quarta-feira, 28 de agosto de 2019

A Perfeição e Profundidade da Sabedoria de Deus


Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!” (Romanos 11.33)
Estas palavras de exultação do apóstolo na sabedoria e conhecimento de Deus explodiram em seu peito quando havia acabado de escrever no versículo anterior o seguinte:
Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos.”
Esta verdade foi afirmada no contexto da forma como Deus planejou e colocou em execução o seu plano de salvação da humanidade, começando através da formação de uma nação (Israel) através da qual se revelaria ao mundo, fazendo uma aliança com ela, e prevendo que haveria a transgressão da aliança por eles, lhes encerraria na desobediência assim como se encontravam todas as demais nações perante Ele, para que pudesse usar de misericórdia para com todos aqueles que viessem a se arrepender em todas as nações, inclusive em Israel, fazendo uma nova aliança com estes arrependidos, por meio da fé em Jesus Cristo.
Mas, a perfeita e profunda sabedoria de Deus não se limita a isto, apesar de ser a sua principal característica no que se refere ao nosso interesse na salvação de nossa alma.
Apesar de não ser possível esgotar todos os aspectos relativos à sabedoria de Deus, posto ser eterna e infinita, neste pequeno espaço, todavia nos debruçaremos em expor alguns deles no intuito de formarmos linha com a mesma exultação demonstrada pelo apóstolo Paulo.
Comecemos por considerar a sabedoria de Deus na forma como ordenou o mundo natural, especialmente com o propósito para que aprendêssemos sobretudo acerca da justiça, da misericórdia, do amor, da fé, do consolo, do socorro, do trabalho e de uma infinidade de outras coisas que jamais poderiam ser aprendidas caso não houvesse uma relação entre os homens e o uso que fazem de todas as coisas relativas ao mundo natural e visível.
Se não houvesse bens materiais, como poderia ser identificada a cobiça, a avareza, ou a generosidade e o despojamento?
Se não houvesse sexo, como saberíamos da fornicação ou da castidade?
E mais do que isso, como saberíamos lidar com as questões do nosso século, caso não houvéssemos aprendido e acumulado e desenvolvido conhecimentos que nos permitiriam sobreviver em nossos dias com todos os desafios que temos que enfrentar?
Caso Deus tivesse criado os homens, como fizera em relação aos anjos, criando-os simultaneamente já em estado maduro, e mantivesse no céu aqueles que se manifestassem obedientes a ele, e sujeitasse ao inferno os desobedientes,  como eles poderiam aprender e serem sábios acerca das realidades relativas a pecado ou a santidade, sem uma experiência prática dessas coisas?
Para responder a esta necessidade, Deus, em Sua sabedoria, criou a história, pela sucessão de gerações na Terra, as quais acumulariam e registrariam todo o conhecimento progressivo, não somente para possibilitar a continuidade da vida na Terra, como também para demonstrar quão deletéria é a consequência do pecado.
Imagine, se todos os que vivem neste século XXI, com sua população aproximada de 8 bilhões de pessoas, fossem despojados de todo o conhecimento natural que possuem e de todos os bens que acumularam, e fossem encerrados nas mesmas condições em que se encontravam aqueles que  viveram no século X antes de Cristo.
Esta superpopulação seria rapidamente dizimada por conta de várias causas, como por exemplo, a fome generalizada, porque seria praticamente impossível alimentar a tantos com as técnicas rudimentares da agricultura da enxada e da foice, sem poder contar com toda a maquinaria agrícola, meios de transportes mecanizados para o escoamento da produção tanto externa quanto externamente no comércio entre as nações.
Veja como a população do mundo se expandiu, sobretudo nos últimos quarenta anos:

  ANO                  POPULAÇÃO            CRISTÃOS           %        
     33                            171.000.000                   120
   100                           181.500.000           1.149.000              0,6
   500                          193.400.000         43.400.000        22,4
1.000                          269.200.000         50.400.000        18,7
1.500                          425.300.000         81.000.000        19
1.800                      902.600.000       208.200.000        23,1
1.900                  1. 619.900. 000       521.600.000         34,4
1.979                   4.363.000.000   1.200.000.000         30
1.997                   5.  815. 162.100     1.710.794.000          29,4
2.019                  7.700.000.000    2.300.000.000       33
Não precisamos nos estender quanto a este ponto para podermos vislumbrar a situação terrivelmente caótica em que se encontraria toda a humanidade.
Mas, graças a Deus, Ele exerceu um controle sobre o crescimento populacional, de maneira que este fosse feito de maneira progressiva, ao mesmo tempo em que capacitava a alguns, em determinadas épocas, com o conhecimento científico necessário, para garantir a sustentação dos acréscimos consideráveis que viriam a seguir.
Foi Ele quem capacitou a dois israelitas no passado, nos dias de Moisés para o fabrico de todos os utensílios do Tabernáculo que ordenara que fosse levantado para o Seu culto.
1 Disse mais o SENHOR a Moisés:
2 Eis que chamei pelo nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá,
3 e o enchi do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício,
4 para elaborar desenhos e trabalhar em ouro, em prata, em bronze,
5 para lapidação de pedras de engaste, para entalho de madeira, para toda sorte de lavores.
6 Eis que lhe dei por companheiro Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã; e dei habilidade a todos os homens hábeis, para que me façam tudo o que tenho ordenado:” (Êxodo 31.1-6).
O mesmo Deus é o que capacitou a todos os homens que desenvolveram o conhecimento científico e tecnológico, especialmente a partir do século XVIII, não somente para garantir um rápido crescimento da população mundial, pela grande melhoria que ocorreria nas condições de vida, que seriam promovidas a partir da Revolução Industrial, sobretudo por uma maior oferta de alimentos e conhecimentos na área farmacêutica e médica, no combate às doenças.
