quinta-feira, 25 de julho de 2019

WYZ


Por
Silvio Dutra
Jul/2019
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A474
Alves, Silvio Dutra
WYZ
Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019.
91p.; 14,8 x21cm
1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Parousia.
I. Título.
CDD 252
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Se recebêssemos uma revelação da parte de Deus no decorrer deste ano de 2019, consistindo apenas das três letras do título (WYZ), qual seria uma possível interpretação da mesma?
Se a revelação tivesse relação ao tempo de duração da dispensação da graça, desde a formação da igreja a partir da morte e ressurreição de Jesus, até a segunda vinda do Senhor, o seguinte cálculo poderia ser formulado:
Sabendo-se que o calendário Gregoriano tem uma defasagem de 5 anos, então, na verdade estaríamos no ano de 2014, e não propriamente em 2019. Como a contagem do calendário é a partir do nascimento de Jesus, e não de sua morte, então, o ano da morte e ressurreição do Senhor e início da igreja seria 28 d.C. e não 33 d.C.
Então, considerando-se o ano de 2019, nossa base de cálculo deve ser 1991 (1991+28= 2019).
Como o alfabeto é constituído por 26 letras, então teríamos para cada uma delas, um total de 1991 : 26 = 76,5 anos.
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Um grupo de 3 letras do alfabeto corresponderia portanto, na dispensação cristã, até agora, a 229,5 anos.
Recuando no tempo, nós temos meados do ano de 1761, que é equivalente ao cálculo 1991 menos 229,5.
Agora, qual foi o fato ou fatos históricos relevantes e relacionados à volta de Jesus, ocorridos em torno do citado ano?
- 1 de maio de 1776 – criação da sociedade secreta dos Illuminatis por Adam Weishaupt, na Baviera.
- 1789 a 1799 - Revolução Francesa
- 1858 – Lançamento do Manifesto Comunista.
Teríamos então estes fatos compreendidos na letra W da suposta revelação, se considerarmos como ponto de partida a Revolução Francesa, a citada letra corresponderia ao período de 1789/1799 a 1865/1875.
O período da letra Y seria, portanto, de 1876 a 1952, e o da letra Z, de 1953 a 2029.
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Nós estaríamos portanto, a apenas 10 anos do fechamento do período da dispensação da graça, com a volta de Jesus em 2029.
Lembre-se que estamos trabalhando com suposições.
Agora, porque os Illuminatis e a Revolução Francesa, são pontos chaves relacionados com a volta de Jesus?
Simplesmente porque foi a partir daí que começou toda uma forte oposição ao cristianismo, de caráter planejado para durar no tempo, para desconstrução total dos valores da Igreja de Cristo no mundo.
Tudo isto, sob a alegada suposição de que um governo totalitário de caráter materialista e no qual o homem seria o capitão do seu próprio destino, pela prática racionalista, na qual todo pensamento espiritual e relativo à Divindade deveria ser apagado paulatinamente do consciente coletivo.
Na verdade, o pressuposto declarado publicamente e falsamente, é de caráter humanista sob a alegação da melhoria da qualidade de vida pessoal, mas, a verdadeira mão por detrás de tudo isto é a mesma que
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sempre existiu no mundo, a saber, a dos ricos e poderosos senhores do dinheiro, especialmente dos grandes conglomerados financeiros e grandes potentados comerciais e industriais.
Com isto, eles sempre visaram a ampliar grandemente os seu ganhos, à custa do endividamento e exploração das classes menos favorecidas, materialmente se falando.
As duas grandes guerras mundiais foram financiadas pelo capital dos banqueiros das próprias nações envolvidas no conflito. Eles aumentaram suas fortunas particulares pela compra de títulos dos governos que necessitavam se endividar para bancarem os custos da guerra.
Os banqueiros de Wall Street se tornaram mais poderosos do que nunca.
Poucos sabem que o próprio Hitler foi criado e financiado por estes banqueiros e para chegar ao poder e fazer guerra contra a Rússia, só que Hitler ampliou o seu teatro de operações, buscando obter a supremacia mundial. Mas, nem assim, deixou de ser financiado durante todo o conflito por banqueiros dos EUA, da Inglaterra, do Japão e da própria Alemanha. Eles
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se reuniam para tratar de negócios, enquanto os soldados caíam mortos nos campos de batalha.
Então, o braço por detrás de todos os movimentos revolucionários globais, é o dos poderosos senhores do dinheiro, que criam e financiam os conflitos para aumentarem o seu poder e ganhos, até atingirem a sonhada criação de um governo central mundial que garantiria para sempre as suas possessões.
Não seria para se admirar portanto que o Anticristo seja conduzido ao poder e financiado pelos grandes banqueiros e corporações, para colocar em curso a Terceira Guerra Mundial, para os fins já comentados anteriormente.
Foi pelo uso das ideias libertárias que nasceram no berço da Revolução Francesa, que as monarquias absolutistas começaram a cair e a serem substituídas por governos republicanos, que na verdade, nada têm de republicanos, senão mudança do poder da mão do rei, para a dos banqueiros, que são, estes sim, os grandes credores em todo o mundo.
Em meados do período correspondente à letra Y (1858) houve o lançamento do Manifesto Comunista por Marx e Engels.
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As ideias do manifesto seriam levadas à prática por Lênin com a Revolução Bolchevique na Rússia em 1917, com a intenção de espalhar o comunismo em todo o mundo.
O Comunismo e o Socialismo foram criados pelos capitalistas neste período, para instalar o caos nas sociedades ditas conservadoras, pela desconstrução dos valores tradicionais familiares, para que a família deixando de ser a célula mater da sociedade, tal espaço viesse a ser ocupado pelo Estado.
Para o atingimento deste objetivo, seriam infiltrados agentes militantes da esquerda, em todos os segmentos chaves da sociedade, e especialmente na cultura, na mídia, nas repartições públicas, nos partidos políticos, nas universidades, nas Igrejas etc. Pasmem! Nas próprias Forças Armadas, conforme se viu em 1935 com a chamada Intentona Comunista, quando um grupo de militares tentou tomar o poder das mãos de Getúlio Vargas.
Mais adiante houve a tentativa de tomada do poder no Brasil pelos comunistas no governo de João Goulart, sendo o movimento encabeçado pelo próprio presidente em exercício, tendo havido a intervenção militar de 1964. Mas é importante frisar-se que havia muitos
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comunistas e socialistas infiltrados no meio militar.
Na verdade, a forma revolucionária silenciosa, pelo poder de infiltração, e não mais pela luta das armas, seria a estratégia predominante desde então em todo o mundo, para a chegada ao poder.
Foi o que ocorreu no Brasil, não apenas com a vitória de Lula, mas com a condução de Fernando Henrique, que a par de não se dizer de esquerda, é fato bem notória a sua militância em favor do socialismo.
A quase totalidade dos representantes do Partido Democrata nos Estados Unidos, são de orientação socialista, e não conservadora. Daí a grande oposição que eles fazem a Donald Trump, que é republicano e da direita conservadora, que se coloca em defesa ao cristianismo.
Pelos mesmos motivos, Bolsonaro é atacado pela esquerda no Brasil.
Agora, o que levaria tantas pessoas no mundo a aderirem a um regime político que prega a inexistência de Deus, ou então que ele é um
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tirano que deve ser combatido e destronado dos nossos corações?
Somente o amor ao desregramento, o ódio a qualquer restrição dos desejos humanos refletida nos mandamentos divinos, poderia explicar tal atitude.
Satanás, que veio roubar, matar e destruir, encontra-se por detrás de tudo isso, e é o grande influenciador destes comportamentos rebeldes a Deus e a tudo o que é santo e relativo à Sua vontade. Ele acena com uma falsa liberdade para estas pessoas, e não é de se admirar que elas sejam em grande parte satanistas, pois ele tudo permite, enquanto Deus faz restrições.
O mundo, presentemente, encontra-se dividido entre dois grandes grupos distintos. Os que são pela Igreja e os que são contra ela. Os que são pelo cristianismo e os que resistem a ele e o descontroem. Os que são por um comportamento puro e santo, e os que são por um licencioso e libertino.
Todos os illuminatis, de modo geral, seguem o segundo tipo de comportamento citado, que representa o próprio espírito da Revolução Francesa.
