Todo cristão que tenha um
verdadeiro conhecimento pessoal de Jesus, carrega consigo o mesmo sentimento
que há no coração de Deus, a saber, que todos pudessem chegar ao conhecimento
do amor de Deus e serem salvos da condenação eterna por meio da fé em Jesus. As
duas passagens bíblicas destacadas a seguir, dentre tantas outras, comprovam esta
verdade:
“Acaso,
tenho eu prazer na morte do perverso? – diz o SENHOR Deus; não
desejo eu, antes, que ele se converta dos seus caminhos e viva?” (Ezequiel
18.23)
“1 Antes de
tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações
de graças, em favor de todos os homens,
2 em favor
dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos
vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito.
3 Isto é bom e
aceitável diante de Deus, nosso Salvador,
4 o qual deseja
que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.
5 Porquanto
há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo
Jesus, homem,” (1 Timóteo 2.1-5)
Disto se depreende que quando alguém não chega ao
conhecimento de Jesus, isto não decorre do fato de que o próprio Deus, sem
qualquer motivo, crie dificuldades para que tal conhecimento não se concretize,
e assim, a pessoa permaneça debaixo da condenação da Lei divina.
Ao contrário, pela Sua muita longanimidade e bondade
demonstradas por anos a fio, a grandes pecadores, não trazendo um juízo
imediato sobre as suas transgressões, Deus comprova o quão bom e benigno Ele é,
e disposto a perdoar a todo aquele que se arrepender de seus pecados e confiar
em Cristo para ser o seu Salvador.
A morte do próprio Jesus, que se ofereceu em
sacrifício por nós, para a satisfação da justiça divina, de modo que nossos
pecados fossem perdoados, por ter Ele assumido a nossa culpa, morrendo em nosso
lugar, comprova o grande amor de Deus aos pecadores.
“6 Porque
Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu
tempo pelos ímpios.
7 Dificilmente,
alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer.
8 Mas Deus
prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda
pecadores.” (Romanos 5.6-8)
Ora, se a longanimidade e o amor de Deus estão dispostos de tal forma,
ao alcance de todos os pecadores, por que então alguns se salvam e outros se
perdem?
Como visto anteriormente, isto não decorre da parte de Deus, mas do
próprio pecador, que se mantém rebelde contra o Filho Unigênito de Deus, e pela
obstinação em fazer a sua própria vontade em vez da do Senhor.
Todos são pecadores. Não há quem não peque. Não há um único justo diante
de Deus. Então, o grande motivo da condenação de pecadores não é o de que sejam
transgressores da Lei de Deus, mas por causa da incredulidade deles em não
aceitarem a Jesus para ser a sua justiça e salvação.
De modo que os que nEle creem são salvos, e os que não creem são
condenados.
“14 Finalmente,
apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a
incredulidade e dureza de coração, porque não deram crédito aos
que o tinham visto já ressuscitado.
15 E
disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.
16 Quem crer
e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será
condenado.” (Marcos 16.14-16)
“17 Porquanto
Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o
mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18 Quem nele
crê não é julgado; o que não crê já está julgado,
porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
19 O
julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que
a luz; porque as suas obras eram más.
20 Pois todo
aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a
fim de não serem arguidas as suas obras.
21 Quem
pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam
manifestas, porque feitas em Deus.” (João 3.17-21)
Deus tem entregue tudo o que se refere à nossa salvação à fé. O homem
caiu no princípio por causa da incredulidade na Palavra de Deus, e agora o caminho
de volta à restauração passa pela confiança demonstrada pela fé.
É aqui que a maioria da humanidade tropeça, pois não são poucos os que
se interessam pela salvação de suas almas, só que o buscam pelo caminho da
justiça própria, da confiança nas boas obras pessoais, e não exclusivamente na
fé em Jesus Cristo.
“19 Ora,
sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale
toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus,
20 visto que
ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que
pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.
21 Mas agora,
sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos
profetas;
22 justiça de Deus
mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que creem; porque não há
distinção,
23 pois todos
pecaram e carecem da glória de Deus,
24 sendo
justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo
Jesus,
25 a quem
Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para
manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância,
deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;
26 tendo em
vista a manifestação da sua justiça no tempo
presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.
