sexta-feira, 19 de julho de 2019

A Origem de Tudo


Por
Silvio Dutra
Jul/2019
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A474
Alves, Silvio Dutra
A Origem de Tudo
Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019.
26p.; 14,8 x21cm
1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Alves, Silvio Dutra.
I. Título.
CDD 252
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Não é sábio conjecturar se Deus teria ou não criado o homem caso parte dos anjos no céu não tivessem se transformado em demônios.
A razão para não fazer isto é simples, pois tudo o que Deus criou, está criando (novas criaturas em Cristo), e criará (novo céu e nova terra), já se encontrava previsto e planejado por Ele, em Si mesmo, desde antes do primeiro ato criativo, segundo a Sua presciência, sabedoria e onipotência.
Tudo o que foi trazido por Ele à existência, e que ainda será criado, com suas causas e consequências, já havia sido previsto e conhecido por Ele, para a obtenção dos fins que Ele havia determinado. De modo que nada há no mundo ou fora dele, que possa ter fugido dos Seus planos, pois nenhum deles pode ser frustrado, em razão da Sua grande autoridade e soberania que sobre tudo domina. “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” (Jó 42.2).
Há uma ordem na criação, para que os planos de Deus se cumpram em tudo aquilo que ele tem determinado fazer para a Sua exclusiva glória e
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autoridade, e de modo que o bem sempre seja vencedor no fim, e todo o mal sujeitado a juízo.
Veja que não foi criado primeiro o homem e depois os anjos, e havia um razão especial para isto, pois os anjos tendo sido criados simultaneamente e tendo estado desde o princípio, todos eles, na presença de Deus, no pleno desfrute da maturidade deles, quando se rebelaram contra Ele, foram sujeitados em grande parte à prisão eterna no abismo, sendo que a Satanás e a muitos outros deles foi permitido vagarem na Terra, que viria a ser habitada pelo homem.
Com a criação do homem, e sendo permitido que este também viesse a se rebelar, e toda a sua descendência sendo sujeitada ao domínio do pecado, Deus não somente agravaria a condenação da rebelião de Satanás e dos demônios, por todo o mal que eles fariam à humanidade, como também revelaria, pelo favor e graça demonstrados aos pecadores, que Sua natureza, não é composta apenas de ira e juízo, mas sobretudo de amor, misericórdia, bondade e longanimidade.
Ao homem caído poder-se-ia demonstrar graça e misericórdia, em razão da forma diferente com que os homens foram criados e em razão de
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serem também dotados de um corpo além do espírito, e de nascerem em inocência, e sem consciência do que seja o bem e o mal, e por terem sio considerados sujeitados à morte, em razão da sentença que foi dada a Adão, por sua desobediência.
Sendo Deus um ser moral perfeito em espiritualidade, justiça e santidade, o mesmo é requerido dos seres morais (homens e anjos) para estarem em comunhão com Ele.
A Sua justiça exige perfeita conformação à Sua santidade e obediência a toda a Sua vontade. Onde isto faltar o resultado é a morte espiritual e eterna. Foi o que ocorreu com Adão, por um único ato de desobediência, o comer do fruto que lhe foi proibido.
Alguns interpretam isto de forma muito superficial e incorreta, julgando que houve um grande rigor da parte de Deus em condenar Adão e toda a sua descendência, e que não houve equidade entre o juízo e a ofensa.
Todavia, se considerarmos tudo o que estava envolvido naquele simples ato de desobedecer uma ordem específica para que não comesse determinado fruto, então poderemos ver que a sentença foi justa e perfeita, pois dentre as
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muitas considerações destacam-se as seguintes:
- Adão foi devidamente alertado sobre as consequências do ato de desobediência.
- A desobediência não seria apenas a expressão de uma falha ocasional, mas a imitação da própria rebelião de Satanás, que seria o seu tentador, no desejo de se fazer independente de Deus e igual ele.
- Foi colocado à disposição de Adão o socorro da graça para fortalecê-lo para vencer a tentação, caso o buscasse oportunamente em Deus.
- Talvez, o mais importante de tudo: não seria Deus que produziria o estado de morte espiritual em Adão, com todo o tipo de mal que o acompanha, mas o próprio Adão, que passaria a ser escravizado pelo pecado, causando toda forma de desordem em sua alma, como sentimentos de incredulidade, de desconfiança, medo e vergonha de Deus, desarmonia com Deus e com Eva, e tudo o mais que conhecemos por nossa própria experiência, do que o pecado é capaz de fazer para impedir que vivamos em comunhão amorosa com Deus e uns com os outros.
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Em vez da vontade de Deus, a própria vontade do homem passou a ocupar o trono da sua mente e coração.
O homem deveria ser educado e disciplinado em conhecer e fazer a vontade de Deus, para ser e viver tudo o que foi planejado por Ele para que o homem fosse.
Mas, desde que o pecado entrou no mundo, a vontade do homem, escravizada pelo pecado, é estimulada em desejos que são exatamente o oposto daquilo que Deus quer que ele seja e faça.
Não é fácil de ser visto isto em operação até mesmo em criancinhas que se opõem tenazmente à vontade de seus pais?
Não é de admirar portanto que condição imposta por Jesus para que possamos ser seus discípulos é a da negação do EGO, e o carregar diário da cruz, seguindo os Seus passos.
Sem isto, é simplesmente impossível agradarmos a Deus.
O homem foi criado para que pudesse viver à semelhança de Deus, e para tanto, isto somente seria possível alimentando-se continuamente da vida do próprio Cristo, que estava
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representado no Jardim do Éden, pela árvore da vida.
Ainda que o homem não tivesse pecado, ele somente poderia participar da vida espiritual e santa de Deus, caso Jesus vivesse nele, instruindo-o, fortalecendo-o e dando-lhe crescimento espiritual na prática da justiça divina.
Não há nada de estranho então que Jesus tenha penetrado pessoalmente na história da humanidade, fazendo-se semelhante aos homens, tomando a natureza humana, além da divina, que ele sempre possuiu, para que pudesse efetuar a expiação do nosso pecado e culpa, e redimir-nos para Deus, e para que pudéssemos ser justificados por meio da fé nEle.
O plano eterno de Deus era o de ter muitos filhos semelhantes a Cristo, (exceto nos atributos de onisciência, onipresença e onipotência, que são exclusivos da divindade), e Ele os tem obtido por meio da nossa união com o Senhor Jesus, por quem temos sido restaurados.
A oposição do diabo e dos demônios e toda forma de tribulação que sofremos neste mundo, é o meio que tem cooperado para o nosso aperfeiçoamento na fé em Deus, a saber, em
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demonstração da nossa confiança irrestrita nEle e nos Seus livramentos, e operação da nossa transformação nas pessoas amorosas e pacientes que devemos ser.
O homem caiu no princípio por causa da incredulidade, e portanto, o meio da sua elevação diante de Deus, deve ser pela fé.
A Palavra de Deus deve ser considerada e obedecida. Ela é o padrão e a expressão da vontade divina.
Não é sem motivo que somos ordenados a sermos praticantes da Palavra e não apenas meros ouvintes.
À luz de toda esta verdade bíblica aprendemos que não se deve considerar o pecado como sendo somente os atos errados que praticamos, mas sobretudo como a inclinação perversa que se apoderou de nossa natureza terrena impossibilitando que possamos fazer por nossa própria capacidade a vontade de Deus em tudo o que é aprovado por Ele.
Necessitamos nascer de novo do Espírito Santo (regeneração) depois de termos sido purificados pela Palavra de Deus, mediante a fé que Jesus
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carregou sobre si os nossos pecados e a nossa culpa, ao ter morrido em nosso lugar cruz.
Que mediante a mesma fé nEle e no poder do Espírito Santo, devemos nos despojar do velho homem e dos seus feitos, para sermos revestidos mais e mais das virtudes do Senhor, mediante o crescimento da nova natureza, conforme a multiplicação das graças recebidas do Senhor em graus cada vez maiores.
Quando esta dispensação for fechada com a volta de Jesus, entraremos no período do Milênio, em que o Reino de Deus se manifestará de forma visível na Terra, além da invisível em que existe no presente, naqueles que pertencem ao Senhor.
E somente depois do Milênio será inaugurada a dispensação da eternidade em perfeição de justiça com a criação de um novo céu e uma nova terra.