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A par de toda a resistência que o Cristianismo tem sofrido ao longo dos séculos, ele logrou vencer a Satanás, como se vê no registro do décimo segundo capítulo de Apocalipse, pois temos o testemunho histórico que o Cristianismo se acha consolidado em todas as partes do mundo, especialmente no Ocidental.
O comunismo se levantou mas foi derrotado em seu intento de corromper ou acabar com o Cristianismo, como se vê no mundo, em face da resistência que sofreu da parte dos cristãos conservadores.
No entanto, a serpente causou muitos ferimentos nos calcanhares dos cristãos, porque muitos deles se tornaram mundanos por influência de uma cultura esquerdista que foi disseminada no mundo ocidental. “Apocalipse – 12 1 Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, 2 que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz.
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3 Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas. 4 A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse. 5 Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono. 6 A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias. 7 Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; 8 todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. 9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.
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10 Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. 11 Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida. 12 Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta. 13 Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão; 14 e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente. 15 Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio.
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16 A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca. 17 Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar.”
É pelo menos curioso verificar que Satanás é apresentado no 12º capítulo de Apocalipse como um grande dragão vermelho com sete cabeças e dez chifres. As cabeças e os chifres representam reinos e poderes. O Anticristo recebe também a mesma representação de possuir sete cabeças e dez chifres, na introdução do 13º capítulo. Isto tem a ver que os poderes que estarão operando no mundo do tempo do fim, são de origem satânica, e consistirão numa coligação de governos com os mesmos objetivos “vermelhos” – uma possível referência â ação da esquerda no mundo, que é aberta ou dissimuladamente contra o cristianismo, e busca incansavelmente desconstruí-lo, para poder conduzir ao poder uma Nova Ordem Mundial, que deixa Deus do lado de fora, e põe o poder do homem no trono, juntamente com Satanás.
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Como o consciente coletivo, de modo geral, tem sido tomado por tal forma cultural, não é de se admirar que hoje, em apoio da mesma e na sua prática, encontremos até mesmo conservadores de direita, e dentre estes, não poucos professantes cristãos. Esta apostasia, tem sido o grande mal do século, e um dos fatores que disparará o retorno de Jesus para julgar o mundo.
Como a grande batalha do Armagedom será um conflito atômico, então é de se esperar que a duração desta grande última guerra que envolverá as nações, será de poucos dias, e não como as anteriores que duraram anos.
Jesus diz que se estes dias não fossem abreviados e o conflito continuasse não restaria um único ser vivo sobre a terra, mas que por amor aos eleitos ele intervirá voltando para exercer juízos sobre os ímpios. Eles serão exterminados, pois é o que fariam se fossem deixados a si mesmos. E como demonstraram ser incapazes de estabelecer um governo de justiça e paz na terra, o próprio Jesus o fará em companhia de todos os seus santos.
Estes santos que governarão com Jesus em sua volta, no Milênio, são os que lhe foram fiéis e participaram do arrebatamento da Igreja, sendo
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que no período restante do governo de três anos e meio do Anticristo, ele se levantará para a Batalha do Armagedom, contra os judeus e os crentes que não foram arrebatados. Ele ferirá a muitos deles, e alguns serão decapitados por não negarem a Jesus (são os 144.000 achados debaixo do altar no céu).
Voltando à análise dos fatos históricos preponderantes, e relacionados ao período considerado (WYZ) à volta de Jesus, é de grande importância o de que somente em meados do século XIX o evangelho pregado pelos reformadores protestantes começou a chegar à América Latina, e notadamente à do Sul. Com isto, teríamos apenas cerca de 150 anos de pregação evangélica no continente, com um considerável aumento de conversões genuínas de pessoas justificadas e regeneradas e santificadas pelo Espírito Santo.
A Revolução Industrial iniciada na Inglaterra em 1780 começou a se expandir a partir de 1830, e as nações que eram fechadas ao protestantismo, como era o caso do Brasil, tiveram que abrir espaço para a chegada dos protestantes ingleses para a implantação sobretudo de ferrovias. O fator econômico falou mais alto do que o religioso.
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Houve fatores muitos importantes na virada do século XIX para o XX, especialmente pela criação do automóvel e do avião, com o desenvolvimento da indústria petrolífera, e os vários produtos derivados do petróleo, sendo todos fatores contribuintes para o aumento e manutenção da população mundial, no que haveria também grande contribuição posteriormente com o advento da tecnologia digital em meados do século XX.
O que muito contribuiu também para este avanço do evangelho no continente, foi a separação havida entre a Igreja Romana e o Estado, de forma que a primeira representava uma grande resistência ao Protestantismo.
Veja os quadros abaixo:
1 - Desenvolvimento do protestantismo na América Latina:
Ano nº de crentes
1900 50.000
1930 1.000.000
1950 5.000.000
1960 10.000.000
1970 20.000.000
1980 50.000.000
1997 66.367.000
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2 – Separação Entre Igreja e Estado (exemplos)
1891 no Brasil
1893 na Nicarágua
1901 em Cuba
1917 no Uruguai
1919 no Paraguai
1925 no Chile
Presentemente, há cerca de 2 bilhões e trezentos milhões de cristãos no mundo, representando cerca de 33% da população total mundial. É por causa disso que o Anticristo ainda não colocou as suas garras sobre todo o mundo, e se isto não fosse permitido por Deus, ele jamais o conseguiria, em razão da resistência que sofreria da parte daqueles que amam a Jesus Cristo.
Veja na tabela abaixo como o número de cristãos acompanhou a população mundial até 2019:
ANO POPULAÇÃO CRISTÃOS %
33 171.000.000 120
100 181.500.000 1.149.000 0,6
500 193.400.000 43.400.000 22,4
1.000 269.200.000 50.400.000 18,7
1.500 425.300.000 81.000.000 19
1.800 902.600.000 208.200.000 23,1
1.900 1.619.900.000 521.600.000 34,4
1.997 5.815.162.100 1.710.794.000 29,4
2.019 7.700.000.000 2.300.000.000 33
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A Luta dos Illuminatis Contra o Cristianismo:
Por séculos, a Igreja Cristã, como instituição, tem sido a principal guardiã da moral e dos bons costumes, de um grande segmento da sociedade, e durante muito tempo isto garantiu o respeito aos valores morais por parte do mundo ocidental.
Ainda que a Igreja Romana seja considerada por muitos como sendo mais um poder religioso e político do que uma agência a serviço da salvação pela pregação exclusiva de Jesus Cristo, e este crucificado para a justificação, regeneração e santificação do pecador, por meio do conhecimento e prática da doutrina bíblica, todavia, Deus tem permitido a existência da Igreja Romana sobretudo para o propósito afirmado no primeiro parágrafo.
Não se pode esquecer que por séculos, o povo em geral sequer tinha acesso ao texto bíblico, e a missa era celebrada somente em latim, de modo que havia esta falta de acesso à Palavra por meio da qual somos salvos e santificados, e esta lacuna tem sido preenchida especialmente pela Igreja Protestante.
A Igreja Romana sempre esteve em luta com a maçonaria, porque os illuminatis se infiltraram
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nas suas lojas, em todo o mundo, cujo principal propósito é o de eliminar o cristianismo, sobretudo a Igreja Católica, face o seu poder de influência sobre as massas, já referido, no que tange à salvaguarda dos valores morais.
Enquanto a sociedade permanecesse apegada aos referidos valores, jamais seria possível se alcançar a desintegração da família nuclear tradicional, para o esvaziamento da autoridade dos pais e entrega da formação dos filhos a um estado global fascista a ser instalado no fim dos tempos, conforme idealizado pelos illuminatis desde 1776.
Então, os illuminatis têm feito este trabalho de forma indireta, com uma propaganda ridicularizando a religião, e injetando na cultura costumes que são contrários a estes valores tradicionais.
Não é importante considerar com que motivação a Igreja Romana luta contra as investidas dos illuminatis, se meramente para manter o seu status-quo de poder, ou se para manutenção dos valores morais, porque é esta resistência que foi mantida nos três últimos séculos que nos permitiu chegar até aqui, mas sabemos que ela vem sendo minada, especialmente desde o pontificado de João
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XXIII, na década de sessenta, e este tem sido seguido por todos os papas que lhe sucederam.
