terça-feira, 2 de julho de 2019

Resposta a um Perdão e uma Purificação Completos


Por
Silvio Dutra
Jul/2019
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A474
Alves, Silvio Dutra
Resposta a um Perdão e uma Purificação
Completos.
Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019.
26p.; 14,8 x21cm
1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Graça 4. Fé
I. Título.
CDD 252
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A um perdão e purificação completos e perfeitos, a uma aceitação como filhos de Deus e ao Seu amor, também completos e perfeitos, deve-se responder com uma gratidão, uma adoração, um louvor, um serviço e amor também completos, àquele que assim nos perdoou, purificou, adotou e amou.
Quando João Batista apontou para Jesus dizendo que ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo, o que ele estava dizendo é que há uma remoção total do pecado na vida daqueles que creem em Jesus, e isto aos olhos de Deus, enquanto os crentes caminham neste mundo, e por uma purificação completa no por vir, quando já não haverá neles qualquer pecado.
Tão perfeita e completa foi a obra da salvação que Jesus consumou morrendo na cruz por nós, ressuscitando e ascendendo ao céu, e derramando o Espírito Santo para a nossa regeneração e santificação, que nada ficou para ser realizado por nós, para que esta salvação possa ser completada, a par de ser o nosso dever desenvolvê-la no sentido de aperfeiçoarmos as graças recebidas por meio da fé em Jesus, rumo à nossa maturidade espiritual.
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Mas, um bebê espiritual na casa de Deus, é tanto pertencente à Sua família, quanto qualquer crente amadurecido, e não será menos digno da atenção da parte de Seu Pai, ou incapacitado de lhe tributar um perfeito louvor, que é segundo o mover do Espírito no nosso coração. “15 Mas, vendo os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que Jesus fazia e os meninos clamando: Hosana ao Filho de Davi!, indignaram-se e perguntaram-lhe: 16 Ouves o que estes estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor?” (Mateus 21.15,16)
Não há outra forma de se responder a um amor perfeito e completo como é o de Deus por nós, senão com um louvor e adoração também completos, a saber, com um coração íntegro, e não dividido. Na verdade, Deus não aceitará uma outra forma de louvor e adoração que não sejam em espírito e em verdade.
O perdão recebido em Jesus é completo.
A purificação em Jesus é completa.
A aceitação e amor em Jesus também são completos.
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Como poderíamos então, oferecer ao Senhor uma gratidão, um louvor, uma adoração, um serviço, um desejo, uma consagração etc, incompletos?
Já na Lei fomos advertidos que o modo de se amar e adorar ao Senhor é com todo o coração, alma e força. Não menos é exigido de nós na dispensação da graça.
Para tanto, temos recebido um novo coração transformado de coração de pedra em coração de carne, e que é também purificado pelo sangue de Jesus e Sua Palavra, para que nos apresentemos diante de Deus santos e inculpáveis.
Assim, se o nosso coração não for íntegro, e nossa consciência nos acusar quando tentamos no aproximar do Senhor, devemos confessar esta condição e nos arrependermos e confiarmos inteiramente em Jesus que seremos admitidos em Sua presença, porque já fomos limpos por Ele na nossa primeira conversão. E devemos fazer valer a nossa fé nele, para que experimentemos que Deus é maior do que o nosso coração, e a obra que Jesus fez por nós, é de tal ordem, que seremos admitidos a par de todas as nossas fraquezas, que a seu tempo serão
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removidas pelo trabalho da santificação operada pelo Espírito Santo. “18 Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade. 19 E nisto conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele, tranquilizaremos o nosso coração; 20 pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas. 21 Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus; 22 e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável.” (I João 3.18-22) “19 Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, 20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne,
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21 e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura. 23 Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.” (Hebreus 10.19-23) A par de todo o trabalho que deve ser feito ainda em nós, para a nossa santificação, desde a nossa conversão, Deus nos vê completos e aperfeiçoados em Cristo, porque a obra que ele realizou por nós para a nossa salvação é também perfeita e completa. Em Cristo, somos filhos adotados e amados por Deus que jamais serão separados dEle e da Sua família da fé.
