça, mas é necessário vir para a luz de Jesus, se desejarmos de fato sair da condição de morte, para a condição de vida, a vida eterna e abundante que somente o Senhor pode nos dar.
E o ministério que Jesus começou nos dias em que viveu na carne neste mundo, Ele tem continuado através da Igreja, que é o Seu corpo,
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realizando obras ainda maiores do que as que Ele havia realizado em Seu ministério terreno, a saber:
“23 E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.
24 Assim a sua fama correu por toda a Síria; e trouxeram-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias doenças e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos; e ele os curou.
25 De sorte que o seguiam grandes multidões da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judeia, e dalém do Jordão.”
Aqueles que Ele tem chamado, tal como os primeiros apóstolos e discípulos, e que tudo têm deixado para segui-lo, são aqueles que têm dado continuidade à Sua obra de salvação e libertação na terra.
E o modo de alcançar esta bênção continua sendo o mesmo desde o princípio, a saber, pelo atendimento da convocação ao arrependimento, ou seja, à transformação da vida, pelo retorno a Deus, por meio da fé em
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Jesus Cristo, para viver a vida celestial, espiritual e divina, conforme Deus planejou para o homem, desde antes da fundação do mundo.
Lucas 4.16-30 16 Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. 17 Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: 18 O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, 19 e apregoar o ano aceitável do Senhor. 20 Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. 21 Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.
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22 Todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que lhe saíam dos lábios, e perguntavam: Não é este o filho de José? 23 Disse-lhes Jesus: Sem dúvida, citar-me-eis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; tudo o que ouvimos ter-se dado em Cafarnaum, faze-o também aqui na tua terra. 24 E prosseguiu: De fato, vos afirmo que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra. 25 Na verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou por três anos e seis meses, reinando grande fome em toda a terra; 26 e a nenhuma delas foi Elias enviado, senão a uma viúva de Sarepta de Sidom. 27 Havia também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro. 28 Todos na sinagoga, ouvindo estas coisas, se encheram de ira. 29 E, levantando-se, expulsaram-no da cidade e o levaram até ao cimo do monte sobre o qual
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estava edificada, para, de lá, o precipitarem abaixo. 30 Jesus, porém, passando por entre eles, retirou-se.
Quando nosso Senhor declarou que a profecia de Isaías 61 começou a ter cumprimento a partir do dia em que ele fez a sua leitura na Sinagoga de Nazaré, pois o Ungido a quem a profecia se refere, era Ele próprio que estava dando início ao seu ministério, depois de ter voltado do deserto, quando havia sido tentado por Satanás por 40 dias e noites, quando para lá foi conduzido pelo Espírito Santo, em seguida ao seu batismo por João Batista, era de se esperar que houvesse grande júbilo e regozijo entre aqueles que o ouviram, mas, como já havia sido profetizado pelo mesmo profeta Isaías que os judeus se endureceriam à sua pregação, foi exatamente o que ocorreu.
E foi com grande fúria que eles se voltaram contra o Senhor, inclusive tentando apedrejá-lo, por considerarem-no um falso profeta.
Como a maioria deles já o conhecia como sendo o humilde filho do carpinteiro, que residiu por anos entre eles, não puderam aceitar que ele agora fosse chamado para ser profeta, e ainda
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por cima, colocar-se na posição do Messias prometido pelos profetas nas Escrituras. “1 O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; 2 a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram 3 e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para a sua glória.” (Isaías 61.1-3) A rejeição em Nazaré não seria um fato isolado, mas em toda a Judéia, e isto por gerações sucessivas de Judeus, conforme temos testemunho ainda em nossos dias nestes cerca de dois mil anos. O problema com eles foi diagnosticado na ocasião por Jesus, lembrando-lhes que foi pela incredulidade deles em Deus e na Sua Palavra, e
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pela falta de comunhão espiritual com Ele, que os israelitas dos dias de Elias não tiveram uma só viúva a que pudesse ser enviado o profeta, e que o recebesse na condição de profeta de Deus. De igual modo, nos dias do profeta Eliseu, nenhum leproso israelita foi enviado por Deus a ele para ser curado, senão um estrangeiro, Naamã, o Siro, que diferentemente deles, viria a crer no Senhor, pelo que lhe faria através do profeta. E agora, a história voltava a se repetir entre eles. Não somente rejeitaram a Jesus, como o chamaram de Belzebu, o maioral dos demônios. Seus discípulos seriam duramente perseguidos pelos seus próprios compatriotas, e isto em todas as partes do mundo. Eles não somente combateriam a sua doutrina, mas agiriam contra a própria vida deles, levando-os à pena capital, pensando que com isso faziam um verdadeiro serviço a Deus. É assim que o evangelho tem sido pregado no mundo: às sombras de grandes inimigos de Deus e da verdade e da justiça do Seu Reino. Eles atacam o que não podem compreender, pois são desprovidos da fé salvífica e do Espírito Santo, que é na verdade quem nos convence do pecado, da justiça e do juízo.