Em seu livro, A Cruz Quebrada, o escritor católico Piers Compton faz a seguinte citação:
“Alguma indicação dos projetos proféticos, ou cuidadosamente planejados das sociedades secretas, pode ser lida em uma carta dirigida a Mazzini, datada de Abril a 15 de 1871, e catalogada na Biblioteca do Museu Britânico . Naquela época, as guerras foram conduzidos em uma escala relativamente pequena e restrita, mas esta carta, escrita há mais de quarenta anos antes do início do primeiro conflito mundial, pode ser interpretada como uma previsão da Segunda Guerra Mundial, juntamente com mais dicas possíveis de uma terceira e ainda maior catástrofe que ainda está por vir. Aqui é citado:
"Vamos desencadear os niilistas e os ateus, e vamos provocar uma catástrofe social formidável que, em todo o seu horror, mostrará claramente para as nações o efeito do ateísmo absoluto, selvageria original, e o tumulto mais sangrento.
Então, em todos os lugares os cidadãos, obrigados a se defender contra a maioria dos
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revolucionários mundiais, irão extinguir os destruidores de civilizações, e a multidão, desiludida com o cristianismo, cujos espíritos deístas estarão a partir daquele momento, sem bússola , ansiosos por um ideal, mas sem saber onde praticar a sua adoração, receberá a verdadeira luz por meio da manifestação universal da pura doutrina de Lúcifer, trazida finalmente para a visão pública, uma manifestação que resultará do movimento revolucionário geral que seguirá a destruição do cristianismo e do ateísmo, ambos conquistados e exterminados ao mesmo tempo."
Segundo Piers Compton, o Papa João XXIII estivera ligado à sociedade secreta Rosa Cruz, e que desde o citado papa, que convocou o Concílio Vaticano II com vistas a patrocinar o ecumenismo, a Igreja Romana vem sendo infiltrada por sacerdotes que têm contribuído para o avanço da causa dos illuminatis no mundo.
Por seu turno, muitos líderes evangélico-protestantes têm se afiliado à maçonaria e contribuído, muitos deles, ingênua e ignorantemente, para a consecução do ideal illuminati da promoção de uma Nova Ordem Mundial que é sinônima de governo do Anticristo.
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Todavia, aos cristãos genuínos, fiéis e sinceros, é feita a promessa de Cristo de que as portas do inferno jamais prevalecerão contra os mesmos. Estando em Cristo, não podem ser abalados, porque Ele é uma Rocha firme na qual estão firmados pela graça, mediante a fé.
Os ocultistas que estão enganando a muitos com suas promessas de um mundo melhor, são eles mesmos enganados pelo Pai da mentira, Satanás, que lhes está conduzindo para a destruição, sob a falsa promessa de lhes conceder poder absoluto sobre as nações. Afinal, ele não poderia agir de outra forma porque a sua vocação real sempre é a de roubar, matar e destruir.
Como os homens estão, cada vez mais abandonando a verdade divina, revelada e, Sua Palavra, por seguirem doutrinas de outros homens e de demônios, Deus está permitindo que eles sejam entregues à destruição porque têm amado a mentira em vez da verdade.
Todas estas coisas que estão ocorrendo no mundo em nossos dias, em que sentimos uma atmosfera de insegurança e de que algo muito grande e destruidor está prestes a acontecer, é o resultado do juízo de Deus sobre toda a iniquidade que está ocorrendo no mundo, sob a
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máscara do politicamente correto, do democrático, do progressista, do apoio às minorias e proteção dos fracos e pobres – tudo mentira para encobrir as manobras satânicas para afastar a humanidade cada vez mais dos caminhos santos de Deus.
Veja a possível referência ao conflito atômico que está prestes ocorrer e que é descrito em Apocalipse como uma forma de juízo de Deus anunciado pelos anjos, como sendo bolas de fogo e estrelas incandescentes caídas do céu que contaminam as fontes de água e que matam um terço da população. Provavelmente é uma referência à contaminação da nuvem de radiação produzida pelas bombas atômicas que serão acionadas pelos próprios homens, sob influência do diabo, e não pelo próprio Deus ou pelos anjos eleitos.
O homem colherá por fim o resultado de ter semeado tanta dissensão e disputa gananciosa entre as nações. Plantou bombas e colherá destruição. “Apocalipse – 8 1 Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora.
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2 Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas. 3 Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; 4 e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos. 5 E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto. 6 Então, os sete anjos que tinham as sete trombetas prepararam-se para tocar. 7 O primeiro anjo tocou a trombeta, e houve saraiva e fogo de mistura com sangue, e foram atirados à terra. Foi, então, queimada a terça parte da terra, e das árvores, e também toda erva verde. 8 O segundo anjo tocou a trombeta, e uma como que grande montanha ardendo em chamas foi atirada ao mar, cuja terça parte se tornou em sangue,
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9 e morreu a terça parte da criação que tinha vida, existente no mar, e foi destruída a terça parte das embarcações. 10 O terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas uma grande estrela, ardendo como tocha. 11 O nome da estrela é Absinto; e a terça parte das águas se tornou em absinto, e muitos dos homens morreram por causa dessas águas, porque se tornaram amargosas. 12 O quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas, para que a terça parte deles escurecesse e, na sua terça parte, não brilhasse, tanto o dia como também a noite. 13 Então, vi e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia em grande voz: Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar!” No capítulo seguinte de Apocalipse nós podemos ter a descrição dos tanques e de toda a maquinaria de guerra a ser usada pelas tropas do Anticristo, e como elas estarão sendo
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insufladas pelos demônios que haviam sido aprisionados por Deus no abismo, desde a queda deles do Céu, e que serão soltos nesta ocasião para estarem sob as ordens de Satanás e do demônio chefe deles que é chamado de Abadom ou Apoliom. Apocalipse – 9 1 O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela caída do céu na terra. E foi-lhe dada a chave do poço do abismo. 2 Ela abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como fumaça de grande fornalha, e, com a fumaceira saída do poço, escureceu-se o sol e o ar. 3 Também da fumaça saíram gafanhotos para a terra; e foi-lhes dado poder como o que têm os escorpiões da terra, 4 e foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma e tão-somente aos homens que não têm o selo de Deus sobre a fronte. 5 Foi-lhes também dado, não que os matassem, e sim que os atormentassem durante cinco meses. E o seu tormento era como tormento de escorpião quando fere alguém.
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6 Naqueles dias, os homens buscarão a morte e não a acharão; também terão ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles. 7 O aspecto dos gafanhotos era semelhante a cavalos preparados para a peleja; na sua cabeça havia como que coroas parecendo de ouro; e o seu rosto era como rosto de homem; 8 tinham também cabelos, como cabelos de mulher; os seus dentes, como dentes de leão; 9 tinham couraças, como couraças de ferro; o barulho que as suas asas faziam era como o barulho de carros de muitos cavalos, quando correm à peleja; 10 tinham ainda cauda, como escorpiões, e ferrão; na cauda tinham poder para causar dano aos homens, por cinco meses; 11 e tinham sobre eles, como seu rei, o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom. 12 O primeiro ai passou. Eis que, depois destas coisas, vêm ainda dois ais. 13 O sexto anjo tocou a trombeta, e ouvi uma voz procedente dos quatro ângulos do altar de ouro que se encontra na presença de Deus,
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14 dizendo ao sexto anjo, o mesmo que tem a trombeta: Solta os quatro anjos que se encontram atados junto ao grande rio Eufrates. 15 Foram, então, soltos os quatro anjos que se achavam preparados para a hora, o dia, o mês e o ano, para que matassem a terça parte dos homens. 16 O número dos exércitos da cavalaria era de vinte mil vezes dez milhares; eu ouvi o seu número. 17 Assim, nesta visão, contemplei que os cavalos e os seus cavaleiros tinham couraças cor de fogo, de jacinto e de enxofre. A cabeça dos cavalos era como cabeça de leão, e de sua boca saía fogo, fumaça e enxofre. 18 Por meio destes três flagelos, a saber, pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre que saíam da sua boca, foi morta a terça parte dos homens; 19 pois a força dos cavalos estava na sua boca e na sua cauda, porquanto a sua cauda se parecia com serpentes, e tinha cabeça, e com ela causavam dano. 20 Os outros homens, aqueles que não foram mortos por esses flagelos, não se arrependeram das obras das suas mãos, deixando de adorar os
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demônios e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar; 21 nem ainda se arrependeram dos seus assassínios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos.”
