A salvação é inteiramente por meio da
graça que opera segundo a fé em Jesus Cristo, mas não se deve pensar que esta
palavra graça signifique apenas que seja gratuito ou mesmo sem valor, pois não
somente um preço inestimável teve que ser pago por Jesus com sua morte na cruz,
como também operações tremendas, eternas e infinitas estão envolvidas no plano
da nossa salvação. Assim como é o plano é a graça que nos salva e santifica, e
tudo opera em nós e por nós.
Esta graça
não se encontra em nada ou alguém a não ser somente em nosso Senhor Jesus
Cristo. É a Ele e a nada e a ninguém mais que devemos recorrer para receber a
graça em ocasião oportuna.
Estamos
destacando vários textos bíblicos do Novo Testamento em que a graça é citada, e
em seguida estamos apresentando em forma de anexo um desenvolvimento maior dos
fundamentos de graça por meio dos quais somos salvos e santificados.
(Lc 1:30)
Mas o anjo lhe
disse: Maria, não
temas; porque achaste
graça diante de Deus.
(Lc 2:40)
Crescia o menino e se
fortalecia, enchendo-se de sabedoria;
e a graça de Deus
estava sobre ele.
(Lc 2:52)
E crescia Jesus
em sabedoria, estatura e
graça, diante de Deus
e dos homens.
(Lc 4:22)
Todos lhe davam testemunho, e se
maravilhavam das palavras
de graça que lhe saíam
dos lábios, e
perguntavam: Não é
este o filho de José?
(Lc 6:33)
Se fizerdes o
bem aos que vos fazem o bem,
qual é a vossa
recompensa? Até os pecadores fazem
isso.
(Jo 1:14)
E o Verbo se fez
carne e habitou
entre nós, cheio
de graça e de verdade,
e vimos a sua
glória, glória como
do unigênito do Pai.
(Jo 1:16)
Porque todos nós
temos recebido da sua
plenitude e graça
sobre graça.
(Jo 1:17)
Porque a lei foi dada
por intermédio de Moisés; a graça
e a verdade vieram
por meio de Jesus Cristo.
(At 4:33)
Com grande
poder, os apóstolos davam
testemunho da ressurreição do Senhor
Jesus, e em
todos eles havia
abundante graça.
(At 6:8)
Estêvão, cheio de graça
e poder, fazia
prodígios e grandes
sinais entre o povo.
(At 7:10)
e livrou-o de
todas as suas aflições,
concedendo-lhe também graça e
sabedoria perante Faraó,
rei do Egito, que
o constituiu governador
daquela nação e de
toda a casa real.
(At 11:23)
Tendo ele chegado
e, vendo a graça
de Deus, alegrou-se e
exortava a todos a que, com firmeza de coração,
permanecessem no Senhor.
(At 13:43)
Despedida a
sinagoga, muitos dos judeus
e dos prosélitos piedosos
seguiram Paulo e
Barnabé, e estes, falando-lhes, os
persuadiam a perseverar na graça
de Deus.
(At 14:3)
Entretanto,
demoraram-se ali muito tempo,
falando ousadamente no Senhor,
o qual confirmava a palavra
da sua graça, concedendo que, por
mão deles, se fizessem
sinais e prodígios.
(At 14:26)
e dali navegaram para
Antioquia, onde tinham sido
recomendados à graça de Deus
para a obra que
haviam já cumprido.
(At 15:11)
Mas cremos que fomos salvos pela
graça do Senhor Jesus,
como também aqueles
o foram.
(At 15:40)
Mas Paulo, tendo escolhido a Silas,
partiu encomendado pelos
irmãos à graça do Senhor.
(At 18:27)
Querendo ele percorrer
a Acaia, animaram-no os irmãos e escreveram aos discípulos para o
receberem. Tendo chegado, auxiliou
muito aqueles que, mediante
a graça, haviam crido;
(At 20:24)
Porém em nada considero
a vida preciosa
para mim mesmo, contanto que complete
a minha carreira e o
ministério que recebi
do Senhor Jesus
para testemunhar o evangelho da graça
de Deus.
(At 20:32)
Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor
e à palavra da sua
graça, que tem poder
para vos edificar e
dar herança entre
todos os que são santificados.
(At 25:3)
pedindo como
favor, em detrimento de Paulo,
que o mandasse vir
a Jerusalém, armando eles
cilada para o matarem na
estrada.
(Rm 1:5)
por intermédio de
quem viemos a receber graça
e apostolado por
amor do seu nome, para a
obediência por fé, entre
todos os gentios,
(Rm 1:7)
A todos os
amados de Deus, que estais
em Roma, chamados
para serdes santos, graça a vós
outros e paz, da parte de
Deus, nosso Pai,
e do Senhor Jesus
Cristo.
(Rm 3:24)
sendo justificados
gratuitamente, por sua graça,
mediante a redenção que há em
Cristo Jesus,
(Rm 4:16)
Essa é a razão por
que provém da fé, para que
seja segundo a graça, a fim de que
seja firme a promessa
para toda a descendência, não
somente ao que está no regime
da lei,
mas também ao que é da
fé que teve Abraão (porque
Abraão é pai de todos
nós,
(Rm 5:2)
por intermédio de
quem obtivemos igualmente
acesso, pela fé, a
esta graça na qual
estamos firmes; e gloriamo-nos
na esperança da glória
de Deus.