27 Onde,
pois, a jactância? Foi de todo excluída. Por que lei? Das obras? Não; pelo
contrário, pela lei da fé.
28 Concluímos, pois,
que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da
lei.” (Romanos 3.19-28)
“16 sabendo,
contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em
Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos
justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei,
ninguém será justificado.” (Gálatas 2.16)
Gálatas – 3
1 Ó gálatas
insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo
exposto como crucificado?
2 Quero
apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas
obras da lei ou pela pregação da fé?
3 Sois assim
insensatos que, tendo começado no Espírito,
estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?
4 Terá sido em vão que
tantas coisas sofrestes? Se, na verdade, foram em vão.
5 Aquele,
pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós,
porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?
6 É o caso de
Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça.
7 Sabei,
pois, que os da fé é que são filhos
de Abraão.
8 Ora, tendo
a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os
gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os
povos.
9 De modo
que os da fé são abençoados com o crente Abraão.
10 Todos
quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo
de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não
permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.
11 E é evidente
que, pela lei, ninguém é justificado diante de
Deus, porque o justo viverá pela fé.
12 Ora, a lei
não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos
por eles viverá.
13 Cristo nos
resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar
(porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro),
14 para que a
bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim
de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.
15 Irmãos, falo
como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada,
ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa.
16 Ora, as
promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E
aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu
descendente, que é Cristo.
17 E digo
isto: uma aliança já anteriormente confirmada
por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode
ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa.
18 Porque, se
a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas
foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão.
19 Qual,
pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que
viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de
anjos, pela mão de um mediador.
20 Ora, o
mediador não é de um, mas Deus é um.
21 É,
porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De
modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a
justiça, na verdade, seria procedente de lei.
22 Mas a
Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus
Cristo, fosse a promessa concedida aos que creem.
23 Mas, antes
que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de
futuro, haveria de revelar-se.
24 De maneira
que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos
justificados por fé.
25 Mas, tendo
vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio.
26 Pois todos
vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus;
27 porque
todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.
28 Dessarte,
não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem
mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
29 E, se sois
de Cristo, também sois descendentes de Abraão e
herdeiros segundo a promessa.
Quando confiarmos em nossa própria justiça e obras para sermos salvos
por Deus é porque não conhecemos corretamente o que seja o pecado aos olhos do
Senhor, e pouco ou nada conhecemos da Pessoa e obra de Jesus, quanto ao seu
significado para a nossa redenção, justificação, regeneração, santificação e
glorificação, ou seja, em tudo o que se refere à nossa salvação.
À medida que conhecemos mais e mais quem é Jesus e o quanto dependemos
dEle para tudo, mais haveremos de cair sobre os nossos joelhos em arrependimento,
fé e adoração.
Mas, enquanto permanecermos no plano das coisas naturais e visíveis, sem
penetrarmos no mundo sobrenatural e invisível da fé e do Espírito,
permaneceremos em completa ignorância das coisas que são relativas ao reino de
Deus e à Sua justiça, pois coisas espirituais só podem ser discernidas
espiritualmente.
Até mesmo para termos o nosso entendimento aberto às realidades
espirituais da Palavra de Deus, dependemos da operação do Espírito Santo em
nós. Daí necessitarmos de humildade, reverência e sinceridade em nossa
aproximação do Senhor através da oração e meditação da Palavra.
“1 Eu, irmãos, quando
fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz
com ostentação de linguagem ou de sabedoria.
2 Porque
decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este
crucificado.
3 E foi em
fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós.
4 A minha
palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem
persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder,
5 para que a
vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.
6 Entretanto,
expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a
sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se
reduzem a nada;
7 mas
falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual
Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória;
8 sabedoria
essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a
tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória;
9 mas, como
está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em
coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.
10 Mas Deus
no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a
todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus.
11 Porque
qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que
nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as
conhece, senão o Espírito de Deus.
12 Ora, nós não temos
recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que
conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.
13 Disto também falamos,
não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito,
conferindo coisas espirituais com espirituais.