Se não fosse pela intervenção de Deus estes poderes malignos já teriam operado desta forma na Terra, há muito tempo, mas o Senhor os tem mantido sob controle até agora para que ajam somente por ocasião da volta de Jesus.
Deus tem intervindo porque tem um plano em relação à humanidade.
Caso não tivesse revelado a Sua vontade a nós, e se não nos capacitasse por sua graça a sermos libertados do pecado por meio da fé em Jesus, não haveria qualquer oportunidade de salvação para qualquer um de nós.
Se soubéssemos das terríveis atrocidades e requintes de abusos que são praticados no mundo, mesmo de pais em relação a filhos, ficaríamos estarrecidos, e poucos teriam condições emocionais de suportar o quadro que Deus está observando agora enquanto escrevo, e na verdade em todos os momentos, quanto às
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coisas abomináveis que são praticadas no mundo.
A agravante de tudo isto é que tais práticas são realizadas com o nome de bem, ou por amor. Parece estranho, muito impossível, mas é real porque Satanás se transforma em anjo de luz e trabalha nas mentes de muitos dando-lhes a convicção de que tudo o que fazem é para um bem maior, para que alcancem a luz do verdadeiro conhecimento e poder, e da eternidade.
Ele chafurda as pessoas no mais profundo lamaçal e lhes dá a falsa convicção de que isto é necessário para a elevação e purificação de suas almas.
Ele lhes dá experiências penetrando em suas mentes e fazendo com que vejam uma intensa luz, além de lhes proporcionar bens, riquezas, fama, tudo a um custo terrível de sofrimentos, abusos, enganos, escravidão e dor, mas tudo está bem afinal para eles, apesar de sua grande infelicidade e frieza de coração porque se sentem superiores às demais pessoas do mundo, que para eles são como estrume.
Tudo isto está revelado na Bíblia. Deus nos deu testemunho de todas estas coisas para que nos
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acautelássemos delas, como por exemplo na advertência de Isaías 5.20-24:
“Isa 5:20 Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!
Isa 5:21 Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes em seu próprio conceito!
Isa 5:22 Ai dos que são heróis para beber vinho e valentes para misturar bebida forte,
Isa 5:23 os quais por suborno justificam o perverso e ao justo negam justiça!
Isa 5:24 Pelo que, como a língua de fogo consome o restolho, e a erva seca se desfaz pela chama, assim será a sua raiz como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos e desprezaram a palavra do Santo de Israel.”
Apesar das muitas advertências como esta, de que tudo lhes irá mal no final, em razão do juízo de Deus, eles não se dão por avisados porque estão enganados. Pensam que Deus é fraco e que a força pertence a Lúcifer. Pensam que os juízos terríveis que constam do Apocalipse e que foram dados por Jesus em visão ao apóstolo João,
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é apenas mais uma dentre as muitas profecias relativas ao final dos tempos, e que certamente não se cumprirá.
Para que se possa ter uma ideia de que ponto extremo a iniquidade pode chegar, Alester Crowley que classificou a si mesmo de a besta 666, e o homem mais maligno do mundo, abusou de mais de 150 menininhos, sob a alegação de que lhes tirando a inocência, roubou suas vidas para si mesmo, de modo a alcançar a eternidade.
E por mais de um século, seus seguidores, dentro de seitas secretas e ocultistas têm seguido o seu exemplo, com a mesma falsa esperança de serem eternos em glória.
Pobres criancinhas, que dor traz ao nosso coração pelo sofrimento delas, e pelo destino terrível que muitas terão por serem treinadas (abusadas) mesmo por seus pais para serem futuros monstros tal como eles, sem qualquer misericórdia, afeto e amor, tendo por coisas elevadas a traição, a prostituição, e tudo quanto é de mal que se possa referir.
Como o Criador dos céus e da terra, e de tudo o que neles há, deixaria tais coisas impunes?
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Deus julgará as nações, fazendo com que muitas estejam sob o domínio e governo do Anticristo, por um breve tempo, somente para a execução do Seu juízo sobre os pecados que Ele tem suportado há milênios com grande longanimidade. Mas, a medida da iniquidade delas foi completada, e a hora do acerto de contas chegou, a letra Z, a última do alfabeto da cronologia da dispensação da graça, está sendo encerrada. O relógio caminha bem perto da batida da meia-noite. Ai daqueles que não se arrependerem e se voltarem para Cristo, nesta última oportunidade que lhes é concedida pela bondade e misericórdia de Deus! “9 Proclamai isto entre as nações: Apregoai guerra santa e suscitai os valentes; cheguem-se, subam todos os homens de guerra. 10 Forjai espadas das vossas relhas de arado e lanças, das vossas podadeiras; diga o fraco: Eu sou forte. 11 Apressai-vos, e vinde, todos os povos em redor, e congregai-vos; para ali, ó SENHOR, faze descer os teus valentes. 12 Levantem-se as nações e sigam para o vale de Josafá; porque ali me assentarei para julgar todas as nações em redor.
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13 Lançai a foice, porque está madura a seara; vinde, pisai, porque o lagar está cheio, os seus compartimentos transbordam, porquanto a sua malícia é grande. 14 Multidões, multidões no vale da Decisão! Porque o Dia do SENHOR está perto, no vale da Decisão. 15 O sol e a lua se escurecem, e as estrelas retiram o seu resplendor. 16 O SENHOR brama de Sião e se fará ouvir de Jerusalém, e os céus e a terra tremerão; mas o SENHOR será o refúgio do seu povo e a fortaleza dos filhos de Israel. 17 Sabereis, assim, que eu sou o SENHOR, vosso Deus, que habito em Sião, meu santo monte; e Jerusalém será santa; estranhos não passarão mais por ela. 18 E há de ser que, naquele dia, os montes destilarão mosto, e os outeiros manarão leite, e todos os rios de Judá estarão cheios de águas; sairá uma fonte da Casa do SENHOR e regará o vale de Sitim. 19 O Egito se tornará uma desolação, e Edom se fará um deserto abandonado, por causa da
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violência que fizeram aos filhos de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente. 20 Judá, porém, será habitada para sempre, e Jerusalém, de geração em geração. 21 Eu expiarei o sangue dos que não foram expiados, porque o SENHOR habitará em Sião.” (Joel 3.9-21) “31 Chegará o estrondo até à extremidade da terra, porque o SENHOR tem contenda com as nações, entrará em juízo contra toda carne; os perversos entregará à espada, diz o SENHOR. 32 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis que o mal passa de nação para nação, e grande tormenta se levanta dos confins da terra. 33 Os que o SENHOR entregar à morte naquele dia se estenderão de uma a outra extremidade da terra; não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados; serão como esterco sobre a face da terra.” (Jeremias 25.31-33)
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“2 Eis que eu farei de Jerusalém um cálice de tontear para todos os povos em redor e também para Judá, durante o sítio contra Jerusalém. 3 Naquele dia, farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra. 4 Naquele dia, diz o SENHOR, ferirei de espanto a todos os cavalos e de loucura os que os montam; sobre a casa de Judá abrirei os olhos e ferirei de cegueira a todos os cavalos dos povos. 5 Então, os chefes de Judá pensarão assim: Os habitantes de Jerusalém têm a força do SENHOR dos Exércitos, seu Deus. 6 Naquele dia, porei os chefes de Judá como um braseiro ardente debaixo da lenha e como uma tocha entre a palha; eles devorarão, à direita e à esquerda, a todos os povos em redor, e Jerusalém será habitada outra vez no seu próprio lugar, em Jerusalém mesma. 7 O SENHOR salvará primeiramente as tendas de Judá, para que a glória da casa de Davi e a glória dos habitantes de Jerusalém não sejam exaltadas acima de Judá.