A interposição de correções e disciplinas em relação a nós, em nada mudam esta verdade retrocitada. Ao contrário, a confirmam, porque somente os que são filhos do Pai estão sujeitos às mesmas.
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Um pai terreno não deixa de amar seus filhos por causa dos erros que eles cometem, e muito menos o nosso Pai celestial o fará. “8 Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo; 9 porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. 10 Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade.” (II Coríntios 2.8-10) “22 Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembleia 23 e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados,” (Hebreus 12.22,23) “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.” (João 15.3)
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“6 Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, e este lhe disse: Senhor, tu me lavas os pés a mim? 7 Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois. 8 Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo. 9 Então, Pedro lhe pediu: Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. 10 Declarou-lhe Jesus: Quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais, está todo limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos. 11 Pois ele sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: Nem todos estais limpos.” (João 13.6-11)
Temos em Cristo, uma nova forma de aproximação de Deus que é inteiramente diferente daquela que era imposta na dispensação da Lei, em que a aceitação estava condicionada à prática das obras. Aqui, a aceitação é por causa da fé, e as obras são a evidência desta aceitação, e nunca a sua causa.
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Nós, os que cremos em Cristo, entramos pela fé no descanso de Deus, e fomos incorporados ao Corpo de Cristo, sendo membros do Seu corpo, somos da família de Deus, e aí permaneceremos para todo o sempre.
Jesus nos lavou inteiramente pela Sua Palavra e Sangue. Purificou-nos do nossos pecados de modo que não há qualquer condenação esperando por nós, quer no presente, quer no futuro.
Ele disse isto aos apóstolos, quando lhes fez a ilustração da Videira Verdadeira, que eles são ramos limpos e podados pelo Pai, que jamais serão removidos da Videira; e quando lhes lavou os pés, dizendo que já estavam inteiramente limpos, e que necessitavam apenas lavar os pés pelas impurezas que geralmente são adquiridas pelo contato com este mundo. Mas seus corações crentes estão inteiramente limpos pela presença do Espírito Santo que neles habita, conforme o cumprimento da promessa em Ezequiel 36.25-27. “25 Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei.
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26 Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. 27 Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” (Ezequiel 36.25-27) Ainda que sejamos imperfeitos em nossos pensamentos e ações neste mundo, Deus requer ainda assim, uma consagração completa de nossa parte, em que nos alimentemos espiritualmente de um Cristo que é completo e no qual reside toda a plenitude. Isto era ensinado em figura nos sacrifícios apresentados sob a Lei. “3 Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família. 4 Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, convidará ele o seu vizinho mais próximo, conforme o número das almas; conforme o que cada um puder comer, por aí calculareis quantos bastem para o cordeiro. 5 O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou um cabrito;
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6 e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o imolará no crepúsculo da tarde. 7 Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem; 8 naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas a comerão. 9 Não comereis do animal nada cru, nem cozido em água, porém assado ao fogo: a cabeça, as pernas e a fressura. 10 Nada deixareis dele até pela manhã; o que, porém, ficar até pela manhã, queimá-lo-eis. 11 Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa do SENHOR.” (Êxodo 12.3-11) Não há portanto como se agradar a Deus a não ser com um coração íntegro, ou seja, inteiro, não dividido entre ele as coisas que são do mundo, e muito menos com o pecado. Muito é falado que é impossível amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento. Todavia, se fosse impossível
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Deus não no-lo teria ordenado. Na verdade, o que é impossível é que haja uma adoração, louvor e serviço verdadeiros, quando não o fazemos de todo o nosso coração, alma e entendimento, e cada um segundo a sua própria capacidade. Tanto o crente pequeno quanto o grande, podem ser completos segundo a medida respectiva de graças e dons de cada um deles. “35 E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou: 36 Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? 37 Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. 38 Este é o grande e primeiro mandamento. 39 O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 40 Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” (Mateus 22.35-40) “4 Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.
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5 Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.” (Deuteronômio 6.4,5) “Agora, pois, ó Israel, que é que o SENHOR requer de ti? Não é que temas o SENHOR, teu Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma,” (Deuteronômio 10.12) “Hoje, o SENHOR, teu Deus, te manda cumprir estes estatutos e juízos; guarda-os, pois, e cumpre-os de todo o teu coração e de toda a tua alma.” (Deuteronômio 26.16) “Porque, quanto ao SENHOR, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele.” (II Crônicas 16.9) A força do Senhor para levantar e exaltar o fraco que nele confia, é manifestada somente naqueles cujo coração é totalmente dele, conforme se vê nesta palavra do profeta.
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Quando o coração se desvia de servir totalmente ao Senhor, e começa a se envolver com as coisas deste mundo em competição com Ele, certamente não poder-se-á contar com a referida força espiritual. “Tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai e serve-o de coração íntegro e alma voluntária; porque o SENHOR esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do pensamento. Se o buscares, ele deixará achar-se por ti; se o deixares, ele te rejeitará para sempre.” (I Crônicas 28.9) “O povo se alegrou com tudo o que se fez voluntariamente; porque de coração íntegro deram eles liberalmente ao SENHOR; também o rei Davi se alegrou com grande júbilo.” (I Crônicas 29.9) “18 SENHOR, Deus de nossos pais Abraão, Isaque e Israel, conserva para sempre no coração do teu povo estas disposições e pensamentos, inclina-lhe o coração para contigo; 19 e a Salomão, meu filho, dá coração íntegro para guardar os teus mandamentos, os teus
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testemunhos e os teus estatutos, fazendo tudo para edificar este palácio para o qual providenciei.” (I Crônicas 29.18,19) Já sobre a futura dispersão de Israel, Deus falara na Lei sobre a forma como ele se reconciliaria com eles, quando se dispusessem a se converter de seus maus caminhos. Eles deveriam fazê-lo com todo o seu coração. “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29.13) “De lá, buscarás ao SENHOR, teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.” (Deuteronômio 4.29) “1 Quando, pois, todas estas coisas vierem sobre ti, a bênção e a maldição que pus diante de ti, se te recordares delas entre todas as nações para onde te lançar o SENHOR, teu Deus; 2 e tornares ao SENHOR, teu Deus, tu e teus filhos, de todo o teu coração e de toda a tua alma,
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e deres ouvidos à sua voz, segundo tudo o que hoje te ordeno, 3 então, o SENHOR, teu Deus, mudará a tua sorte, e se compadecerá de ti, e te ajuntará, de novo, de todos os povos entre os quais te havia espalhado o SENHOR, teu Deus.” (Deuteronômio 30.1-3) “O SENHOR, teu Deus, circuncidará o teu coração e o coração de tua descendência, para amares o SENHOR, teu Deus, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas.” (Deuteronômio 30.6) A Palavra de Deus nos ensina claramente que Deus requer cem por cento do nosso coração. Menos do que isto não pode lhe agradar porque estamos sendo exercitados para a vida do céu onde a adoração é totalmente perfeita, e onde os crentes serão perfeitos integralmente. Se não o conseguirmos alcançar na prática aqui neste mundo, Deus o considerará como sendo assim caso o façamos com diligência e sinceridade, buscando um aperfeiçoamento de nossas graças cada vez maior, para o Seu inteiro agrado e glória.
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“Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.” (Provérbios 3.5) “Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos.” (Provérbios 23.26) Jamais devemos esquecer que este coração íntegro é o fruto da operação da graça do próprio Deus em nós. Não é algo que se encontra em nossa natureza terrena. Isto nos é dado do alto, pelo Pai das luzes, à medida que temos crido em Jesus e nos dispomos a andar continuamente no Espírito, negando a nós mesmo e carregando nossa cruz diariamente para que possamos seguir os passos de Jesus. “38 Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. 39 Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos. 40 Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.” (Jeremias 32.38-40)
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“Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.” (Mateus 5.8) “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” (Mateus 5.48) “Saúda-vos Epafras, que é dentre vós, servo de Cristo Jesus, o qual se esforça sobremaneira, continuamente, por vós nas orações, para que vos conserveis perfeitos e plenamente convictos em toda a vontade de Deus.” (Filipenses 3.12) É um grande empecilho para o crescimento espiritual o pensamento que é muito comum em nossos dias de que em razão de nossas fraquezas inerentes não podemos servir a Deus com um coração íntegro, dando-lhe uma adoração e louvor completos com todo o nosso coração. Uma coisa não impede a outra, pois se o nosso desejo for sincero em nos entregarmos sem qualquer reserva ao Senhor, Ele nos dará um tal coração que possa servi-lo deste modo. Na verdade, Deus requer a santificação e consagração de todo o nosso corpo, espírito e
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alma a ele, para que sejamos vasos de honra e limpos em suas mãos, para o seu uso. “Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.” (Tiago 1.4) “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (I Tessalonicenses 5.23) Deus passará por alto a muitas falhas e fraquezas desde que a par das mesmas, a nossa aproximação dele seja com um coração íntegro, desejando consagrar-nos inteiramente a Ele, sem qualquer reserva, confiando que perdoará nossos pecados, e nos purificará no sangue de Jesus. “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Romanos 12.1)
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“12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; 13 nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.” (Romanos 6.12,13) Nenhum animal poderia ser oferecido em sacrifício nos dias do Velho Testamento que tivesse qualquer defeito. E nem mesmo apenas partes do animal já morto poderiam ser oferecidas. A aplicação para o Novo Testamento, em Jesus, é fácil. Deus não aceita coisas e serviços pela metade. Ele pode suportar falhas, mas não retenção. Ele pode suportar um coração quebrado, mas não dividido. “5 Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. 6 Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento.
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7 Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; 8 homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos.” (Tiago 1.5-8). Como é requerido de nós uma gratidão, alegria, louvor, adoração, serviço, amor, completos, então necessitamos estar sempre renovando nossas graças e fortificando o nosso coração em Jesus. Deve haver em cada crente uma obra de santificação em progresso, conforme é da vontade de Deus, e isto não pode ser feito sem a fortificação já referida. “7 Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. 8 Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima.” (Tiago 5.7,8) “10 Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.
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11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; 12 porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. 13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. 14 Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça.” (Efésios 6.10-14) “Tu, pois, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus.” (II Timóteo 2.1) “8 Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; 9 resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se
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cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo. 10 Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.” (I Pedro 5.8-10) Aos que se humilham, Deus exaltará e fortalecerá, segundo a Sua promessa. “Tens ouvido, SENHOR, o desejo dos humildes; tu lhes fortalecerás o coração e lhes acudirás.” (Salmo 10.17) “3 Fortalecei as mãos frouxas e firmai os joelhos vacilantes. 4 Dizei aos desalentados de coração: Sede fortes, não temais. Eis o vosso Deus. A vingança vem, a retribuição de Deus; ele vem e vos salvará.” (Isaías 35.3,4) “15 Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas e as farei repousar, diz o SENHOR Deus.
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16 A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer, a quebrada ligarei e a enferma fortalecerei; mas a gorda e a forte destruirei; apascentá-las-ei com justiça.” (Ezequiel 34.15,16) À condição de perdão e purificação total e judicial alcançada pelo crente já a partir deste mundo, o apóstolo se referiu no seguinte texto dirigido aos crentes coríntios: “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” (I Coríntios 6.11). Em razão desta obra perfeita e completa de perdão e purificação que eles haviam obtido por meio da fé em Jesus, a par dos muitos problemas que existiam naquela igreja, todavia, não seriam jamais reprovados por Deus para uma condenação eterna, ainda que não pudessem ser aprovados por Ele na más obras que praticavam. “5 Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.
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6 Mas espero reconheçais que não somos reprovados.” (II Coríntios 13.5,6) É nesta grande verdade que a fé deve se firmar, especialmente nas horas de adversidades e fraquezas. Nossa confiança deve estar em Jesus e na obra perfeita que Ele já realizou e não em nós mesmos, em nossa capacidade e mérito. Deus sempre nos aceita somente por causa de Jesus. Firmemo-nos nisto e aproximemo-nos com a certeza de que seremos recebidos, se o fizermos com uma fé não vacilante. “Por causa de Jesus abençoa-me Deus.” Esta deve ser sempre a nossa oração.

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