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Deus nos proveu de um libertador dos laços do pecado e do diabo, dos quais não poderíamos jamais nos livrar por nós mesmos, e qual tem sido a recepção que tem sido dada a tal Libertador? Cada um de nós deve responder por si mesmo, pois a salvação é individual.
Lucas 4.31-37: 31 E desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e os ensinava no sábado. 32 E muito se maravilhavam da sua doutrina, porque a sua palavra era com autoridade. 33 Achava-se na sinagoga um homem possesso de um espírito de demônio imundo, e bradou em alta voz: 34 Ah! Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus! 35 Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai deste homem. O demônio, depois de o ter lançado por terra no meio de todos, saiu dele sem lhe fazer mal. 36 Todos ficaram grandemente admirados e comentavam entre si, dizendo: Que palavra é
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esta, pois, com autoridade e poder, ordena aos espíritos imundos, e eles saem? 37 E a sua fama corria por todos os lugares da circunvizinhança.
Pode-se pensar que em Cafarnaum, a recepção de Jesus seria melhor do que em Nazaré, uma vez que fez também ali poderosos milagres, e os próprios demônios, quando expulsos, davam o testemunho de que Ele era o Filho Unigênito de Deus, e muito o temiam, pois sabiam que a Ele foi dada toda a autoridade e poder, tanto no céu quanto na Terra.
Mas, eis o testemunho que o próprio Jesus deu também da cidade de Cafarnaum, na qual ele havia habitado, bem como o apóstolo Pedro: “13 Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom, se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido, assentadas em pano de saco e cinza. 14 Contudo, no Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras. 15 Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno.”
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Eles viram o paralítico ser introduzido pelo telhado da residência de Pedro e ser curado pelo Senhor, e ter os seus pecados declarados perdoados, eles se maravilharam com a doutrina de Jesus, mas nem assim se arrependeram de seus pecados e se converteram a Ele. Não é o mesmo que continua ocorrendo com muitos em nossos dias? E não serve de desculpa, de justificativa para quem permanece incrédulo à vista do testemunho da verdade que encontramos na Bíblia, que há muitos falsos pastores, profetas e mestres no mundo. Ora, o que temos a ver com eles, pois desde que há mundo eles se encontram aqui deste outro lado do céu, e se multiplicarão nos últimos dias conforme fomos alertados pelo Senhor? A fé na verdade é provada diante da proclamação da mentira. Os que amam a verdade não a venderão e nem a negociarão por nada deste mundo. E quando confrontamos a mentira com a verdade, nós vemos que a mentira não somente não se sustenta como a nossa confiança na verdade se torna mais firme e inabalável.
Lucas 4.38,39 - Vide Mateus 8.14,15
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38 Deixando ele a sinagoga, foi para a casa de Simão. Ora, a sogra de Simão achava-se enferma, com febre muito alta; e rogaram-lhe por ela. 39 Inclinando-se ele para ela, repreendeu a febre, e esta a deixou; e logo se levantou, passando a servi-los.
Nós temos aqui o relato da cura da sogra de Pedro.
Ela estava com febre, e geralmente febres são apenas sintomas de algum mal que esteja acometendo o nosso organismo, geralmente infecções.
Então, ao fazer cessar a febre, Jesus curou a enfermidade que estava dando causa à mesma.
A sogra de Pedro encontrava-se acamada na casa do apóstolo, e tão logo foi curada por Jesus, levantou-se e O servia.
