terça-feira, 27 de agosto de 2019

Cuidado com o Mero Moralismo


A perfeição de caráter segundo Deus é muito mais do que mero moralismo, e ainda que este seja fundamentado em bons valores e costumes, e até mesmo na própria Lei de Deus, porque quando o moralista põe de lado a santidade e a piedade, ele tende a ser justiceiro e legalista, desprovido de amor, fé e misericórdia.
Além disso, haverá uma grande tendência para a hipocrisia, pois não sendo revestido pela graça de Deus, pela qual somos tornados pessoas santas e piedosas, o moralista será um hipócrita, pois estará sujeito a praticar as próprias coisas que ele condena.
Os judeus incrédulos que eram zelosos da lei, incorreram neste erro, especialmente os escribas e fariseus, e por isso foram repreendidos severamente por nosso Senhor Jesus Cristo.
13 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!
14 [Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque devorais as casas das viúvas e, para o justificar, fazeis longas orações; por isso, sofrereis juízo muito mais severo!]
15 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!
16 Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo santuário, isso é nada; mas, se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que jurou!
17 Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro ou o santuário que santifica o ouro?
18 E dizeis: Quem jurar pelo altar, isso é nada; quem, porém, jurar pela oferta que está sobre o altar fica obrigado pelo que jurou.
19 Cegos! Pois qual é maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta?
20 Portanto, quem jurar pelo altar jura por ele e por tudo o que sobre ele está.
21 Quem jurar pelo santuário jura por ele e por aquele que nele habita;
22 e quem jurar pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que no trono está sentado.
23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!
24 Guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo!
25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança!
26 Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo!
27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!
28 Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.
29 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os túmulos dos justos
30 e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas!
31 Assim, contra vós mesmos, testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.
32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais.
33 Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?
34 Por isso, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas. A uns matareis e crucificareis; a outros açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade;
35 para que sobre vós recaia todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o santuário e o altar.” (Mateus 23.13-35)
O apóstolo Paulo identificou esta tendência na humanidade em geral, mas sobretudo nos judeus que eram legalistas:
“1 Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas.
2 Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade contra os que praticam tais coisas.
3 Tu, ó homem, que condenas os que praticam tais coisas e fazes as mesmas, pensas que te livrarás do juízo de Deus?
4 Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?
5 Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus,
6 que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento:
7 a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade;
8 mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça.
9 Tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal, ao judeu primeiro e também ao grego;
10 glória, porém, e honra, e paz a todo aquele que pratica o bem, ao judeu primeiro e também ao grego.
11 Porque para com Deus não há acepção de pessoas.
12 Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados.
13 Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.
14 Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos.
15 Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se,
16 no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho.
17 Se, porém, tu, que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus;
18 que conheces a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei;
19 que estás persuadido de que és guia dos cegos, luz dos que se encontram em trevas,
20 instrutor de ignorantes, mestre de crianças, tendo na lei a forma da sabedoria e da verdade;
21 tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?
22 Dizes que não se deve cometer adultério e o cometes? Abominas os ídolos e lhes roubas os templos?
23 Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?
24 Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa.
25 Porque a circuncisão tem valor se praticares a lei; se és, porém, transgressor da lei, a tua circuncisão já se tornou incircuncisão.
26 Se, pois, a incircuncisão observa os preceitos da lei, não será ela, porventura, considerada como circuncisão?
27 E, se aquele que é incircunciso por natureza cumpre a lei, certamente, ele te julgará a ti, que, não obstante a letra e a circuncisão, és transgressor da lei.
28 Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne.
29 Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus.” (Romanos 2.1-29)
1 Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos.
2 Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento.
3 Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus.
4 Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.
5 Ora, Moisés escreveu que o homem que praticar a justiça decorrente da lei viverá por ela.
6 Mas a justiça decorrente da fé assim diz: Não perguntes em teu coração: Quem subirá ao céu?, isto é, para trazer do alto a Cristo;
7 ou: Quem descerá ao abismo?, isto é, para levantar Cristo dentre os mortos.
8 Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos.
9 Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
10 Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.
11 Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido.
12 Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.
13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?