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8 Naquele dia, o SENHOR protegerá os habitantes de Jerusalém; e o mais fraco dentre eles, naquele dia, será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o Anjo do SENHOR diante deles. 9 Naquele dia, procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém.” (Zacarias 12;2-9) “7 Desperta, ó espada, contra o meu pastor e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos; fere o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas; mas volverei a mão para os pequeninos. 8 Em toda a terra, diz o SENHOR, dois terços dela serão eliminados e perecerão; mas a terceira parte restará nela. 9 Farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei como se purifica a prata, e a provarei como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: é meu povo, e ela dirá: O SENHOR é meu Deus.” (Zacarias 13.7-9)
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“1 Eis que vem o Dia do SENHOR, em que os teus despojos se repartirão no meio de ti. 2 Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres, forçadas; metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será expulso da cidade. 3 Então, sairá o SENHOR e pelejará contra essas nações, como pelejou no dia da batalha. 4 Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade, para o sul. 5 Fugireis pelo vale dos meus montes, porque o vale dos montes chegará até Azal; sim, fugireis como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o SENHOR, meu Deus, e todos os santos, com ele. 6 Acontecerá, naquele dia, que não haverá luz, mas frio e gelo.
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7 Mas será um dia singular conhecido do SENHOR; não será nem dia nem noite, mas haverá luz à tarde. 8 Naquele dia, também sucederá que correrão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e a outra metade, até ao mar ocidental; no verão e no inverno, sucederá isto. 9 O SENHOR será Rei sobre toda a terra; naquele dia, um só será o SENHOR, e um só será o seu nome. 10 Toda a terra se tornará como a planície de Geba a Rimom, ao sul de Jerusalém; esta será exaltada e habitada no seu lugar, desde a Porta de Benjamim até ao lugar da primeira porta, até à Porta da Esquina e desde a Torre de Hananel até aos lagares do rei. 11 Habitarão nela, e já não haverá maldição, e Jerusalém habitará segura. 12 Esta será a praga com que o SENHOR ferirá a todos os povos que guerrearem contra Jerusalém: a sua carne se apodrecerá, estando eles de pé, apodrecer-se-lhes-ão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na boca. 13 Naquele dia, também haverá da parte do SENHOR grande confusão entre eles; cada um
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agarrará a mão do seu próximo, cada um levantará a mão contra o seu próximo. 14 Também Judá pelejará em Jerusalém; e se ajuntarão as riquezas de todas as nações circunvizinhas, ouro, prata e vestes em grande abundância. 15 Como esta praga, assim será a praga dos cavalos, dos mulos, dos camelos, dos jumentos e de todos os animais que estiverem naqueles arraiais. 16 Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos.” (Zacarias 14.1-16) A Palavra profética de Deus é muito direta e terrível de modo que bem farão todos aqueles que lhe derem a devida atenção, porque estas profecias sobre o tempo do fim são fiéis e verdadeiras e se apressam para o seu cabal cumprimento, assim como Deus cumpriu todas as profecias que fez para serem cumpridas antes destas, como por exemplo a primeira vinda do Messias a este mundo como Salvador. Agora aguardamos o cumprimento da promessa da sua segunda vinda para o arrebatamento da
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Igreja e para o julgamento dos ímpios das nações que não se arrependerem e se converterem a Deus. Quem viver verá e testificará, seja para sua glória, ou então para a sua vergonha e horror eternos. Se Deus condena o roubo, a mentira, o adultério, o assassinato, como poderão ser justificados aqueles que os aprovam? Se Deus chama a fornicação e o homossexualismo de abominação, como poderão ser justificados aqueles que os aprovam ou praticam? Não importa se as leis das nações os têm aprovado, Deus não somente continuará os reprovando como sujeitando os seus praticantes e apoiadores à condenação eterna. A todos tem o Senhor estendido as Suas mãos para que se arrependam e se convertam a Ele, pois lhes concederá graça para serem transformados e santificados. Mas, se o rejeitarem nada lhes resta senão serem condenados para sempre.
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“Levítico – 18 1 Disse mais o SENHOR a Moisés: 2 Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Eu sou o SENHOR, vosso Deus. 3 Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes, nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, para a qual eu vos levo, nem andareis nos seus estatutos. 4 Fareis segundo os meus juízos e os meus estatutos guardareis, para andardes neles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. 5 Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por eles. Eu sou o SENHOR. 6 Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne, para lhe descobrir a nudez. Eu sou o SENHOR. 7 Não descobrirás a nudez de teu pai e de tua mãe; ela é tua mãe; não lhe descobrirás a nudez. 8 Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai; é nudez de teu pai.
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9 A nudez da tua irmã, filha de teu pai ou filha de tua mãe, nascida em casa ou fora de casa, a sua nudez não descobrirás. 10 A nudez da filha do teu filho ou da filha de tua filha, a sua nudez não descobrirás, porque é tua nudez. 11 Não descobrirás a nudez da filha da mulher de teu pai, gerada de teu pai; ela é tua irmã. 12 A nudez da irmã do teu pai não descobrirás; ela é parenta de teu pai. 13 A nudez da irmã de tua mãe não descobrirás; pois ela é parenta de tua mãe. 14 A nudez do irmão de teu pai não descobrirás; não te chegarás à sua mulher; ela é tua tia. 15 A nudez de tua nora não descobrirás; ela é mulher de teu filho; não lhe descobrirás a nudez. 16 A nudez da mulher de teu irmão não descobrirás; é a nudez de teu irmão. 17 A nudez de uma mulher e de sua filha não descobrirás; não tomarás a filha de seu filho, nem a filha de sua filha, para lhe descobrir a nudez; parentes são; maldade é.
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18 E não tomarás com tua mulher outra, de sorte que lhe seja rival, descobrindo a sua nudez com ela durante sua vida. 19 Não te chegarás à mulher, para lhe descobrir a nudez, durante a sua menstruação. 20 Nem te deitarás com a mulher de teu próximo, para te contaminares com ela. 21 E da tua descendência não darás nenhum para dedicar-se a Moloque, nem profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o SENHOR. 22 Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação. 23 Nem te deitarás com animal, para te contaminares com ele, nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele; é confusão. 24 Com nenhuma destas coisas vos contaminareis, porque com todas estas coisas se contaminaram as nações que eu lanço de diante de vós. 25 E a terra se contaminou; e eu visitei nela a sua iniquidade, e ela vomitou os seus moradores.
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26 Porém vós guardareis os meus estatutos e os meus juízos, e nenhuma destas abominações fareis, nem o natural, nem o estrangeiro que peregrina entre vós; 27 porque todas estas abominações fizeram os homens desta terra que nela estavam antes de vós; e a terra se contaminou. 28 Não suceda que a terra vos vomite, havendo-a vós contaminado, como vomitou o povo que nela estava antes de vós. 29 Todo que fizer alguma destas abominações, sim, aqueles que as cometerem serão eliminados do seu povo. 30 Portanto, guardareis a obrigação que tendes para comigo, não praticando nenhum dos costumes abomináveis que se praticaram antes de vós, e não vos contaminareis com eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.” Observe como a cultura moderna, seja entre os esquerdistas ou direitistas, aprovam e até se regozijam em praticar muitas destas coisas condenadas expressamente pelo Senhor, sob a alegação de respeito às liberdades individuais, e de tolerância amorosa e cristã, de aceitação plena de diferenças de gostos pessoais, de
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respeito ao direito do próximo. Mas todo tipo de justificativa não prevalecerá em juízo diante do Senhor. Entre não condenarmos os pecadores e aprovarmos os seus pecados há uma distância que deve corresponder ao infinito.
Há poder suficiente no sangue de Jesus para nos purificar de toda a iniquidade, mas o sangue precioso será ineficaz naqueles que justificam os seus pecados.
Porventura, não foi esse o caso entre os fariseus do passado, aos quais Jesus tentou convencer de serem cegos, como todos os demais pecadores, mas que não o admitiram de forma alguma, pois julgavam-se mais santos que os demais? O Senhor lhes disse que então permaneceriam em sua cegueira e debaixo da condenação do pecado.
Essa é uma ocasião crítica para nós, pois estamos no final do Z, e eles estavam no início do A. Eles teriam mais tempo para se arrependerem do que nós.
Se a ordem para orarmos e vigiarmos em todo o tempo para aguardar de modo digno a volta do Senhor era devidamente observada pela Igreja
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Primitiva, quanto mais não deveria ser por nós a quem o fim dos tempos tem chegado? “35 Cingido esteja o vosso corpo, e acesas, as vossas candeias. 36 Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu Senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram. 37 Bem-aventurados aqueles servos a quem o Senhor, quando vier, os encontre vigilantes; em verdade vos afirmo que ele há de cingir-se, dar-lhes lugar à mesa e, aproximando-se, os servirá. 38 Quer ele venha na segunda vigília, quer na terceira, bem-aventurados serão eles, se assim os achar. 39 Sabei, porém, isto: se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, [vigiaria e] não deixaria arrombar a sua casa. 40 Ficai também vós apercebidos, porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá. 41 Então, Pedro perguntou: Senhor, proferes esta parábola para nós ou também para todos?