A saúde que o Senhor nos concede é para servi-lo.
Por isso não deveríamos nos entristecer somente pela enfermidade propriamente dita, mas pelo fato de nos impossibilitar de nos dar continuidade ao nosso serviço para Cristo.
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Um simples toque de Jesus na mão da sogra de Pedro a curou.
O poder de cura atravessou todo o seu corpo e atingiu a parte que estava abrigando a doença, porque não é de se supor que fosse qualquer problema em sua mão que estivesse dando ocasião à febre.
Disto aprendemos, que não há necessidade, como muitos imaginam, que toquemos na parte do corpo em que esteja supostamente localizada a enfermidade, para que uma pessoa seja curada, quando oramos por ela.
Lucas 4.40,41 - Vide Mateus 8.16,17 40 Ao pôr-do-sol, todos os que tinham enfermos de diferentes moléstias lhos traziam; e ele os curava, impondo as mãos sobre cada um. 41 Também de muitos saíam demônios, gritando e dizendo: Tu és o Filho de Deus! Ele, porém, os repreendia para que não falassem, pois sabiam ser ele o Cristo.
Nesta passagem nós temos o relato do método que o Senhor empregava usualmente para curar e expulsar espíritos malignos: simplesmente pela Sua palavra de ordem.
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Nosso Senhor revelou o Seu completo poder sobre as obras de Satanás, para destruí-las.
Se o pecado não tivesse entrado no mundo não haveria doenças e nem possessões malignas, então, ao curar os enfermos e endemoninhados, Jesus demonstrou o Seu poder para também remover a causa de tais males, que é o pecado, conforme foi profetizado acerca dEle nas Escrituras:
“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.” (Is 53.4)
“levando ele mesmo os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” (I Pe 2.24)
Jesus pode curar enfermidades e expulsar demônios porque carregou sobre Si mesmo todos os nossos males na cruz.
Ele teve que pagar este altíssimo e doloroso preço para que pudéssemos ser curados e libertados.
É portanto, grande demonstração de gratidão para com o Senhor, e de tributação de louvor e
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honra ao Seu grande nome, depositar total confiança nEle para que sejamos curados, e principalmente salvos do poder de destruição do pecado.
Não é dito na passagem que Ele tivesse recusado a qualquer que tivesse vindo a Ele. Ele não o fez e jamais o fará.
O Senhor entrará na casa do coração de qualquer que lhe der acolhida, e lhes abençoará com a Sua presença.
Lucas 4.42-44: 42 Sendo dia, saiu e foi para um lugar deserto; as multidões o procuravam, e foram até junto dele, e instavam para que não os deixasse. 43 Ele, porém, lhes disse: É necessário que eu anuncie o evangelho do reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é que fui enviado. 44 E pregava nas sinagogas da Judeia.
Jesus foi descansar num lugar solitário, mas as multidões não lhe davam descanso. Não queriam que Ele partisse e tentaram detê-lo.
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Mas Ele não consentiu com isso e declarou que a Sua missão era a de anunciar o evangelho em todas as cidades de Israel, o que efetivamente fizera em Seu ministério terreno.
Importava que o anúncio do Evangelho começasse por Israel, pois seria dali que se espalharia para todas as demais nações do mundo.
A ida dos judeus para o cativeiro em Babilônia, para serem purificados da idolatria, havia possibilitado a criação de sinagogas para o ensino da Lei em várias partes do mundo conhecido de então, inclusive na própria palestina, depois que de lá retornaram.
Não somente o Senhor Jesus usou as sinagogas para pregar o evangelho, como também foi seguido nesta prática pelos apóstolos, principalmente Paulo.
E assim o evangelista Lucas, em apenas um dos capítulos do seu Evangelho, comprovou para nós que Jesus é de fato o Messias prometido pelos profetas do Velho Testamento, e que seria o Ungido através do qual Deus traria libertação aos cativos do pecado, do diabo e do fascínio do próprio mundo, para que estes, tendo os olhos abertos para a verdade conforme ela está em
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Jesus, e pela concessão da Sua maravilhosa graça, uma vez libertados, pudessem adorar, servir e glorificar a Deus por toda a eternidade.

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