15 E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!
16 Mas nem todos obedeceram ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou na nossa pregação?
17 E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.
18 Mas pergunto: Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra se fez ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo.
19 Pergunto mais: Porventura, não terá chegado isso ao conhecimento de Israel? Moisés já dizia: Eu vos porei em ciúmes com um povo que não é nação, com gente insensata eu vos provocarei à ira.
20 E Isaías a mais se atreve e diz: Fui achado pelos que não me procuravam, revelei-me aos que não perguntavam por mim.
21 Quanto a Israel, porém, diz: Todo o dia estendi as mãos a um povo rebelde e contradizente.” (Romanos 10.1-21)
Aquele que é verdadeiramente justo e que tem aprendido de Deus, é gracioso, longânimo e misericordioso para com aqueles que são fracos e falhos, e buscam não somente orar em favor deles para o seu aperfeiçoamento, como tudo farão para conduzi-los à verdade, sem colocarem a sua reputação à exposição pública, como é ao contrário, o costume dos moralistas que não somente usam de maledicência como tomam ocasião para se compararem com os fracos, julgando-se melhores do que eles.
Não foi este o caso do fariseu da parábola citada por Jesus?
9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros:
10 Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano.
11 O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano;
12 jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
13 O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!
14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.” (Lucas 18.9-14)
A parábola ilustrou a realidade, pois houve muito mais conversões entre os publicanos que recorreram arrependidos a Jesus, do que entre os orgulhosos fariseus.
10 E sucedeu que, estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos.
11 Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?
12 Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes.
13 Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores [ao arrependimento].” (Mateus 9.10-15)
2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu;
4 Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu.” (Mateus 10.2-4)
19 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justificada por suas obras.” (Mateus 11.19)
28 E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha.
29 Ele respondeu: Sim, Senhor; porém não foi.
30 Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi.
31 Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus.
32 Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele.” (Mateus 21.28-32)
12 Foram também publicanos para serem batizados e perguntaram-lhe: Mestre, que havemos de fazer?
13 Respondeu-lhes: Não cobreis mais do que o estipulado.
14 Também soldados lhe perguntaram: E nós, que faremos? E ele lhes disse: A ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa e contentai-vos com o vosso soldo.” (Lucas 3.12-14)
29 Todo o povo que o ouviu e até os publicanos reconheceram a justiça de Deus, tendo sido batizados com o batismo de João;
30 mas os fariseus e os intérpretes da Lei rejeitaram, quanto a si mesmos, o desígnio de Deus, não tendo sido batizados por ele.” (Lucas 7.29,30)
1 Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir.
2 E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.
3 Então, lhes propôs Jesus esta parábola:
4 Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?
5 Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.
6 E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
7 Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” (Lucas 15.1-7)
1 Entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade.
2 Eis que um homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico,
3 procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura.
4 Então, correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar.
5 Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa.
6 Ele desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria.
7 Todos os que viram isto murmuravam, dizendo que ele se hospedara com homem pecador.
8 Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.
9 Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão.
10 Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.” (Lucas 19.1-10)
Os publicanos eram odiados pelos judeus de um modo geral, porque cobravam impostos para Roma, sendo também judeus, e este ódio e desprezo deles era desferido sobretudo pelos escribas e fariseus, porque se consideravam homens santos por terem o encargo das coisas relativas à religião.
Quando consideramos o Cristianismo como algo ligado à cultura ocidental, e como mera religião de costumes exteriores, corremos o mesmo risco de nos tornarmos como os escribas e fariseus dos dias de Jesus, sendo moralistas e hipócritas como eles, ou então mundanos, por seguirmos a moda do mundo.
Deus não olha a aparência dos homens, mas o coração. Ele não busca pessoas perfeitamente justas, pois sabe que todos são fracos e pecadores, necessitados da Sua graça, e do trabalho paciente e progressivo do Espírito Santo quando se convertem a Cristo.
Não é pela sua própria justiça que alguém é reconciliado com Deus, mas pela justiça de Cristo que lhe é imputada por meio da fé.