(Rm 5:15)
Todavia, não é assim
o dom gratuito como a ofensa;
porque, se, pela ofensa
de um só, morreram muitos,
muito mais a graça
de Deus e o dom
pela graça de um
só homem, Jesus Cristo,
foram abundantes sobre muitos.
(Rm 5:17)
Se, pela ofensa de um
e por meio de um só, reinou
a morte, muito mais
os que recebem a abundância da graça
e o dom da justiça
reinarão em vida
por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.
(Rm 5:20)
Sobreveio a lei para que
avultasse a ofensa; mas
onde abundou o pecado,
superabundou a graça,
(Rm 5:21)
a fim de que,
como o pecado reinou
pela morte, assim
também reinasse a graça
pela justiça para a
vida eterna, mediante
Jesus Cristo, nosso
Senhor.
(Rm 6:1)
Que diremos, pois?
Permaneceremos no pecado, para que
seja a graça mais abundante?
(Rm 6:14)
Porque o pecado não
terá domínio sobre vós; pois
não estais debaixo
da lei, e sim da
graça.
(Rm 6:15)
E daí? Havemos de
pecar porque não
estamos debaixo da lei,
e sim da graça?
De modo nenhum!
(Rm 11:5)
Assim, pois, também
agora, no tempo de hoje,
sobrevive um remanescente segundo
a eleição da graça.
(Rm 11:6)
E, se é pela graça,
já não é pelas obras;
do contrário, a graça já não
é graça.
(Rm 12:3)
Porque, pela graça
que me foi dada, digo a
cada um dentre vós
que não pense de si mesmo além do que convém; antes,
pense com moderação, segundo
a medida da fé que Deus
repartiu a cada um.
(Rm 12:6)
tendo, porém, diferentes
dons segundo a graça
que nos foi dada: se
profecia, seja segundo a proporção
da fé;
(Rm 15:15)
Entretanto, vos escrevi
em parte mais ousadamente, como
para vos trazer isto de novo à
memória, por causa da graça
que me foi outorgada por
Deus,
(Rm 16:20)
E o Deus da paz,
em breve, esmagará
debaixo dos vossos pés a
Satanás. A graça de nosso
Senhor Jesus seja convosco.
(Rm 16:24)
A graça de nosso Senhor
Jesus Cristo seja com
todos vós. Amém!
(1Co 1:3)
graça a vós
outros e
paz, da parte de Deus,
nosso Pai, e do
Senhor Jesus Cristo.
(1Co 1:4)
Sempre dou
graças a meu Deus a
vosso respeito, a propósito
da sua graça, que vos
foi dada em Cristo
Jesus;
(1Co 3:10)
Segundo a graça de Deus
que me foi dada,
lancei o fundamento como
prudente construtor; e
outro edifica sobre ele. Porém cada um
veja como edifica.
(1Co 15:10)
Mas, pela graça de Deus,
sou o que sou;
e a sua graça,
que me foi concedida, não se
tornou vã; antes,
trabalhei muito mais do que todos eles; todavia,
não eu, mas a
graça de Deus comigo.
(1Co 15:57)
Graças a Deus, que
nos dá a vitória
por intermédio de nosso Senhor
Jesus Cristo.
(1Co 16:23)
A graça do
Senhor Jesus seja convosco.
(2Co 1:2)
graça a vós
outros e
paz, da parte de Deus,
nosso Pai, e do
Senhor Jesus Cristo.
(2Co 1:12)
Porque a nossa glória
é esta: o testemunho
da nossa consciência, de que,
com santidade e
sinceridade de Deus, não com
sabedoria humana, mas,
na graça divina,
temos vivido no mundo
e mais especialmente para
convosco.
(2Co 4:15)
Porque todas as
coisas existem por amor de vós,
para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio
de muitos, para glória
de Deus.
(2Co 6:1)
E nós, na qualidade de cooperadores com ele, também vos
exortamos a que não recebais
em vão a graça
de Deus
(2Co 8:1)
Também, irmãos, vos
fazemos conhecer a graça de Deus
concedida às igrejas
da Macedônia;
(2Co 8:9)
pois conheceis a graça
de nosso Senhor Jesus
Cristo, que, sendo
rico, se fez pobre por amor de
vós, para que, pela sua
pobreza, vos tornásseis ricos.
(2Co 9:14)
enquanto oram eles
a vosso favor, com grande afeto, em virtude
da superabundante graça de Deus
que há em vós.
(2Co 12:9)
Então, ele me disse:
A minha graça te
basta, porque o poder
se aperfeiçoa na fraqueza.
De boa vontade, pois, mais
me gloriarei nas fraquezas,
para que sobre mim
repouse o poder de Cristo.
(2Co 13:14)
A graça do
Senhor Jesus Cristo,
e o amor de Deus,
e a comunhão do Espírito
Santo sejam com todos
vós.