A tração e transporte por meio de bois e cavalos, daria lugar, em princípio, a embarcações e trens a vapor, que foram logo seguidos pela criação do automóvel e do avião, que não seriam movidos a vapor, mas por líquidos inflamáveis, derivados principalmente do petróleo, que Deus dispôs abundantemente no subsolo para o uso devido no tempo apropriado.
Outro grande fator propulsor do desenvolvimento seria o uso amplo da energia elétrica.
A construção civil criou os edifícios verticais, possibilitando um maior crescimento urbano em menores áreas.
O saneamento de esgotos e abastecimento de água potável nas grandes cidades, foi um outro fator garantidor do crescimento populacional.
Agora, o mesmo Deus que criou o homem com um corpo físico natural que necessita de cuidados e alimentação, criou os meios de subsistência, e deu ao homem conhecimento e sabedoria para manejá-los adequadamente em suas próprias épocas, conforme as suas necessidades presentes.
Muito poderia  ser falado acerca desta área das coisas naturais e físicas, como por exemplo que Deus criou a fome no homem, para incitá-lo ao trabalho, para poder se sustentar, mas pretendemos passar para algo mais importante quanto à sabedoria e ao conhecimento de Deus, que se relaciona às coisas espirituais.
Disto somos alertados pelo próprio Jesus:
26 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes.
27 Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.” (João 6.26,27)
19 Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam;
20 mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam;
21 porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
22 São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso;
23 se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!
24 Ninguém pode servir a dois Senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
25 Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?
26 Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?
27 Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?
28 E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam.
29 Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
30 Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?
31 Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?
32 Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;
33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
34 Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mateus 6.19-34).
A admoestação feita por nosso Senhor não se refere ao estímulo a um viver ocioso, despreocupado, contemplativo, mas que há coisas mais importantes do que as coisas naturais no assunto do interesse da nossa vida.
O homem é eterno porque tem um espírito eterno. O corpo se desfaz na morte e somente o espírito adentra a eternidade. Não é difícil então entender que não somente de pão material viverá o homem, mas também e sobretudo do pão espiritual, que é o que alimenta o espírito, e este pão espiritual e celestial é Jesus.
Se a pergunta se é possível viver do modo que se quiser, porque no fim o nosso espírito será achado numa condição eterna segura, pudesse ser respondida de modo afirmativo, então nada haveria para se preocupar quanto ao futuro.
Mas, se há dúvida quanto à resposta, ou se esta é negativa, então devemos nos ocupar em indagar acerca do destino futuro do nosso espírito, especialmente junto àqueles que alcançaram, por experiência pessoal própria, uma certeza absoluta quanto a isto, por verificarem a aplicação das verdades bíblicas em suas próprias vidas.
Dentre estes, temos o testemunho dos apóstolos de Jesus Cristo, nas coisas que eles deixaram registradas para nós na Bíblia.
Um outro testemunho de peso pode ser achado em todos os puritanos ingleses dos séculos XVI e XVII. Mas, há muitos outros aos quais recorrer em várias outras épocas, inclusive em nossos próprios dias.
É muito maravilhoso que o mesmo processo usado por Deus para o aprendizado e aplicação das coisas naturais, pode ser visto também no campo das coisas espirituais, não no sentido de que tenha havido um progresso na verdade do evangelho relativa a Cristo e à salvação, posto serem imutáveis, mas no maior entendimento delas, por muitos, na medida em que decorreram os séculos, e isto pode ser visto na história da Igreja.
Não há como duvidar que o conhecimento dos Reformadores e da Igreja Protestante que a eles se seguiu, era muito maior do que aquele das gerações passadas, excetuando-se o do tempo dos apóstolos. E os Puritanos alcançaram em Deus, maior conhecimento do que os Reformadores. E dos chamados puritanos nascidos fora de época como Jonathan Edwards, George Whitefield, Charles Haddon Spurgeon, dentre outros, pode ser dito, terem feito um avanço em relação aos puritanos. Mas, não sentimos que fazemos justiça de todo a afirmar isto, porque este conhecimento foi profundo e notável em homens que viveram num passado mais remoto, como por exemplo, Agostinho, Crisóstomo e outros.
O homem foi criado para ser à imagem e semelhança de Deus quanto à Sua santidade e caráter. Para tanto, o homem necessita possuir uma justiça perfeita diante de Deus, para que possa ser coparticipante da natureza divina.
Quando o pecado entrou no mundo pelo primeiro casal, Deus encerrou toda a descendência que procederia deles, a saber toda a humanidade, à desobediência, de maneira que a plena justiça seria concedida àqueles que Ele escolhesse dentre eles para serem justificados e salvos.
A estes seria concedido entrarem no Reino de Deus, conhecerem ou verem o Reino de Deus em espírito, conforme Jesus tem assegurado na Bíblia:
3 A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?
5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.
6 O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo.
8 O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.” (João 3.3-8).
29 Não andeis, pois, a indagar o que haveis de comer ou beber e não vos entregueis a inquietações.
30 Porque os gentios de todo o mundo é que procuram estas coisas; mas vosso Pai sabe que necessitais delas.
31 Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas.
32 Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino.
33 Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome,
34 porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” (Lucas 12.29-34).
20 Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência.
21 Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós.
22 A seguir, dirigiu-se aos discípulos: Virá o tempo em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis.
23 E vos dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Não vades nem os sigais;
24 porque assim como o relâmpago, fuzilando, brilha de uma à outra extremidade do céu, assim será, no seu dia, o Filho do Homem.