Destacamos a seguir, algumas passagens bíblicas que se referem a estas verdades:
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A QUEDA DO DIABO E DOS DEMÔNIOS “12 Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! 13 Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; 14 subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. 15 Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo. 16 Os que te virem te contemplarão, hão de fitar-te e dizer-te: É este o homem que fazia estremecer a terra e tremer os reinos? 17 Que punha o mundo como um deserto e assolava as suas cidades? Que a seus cativos não deixava ir para casa? 18 Todos os reis das nações, sim, todos eles, jazem com honra, cada um, no seu túmulo. 19 Mas tu és lançado fora da tua sepultura, como um renovo bastardo, coberto de mortos
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traspassados à espada, cujo cadáver desce à cova e é pisado de pedras.” (Isaías 14.12-19) “11 Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 12 Filho do homem, levanta uma lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. 13 Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados. 14 Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. 15 Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti. 16 Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te
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farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. 17 Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem. 18 Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu, e te reduzi a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te contemplam. 19 Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; vens a ser objeto de espanto e jamais subsistirás.” (Ezequiel 28.11-29) “3 Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas. 4 A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse.” (Apocalipse 12.3,4)
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A REALIDADE DO PECADO RESIDENTE “4 Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus. 5 Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte. 6 Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra. 7 Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás. 8 Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda sorte de concupiscência; porque, sem lei, está morto o pecado. 9 Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri.
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10 E o mandamento que me fora para vida, verifiquei que este mesmo se me tornou para morte. 11 Porque o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento, me enganou e me matou. 12 Por conseguinte, a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom. 13 Acaso o bom se me tornou em morte? De modo nenhum! Pelo contrário, o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma coisa boa, causou-me a morte, a fim de que, pelo mandamento, se mostrasse sobremaneira maligno. 14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. 15 Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. 16 Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. 17 Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim.
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18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? 25 Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.” (Romanos 7.4-25)
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A SOLUÇÃO DO PROBLEMA DO PECADO “6 Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. 7 Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. 8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. 9 Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. 10 Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; 11 e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação. 12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.
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13 Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei. 14 Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir. 15 Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos. 16 O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação. 17 Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo. 18 Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a
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graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. 19 Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos. 20 Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, 21 a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Romanos 5.6-21)
O AMOR ELETIVO DE DEUS “6 E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas; 7 nem por serem descendentes de Abraão são todos seus filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. 8 Isto é, estes filhos de Deus não são propriamente os da carne, mas devem ser
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considerados como descendência os filhos da promessa. 9 Porque a palavra da promessa é esta: Por esse tempo, virei, e Sara terá um filho. 10 E não ela somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai. 11 E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), 12 já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. 13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú. 14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! 15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão.
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16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia. 17 Porque a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra. 18 Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz. 19 Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade? 20 Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? 21 Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra? 22 Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, 23 a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão,
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24 os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? 25 Assim como também diz em Oseias: Chamarei povo meu ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada; 26 e no lugar em que se lhes disse: Vós não sois meu povo, ali mesmo serão chamados filhos do Deus vivo. 27 Mas, relativamente a Israel, dele clama Isaías: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo. 28 Porque o Senhor cumprirá a sua palavra sobre a terra, cabalmente e em breve; 29 como Isaías já disse: Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado descendência, ter-nos-íamos tornado como Sodoma e semelhantes a Gomorra. 30 Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justificação, vieram a alcançá-la, todavia, a que decorre da fé; 31 e Israel, que buscava a lei de justiça, não chegou a atingir essa lei.
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32 Por quê? Porque não decorreu da fé, e sim como que das obras. Tropeçaram na pedra de tropeço, 33 como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não será confundido.” (Romanos 9.6-33)
A RESTAURAÇÃO “18 O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, 19 e apregoar o ano aceitável do Senhor.” (Lucas 4.18,19) “19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, 20 a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus,
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21 ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade.” (Atos 3.19-21) “1 Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2 Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. 3 Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. 4 E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. 5 E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.
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6 Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.” (Apocalipse 21.1-6) “17 Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas. 18 Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, regozijo. 19 E exultarei por causa de Jerusalém e me alegrarei no meu povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de clamor. 20 Não haverá mais nela criança para viver poucos dias, nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar só aos cem anos será amaldiçoado. 21 Eles edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. 22 Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque a longevidade do meu povo será como a da árvore,
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e os meus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos. 23 Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a calamidade, porque são a posteridade bendita do SENHOR, e os seus filhos estarão com eles. 24 E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei. 25 O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o SENHOR.” (Isaías 65.17-25)

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