(Gl 1:3)
graça a vós outros e
paz, da parte de Deus,
nosso Pai, e do nosso
Senhor Jesus Cristo,
(Gl 1:6)
Admira-me que estejais passando tão
depressa daquele que vos
chamou na graça
de Cristo para outro
evangelho,
(Gl 1:15)
Quando, porém, ao que
me separou antes de eu nascer e
me chamou pela sua
graça, aprouve
(Gl 2:9)
e, quando
conheceram a graça que
me foi dada, Tiago,
Cefas e João,
que eram reputados
colunas, me estenderam, a mim
e a Barnabé, a destra de comunhão,
a fim de que nós fôssemos para
os gentios, e eles, para
a circuncisão;
(Gl 2:21)
Não anulo a graça
de Deus; pois, se a
justiça é mediante a lei,
segue-se que morreu Cristo
em vão.
(Gl 5:4)
De Cristo vos desligastes, vós que
procurais justificar-vos na lei;
da graça decaístes.
(Gl 6:18)
A graça de nosso Senhor
Jesus Cristo seja, irmãos,
com o vosso espírito.
Amém!
(Ef 1:2)
graça a vós outros e
paz, da parte de Deus,
nosso Pai, e do
Senhor Jesus Cristo.
(Ef 1:6)
para louvor da glória
de sua graça, que
ele nos concedeu
gratuitamente no Amado,
(Ef 2:5)
e estando nós
mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo,
—pela graça sois salvos,
(Ef 2:7)
para mostrar, nos
séculos vindouros, a suprema
riqueza da sua graça,
em bondade para
conosco, em Cristo
Jesus.
(Ef 2:8)
Porque pela
graça sois salvos,
mediante a fé; e
isto não vem de
vós; é dom de Deus;
(Ef 3:2)
se é que tendes
ouvido a respeito da dispensação da graça
de Deus a mim confiada
para vós outros;
(Ef 3:7)
do qual fui
constituído ministro conforme
o dom da graça de Deus
a mim concedida segundo
a força operante do seu poder.
(Ef 3:8)
A mim, o menor de todos
os santos, me foi dada esta
graça de pregar aos
gentios o evangelho das
insondáveis riquezas de Cristo
(Ef 4:7)
e a graça foi concedida
a cada um de nós
segundo a proporção do dom
de Cristo.
(Ef 4:29)
Não saia da
vossa boca nenhuma palavra torpe,
e sim unicamente a que for boa
para edificação, conforme a necessidade, e, assim,
transmita graça aos que ouvem.
(Ef 6:24)
A graça seja com todos
os que amam sinceramente a nosso
Senhor Jesus Cristo.
(Fp 1:2)
graça e paz a
vós outros, da parte de Deus,
nosso Pai, e do
Senhor Jesus Cristo.
(Fp 1:7)
Aliás, é justo
que eu assim pense
de todos vós,
porque vos trago
no coração, seja
nas minhas algemas,
seja na defesa e
confirmação do evangelho, pois
todos sois participantes
da graça comigo.
(Fp 4:23)
A graça do Senhor
Jesus Cristo seja com
o vosso espírito.
(Cl 1:2)
aos santos e fiéis
irmãos em Cristo
que se encontram em Colossos, graça
e paz a vós outros,
da parte de Deus, nosso
Pai.
(Cl 1:6)
que chegou até
vós; como também,
em todo o mundo,
está produzindo fruto e
crescendo, tal acontece
entre vós, desde
o dia em que ouvistes e
entendestes a graça de Deus
na verdade;
(Cl 3:16)
Habite,
ricamente, em vós a
palavra de Cristo; instruí-vos
e aconselhai-vos mutuamente
em toda a sabedoria,
louvando a Deus, com salmos,
e hinos, e
cânticos espirituais, com
gratidão, em vosso
coração.
(Cl 4:6)
A vossa palavra seja sempre
agradável, temperada com sal,
para saberdes como deveis
responder a cada um.
(Cl 4:18)
A saudação é de
próprio punho: Paulo. Lembrai-vos
das minhas algemas. A graça
seja convosco.
(1Ts 1:1)
Paulo, Silvano e
Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em
Deus Pai e no
Senhor Jesus Cristo,
graça e paz a
vós outros.
(1Ts 5:28)
A graça de nosso Senhor
Jesus Cristo seja convosco.
(2Ts 1:2)
graça e paz a
vós outros, da parte de Deus
Pai e do Senhor
Jesus Cristo.
(2Ts 1:12)
a fim de que o
nome de nosso Senhor
Jesus seja glorificado em
vós, e vós,
nele, segundo a graça
do nosso Deus e do
Senhor Jesus Cristo.
(2Ts 2:16)
Ora, nosso Senhor
Jesus Cristo mesmo
e Deus, o nosso
Pai, que nos
amou e nos deu
eterna consolação e boa esperança,
pela graça,
(2Ts 3:18)
A graça de nosso Senhor
Jesus Cristo seja com
todos vós.
(1Tm 1:2)
a Timóteo,
verdadeiro filho na fé, graça,
misericórdia e paz,
da parte de Deus Pai
e de Cristo Jesus,
nosso Senhor.
(1Tm 1:12)
Sou grato para com
aquele que me fortaleceu,
Cristo Jesus, nosso
Senhor, que me
considerou fiel, designando-me
para o ministério,
(1Tm 1:14)
Transbordou,
porém, a graça de nosso
Senhor com a fé
e o amor que há
em Cristo Jesus.
(1Tm 6:21)
pois alguns, professando-o, se desviaram
da fé. A graça
seja convosco.