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42 Disse o Senhor: Quem é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o Senhor confiará os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? 43 Bem-aventurado aquele servo a quem seu Senhor, quando vier, achar fazendo assim. 44 Verdadeiramente, vos digo que lhe confiará todos os seus bens. 45 Mas, se aquele servo disser consigo mesmo: Meu Senhor tarda em vir, e passar a espancar os criados e as criadas, a comer, a beber e a embriagar-se, 46 virá o Senhor daquele servo, em dia em que não o espera e em hora que não sabe, e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os infiéis. 47 Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu Senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites. 48 Aquele, porém, que não soube a vontade do seu Senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão.” (Luca 12.35-48)
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“25 Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; 26 haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. 27 Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. 28 Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima. 29 Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo: Vede a figueira e todas as árvores. 30 Quando começam a brotar, vendo-o, sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo. 31 Assim também, quando virdes acontecerem estas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus. 32 Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que tudo isto aconteça. 33 Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.
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34 Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as consequências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço. 35 Pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a terra. 36 Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem.” (Lucas 21.25-36) A vigilância nestes últimos dias é muito importante para que possamos discernir os diversos estratagemas que Satanás tem usado transfigurando-se em anjo de luz, com o intuito de enganar a população mundial, levando muitos a crerem que o comunismo e o socialismo, pelo menos em sua forma clássica é coisa do passado. Ninguém deveria suspeitar da transição que os países do chamado bloco comunista e socialista está realizando para as práticas capitalistas liberais de um mercado aberto, conforme é o exemplo dado pela China e pela própria Rússia, e pelos países comunistas mais radicais, como
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Cuba e a Coreia do Norte, que vêm sinalizando ultimamente a incorporação de tal tendência. Mas ninguém se iluda, que eles tenham abandonado o seu plano original de assumirem o controle totalitário do mundo, ou mesmo que tenham abandonado a resistência deles à prática cristã. O lobo está se apresentando em pele de cordeiro, mas é o mesmo velho lobo de sempre em seu interior. Apenas mudou a tática, a estratégia, e não é incomum até mesmo ver comunistas e socialistas afirmando serem autênticos cristãos e seguidores de Cristo, para se infiltrarem e para ganharem a confiança e o voto deles. O chamado socialismo gramscista (de Antonio Gramsci – 1891/1937) é a cartilha de maior aplicação pela esquerda moderna. Destacamos a seguir algumas citações extraídas da Wikipédia, para uma melhor compreensão do que tem ocorrido presentemente em todo o mundo nas artes, na cultura, na mídia, nas religiões, nas universidades, nos partidos políticos etc. Gramsci é famoso principalmente pela elaboração do conceito de hegemonia e bloco hegemônico, e também por focar no estudo dos aspectos culturais da sociedade (a chamada superestrutura no marxismo clássico) como
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elemento a partir do qual poder-se-ia realizar uma ação política e como uma das formas de criar e reproduzir a hegemonia. Alcunhado em alguns meios como "o marxista das superestruturas", Gramsci atribuiu um papel central à separação entre infraestrutura (base real da sociedade, que inclui forças produtivas e relações sociais de produção) e superestrutura (a ideologia, constituída pelas instituições, sistemas de ideias, doutrinas e crenças de uma sociedade), a partir do conceito de "bloco hegemónico". Segundo esse conceito, o poder das classes dominantes sobre o proletariado e todas as classes dominadas dentro do modo de produção capitalista, não reside simplesmente no controle dos aparelhos repressivos do Estado. Se assim fosse, tal poder seria relativamente fácil de derrocar (bastaria que fosse atacado por uma força armada equivalente ou superior que trabalhasse para o proletariado). Este poder é garantido fundamentalmente pela "hegemonia" cultural que as classes dominantes logram exercer sobre as dominadas, através do controle do sistema educacional, das instituições religiosas e dos meios de comunicação. Usando deste controle, as classes dominantes "educam" os dominados para que estes vivam em submissão às primeiras como algo natural e conveniente,
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inibindo assim sua potencialidade revolucionária. Assim, por exemplo, em nome da "nação" ou da "pátria", as classes dominantes criam no povo o sentimento de identificação com elas, de união sagrada com os exploradores, contra um inimigo exterior e a favor de um suposto "destino nacional" de uma sociedade concebida como um todo orgânico desprovido de antagonismos sociais objetivos. Assim se forma um "bloco hegemónico" que amalgama a todas as classes sociais em torno de um projeto burguês. O poder hegemônico combina e articula a coerção e o consenso. . . . A supremacia de um grupo social se manifesta por dois modos: primeiro, pelo domínio e, segundo, pela direção intelectual e moral. Um grupo social domina os grupos adversários que tenda liquidar ou a submeter inclusive com a força armada e dirige os grupos afins e aliados. Um grupo social pode e deve ser dirigente antes de conquistar o poder governamental: esta, aliás, é uma das condições principais para a própria conquista do poder. Posteriormente, quando exerce o poder, torna-se dominante, mas deve continuar sendo dirigente também.
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"Este fato é da máxima importância para o conceito de revolução passiva, pois não foi um grupo social o dirigente de outros grupos, sim um estado, ao mesmo tempo limitado como potência e dirigente do grupo que deveria ser dirigente e pudesse pela disposição deste um exército e uma força político-diplomática... É um dos casos nos quais se tem a função de domínio e não de direção destes grupos, ditadura sem hegemonia." A hegemonia é, portanto, o exercício das funções de direção intelectual e moral unida àquela do domínio do poder político. O problema para Gramsci está em compreender como pode o proletariado ou em geral uma classe dominada, subalterna, tornar-se classe dirigente e exercer o poder político, ou seja, converter-se em uma classe hegemônica. As classes subalternas – subproletariado, proletariado urbano, rural e também a pequena burguesia – não estão unidas e sua união ocorre somente quando "se convertem em Estado", quando chegam a dirigir o Estado, de outra forma desempenham uma função descontinua e desagregada na história da sociedade civil dos estados singulares. Sua tendência à unificação "se despedaça continuamente por iniciativa dos grupos dominantes" dos quais elas "sofrem
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sempre a iniciativa, ainda quando se rebelam e se insurgem". A hegemonia é exercida unindo-se um bloco social – criando então a aliança política de um conglomerado de classes sociais diferentes. Na Itália, o bloco social não é homogêneo, sendo formado por industriais, proprietários rurais, classes médias e parte pequena da burguesia. Este bloco é, portanto, sempre entrecortado por interesses divergentes. Mas, mediante uma política, uma cultura e uma ideologia ou um sistema de ideologias, impedem que os conflitos de interesses, permanentes até quando são latentes, explodam, provocando a crise da ideologia dominante e uma decorrente crise política do sistema de poder. A crise da hegemonia se manifesta quando, ainda que mantendo o próprio domínio, as classes sociais politicamente dominantes não conseguem mais ser dirigentes de todas as classes sociais, isto é não conseguem resolver os problemas de toda a coletividade e a impor a toda a sociedade a própria complexa concepção do mundo. A classe social subalterna, se consegue indicar soluções concretas aos problemas deixados sem solução, torna-se dirigente e, expandindo sua própria cosmovisão a outros estratos sociais, cria um novo bloco
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social, que se torna hegemônico. Para Gramsci, o momento revolucionário volta-se inicialmente para o nível da superestrutura, em sentido marxista, isto é, político, cultural, ideal, moral. Mas, trespassa a sociedade em sua complexidade, indo ao encontro com sua estrutura econômica, isto é, todo o bloco histórico - termo que para Gramsci indica o conglomerado da estrutura e da superestrutura, as relações sociais de produção e seus reflexos ideológicos. . . . Gramsci examinou de perto o papel dos intelectuais na sociedade: todo homem é um intelectual, já que todos têm faculdades intelectuais e racionais, mas nem todos têm a função social de intelectuais. Ele propôs a ideia de que os intelectuais modernos não se contentariam mais de apenas produzir discursos, mas estariam engajados na organização das práticas sociais. Segundo sua análise, "não há atividade humana da qual se possa excluir de toda intervenção intelectual, não se pode separar o “homo faber” do “homo sapiens”" enquanto, independentemente de sua profissão específica, cada um é a seu modo "um filósofo,
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um artista, um homem de gosto, participa de uma concepção do mundo, tem uma consciente linha moral", mas, nem todos os homens têm na sociedade a função de intelectuais. Historicamente se formam categorias particulares de intelectuais, "especialmente em relação aos grupos sociais mais importantes e passam por processos mais extensos e complexos em conexão com o grupo social dominante". Gramsci, então, distingue entre uma "intelectualidade tradicional" que, sem razões, se considera uma classe distinta da sociedade e os grupos intelectuais que cada classe gera "organicamente". Estes últimos não descrevem a vida social simplesmente por regras científicas, mas de preferência exprimem as experiências e os sentimentos que as massas por si mesmas não conseguem exprimir. O intelectual tradicional é o literato, o filósofo, o artista e por isso, diz Gramsci, "os jornalistas, que acreditam ser literatos, filósofos e artistas, também acreditam ser os verdadeiros intelectuais", enquanto que modernamente é a formação técnica a que serve como base do novo tipo de intelectual, um "construtor, organizador, persuasor", que deve partir "da técnica-trabalho para a técnica-ciência e a concepção humano-
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histórica, sem a qual permanece especialista e não se torna dirigente". O grupo social emergente, que labuta por conquistar a hegemonia política, almeja conquistar a própria ideologia intelectual tradicional, ao mesmo tempo que forma seus próprios intelectuais orgânicos. . . . A necessidade de criar uma cultura própria dos trabalhadores relaciona-se com o apelo de Gramsci por um tipo de educação que permite o surgimento de intelectuais que partilhem das paixões das massas de trabalhadores. Neste aspecto, os adeptos da educação de adultos popular tomam Gramsci como uma referência. Seu sistema educacional pode ser definido dentro do âmbito da pedagogia crítica e a educação popular teorizadas e praticadas mais contemporaneamente pelo brasileiro Paulo Freire. Se os intelectuais podem ser mediadores de cultura e de consenso para os grupos sociais, uma classe politicamente emergente deve valer-se de intelectuais orgânicos, para a valorização de seus valores culturais, até poder expandi-los à sociedade inteira.
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. . . Gramsci, desde os anos universitários, foi um decidido opositor da concepção fatalista e positivista do marxismo - presente no velho Partido Socialista Italiano -, segundo a qual o capitalismo necessariamente estava destinado a cair, dando lugar a uma sociedade socialista. Tal concepção mascarava a impotência política do partido da classe subalterna, incapaz de tomar a iniciativa para a conquista da hegemonia. . . . Por si mesmas as sociedades não se transformam. Marx notara que nenhuma sociedade enfrenta questões sem que já possua, ou esteja em vias de obter, as condições de solucioná-las. Nem tampouco se desfaz uma sociedade sem que primeiro tenha desenvolvido todas as formas de vida nela subjacentes. Ao revolucionário se coloca o problema de identificar com exatidão as relações entre infraestrutura e superestrutura para chegar a uma análise correta das forças que operam na história de um determinado período. . . .
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Gramsci, a exemplo de Marx quando moço, enfaticamente defendia o historicismo. A partir desta perspectiva, todo significado se deriva da relação entre a atividade prática (ou “práxis”) e os processos sociais e históricos “objetivos” dos quais formamos parte. As ideias não podem ser entendidas fora do contexto histórico e social, à parte de sua função e origem. Os conceitos com os quais organizamos nosso conhecimento do mundo não derivam primordialmente de nossa relação com as coisas, mas das relações sociais entre os usuários destes conceitos. Logo, não há algo como que uma “natureza humana” que não muda, mas uma mera ideia desta que muda historicamente. Ademais, a filosofia e a ciência não “refletem” uma realidade independente do homem, mas são “verdadeiras” à medida que expressam o processo de desenvolvimento real de uma situação histórica determinada. A maioria dos marxistas sustenta a opinião do senso comum de que a verdade é a verdade sem importar quando e onde se conheça, e que o conhecimento científico (que inclui o marxismo) se acumula historicamente como o progresso da verdade neste sentido quotidiano. (Nota do autor: Fazemos aqui uma breve pausa no artigo da Wikipédia sobre Gramsci, para apresentar algumas ideias para reflexão. Observe que o socialista reputa o marximismo
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como o fundamento da realidade ou da verdade. Ora, sabemos que isto é falso, porque o centro no marxismo é o humano e o materialismo, e não o divino. Desta forma, descarta-se a vontade de Deus, e se estabelece as tendências e inclinações e desejos do homem, que sabemos ser escravo do pecado, como o ponto de partida para a definição da verdade, e para se colimar o grande alvo de tomada do poder pelo proletariado. Quando tal pressuposto é afirmado como fundamento aceitável e lógico, já não mais importarão os meios de chegada ao poder, se pelo uso da mentira e do engano ou não, se pelo que é imoral ou mesmo amoral, como geralmente tem sido o caso, porque esta tendência existe inerentemente na natureza humana, a saber, a de se inclinar para o mal e não para o bem. Mas, voltemos ao artigo da Wiki.) Revolução passiva: O conceito de "revolução passiva", originalmente concebido pelo historiador italiano Vincenzo Cuoco (1770 - 1823),[22] foi redefinido por Gramsci. Gramsci entendia que uma "guerra de posições" era adequada para o Ocidente e, que a "guerra de movimentos" ("revolução ativa"), seria aplicável
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ao menos avançado Oriente.[23] Na sua visão, a revolução passiva (ou "revolução sem revolução") [22] se refere ao processo pelo qual um grupo social chega ao poder sem romper o tecido social, mas sim adaptando-se a ele e modificando-o gradualmente.[24] Até aqui o artigo da Wiki. Vejamos agora algumas considerações práticas da adoção do método do gramscismo, especialmente no Brasil: O filósofo marxista italiano Antonio Gramsci formulou a tese de que para se implementar o socialismo/comunismo em uma sociedade, o melhor caminho a ser seguido é alterando aos poucos as estruturas que compõem os pilares de sustentação dela, desde os valores morais e sociais, até os políticos. Esse engajamento resulta na subversão de toda uma cultura existente para assim suplantar todos os ideais marxistas de uma maneira facilitada e tranquilizada, ou que também podemos chamar de marxismo cultural. Para Gramsci, alterando os valores éticos e morais de uma sociedade (relativizando-os), a tarefa esquerdista de se alcançar o poder seria questão de tempo, uma vez que uma sociedade culturalmente fraca é muito mais vulnerável a
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presenciar revoluções de qualquer tipo. Sabendo disso , Gramsci postulou o conceito de hegemonia cultural, que trata exatamente do domínio ideológico de uma classe perante a outra, domínio esse que traria o enfraquecimento do capitalismo e por fim terminaria em uma revolução e ditadura comunista, sem chances de “erros”. É notória a semelhança de todo esse ideal, com a atual realidade educacional brasileira, afinal, o que mais nós vemos no Brasil a não ser exatamente isso? Mario Furley Schmidt é considerado o autor que mais vendeu livros de História no Brasil. Sua coleção, Nova História Crítica vendeu mais de 10 milhões de exemplares e foi lida por mais de 30 milhões de estudantes. Só tem um problema – Mario Schmidt não é historiador e sua obra não passa de mero panfleto marxista. Sendo “a nova história crítica” recomendada pelo Ministério da Educação. Na compra feita pelo MEC em 2005, o livro representava 30% do total de livros de história escolhidos. Com isto, e muito mais que não teríamos espaço suficiente para explanar, podemos ver que este idealismo de um mundo melhor por parte de
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muitos comunistas e socialistas bem-intencionados, não passa na verdade de um meio de maior despertamento da ira de Deus contra o pecado de incredulidade e de rebelião do homem a Ele e à Sua vontade, e tanto é assim, que é justamente em meio à plena transformação do mundo pelas ideias e estratégias socialistas que por longos anos vêm sendo nele disseminadas, que os terríveis juízos divinos serão despejados brevemente. Um outro fator de grande relevância para a volta de Jesus, diz respeito às duas grandes guerras mundiais, sobretudo, à segunda, que impulsionou o retorno dos judeus à Palestina, para ali formar o país de Israel, reconhecido como nação soberana em 1947. A segunda grande guerra ocorreu no final do período correspondente à nossa letra Y. Deus permitiu que cerca de seis milhões de judeus fossem exterminados por Hitler na segunda guerra, para que os judeus que estavam até então espalhados pelo mundo, retornassem à terra que lhes fora dada por promessa divina feita ao patriarca Abraão, antes mesmo da formação da nação. O retorno de Israel deveria ocorrer para que se cumprisse a profecia de Deus que prometeu
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fazê-los retornar para lá depois de lhes ter espalhado em todas as nações. Isto durou de 70 a 1947, e é bem provável que muitos tivessem julgado que a promessa divina houvesse caducado. Mas o Senhor revelou o seu grande poder não somente em preservá-los como nação por tanto tempo em dispersão em países diferentes, desde a dispersão dos cativeiros assírio (722 a.C.) e babilônico (586 a.C.), como também em usá-los, no próprio período do seu exílio, como um testemunho para todas as nações sobre os mandamentos e promessas do único Deus verdadeiro, de modo que a pregação do evangelho fosse facilitada quando Jesus se manifestasse. É importante lembrarmos que o evangelho começou a ser pregado em todo o mundo de então, a partir das sinagogas judaicas. A partir do início da nossa letra Z (1953) outros fatos muito relevantes também entraram em cena, e que estão relacionados diretamente à volta de Jesus. Um dos mais marcantes foi a queda do Muro de Berlim em 1989, a dissolução da URSS. Outro não menos marcante para entendermos o que está ocorrendo no mundo em nossos dias foi a revolução cultural e a liberação sexual em 1968. Tudo isso foi planejado pelos promotores
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da chamada Nova Ordem Mundial, para atingirem seus objetivos de manipulação da população para os próprios interesses deles. Um de grande relevância foi o incremento da tecnologia digital, a partir da década de 60, e especialmente pela criação da Internet a partir de meados da década de 80, sendo que isto havia sido impulsionado com o programa de conquista espacial tanto da Rússia quanto dos EUA. O mundo, que até então era conduzido pela política ou pela força das armas, passou a ter outros formadores de opinião, especialmente na mídia, pelo controle da informação; na cultura pela idolatria e fascínio dos artistas; no fisiculturismo, pelo cuidado exagerado dedicado ao corpo; no hedonismo, pela busca incansável de prazeres e recreações; no espaço virtual dos diversos aplicativos da Internet. Muitos são os agentes que se apresentam para a condução da humanidade em nossos dias, e não há, como no passado, um grande interesse em se conhecer o que é verdadeiro, antes o que é funcional. Isto explica que o interesse pela religião não diminuiu, porque muitos buscam através dela o atingimento de seus objetivos egoístas, mas o interesse pela verdade do evangelho de Cristo não é do interesse de
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muitos, conforme há havia sido profetizado nas Escrituras para estes últimos dias. “1 Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, 2 pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência,” (I Timóteo 4.1,2) “1 Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: 2 prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. 3 Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; 4 e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.” (II Timóteo 4.1-4)
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Outro fato importante relacionado à volta de Jesus, foi a queda das torres gêmeas nos EUA em 11 de setembro de 2001, que disparou a formulação de toda uma nova política de relacionamento entre as nações em razão das medidas preventivas e repressivas de atos terroristas. O grande aumento do tráfico de drogas e de armas é outro fator característico deste período, que por sua vez tem contribuído para o aumento da violência e da iniquidade em várias partes do mundo, e para a corrupção dos valores morais e da integridade das famílias. A disparada no crescimento da população mundial, as crises financeiras, e o somatório de todas as considerações feitas anteriormente, em conjunção com muitas outras que não comentamos neste espaço, não haverá de chegar a um clímax que corresponderá à desintegração de todo o tecido social mundial? Não há um limite para estas coisas? Com isto só podemos concluir que os últimos dias são de fato chegados a nós. E isto não por qualquer previsão sombria especulativa, mas por uma análise fria dos eventos ocorridos no mundo em comparação com as profecias bíblicas relativas à volta de Jesus.
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O próprio Senhor profetizou sobre os sinais que antecederiam a sua volta: “Mateus – 24 1 Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo. 2 Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. 3 No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século. 4 E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. 5 Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. 6 E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.