25 Mas importa que primeiro ele padeça muitas coisas e seja rejeitado por esta geração.” (Lucas 17.20-25).
Deus não deu prioridade em Sua escolha aos grandes deste mundo, mas aos pequeninos, não aos que são sábios segundo o mundo, mas aos ignorantes, não aos que são nobres perante os homens, mas aos que nada são para eles, de modo que a glória seja somente Sua, e ninguém se glorie em Sua presença, quanto aos seus dons e méritos pessoais.
18 Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.
19 Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos.
20 Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?
21 Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação.
22 Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria;
23 mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios;
24 mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.
25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento;
27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;
28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são;
29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.
30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,
31 para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.” (I Coríntios 1.18-31).
1 Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria.
2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.
3 E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós.
4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder,
5 para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.
6 Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada;
7 mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória;
8 sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória;
9 mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.
10 Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus.
11 Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus.
12 Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.
13 Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais.
14 Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
15 Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém.
16 Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.” (I Coríntios 2.1-16).
Nesta mesma epístola dirigida por Paulo à Igreja de Corinto, nós o vemos expondo em sua parte final, que de fato o homem natural não pode entender as coisas espirituais, e por conseguinte, ter entrada no reino dos céus, que é divino e espiritual. Foi para atingir este alvo final que Deus criou o homem, mas ninguém pode atingi-lo sem que seja justificado do pecado em Cristo, para que receba a imputação da Sua perfeita justiça, e consequentemente e simultaneamente, gerado de novo, como homem espiritual, pelo Espírito Santo, pelo recebimento de uma nova natureza espiritual, celestial, divina e santa.
Não está no poder de qualquer homem produzir isto, por mais sábio que ele seja das coisas deste mundo. Somente pela graça de Jesus, e por meio da fé, se pode ter acesso a esta realidade espiritual abençoada e eterna.
1 Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais;
2 por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão.
3 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,
4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
5 E apareceu a Cefas e, depois, aos doze.
6 Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem.
7 Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos
8 e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo.
9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus.
10 Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.
11 Portanto, seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim crestes.
12 Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?
13 E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou.
14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé;
15 e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam.
16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.
17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.
18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram.
19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.
20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.
21 Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos.
22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.
23 Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.
24 E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder.
25 Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés.
26 O último inimigo a ser destruído é a morte.
27 Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou.
28 Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.
29 Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se, absolutamente, os mortos não ressuscitam, por que se batizam por causa deles?
30 E por que também nós nos expomos a perigos a toda hora?
31 Dia após dia, morro! Eu o protesto, irmãos, pela glória que tenho em vós outros, em Cristo Jesus, nosso Senhor.
32 Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos.
33 Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.
34 Tornai-vos à sobriedade, como é justo, e não pequeis; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; isto digo para vergonha vossa.
35 Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm?
36 Insensato! O que semeias não nasce, se primeiro não morrer;
37 e, quando semeias, não semeias o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra semente.
38 Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu corpo apropriado.
39 Nem toda carne é a mesma; porém uma é a carne dos homens, outra, a dos animais, outra, a das aves, e outra, a dos peixes.
40 Também há corpos celestiais e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, e outra, a dos terrestres.
41 Uma é a glória do sol, outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas; porque até entre estrela e estrela há diferenças de esplendor.
42 Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória.
43 Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder.
44 Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.
45 Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante.
46 Mas não é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual.
47 O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu.
48 Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais.
49 E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial.
50 Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.
51 Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos,
52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
53 Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.
54 E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.
55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
57 Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.
58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” (I Coríntios 1.15-58).
Jesus disse que quando o evangelho fosse pregado em todas as nações da Terra, então viria o fim, ou seja, a conclusão da dispensação da graça, para a manifestação do Reino de Deus em forma gloriosa e visível, com Cristo reinando com os glorificados na Terra, a partir do Milênio e para sempre.
O corpo glorificado no qual Ele se encontra agora no céu, há de se manifestar perante todos os habitantes do globo quando Ele retornar em Sua segunda vinda, e quando todo olho o verá.
Este mesmo corpo glorificado está prometido aos crentes que morreram e aos que terão seus corpos de carne e sangue transformados no dia do arrebatamento da Igreja, próximo da segunda vinda do Senhor.
Então terá cumprimento o que foi estabelecido pela sabedoria de Deus desde antes da criação do mundo, de que Ele teria muitos filhos semelhantes a Cristo, por meio da justificação e conversão de cada um deles, no tempo e lugar que havia determinado para salvá-los neste mundo, para participarem desta vida eterna futura.
1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;
2 por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.
3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;
4 e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.
5 Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.
6 Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
7 Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer.
8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.
9 Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
10 Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;
11 e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação.
12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.
13 Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei.
14 Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir.
15 Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos.
16 O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação.
17 Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.
18 Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida.
19 Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos.
20 Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,
21 a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Romanos 5.1-21).
Nós vemos na execução do plano de salvação, desde a chamada de Abraão, para a formação de Israel, cerca de 4.000 anos atrás, e depois pelas revelações feitas a Moisés e aos demais escritores do período do Velho Testamento, e especialmente pelos profetas, acerca do Messias prometido que se manifestaria na plenitude dos tempos, cerca de 2.000 anos atrás, e por tudo o que se seguiu na história da Igreja até os nossos dias, sobretudo no modo como o evangelho se expandiu no mundo, atingindo as porções que não haviam ainda sido alcançadas, somente em meados século XX,  apontando que está bem próximo de nós o tempo da colheita final, e que para isto, mais do que nunca, devemos vigiar e nos santificar para o dia do arrebatamento.
1 Amados, esta é, agora, a segunda epístola que vos escrevo; em ambas, procuro despertar com lembranças a vossa mente esclarecida,
2 para que vos recordeis das palavras que, anteriormente, foram ditas pelos santos profetas, bem como do mandamento do Senhor e Salvador, ensinado pelos vossos apóstolos,
3 tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões
4 e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.
5 Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus,
6 pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água.