(2Tm 1:2)
ao amado filho Timóteo,
graça, misericórdia e paz,
da parte de Deus Pai e de Cristo
Jesus, nosso Senhor.
(2Tm 1:9)
que nos salvou
e nos chamou com santa
vocação; não segundo
as nossas obras, mas
conforme a sua própria determinação
e graça que
nos foi dada em
Cristo Jesus, antes
dos tempos eternos,
(2Tm 2:1)
Tu, pois, filho
meu, fortifica-te na
graça que está em Cristo
Jesus.
(2Tm 4:22)
O Senhor seja
com o teu espírito.
A graça seja convosco.
(Tt 1:4)
a Tito,
verdadeiro filho, segundo
a fé comum, graça
e paz, da parte de Deus
Pai e de Cristo
Jesus, nosso Salvador.
(Tt 2:11)
Porquanto a
graça de Deus se manifestou
salvadora a todos os homens,
(Tt 3:7)
a fim de que,
justificados por graça, nos tornemos
seus herdeiros, segundo a esperança
da vida eterna.
(Tt 3:15)
Todos os que se acham
comigo te saúdam;
saúda quantos nos amam
na fé. A graça
seja com todos vós.
(Fm 1:3)
graça e paz a
vós outros, da parte de Deus,
nosso Pai, e do
Senhor Jesus Cristo.
(Fm 1:25)
A graça do Senhor
Jesus Cristo seja com
o vosso espírito.
(Hb 2:9)
vemos, todavia, aquele que,
por um pouco, tendo sido feito
menor que os anjos,
Jesus, por causa do sofrimento
da morte, foi coroado de glória
e de honra, para que,
pela graça de Deus, provasse
a morte por todo homem.
(Hb 4:16)
Acheguemo-nos,
portanto, confiadamente, junto ao trono da graça,
a fim de recebermos misericórdia
e acharmos graça
para socorro em ocasião oportuna.
(Hb 10:29)
De quanto mais
severo castigo julgais vós
será considerado digno aquele
que calcou aos pés o Filho
de Deus, e profanou
o sangue da aliança com o
qual foi santificado, e ultrajou
o Espírito da graça?
(Hb 12:15)
atentando, diligentemente,
por que ninguém seja faltoso,
separando-se da graça de Deus;
nem haja alguma raiz
de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por
meio dela, muitos
sejam contaminados;
(Hb 12:28)
Por isso, recebendo
nós um reino inabalável,
retenhamos a graça, pela
qual sirvamos a Deus
de modo agradável, com reverência
e santo temor;
(Hb 13:9)
Não vos deixeis
envolver por doutrinas várias
e estranhas, porquanto
o que vale é estar o coração confirmado
com graça e não com alimentos, pois nunca
tiveram proveito os que com
isto se preocuparam.
(Tg 4:6)
Antes, ele dá maior
graça; pelo que diz:
Deus resiste aos soberbos,
mas dá graça
aos humildes.
(1Pe 1:2)
eleitos, segundo a presciência
de Deus Pai, em
santificação do Espírito, para a
obediência e a aspersão
do sangue de Jesus Cristo,
graça e paz vos sejam multiplicadas.
(1Pe 1:10)
Foi a respeito desta
salvação que os profetas indagaram
e inquiriram, os quais
profetizaram acerca da graça
a vós outros destinada,
(1Pe 1:13)
Por isso,
cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios
e esperai inteiramente na
graça que vos está sendo trazida na
revelação de Jesus Cristo.
(1Pe 2:20)
Pois que glória
há, se, pecando e
sendo esbofeteados por isso, o
suportais com paciência? Se, entretanto,
quando praticais o bem, sois
igualmente afligidos e o suportais com
paciência, isto é grato
a Deus.
(1Pe 4:10)
Servi uns aos
outros, cada um conforme
o dom que recebeu, como
bons despenseiros da multiforme
graça de Deus.
(1Pe 5:5)
Rogo igualmente aos
jovens: sede submissos aos que são mais velhos; outrossim,
no trato de uns com os
outros, cingi-vos todos de humildade, porque
Deus resiste aos soberbos,
contudo, aos humildes concede
a sua graça.
(1Pe 5:10)
Ora, o Deus de toda
a graça, que em
Cristo vos chamou
à sua eterna
glória, depois de terdes sofrido por um pouco,
ele mesmo vos há de
aperfeiçoar, firmar, fortificar
e fundamentar.
(1Pe 5:12)
Por meio de
Silvano, que para vós outros é fiel
irmão, como também o considero, vos escrevo
resumidamente, exortando e
testificando, de novo, que
esta é
a genuína graça de Deus;
nela estai firmes.
APÊNDICE:
O Evangelho que nos Leva a Obter a Salvação
Estamos inserindo esta nota em forma de apêndice em
nossas últimas publicações, uma vez que temos sido impelidos a explicar em
termos simples e diretos o que seja de fato o evangelho, na forma em que nos é
apresentado nas Escrituras, já que há muita pregação e ensino de caráter
legalista que não é de modo algum o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
Há também uma grande ignorância relativa ao que seja
a aliança da graça por meio da qual somos salvos, e que consiste no coração do
evangelho, e então a descrevemos em termos bem simples, de forma que possa ser
adequadamente entendida.