Por isso, quando examinamos detidamente as páginas dos evangelhos e das epístolas no Novo Testamento, devemos submeter a nossa leitura e meditação à grande verdade do que se quer ali ensinar não se trata de dogmas para serem cumpridos de modo legalista, ou tomar tais palavras em qualquer outro sentido diferente daquele em que consiste o desígnio principal de Deus Espírito Santo ao ter inspirado os escritores do Novo Testamento para a transmissão da verdade, conforme ela é em Jesus Cristo.
As palavras inspiradas são espírito e vida, conforme o próprio Jesus se referiu a elas, e assim se destinam a criar e a edificar o homem espiritual, criado segundo Deus, em verdade e justiça.
A Palavra é o alimento da nova criatura, é o leite genuíno pelo qual os novos convertidos recebem crescimento espiritual. É pela Palavra que os crentes são santificados, de modo a serem úteis para a obra do ministério.
As virtudes cristãs não configuram a prática isolada pelo próprio homem dos mandamentos de Deus, mas elas são consequentes de um andar na fé e no Espírito, pois são implantadas pelo poder de Deus nos crentes, pelo aperfeiçoamento do caráter deles, à medida que se exercitam nas graças da oração, da meditação da Palavra, da comunhão com os santos, da adoração ao Senhor etc.
Quão distante de tudo isto está o mero moralismo que pode ser praticado por qualquer pessoa, seja ela crente ou não crente.
Somente os que são justificados pela fé e regenerados, podem ser santificados, e esta obra é sobrenatural, não deste mundo, pois nos vem do Alto, pela operação do Espírito Santo.
Há presentemente em curso no mundo, especialmente no Ocidental, um falso moralismo que se apresenta em nome da prática da justiça e da paz entre todos os homens, baseado na noção do que é chamado de politicamente correto.
Não se pode negar que isto pode ser um verniz para cobrir muitas práticas condenáveis, como por exemplo a do racismo etc, todavia, não pode produzir uma verdadeira mudança no coração humano, que continuará sendo corrompido pelo pecado, conforme revela a Escritura da verdade, e é observado na vida prática,
Além disso, muita intenção obscura e injusta é consumada sob a fachada do politicamente correto, quando se omite a verdade, e pela prática do que é aparentemente aprovado, condenam-se inocentes, ou se aplicam penalidades desproporcionais às supostas faltas cometidas.
Nesta linha de pensamento, não são poucas as próprias autoridades constituídas de várias nações que têm promulgado leis que contrariam frontalmente os mandamentos de Deus, e até mesmo aquelas que contêm preceitos que para Deus são uma verdadeira abominação.
Entretanto, nem tudo isto é feito de modo intencional, pois não raro estão crendo que estão tomando medidas para trazer finalmente paz e segurança para toda a humanidade.
Mas, estão bem conscientes do mal que pretendem fazer em causa de benefício próprio, aqueles que operam nas esferas superiores do poder, ou aqueles que detêm o poder financeiro pelo qual manipulam muitos órgãos poderosos quer na esfera da política, quer na mídia, que nem sempre estão conscientes desses interesses escusos a que estão servindo de fato.
3 Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão.
4 Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa;
5 porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas.
6 Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios.
7 Ora, os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam é de noite que se embriagam.
8 Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação;
9 porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo,
10 que morreu por nós para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele.” (I Tessalonicenses 5.3-10).
Se o mundo segue no caminho da hipocrisia, pela qual se afirma paz e segurança entre os homens, ainda quando a iniquidade se multiplica entre eles, esta não deve ser a vereda dos servos de Deus, e especialmente de seus líderes, que devem preservar e zelar pela prática da santidade do Seu povo.
E isto não simplesmente para que se vejam livres do juízo do Senhor em Sua segunda vinda, mas para que vivam do único modo que é aprovado por Ele, a saber, o de uma conduta santa no homem total, em seu corpo, alma e espírito.
 Por estarem em Cristo, os crentes não serão apanhados por este dia de Juízo, porque eles já não são trevas, mas luz no Senhor, mas importa que a luz de Jesus brilhe neles diante dos homens de modo que Deus receba toda a glória, pela obra maravilhosa que realizou em Seus filhos amados.

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