7 Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios.
8 Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia.
9 Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.
10 Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.
11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade,
12 esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.
13 Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça.
14 Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis,
15 e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada,
16 ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles.
17 Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados, descaiais da vossa própria firmeza;
18 antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.” (II Pedro 3.1-18).
Um dos fatores principais que precipitarão o retorno de Jesus, é o de que Deus previu em Sua onisciência que com o grande aumento populacional no mundo, e com o avanço nas conquistas materiais, a iniquidade se multiplicaria, e muitos apostatariam da fé que havia sido vivida piedosamente por seus ancestrais, em cuja época não havia tantas fontes de tentação e as múltiplas formas do mundo para exercer fascínio sobre a humanidade, de maneira que a consequência imediata seria o desvio de muitos da verdade evangélica, por causa da cobiça e do amor ao mundo.
Com o aumento da disponibilidade do dinheiro, aumentou também o desejo de ser rico e o amor às riquezas, que é a raiz de todos os males, pois produzem uma conduta e modo de vida que vão na contramão direta de tudo aquilo que nos é ordenado por Deus em Sua Palavra.
A Europa que foi a guardiã do Cristianismo por tantos séculos, e onde ocorreu a Reforma Protestante, e onde se viu formas vigoras e piedosas do exercício da fé, por tanto tempo, tem recuado na qualidade da fé que professa nestes últimos dias, a ponto de se cogitar que a coligação dos governos de nações com o Anticristo, visando ao governo mundial globalizado, conforme idealizado pelos Iluminatis, surja a partir daquele continente, no qual houve a Revolução Francesa, em 1789, cujo ideal utópico de liberdade, igualdade e fraternidade tem sido desenvolvido à risca, especialmente dentro da ONU e da Maçonaria.
O Cristianismo logrou vencer todos os impérios que se levantaram na Terra e que o perseguiram e se opuseram a ele, visando ao seu extermínio. Os impérios passaram, mas o cristianismo seguiu em sua expansão.
O próprio Islamismo tem sido preservado no mundo, porque importa que também se levante no tempo do fim para tentar exterminar não somente a nação de Israel, como também os cristãos, mas Deus se levantará em favor do Seu povo trazendo livramento para ele, enquanto submeterá o Islã ao juízo. Tudo isto está muito próximo de ocorrer, antes da batalha final do Armagedom, que consistirá na Terceira Grande Guerra Mundial.
Deus julgará a impiedade em todas as nações e não apenas no mundo islâmico. Onde reinar o pecado por não ter havido o devido arrependimento, serão destruídos tanto o pecado quanto aqueles que o praticam.
Os reinos deste mundo passarão a ser de Deus e do Seu Cristo. Os ímpios não mais governarão as nações, pois o diabo será destruído finalmente, bem como todos os seus seguidores, de forma que apenas aqueles que amam e praticam a justiça herdarão a Terra.
15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.
16 E os vinte e quatro anciãos que se encontram sentados no seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre o seu rosto e adoraram a Deus,
17 dizendo: Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar.” (Apocalipse 11.15-17).
1 Eis que vem o Dia do SENHOR, em que os teus despojos se repartirão no meio de ti.
2 Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres, forçadas; metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será expulso da cidade.
3 Então, sairá o SENHOR e pelejará contra essas nações, como pelejou no dia da batalha.
4 Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade, para o sul.
5 Fugireis pelo vale dos meus montes, porque o vale dos montes chegará até Azal; sim, fugireis como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o SENHOR, meu Deus, e todos os santos, com ele.
6 Acontecerá, naquele dia, que não haverá luz, mas frio e gelo.
7 Mas será um dia singular conhecido do SENHOR; não será nem dia nem noite, mas haverá luz à tarde.
8 Naquele dia, também sucederá que correrão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e a outra metade, até ao mar ocidental; no verão e no inverno, sucederá isto.
9 O SENHOR será Rei sobre toda a terra; naquele dia, um só será o SENHOR, e um só será o seu nome.
10 Toda a terra se tornará como a planície de Geba a Rimom, ao sul de Jerusalém; esta será exaltada e habitada no seu lugar, desde a Porta de Benjamim até ao lugar da primeira porta, até à Porta da Esquina e desde a Torre de Hananel até aos lagares do rei.
11 Habitarão nela, e já não haverá maldição, e Jerusalém habitará segura.
12 Esta será a praga com que o SENHOR ferirá a todos os povos que guerrearem contra Jerusalém: a sua carne se apodrecerá, estando eles de pé, apodrecer-se-lhes-ão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na boca.
13 Naquele dia, também haverá da parte do SENHOR grande confusão entre eles; cada um agarrará a mão do seu próximo, cada um levantará a mão contra o seu próximo.
14 Também Judá pelejará em Jerusalém; e se ajuntarão as riquezas de todas as nações circunvizinhas, ouro, prata e vestes em grande abundância.
15 Como esta praga, assim será a praga dos cavalos, dos mulos, dos camelos, dos jumentos e de todos os animais que estiverem naqueles arraiais.
16 Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos.
17 Se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva.
18 Se a família dos egípcios não subir, nem vier, não cairá sobre eles a chuva; virá a praga com que o SENHOR ferirá as nações que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos.
19 Este será o castigo dos egípcios e o castigo de todas as nações que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos.
20 Naquele dia, será gravado nas campainhas dos cavalos: Santo ao SENHOR; e as panelas da Casa do SENHOR serão como as bacias diante do altar;
21 sim, todas as panelas em Jerusalém e Judá serão santas ao SENHOR dos Exércitos; todos os que oferecerem sacrifícios virão, lançarão mão delas e nelas cozerão a carne do sacrifício. Naquele dia, já não haverá mercador na Casa do SENHOR dos Exércitos.” (Zacarias 14.1-21).
Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!” (Romanos 11.33)
Estas palavras de exultação do apóstolo na sabedoria e conhecimento de Deus explodiram em seu peito quando havia acabado de escrever no versículo anterior o seguinte:
Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos.”
Esta verdade foi afirmada no contexto da forma como Deus planejou e colocou em execução o seu plano de salvação da humanidade, começando através da formação de uma nação (Israel) através da qual se revelaria ao mundo, fazendo uma aliança com ela, e prevendo que haveria a transgressão da aliança por eles, lhes encerraria na desobediência assim como se encontravam todas as demais nações perante Ele, para que pudesse usar de misericórdia para com todos aqueles que viessem a se arrepender em todas as nações, inclusive em Israel, fazendo uma nova aliança com estes arrependidos, por meio da fé em Jesus Cristo.
Mas, a perfeita e profunda sabedoria de Deus não se limita a isto, apesar de ser a sua principal característica no que se refere ao nosso interesse na salvação de nossa alma.
Apesar de não ser possível esgotar todos os aspectos relativos à sabedoria de Deus, posto ser eterna e infinita, neste pequeno espaço, todavia nos debruçaremos em expor alguns deles no intuito de formarmos linha com a mesma exultação demonstrada pelo apóstolo Paulo.
Comecemos por considerar a sabedoria de Deus na forma como ordenou o mundo natural, especialmente com o propósito para que aprendêssemos sobretudo acerca da justiça, da misericórdia, do amor, da fé, do consolo, do socorro, do trabalho e de uma infinidade de outras coisas que jamais poderiam ser aprendidas caso não houvesse uma relação entre os homens e o uso que fazem de todas as coisas relativas ao mundo natural e visível.
Se não houvesse bens materiais, como poderia ser identificada a cobiça, a avareza, ou a generosidade e o despojamento?
Se não houvesse sexo, como saberíamos da fornicação ou da castidade?
E mais do que isso, como saberíamos lidar com as questões do nosso século, caso não houvéssemos aprendido e acumulado e desenvolvido conhecimentos que nos permitiriam sobreviver em nossos dias com todos os desafios que temos que enfrentar?
Caso Deus tivesse criado os homens, como fizera em relação aos anjos, criando-os simultaneamente já em estado maduro, e mantivesse no céu aqueles que se manifestassem obedientes a ele, e sujeitasse ao inferno os desobedientes,  como eles poderiam aprender e serem sábios acerca das realidades relativas a pecado ou a santidade, sem uma experiência prática dessas coisas?
Para responder a esta necessidade, Deus, em Sua sabedoria, criou a história, pela sucessão de gerações na Terra, as quais acumulariam e registrariam todo o conhecimento progressivo, não somente para possibilitar a continuidade da vida na Terra, como também para demonstrar quão deletéria é a consequência do pecado.
Imagine, se todos os que vivem neste século XXI, com sua população aproximada de 8 bilhões de pessoas, fossem despojados de todo o conhecimento natural que possuem e de todos os bens que acumularam, e fossem encerrados nas mesmas condições em que se encontravam aqueles que  viveram no século X antes de Cristo.
Esta superpopulação seria rapidamente dizimada por conta de várias causas, como por exemplo, a fome generalizada, porque seria praticamente impossível alimentar a tantos com as técnicas rudimentares da agricultura da enxada e da foice, sem poder contar com toda a maquinaria agrícola, meios de transportes mecanizados para o escoamento da produção tanto externa quanto externamente no comércio entre as nações.
Veja como a população do mundo se expandiu, sobretudo nos últimos quarenta anos:

  ANO                  POPULAÇÃO            CRISTÃOS           %        
     33                            171.000.000                   120
   100                           181.500.000           1.149.000              0,6
   500                          193.400.000         43.400.000        22,4
1.000                          269.200.000         50.400.000        18,7
1.500                          425.300.000         81.000.000        19
1.800                      902.600.000       208.200.000        23,1
1.900                  1. 619.900. 000       521.600.000         34,4
1.979                   4.363.000.000   1.200.000.000         30
1.997                   5.  815. 162.100     1.710.794.000          29,4
2.019                  7.700.000.000    2.300.000.000       33
Não precisamos nos estender quanto a este ponto para podermos vislumbrar a situação terrivelmente caótica em que se encontraria toda a humanidade.
Mas, graças a Deus, Ele exerceu um controle sobre o crescimento populacional, de maneira que este fosse feito de maneira progressiva, ao mesmo tempo em que capacitava a alguns, em determinadas épocas, com o conhecimento científico necessário, para garantir a sustentação dos acréscimos consideráveis que viriam a seguir.
Foi Ele quem capacitou a dois israelitas no passado, nos dias de Moisés para o fabrico de todos os utensílios do Tabernáculo que ordenara que fosse levantado para o Seu culto.
1 Disse mais o SENHOR a Moisés:
2 Eis que chamei pelo nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá,
3 e o enchi do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício,
4 para elaborar desenhos e trabalhar em ouro, em prata, em bronze,
5 para lapidação de pedras de engaste, para entalho de madeira, para toda sorte de lavores.
6 Eis que lhe dei por companheiro Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã; e dei habilidade a todos os homens hábeis, para que me façam tudo o que tenho ordenado:” (Êxodo 31.1-6).
O mesmo Deus é o que capacitou a todos os homens que desenvolveram o conhecimento científico e tecnológico, especialmente a partir do século XVIII, não somente para garantir um rápido crescimento da população mundial, pela grande melhoria que ocorreria nas condições de vida, que seriam promovidas a partir da Revolução Industrial, sobretudo por uma maior oferta de alimentos e conhecimentos na área farmacêutica e médica, no combate às doenças.
A tração e transporte por meio de bois e cavalos, daria lugar, em princípio, a embarcações e trens a vapor, que foram logo seguidos pela criação do automóvel e do avião, que não seriam movidos a vapor, mas por líquidos inflamáveis, derivados principalmente do petróleo, que Deus dispôs abundantemente no subsolo para o uso devido no tempo apropriado.
Outro grande fator propulsor do desenvolvimento seria o uso amplo da energia elétrica.
A construção civil criou os edifícios verticais, possibilitando um maior crescimento urbano em menores áreas.
O saneamento de esgotos e abastecimento de água potável nas grandes cidades, foi um outro fator garantidor do crescimento populacional.
Agora, o mesmo Deus que criou o homem com um corpo físico natural que necessita de cuidados e alimentação, criou os meios de subsistência, e deu ao homem conhecimento e sabedoria para manejá-los adequadamente em suas próprias épocas, conforme as suas necessidades presentes.
Muito poderia  ser falado acerca desta área das coisas naturais e físicas, como por exemplo que Deus criou a fome no homem, para incitá-lo ao trabalho, para poder se sustentar, mas pretendemos passar para algo mais importante quanto à sabedoria e ao conhecimento de Deus, que se relaciona às coisas espirituais.
Disto somos alertados pelo próprio Jesus:
26 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes.
27 Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.” (João 6.26,27)
19 Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam;
20 mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam;
21 porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
22 São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso;
23 se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!
24 Ninguém pode servir a dois Senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
25 Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?
26 Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?
27 Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?
28 E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam.
29 Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
30 Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?
31 Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?
32 Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;
33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
34 Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.” (Mateus 6.19-34).
A admoestação feita por nosso Senhor não se refere ao estímulo a um viver ocioso, despreocupado, contemplativo, mas que há coisas mais importantes do que as coisas naturais no assunto do interesse da nossa vida.
O homem é eterno porque tem um espírito eterno. O corpo se desfaz na morte e somente o espírito adentra a eternidade. Não é difícil então entender que não somente de pão material viverá o homem, mas também e sobretudo do pão espiritual, que é o que alimenta o espírito, e este pão espiritual e celestial é Jesus.
Se a pergunta se é possível viver do modo que se quiser, porque no fim o nosso espírito será achado numa condição eterna segura, pudesse ser respondida de modo afirmativo, então nada haveria para se preocupar quanto ao futuro.
Mas, se há dúvida quanto à resposta, ou se esta é negativa, então devemos nos ocupar em indagar acerca do destino futuro do nosso espírito, especialmente junto àqueles que alcançaram, por experiência pessoal própria, uma certeza absoluta quanto a isto, por verificarem a aplicação das verdades bíblicas em suas próprias vidas.
Dentre estes, temos o testemunho dos apóstolos de Jesus Cristo, nas coisas que eles deixaram registradas para nós na Bíblia.
Um outro testemunho de peso pode ser achado em todos os puritanos ingleses dos séculos XVI e XVII. Mas, há muitos outros aos quais recorrer em várias outras épocas, inclusive em nossos próprios dias.
É muito maravilhoso que o mesmo processo usado por Deus para o aprendizado e aplicação das coisas naturais, pode ser visto também no campo das coisas espirituais, não no sentido de que tenha havido um progresso na verdade do evangelho relativa a Cristo e à salvação, posto serem imutáveis, mas no maior entendimento delas, por muitos, na medida em que decorreram os séculos, e isto pode ser visto na história da Igreja.
Não há como duvidar que o conhecimento dos Reformadores e da Igreja Protestante que a eles se seguiu, era muito maior do que aquele das gerações passadas, excetuando-se o do tempo dos apóstolos. E os Puritanos alcançaram em Deus, maior conhecimento do que os Reformadores. E dos chamados puritanos nascidos fora de época como Jonathan Edwards, George Whitefield, Charles Haddon Spurgeon, dentre outros, pode ser dito, terem feito um avanço em relação aos puritanos. Mas, não sentimos que fazemos justiça de todo a afirmar isto, porque este conhecimento foi profundo e notável em homens que viveram num passado mais remoto, como por exemplo, Agostinho, Crisóstomo e outros.
O homem foi criado para ser à imagem e semelhança de Deus quanto à Sua santidade e caráter. Para tanto, o homem necessita possuir uma justiça perfeita diante de Deus, para que possa ser coparticipante da natureza divina.
Quando o pecado entrou no mundo pelo primeiro casal, Deus encerrou toda a descendência que procederia deles, a saber toda a humanidade, à desobediência, de maneira que a plena justiça seria concedida àqueles que Ele escolhesse dentre eles para serem justificados e salvos.
A estes seria concedido entrarem no Reino de Deus, conhecerem ou verem o Reino de Deus em espírito, conforme Jesus tem assegurado na Bíblia:
3 A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?
5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.
6 O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo.
8 O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.” (João 3.3-8).
29 Não andeis, pois, a indagar o que haveis de comer ou beber e não vos entregueis a inquietações.
30 Porque os gentios de todo o mundo é que procuram estas coisas; mas vosso Pai sabe que necessitais delas.
31 Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas.
32 Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino.
33 Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome,
34 porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” (Lucas 12.29-34).
20 Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência.
21 Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós.
22 A seguir, dirigiu-se aos discípulos: Virá o tempo em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis.
23 E vos dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Não vades nem os sigais;
24 porque assim como o relâmpago, fuzilando, brilha de uma à outra extremidade do céu, assim será, no seu dia, o Filho do Homem.
25 Mas importa que primeiro ele padeça muitas coisas e seja rejeitado por esta geração.” (Lucas 17.20-25).
Deus não deu prioridade em Sua escolha aos grandes deste mundo, mas aos pequeninos, não aos que são sábios segundo o mundo, mas aos ignorantes, não aos que são nobres perante os homens, mas aos que nada são para eles, de modo que a glória seja somente Sua, e ninguém se glorie em Sua presença, quanto aos seus dons e méritos pessoais.
18 Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.
19 Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos.
20 Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?
21 Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação.
22 Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria;
23 mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios;
24 mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.
25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento;
27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;
28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são;
29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.
30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,
31 para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.” (I Coríntios 1.18-31).
1 Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria.
2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.
3 E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós.
4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder,
5 para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.
6 Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada;
7 mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória;
8 sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória;
9 mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.
10 Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus.
11 Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus.
12 Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.
13 Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais.
14 Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
15 Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém.
16 Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.” (I Coríntios 2.1-16).
Nesta mesma epístola dirigida por Paulo à Igreja de Corinto, nós o vemos expondo em sua parte final, que de fato o homem natural não pode entender as coisas espirituais, e por conseguinte, ter entrada no reino dos céus, que é divino e espiritual. Foi para atingir este alvo final que Deus criou o homem, mas ninguém pode atingi-lo sem que seja justificado do pecado em Cristo, para que receba a imputação da Sua perfeita justiça, e consequentemente e simultaneamente, gerado de novo, como homem espiritual, pelo Espírito Santo, pelo recebimento de uma nova natureza espiritual, celestial, divina e santa.
Não está no poder de qualquer homem produzir isto, por mais sábio que ele seja das coisas deste mundo. Somente pela graça de Jesus, e por meio da fé, se pode ter acesso a esta realidade espiritual abençoada e eterna.
1 Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais;
2 por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão.
3 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,
4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
5 E apareceu a Cefas e, depois, aos doze.
6 Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem.
7 Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos
8 e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo.
9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus.
10 Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.
11 Portanto, seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim crestes.
12 Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?
13 E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou.
14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé;
15 e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam.
16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.
17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.
18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram.
19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.
20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.
21 Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos.
22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.
23 Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.
24 E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder.
25 Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés.
26 O último inimigo a ser destruído é a morte.
27 Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou.
28 Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.
29 Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se, absolutamente, os mortos não ressuscitam, por que se batizam por causa deles?
30 E por que também nós nos expomos a perigos a toda hora?
31 Dia após dia, morro! Eu o protesto, irmãos, pela glória que tenho em vós outros, em Cristo Jesus, nosso Senhor.
32 Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos.
33 Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.
34 Tornai-vos à sobriedade, como é justo, e não pequeis; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; isto digo para vergonha vossa.
35 Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm?
36 Insensato! O que semeias não nasce, se primeiro não morrer;
37 e, quando semeias, não semeias o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra semente.
38 Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu corpo apropriado.
39 Nem toda carne é a mesma; porém uma é a carne dos homens, outra, a dos animais, outra, a das aves, e outra, a dos peixes.
40 Também há corpos celestiais e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, e outra, a dos terrestres.
41 Uma é a glória do sol, outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas; porque até entre estrela e estrela há diferenças de esplendor.
42 Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória.
43 Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder.
44 Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.
45 Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante.
46 Mas não é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual.
47 O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu.
48 Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais.
49 E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial.
50 Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.
51 Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos,
52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
53 Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.
54 E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.
55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
57 Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.
58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” (I Coríntios 1.15-58).
Jesus disse que quando o evangelho fosse pregado em todas as nações da Terra, então viria o fim, ou seja, a conclusão da dispensação da graça, para a manifestação do Reino de Deus em forma gloriosa e visível, com Cristo reinando com os glorificados na Terra, a partir do Milênio e para sempre.
O corpo glorificado no qual Ele se encontra agora no céu, há de se manifestar perante todos os habitantes do globo quando Ele retornar em Sua segunda vinda, e quando todo olho o verá.
Este mesmo corpo glorificado está prometido aos crentes que morreram e aos que terão seus corpos de carne e sangue transformados no dia do arrebatamento da Igreja, próximo da segunda vinda do Senhor.
Então terá cumprimento o que foi estabelecido pela sabedoria de Deus desde antes da criação do mundo, de que Ele teria muitos filhos semelhantes a Cristo, por meio da justificação e conversão de cada um deles, no tempo e lugar que havia determinado para salvá-los neste mundo, para participarem desta vida eterna futura.
1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;
2 por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.
3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;
4 e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.
5 Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.
6 Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
7 Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer.
8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.
9 Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
10 Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;
11 e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação.
12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.
13 Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei.
14 Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir.
15 Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos.
16 O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação.
17 Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.
18 Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida.
19 Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos.
20 Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,
21 a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Romanos 5.1-21).
Nós vemos na execução do plano de salvação, desde a chamada de Abraão, para a formação de Israel, cerca de 4.000 anos atrás, e depois pelas revelações feitas a Moisés e aos demais escritores do período do Velho Testamento, e especialmente pelos profetas, acerca do Messias prometido que se manifestaria na plenitude dos tempos, cerca de 2.000 anos atrás, e por tudo o que se seguiu na história da Igreja até os nossos dias, sobretudo no modo como o evangelho se expandiu no mundo, atingindo as porções que não haviam ainda sido alcançadas, somente em meados século XX,  apontando que está bem próximo de nós o tempo da colheita final, e que para isto, mais do que nunca, devemos vigiar e nos santificar para o dia do arrebatamento.
1 Amados, esta é, agora, a segunda epístola que vos escrevo; em ambas, procuro despertar com lembranças a vossa mente esclarecida,
2 para que vos recordeis das palavras que, anteriormente, foram ditas pelos santos profetas, bem como do mandamento do Senhor e Salvador, ensinado pelos vossos apóstolos,
3 tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões
4 e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.
5 Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus,
6 pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água.
7 Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios.
8 Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia.
9 Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.
10 Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.
11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade,
12 esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.
13 Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça.
14 Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis,
15 e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada,
16 ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles.
17 Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados, descaiais da vossa própria firmeza;
18 antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.” (II Pedro 3.1-18).
Um dos fatores principais que precipitarão o retorno de Jesus, é o de que Deus previu em Sua onisciência que com o grande aumento populacional no mundo, e com o avanço nas conquistas materiais, a iniquidade se multiplicaria, e muitos apostatariam da fé que havia sido vivida piedosamente por seus ancestrais, em cuja época não havia tantas fontes de tentação e as múltiplas formas do mundo para exercer fascínio sobre a humanidade, de maneira que a consequência imediata seria o desvio de muitos da verdade evangélica, por causa da cobiça e do amor ao mundo.
Com o aumento da disponibilidade do dinheiro, aumentou também o desejo de ser rico e o amor às riquezas, que é a raiz de todos os males, pois produzem uma conduta e modo de vida que vão na contramão direta de tudo aquilo que nos é ordenado por Deus em Sua Palavra.
A Europa que foi a guardiã do Cristianismo por tantos séculos, e onde ocorreu a Reforma Protestante, e onde se viu formas vigoras e piedosas do exercício da fé, por tanto tempo, tem recuado na qualidade da fé que professa nestes últimos dias, a ponto de se cogitar que a coligação dos governos de nações com o Anticristo, visando ao governo mundial globalizado, conforme idealizado pelos Iluminatis, surja a partir daquele continente, no qual houve a Revolução Francesa, em 1789, cujo ideal utópico de liberdade, igualdade e fraternidade tem sido desenvolvido à risca, especialmente dentro da ONU e da Maçonaria.
O Cristianismo logrou vencer todos os impérios que se levantaram na Terra e que o perseguiram e se opuseram a ele, visando ao seu extermínio. Os impérios passaram, mas o cristianismo seguiu em sua expansão.
O próprio Islamismo tem sido preservado no mundo, porque importa que também se levante no tempo do fim para tentar exterminar não somente a nação de Israel, como também os cristãos, mas Deus se levantará em favor do Seu povo trazendo livramento para ele, enquanto submeterá o Islã ao juízo. Tudo isto está muito próximo de ocorrer, antes da batalha final do Armagedom, que consistirá na Terceira Grande Guerra Mundial.
Deus julgará a impiedade em todas as nações e não apenas no mundo islâmico. Onde reinar o pecado por não ter havido o devido arrependimento, serão destruídos tanto o pecado quanto aqueles que o praticam.
Os reinos deste mundo passarão a ser de Deus e do Seu Cristo. Os ímpios não mais governarão as nações, pois o diabo será destruído finalmente, bem como todos os seus seguidores, de forma que apenas aqueles que amam e praticam a justiça herdarão a Terra.
15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.
16 E os vinte e quatro anciãos que se encontram sentados no seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre o seu rosto e adoraram a Deus,
17 dizendo: Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar.” (Apocalipse 11.15-17).
1 Eis que vem o Dia do SENHOR, em que os teus despojos se repartirão no meio de ti.
2 Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres, forçadas; metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será expulso da cidade.
3 Então, sairá o SENHOR e pelejará contra essas nações, como pelejou no dia da batalha.
4 Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade, para o sul.
5 Fugireis pelo vale dos meus montes, porque o vale dos montes chegará até Azal; sim, fugireis como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o SENHOR, meu Deus, e todos os santos, com ele.
6 Acontecerá, naquele dia, que não haverá luz, mas frio e gelo.
7 Mas será um dia singular conhecido do SENHOR; não será nem dia nem noite, mas haverá luz à tarde.
8 Naquele dia, também sucederá que correrão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e a outra metade, até ao mar ocidental; no verão e no inverno, sucederá isto.
9 O SENHOR será Rei sobre toda a terra; naquele dia, um só será o SENHOR, e um só será o seu nome.
10 Toda a terra se tornará como a planície de Geba a Rimom, ao sul de Jerusalém; esta será exaltada e habitada no seu lugar, desde a Porta de Benjamim até ao lugar da primeira porta, até à Porta da Esquina e desde a Torre de Hananel até aos lagares do rei.
11 Habitarão nela, e já não haverá maldição, e Jerusalém habitará segura.
12 Esta será a praga com que o SENHOR ferirá a todos os povos que guerrearem contra Jerusalém: a sua carne se apodrecerá, estando eles de pé, apodrecer-se-lhes-ão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na boca.
13 Naquele dia, também haverá da parte do SENHOR grande confusão entre eles; cada um agarrará a mão do seu próximo, cada um levantará a mão contra o seu próximo.
14 Também Judá pelejará em Jerusalém; e se ajuntarão as riquezas de todas as nações circunvizinhas, ouro, prata e vestes em grande abundância.
15 Como esta praga, assim será a praga dos cavalos, dos mulos, dos camelos, dos jumentos e de todos os animais que estiverem naqueles arraiais.
16 Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos.
17 Se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva.
18 Se a família dos egípcios não subir, nem vier, não cairá sobre eles a chuva; virá a praga com que o SENHOR ferirá as nações que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos.
19 Este será o castigo dos egípcios e o castigo de todas as nações que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos.
20 Naquele dia, será gravado nas campainhas dos cavalos: Santo ao SENHOR; e as panelas da Casa do SENHOR serão como as bacias diante do altar;
21 sim, todas as panelas em Jerusalém e Judá serão santas ao SENHOR dos Exércitos; todos os que oferecerem sacrifícios virão, lançarão mão delas e nelas cozerão a carne do sacrifício. Naquele dia, já não haverá mercador na Casa do SENHOR dos Exércitos.” (Zacarias 14.1-21).

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