14 Ora, o
homem natural não aceita as coisas do Espírito de
Deus, porque lhe são loucura; e não pode
entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
15 Porém o homem
espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado
por ninguém.
16 Pois quem
conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de
Cristo.” (I Coríntios 1.1-16)
Não há impossíveis para Deus para salvar os seus eleitos, a saber,
aqueles que chegarão ao conhecimento de Jesus para serem justificados e regenerados.
Ele pode salvar o principal dos pecadores e o mais endurecido deles. Até mesmo
a riqueza, que é um grande fator dificultador para a salvação pode ser vencida
por Deus no caso de possuir eleitos entre os que são ricos.
“23 Então, Jesus,
olhando ao redor, disse aos seus discípulos: Quão
dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm
riquezas!
24 Os discípulos
estranharam estas palavras; mas Jesus insistiu em dizer-lhes: Filhos, quão
difícil é [para os que confiam nas riquezas] entrar no reino de Deus!
25 É mais fácil passar
um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.
26 Eles
ficaram sobremodo maravilhados, dizendo entre si: Então, quem pode ser salvo?
27 Jesus, porém, fitando
neles o olhar, disse: Para os homens é impossível;
contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível.”
(Marcos 10.23-27)
Estes eleitos não são salvos portanto, porque Deus tivesse vislumbrado
alguma justiça própria neles, ou bondade, ou méritos que lhes recomendasse à
salvação, mas porque, em Sua Presciência conheceu que eles se arrependeriam de
seus pecados e se submeteriam ao governo de Cristo quando fossem atraídos por
Ele a crerem em Jesus. Esta é a razão porque eles tiveram seus nomes
registrados no Livro da Vida desde antes da fundação do mundo.
Os não eleitos são conhecidos portanto por se recusarem terminantemente
a se deixarem convencer que são pecadores e que por conseguinte se encontram
debaixo da maldição da Lei, e assim, não recorrerão a Jesus para serem
resgatados da maldição e da condenação eterna que se seguirá a ela.
“4 Eis o
soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo
viverá pela sua fé.” (Habacuque 10.4)
“16 Pois não me
envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a
salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do
grego;
17 visto que
a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito:
O justo viverá por fé.” (Romanos 1.16,17)
“10 Todos
quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo
de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não
permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.
11 E é evidente
que, pela lei, ninguém é justificado diante de
Deus, porque o justo viverá pela fé.
12 Ora, a lei
não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos
por eles viverá.
13 Cristo nos
resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar
(porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro),
14 para que a
bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim
de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.” (Gálatas 3.10-14)
“35 Não
abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão.
36 Com
efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade
de Deus, alcanceis a promessa.
37 Porque,
ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará;
38 todavia, o
meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se
compraz a minha alma.
39 Nós, porém, não somos
dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a
conservação da alma.” (Hebreus 10.35-39)
Romanos – 9
1 Digo a
verdade em Cristo, não minto, testemunhando comigo, no Espírito
Santo, a minha própria consciência:
2 tenho
grande tristeza e incessante dor no coração;
3 porque eu
mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus
compatriotas, segundo a carne.
4 São israelitas.
Pertence-lhes a adoção e também a glória, as alianças, a
legislação, o culto e as promessas;
5 deles são os
patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o
qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!
6 E não pensemos
que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato,
israelitas;
7 nem por
serem descendentes de Abraão são todos
seus filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência.
8 Isto é, estes
filhos de Deus não são propriamente os da carne,
mas devem ser considerados como descendência os filhos da promessa.
9 Porque a
palavra da promessa é esta: Por esse tempo, virei, e Sara terá um filho.
10 E não ela
somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque,
nosso pai.
11 E ainda não eram os
gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito
de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que
chama),
12 já fora dito
a ela: O mais velho será servo do mais moço.
13 Como está escrito:
Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.
14 Que
diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum!
15 Pois ele
diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e
compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão.
16 Assim,
pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua
misericórdia.
17 Porque a
Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em
ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra.
18 Logo, tem
ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz.
19 Tu, porém, me dirás: De que
se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua
vontade?