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7 Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; 8 porém tudo isto é o princípio das dores. 9 Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. 10 Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; 11 levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. 12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos. 13 Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. 14 E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim. 15 Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda),
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16 então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; 17 quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa; 18 e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa. 19 Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! 20 Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado; 21 porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. 22 Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados. 23 Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; 24 porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. 25 Vede que vo-lo tenho predito.
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26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto!, não saiais. Ou: Ei-lo no interior da casa!, não acrediteis. 27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem. 28 Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres. 29 Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. 30 Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. 31 E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus. 32 Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão.
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33 Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. 34 Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. 35 Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. 36 Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai. 37 Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem. 38 Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, 39 e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem. 40 Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; 41 duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra.
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42 Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. 43 Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. 44 Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá. 45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o Senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? 46 Bem-aventurado aquele servo a quem seu Senhor, quando vier, achar fazendo assim. 47 Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens. 48 Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu Senhor demora-se, 49 e passar a espancar os seus companheiros e a comer e beber com ébrios, 50 virá o Senhor daquele servo em dia em que não o espera e em hora que não sabe
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51 e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.” Estas palavras de alerta são dirigidas por Jesus sobretudo aos cidadãos do Reino de Deus, que são aqueles que foram lavados e remidos no Seu sangue. Como o Reino de Deus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo, e não vem de forma visível aos que estão entrando nele pela fé em Jesus, ele nada tem a ver com os métodos e princípios dos reinos deste mundo, que são todos eles fundados em interesses políticos e terrenos. Deus jamais dará entrada em Seu Reino a pecadores não justificados e não regenerados, de modo que as características daqueles que são tidos por dignos de entrarem no Reino dos Céus são destacadas por Jesus no Sermão do Monte, o qual registramos na íntegra a seguir: Mateus – 5 1 Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; 2 e ele passou a ensiná-los, dizendo:
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3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. 4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. 5 Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. 9 Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. 10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. 11 Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. 12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim
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perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. 13 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. 16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. 17 Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. 18 Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. 19 Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os
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observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. 20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus. 21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. 22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo. 23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. 25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.
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26 Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo. 27 Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. 28 Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela. 29 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. 30 E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno. 31 Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. 32 Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério. 33 Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos.
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34 Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus; 35 nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei; 36 nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. 37 Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno. 38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. 39 Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; 40 e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. 41 Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. 42 Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes. 43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
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44 Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; 45 para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. 46 Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? 47 E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo? 48 Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste. Mateus – 6 1 Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai celeste. 2 Quando, pois, deres esmola, não toques trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem
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glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. 3 Tu, porém, ao dares a esmola, ignore a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita; 4 para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. 5 E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. 6 Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. 7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. 8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais. 9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
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10 venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; 11 o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; 12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; 13 e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]! 14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; 15 se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. 16 Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. 17 Tu, porém, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, 18 com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.
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19 Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; 20 mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; 21 porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. 22 São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; 23 se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão! 24 Ninguém pode servir a dois Senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. 25 Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?
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26 Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? 27 Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? 28 E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. 29 Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 30 Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? 31 Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? 32 Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; 33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
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34 Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal. Mateus – 7 1 Não julgueis, para que não sejais julgados. 2 Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. 3 Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? 4 Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? 5 Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão. 6 Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem. 7 Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.
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8 Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. 9 Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? 10 Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 11 Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem? 12 Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas. 13 Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), 14 porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela. 15 Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.
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16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? 17 Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. 18 Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. 19 Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. 20 Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. 21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. 22 Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? 23 Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade. 24 Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um
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homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; 25 e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. 26 E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; 27 e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína. 28 Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; 29 porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.” Depois de ler estas palavras, quem em sã consciência defenderia e justificaria os comportamentos carnais e pecaminosos sob a alegação de se ser tolerante e politicamente correto? Haveria espaço para os tais no Reino dos Céus?
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Este mundo de cor cinza, que não é preto e nem branco, não pode ser digno do Reino de Deus, porque o que nele se exige é que a conduta e o falar sejam compatíveis com o sim, sim e não, não, e isto não de acordo com os nossos próprios valores, mas com aqueles que pertencem ao caráter de Deus. Ao que Deus diz devemos colocar o sim, e ao que é contrário ao que Ele diz, devemos colocar o nosso não.

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