Há somente um evangelho pelo qual podemos ser
verdadeiramente salvos. Ele se encontra revelado na Bíblia, e especialmente nas
páginas do Novo Testamento. Mas, por interpretações incorretas é possível até
mesmo transformá-lo em um meio de perdição e não de salvação, conforme tem
ocorrido especialmente em nossos dias, em que as verdades fundamentais do
evangelho de Jesus Cristo têm sido adulteradas ou omitidas.
Tudo isto nos levou a tomar a
iniciativa de apresentar a seguir, de forma resumida, em que consiste de fato o
evangelho da nossa salvação.
Em primeiro lugar, antes de tudo, é preciso entender
que somos salvos exclusivamente com base na aliança de graça que foi feita
entre Deus Pai e Deus Filho, antes mesmo da criação do mundo, para que nas
diversas gerações de pessoas que seriam trazidas por eles à existência sobre a
Terra, houvesse um chamado invisível, sobrenatural, espiritual, para serem
perdoadas de seus pecados, justificadas, regeneradas (novo nascimento
espiritual), santificadas e glorificadas. E o autor destas operações
transformadoras seria o Espírito Santo, a terceira pessoa da trindade divina.
Estes que seriam chamados à conversão, o seriam pelo
meio de atração que seria feita por Deus Pai, trazendo-os a Deus Filho, de modo
que pela simples fé em Jesus Cristo, pudessem receber a graça necessária que os
redimiria e os transportaria das trevas para a luz, do poder de Satanás para o
de Deus, e que lhes transformaria em filhos amados e aceitos por Deus.
Como estes que foram redimidos se encontravam
debaixo de uma sentença de maldição e condenação eternas, em razão de terem
transgredido a lei de Deus, com os seus pecados, para que fossem redimidos
seria necessário que houvesse uma quitação da dívida deles para com a justiça
divina, cuja sentença sobre eles era a de morte física e espiritual
eternas.
Havia a necessidade de um sacrifício, de alguém
idôneo que pudesse se colocar no lugar do homem, trazendo sobre si os seus
pecados e culpa, e morrendo com o derramamento do Seu sangue, porque a lei
determina que não pode haver expiação sem que haja um sacrifício sangrento
substitutivo.
Importava também que este Substituto de pecadores,
assumisse a responsabilidade de cobrir tudo o que fosse necessário em relação à
dívida de pecados deles, não apenas a anterior à sua conversão, como a que
seria contraída também no presente e no futuro, durante a sua jornada terrena.
Este Substituto deveria ser perfeito, sem pecado,
eterno, infinito, porque a ofensa do pecador é eterna e infinita. Então deveria
ser alguém divino para realizar tal obra.
Jesus, sendo Deus, se apresentou na aliança da graça
feita com o Pai, para ser este Salvador, Fiador, Garantia, Sacrifício,
Sacerdote, para realizar a obra de redenção.
O homem é fraco, dado a se desviar, mas a sua
chamada é para uma santificação e perfeição eternas. Como poderia responder por
si mesmo para garantir a eternidade da segurança da salvação?
Havia necessidade que Jesus assumisse ao lado da
natureza divina que sempre possuiu, a natureza humana, e para tanto ele foi
gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria.
Ele deveria ter um corpo para ser oferecido em
sacrifício. O sangue da nossa redenção deveria ser o de alguém que fosse
humano, mas também divino, de modo que se pode até mesmo dizer que fomos
redimidos pelo sangue do próprio Deus.
Este é o fundamento da nossa salvação. A morte de
Jesus em nosso lugar, de modo a nos abrir o caminho para a vida eterna e o céu.
Para que nunca nos esquecêssemos desta grande e
importante verdade do evangelho de que Jesus se tornou da parte de Deus para
nós, o nosso tudo, e que sem Ele nada somos ou podemos fazer para agradar a
Deus, Jesus fixou a Ceia que deve ser regularmente observada pelos crentes, para
que se lembrem de que o Seu corpo foi rasgado, assim como o pão que partimos na
Ceia, e o Seu sangue foi derramado em profusão, conforme representado pelo
vinho, para que tenhamos vida eterna por meio de nos alimentarmos dEle. Por
isso somos ordenados a comer o pão, que representa o corpo de Jesus, que é
verdadeiro alimento para o nosso espírito, e a beber o sangue de Jesus, que é
verdadeira bebida para nos refrigerar e manter a Sua vida em nós.
Quando Ele disse que é o caminho e a verdade e a
vida. Que a porta que conduz à vida eterna é estreita, e que o caminho é
apertado. Tudo isto se aplica ao fato de que não há outra verdade, outro
caminho, outra vida, senão a que existe somente por meio da fé nEle. A porta é
estreita porque não admite uma entrada para vários caminhos e atalhos, que
sendo diferentes dEle, conduzem à perdição. É estreito e apertado para que
nunca nos desviemos dEle, o autor e consumador da nossa salvação.
Então o plano de salvação, na aliança de graça que
foi feita, nada exige do homem, além da fé, pois tudo o que tiver que ser feito
nele para ser transformado e firmado na graça, será realizado pelo autor da sua
salvação, a saber, Jesus Cristo.
Tanto é assim, que para que tenhamos a plena
convicção desta verdade, mesmo depois de sermos justificados, regenerados e
santificados, percebemos, enquanto neste mundo, que há em nós resquícios do
pecado, que são o resultado do que se chama de pecado residente, que ainda
subsiste no velho homem, que apesar de ter sido crucificado juntamente com Cristo,
ainda permanece em condições de operar em nós, ao lado da nova natureza
espiritual e santa que recebemos na conversão.
Qual é a razão disso, senão a de que o Senhor
pretende nos ensinar a enxergar que a nossa salvação é inteiramente por graça e
mediante a fé? Que é Ele somente que nos garante a vida eterna e o céu. Se não
fosse assim, não poderíamos ser salvos e recebidos por Deus porque sabemos que
ainda que salvos, o pecado ainda opera em nossas vidas de diversas formas.
Isto pode ser visto claramente em várias passagens
bíblicas e especialmente no texto de Romanos 7.
À luz desta verdade, percebemos que mesmo as
enfermidades que atuam em nossos corpos físicos, e outras em nossa alma, são o
resultado da imperfeição em que ainda nos encontramos aqui embaixo, pois Deus
poderia dar saúde perfeita a todos os crentes, sem qualquer doença, até o dia
da morte deles, mas Ele não o faz para que aprendamos que a nossa salvação está
inteiramente colocada sobre a responsabilidade de Jesus, que é aquele que responde
por nós perante Ele, para nos manter seguros na plena garantia da salvação que
obtivemos mediante a fé, conforme o próprio Deus havia determinado
justificar-nos somente por fé, do mesmo modo como fizera com Abraão e com
muitos outros mesmo nos dias do Velho Testamento.
Nenhum crente deve portanto julgar-se sem fé porque
não consegue vencer determinadas fraquezas ou pecados, porque enquanto se
esforça para ser curado deles, e ainda que não o consiga neste mundo, não
perderá a sua condição de filho amado de Deus, que pode usar tudo isto em forma
de repreensão e disciplina, mas que jamais deixará ou abandonará a qualquer que
tenha recebido por filho, por causa da aliança que fez com Jesus e na qual se
interpôs com um juramento que jamais a anularia por causa de nossas
imperfeições e transgressões.
Um crente verdadeiro odeia o pecado e ama a Jesus,
mas sempre lamentará que não o ame tanto quanto deveria, e por não ter o mesmo
caráter e virtudes que há em Cristo. Mas de uma coisa ele pode ter certeza: não
foi por mérito, virtude ou boas obras que lhes foram exigidos a apresentar a
Deus que ele foi salvo, mas simplesmente por meio do arrependimento e da fé
nAquele que tudo fez e tem feito que é necessário para a segurança eterna da
sua salvação.
É possível que alguém leia tudo o que foi dito
nestes sete últimos parágrafos e não tenha percebido a grande verdade central
relativa ao evangelho, que está sendo comentada neles, e que foi citada de
forma resumida no primeiro deles, a saber:
“Então o plano de salvação, na aliança de graça que
foi feita, nada exige do homem, além da fé, pois tudo o que tiver que ser feito
nele para ser transformado e firmado na graça, será realizado pelo autor da sua
salvação, a saber, Jesus Cristo.”
Nós temos na Palavra de Deus a confirmação desta
verdade, que tudo é de fato devido à graça de Jesus, na nossa salvação, e que
esta graça é suficiente para nos garantir uma salvação eterna, em razão do
pacto feito entre Deus Pai e Deus Filho, que nos escolheram para esta salvação
segura e eterna, antes mesmo da fundação do mundo, no qual Jesus e Sua obra são
a causa dessa segurança eterna, pois é nEle que somos aceitos por Deus, nos
termos da aliança firmada, em que o Pai e o Filho são os agentes da aliança, e
os crentes apenas os beneficiários.
O pacto foi feito unilateralmente pelo Pai e o
Filho, sem a consulta da vontade dos beneficiários, uma vez que eles nem sequer
ainda existiam, e quando aderem agora pela fé aos termos da aliança, eles são
convocados a fazê-lo voluntariamente e para o principal propósito de serem
salvos para serem santificados e glorificados, sendo instruídos pelo evangelho
que tudo o que era necessário para a sua salvação foi perfeitamente consumado
pelo Fiador deles, nosso Senhor Jesus Cristo.
Então, preste atenção neste ponto muito importante,
de que tanto é assim, que não é pelo fato de os crentes continuarem sujeitos ao
pecado, mesmo depois de convertidos, que eles correm o risco de perderem a
salvação deles, uma vez que a aliança não foi feita diretamente com eles, e
consistindo na obediência perfeita deles a toda a vontade de Deus, mas foi
feita com Jesus Cristo, para não somente expiar a culpa deles, como para
garantir o aperfeiçoamento deles na santidade e na justiça, ainda que isto
venha a ser somente completado integralmente no por vir, quando adentrarem a
glória celestial.
A salvação é por graça porque alguém pagou
inteiramente o preço devido para que fôssemos salvos – nosso Senhor Jesus
Cristo.
E para que soubéssemos disso, Jesus não nos foi dado
somente como Sacrifício e Sacerdote, mas também como Profeta e Rei.
Ele não somente é quem nos anuncia o evangelho pelo
poder do Espírito Santo, e quem tudo revelou acerca dele nas páginas da Bíblia,
para que não errássemos o alvo por causa da incredulidade, que sendo o oposto
da fé, é a única coisa que pode nos afastar da possibilidade da salvação.
Em sua obra como Rei, Jesus governa os nossos
corações, e nos submete à Sua vontade de forma voluntária e amorosa,
capacitando-nos, pelo Seu próprio poder, a viver de modo agradável a Deus.
Agora, nada disso é possível sem que haja
arrependimento. Ainda que não seja ele a causa da nossa salvação, pois, como
temos visto esta causa é o amor, a misericórdia e a graça de Deus, manifestados
em Jesus em nosso favor, todavia, o arrependimento é necessário, porque toda
esta salvação é para uma vida santa, uma vida que lute contra o pecado, e que
busque se revestir do caráter e virtudes de Jesus.
Então, não há salvação pela fé onde o coração
permanece apegado ao pecado, e sem manifestar qualquer desejo de viver de modo
santo para a glória de Deus.
Desde que haja arrependimento não há qualquer
impossibilidade para que Deus nos salve, nem mesmo os grosseiros pecados da
geração atual, que corre desenfreadamente à busca de prazeres terrenos, e
completamente avessa aos valores eternos e celestiais.
Ainda que possa parecer um paradoxo, haveria até
mais facilidade para Deus salvar a estes que vivem na iniquidade porque a vida
deles no pecado é flagrante, e pouco se importam em demonstrar por um viver
hipócrita, que são pessoas justas e puras, pois não estão interessados em
demonstrar a justiça própria do fariseu da parábola de Jesus, para que através
de sua falsa religiosidade, e autoengano, pudessem alcançar algum favor da
parte de Deus.
Assim, quando algum deles recebe a revelação da luz
que há em Jesus, e das grandes trevas que dominam seu coração, o trabalho de
convencimento do Espírito Santo é facilitado, e eles lamentam por seus pecados
e fogem para Jesus para obterem a luz da salvação. E ele os receberá, e a
nenhum deles lançará fora, conforme a Sua promessa, porque o ajuste feito para
a sua salvação exige somente o arrependimento e a fé, para a recepção da graça
que os salvará.
Deus mesmo é quem provê todos os meios necessários
para que permaneçamos firmes na graça que nos salvou, de maneira que jamais
venhamos a nos separar dele definitivamente.
Ele nos fez coparticipantes da Sua natureza divina,
no novo nascimento operado pelo Espírito Santo, de modo que uma vez que uma
natureza é atingida, ela jamais pode ser desfeita. Nós viveremos pela nova
criatura, ainda que a velha venha a se dissolver totalmente, assim como está
ordenado que tudo o que herdamos de Adão e com o pecado deverá passar, pois
tudo é feito novo em Jesus, em quem temos recebido este nosso novo ser que se
inclina em amor para Deus e para todas as coisas de Deus.
Ainda que haja o pecado residente no crente, ele se
encontra destronado, pois quem reina agora é a graça de Jesus em seu coração, e
não mais o pecado. Ainda que algum pecado o vença isto será temporariamente, do
mesmo modo que uma doença que se instala no corpo é expulsa dele pelas defesas
naturais ou por algum medicamento potente. O sangue de Jesus é o remédio pelo
qual somos sarados de todas as nossas enfermidades. E ainda que alguma delas
prevaleça neste mundo ela será totalmente extinta quando partirmos para a
glória, onde tudo será perfeito.
Temos este penhor da perfeição futura da salvação
dado a nós pela habitação do Espírito Santo, que testifica juntamente com o
nosso espírito que somos agora filhos de Deus, não apenas por ato declarativo
desta condição, mas de fato e de verdade pelo novo nascimento espiritual que
nos foi dado por meio da nossa fé em Jesus.
Toda esta vida que temos agora é obtida por meio da
fé no Filho de Deus que nos amou e se entregou por nós, para que vivamos por
meio da Sua própria vida. Ele é o criador e o sustentador de toda a criação,
inclusive desta nova criação que está realizando desde o princípio, por meio da
geração de novas criaturas espirituais para Deus por meio da fé nEle.
Ele pode fazê-lo porque é espírito vivificante, ou
seja, pode fazer com que nova vida espiritual seja gerada em quem Ele assim o
quiser. Ele sabe perfeitamente quais são aqueles que atenderão ao chamado da
salvação, e é a estes que Ele se revela em espírito para que creiam nEle, e
assim sejam salvos.
Bem-aventurados portanto são:
Os humildes de espírito que reconhecem que nada
possuem em si mesmos para agradarem a Deus.
Os mansos que se submetem à vontade de Deus e que se
dispõem a cumprir os Seus mandamentos.
Os que choram por causa de seus pecados e todo o
pecado que há no mundo, que é uma rebelião contra o Criador.
Os misericordiosos, porque dão por si mesmos o
testemunho de que todos necessitam da misericórdia de Deus para serem
perdoados.
Os pacificadores, e não propriamente pacifistas que
costumam anular a verdade em prol da paz mundial, mas os que anunciam pela
palavra e suas próprias vidas que há paz de reconciliação com Deus somente por
meio da fé em Jesus.
Os que têm fome e sede de justiça, da justiça do
reino de Deus que não é comida, nem bebida, mas justiça, paz e alegria no
Espírito Santo.
Os que são perseguidos por causa do evangelho,
porque sendo odiados sem causa, perseveram em dar testemunho do Nome e da
Palavra de Jesus Cristo.
Vemos assim que ser salvo pela graça não significa:
de qualquer modo, de maneira descuidada, sem qualquer valor ou preço envolvido
na salvação. Jesus pagou um preço altíssimo e de valor inestimável para que
pudéssemos ser redimidos. Os termos da aliança por meio da qual somos salvos
são todos bem ordenados e planejados para que a salvação seja segura e efetiva.
Há poderes sobrenaturais, celestiais, espirituais envolvidos em todo o processo
da salvação.
É de uma preciosidade tão grande este plano e
aliança que eles devem ser eficazes mesmo quando não há naqueles que são salvos
um conhecimento adequado de todas estas verdades, pois está determinado que
aquele que crê no seu coração e confessar com os lábios que Jesus é o Senhor e
Salvador, é tudo quanto que é necessário para um pecador ser transformado em
santo e recebido como filho adotivo por Deus.
O crescimento na graça e no conhecimento de Jesus
são necessários para o nosso aperfeiçoamento espiritual em progresso da nossa
santificação, mas não para a nossa justificação e regeneração (novo nascimento)
que são instantâneos e recebidos simultaneamente no dia mesmo em que nos
convertemos a Cristo. Quando fomos a Ele como nos encontrávamos na ocasião,
totalmente perdidos e mortos em
transgressões e pecados.
E fomos recebidos porque a palavra da promessa da
aliança é que todo aquele que crê será salvo, e nada mais é acrescentado a ela
como condição para a salvação.
É assim porque foi este o ajuste que foi feito entre
o Pai e o Filho na aliança que fizeram entre si para que fôssemos salvos por
graça e mediante a fé.
Jesus é pedra de esquina eleita e preciosa, que o
Pai escolheu para ser o autor e o consumador da nossa salvação. Ele foi eleito
para a aliança da graça, e nós somos eleitos para recebermos os benefícios
desta aliança por meio da fé nAquele a quem foram feitas as promessas de ter um
povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras.
Então quando somos chamados de eleitos na Bíblia,
isto não significa que Deus fez uma aliança exclusiva e diretamente com cada um
daqueles que creem, uma vez que uma aliança com Deus para a vida eterna demanda
uma perfeita justiça e perfeita obediência a Ele, sem qualquer falha, e de nós
mesmos, jamais seríamos competentes para atender a tal exigência, de modo que a
aliança poderia ter sido feita somente com Jesus.
Somos aceitos pelo Pai porque estamos em Jesus, e
assim é por causa do Filho Unigênito que somos também recebidos. Jamais
poderíamos fazê-lo diretamente sem ter a Jesus como nossa Cabeça, nosso Sumo
Sacerdote e Sacrifício. Isto é tipificado claramente na Lei, em que nenhum
ofertante ou oferta seriam aceitos por Deus sem serem apresentados pelo
sacerdote escolhido por Deus para tal propósito. Nenhum outro Sumo Sacerdote foi
designado pelo Pai para que pudéssemos receber uma redenção e aproximação
eternas, senão somente nosso Senhor Jesus Cristo, aquele que Ele escolheu para
este ofício.
Mas uma vez que nos tornamos filhos de Deus por meio
da fé em Jesus Cristo, importa permanecermos nEle por um viver e andar em
santificação, no Espírito.
É pelo desconhecimento desta verdade que muitos
crentes caminham de forma desordenada, uma vez que tendo aprendido que a
aliança da graça foi feita entre Deus Pai e Deus Filho, e que são salvos
exclusivamente por meio da fé, que então não importa como vivam uma vez que já
se encontram salvos das consequências mortais do pecado.
Ainda que isto seja verdadeiro no tocante à
segurança eterna da salvação em razão da justificação, é apenas uma das faces
da moeda da salvação, que nos trazendo justificação e regeneração
instantaneamente pela graça, mediante a fé, no momento mesmo da nossa conversão
inicial, todavia, possui uma outra face que é a relativa ao propósito da nossa
justificação e regeneração, a saber, para sermos santificados pelo Espírito
Santo, mediante implantação da Palavra em nosso caráter. Isto tem a ver com a
mortificação diária do pecado, e o despojamento do velho homem, por um andar no
Espírito, pois de outra forma, não é possível que Deus seja glorificado através
de nós e por nós. Não há vida cristã vitoriosa sem santificação, uma vez que
Cristo nos foi dado para o propósito mesmo de se vencer o pecado, por meio de
um viver santificado.
Esta santificação foi também incluída na aliança da
graça feita entre o Pai e o Filho, antes da fundação do mundo, e para isto
somos também inteiramente dependentes de Jesus e da manifestação da sua vida em
nós, porque Ele se tornou para nós da parte de Deus a nossa justiça, redenção,
sabedoria e santificação (I Coríntios 1.30). De modo que a obra iniciada na
nossa conversão será completada por Deus para o seu aperfeiçoamento final até a
nossa chegada à glória celestial.
“Estou plenamente certo de
que aquele que começou boa obra em vós há de
completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.” (Filipenses 1.6).
“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e
corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.” (I
Tessalonicenses 5.23,24).
“Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha
presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa
salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer
como o realizar, segundo a sua boa vontade.” (Filipenses 2.12,13).
Por Silvio Dutra
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