20 Quem és tu, ó homem,
para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez:
Por que me fizeste assim?
21 Ou não tem o
oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e
outro, para desonra?
22 Que
diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu
poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a
perdição,
23 a fim de
que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em
vasos de misericórdia, que para glória
preparou de antemão,
24 os quais
somos nós, a quem também chamou, não só dentre os
judeus, mas também dentre os gentios?
25 Assim como
também diz em Oseias: Chamarei povo meu ao que não era meu povo; e amada, à
que não era amada;
26 e no lugar
em que se lhes disse: Vós não sois meu povo, ali mesmo
serão chamados filhos do Deus vivo.
27 Mas,
relativamente a Israel, dele clama Isaías: Ainda que o número dos
filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo.
28 Porque o
Senhor cumprirá a sua palavra sobre a terra, cabalmente e em breve;
29 como Isaías já disse: Se
o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado descendência, ter-nos-íamos
tornado como Sodoma e semelhantes a Gomorra.
30 Que
diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justificação, vieram
a alcançá-la, todavia, a que decorre da fé;
31 e Israel,
que buscava a lei de justiça, não chegou a atingir essa lei.
32 Por quê? Porque não decorreu
da fé, e sim como que das obras. Tropeçaram na pedra de tropeço,
33 como está escrito:
Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha
de escândalo, e aquele que nela crê não será confundido.
Romanos – 10
1 Irmãos, a boa
vontade do meu coração e a minha súplica a
Deus a favor deles são para que sejam salvos.
2 Porque
lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com
entendimento.
3 Porquanto,
desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se
sujeitaram à que vem de Deus.
4 Porque o
fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.
5 Ora, Moisés escreveu
que o homem que praticar a justiça decorrente da lei viverá por ela.
6 Mas a
justiça decorrente da fé assim diz: Não
perguntes em teu coração: Quem subirá ao céu?, isto é, para
trazer do alto a Cristo;
7 ou: Quem
descerá ao abismo?, isto é, para levantar Cristo dentre os mortos.
8 Porém que se
diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a
palavra da fé que pregamos.
9 Se, com a
tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
10 Porque com
o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.
11 Porquanto
a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será
confundido.
12 Pois não
há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico
para com todos os que o invocam.
13 Porque:
Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
14 Como, porém, invocarão aquele
em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E
como ouvirão, se não há quem pregue?
15 E como
pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos
são os pés dos que anunciam coisas boas!
16 Mas nem
todos obedeceram ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem
acreditou na nossa pregação?
17 E, assim,
a fé vem pela pregação, e a pregação, pela
palavra de Cristo.
18 Mas
pergunto: Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra se
fez ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo.
19 Pergunto
mais: Porventura, não terá chegado isso ao conhecimento de Israel? Moisés já
dizia: Eu vos porei em ciúmes com um povo que não é nação, com gente insensata
eu vos provocarei à ira.
20 E Isaías a mais
se atreve e diz: Fui achado pelos que não me procuravam, revelei-me
aos que não perguntavam por mim.
21 Quanto a
Israel, porém, diz: Todo o dia estendi as mãos a um povo rebelde e
contradizente.
Quando o apóstolo diz que nem todo o que é nascido segundo a
descendência natural de Abraão é um israelita de fato, senão aqueles que são
nascidos de novo do Espírito segundo a promessa da fé, assim como isto estava
ilustrado em figura em Isaque, que não nasceu pelas possibilidades de Abraão ou
Sara, que eram muito avançados em idade, mas segundo a vontade e o poder de
Deus.
Israel, que significa príncipe de Deus, foi o nome dado a Jacó, que
seria o patriarca dos israelitas, porque os que são da fé, como Jacó, serão
governantes com Cristo, o Rei dos reis, a partir do Milênio.
“10 O Verbo
estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele,
mas o mundo não o conheceu.
11 Veio para
o que era seu, e os seus não o receberam.
12 Mas, a
todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a
saber, aos que creem no seu nome;
13 os quais não nasceram
do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”
(João 1.10-13)
Crer ou não crer em Cristo: eis aí a verdadeira questão da vida ou da
morte. Crer é vida. Não crer é morte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário