quarta-feira, 5 de junho de 2019

Como Preservar a Paz de Jesus na Mente e no Coração

Como Preservar a Paz de Jesus na Mente e no Coração
Por
Silvio Dutra
Jun/2019
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A474
Alves, Silvio Dutra
Como preservar a paz de Jesus na Mente e no
coração
Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019.
27p.; 14,8 x21cm
1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Alves, Silvio Dutra.
I. Título.
CDD 252
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Quando perdoamos os outros, isto não produz qualquer efeito neles, senão em nós mesmos, quanto a preservarmos a paz de Jesus em nossa mente e em nosso coração.
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Além do perdão citado no nosso pensamento de abertura, muitas outras condições são impostas para que possamos preservar a paz de Jesus em nossa mente e coração.
A primeira e evidente e lógica condição para se ter a paz de Jesus é que se pertença a Ele, por meio do arrependimento inicial que consiste em virarmos as costas para o pecado e nos voltarmos para Deus, por meio da fé em Jesus. Isto é necessário para a nossa reconciliação com Deus, que consiste no término da guerra que havia entre nós e Ele por causa do pecado não perdoado. Mas, em Jesus, alcançamos a paz objetiva que consiste nesta paz de reconciliação com Deus, a qual conseguimos por meio da justificação, pois “justificados pela fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.”
Agora, uma vez alcançada tal paz objetiva, instantaneamente em nossa vida por meio da justificação e novo nascimento do Espírito Santo, necessitamos da paz subjetiva de nossa mente e coração, que pode ser alcançada somente por meio da santificação. Isto demandará a prática continuada de exercícios de piedade, especialmente no que diz respeito a negarmos a nós mesmos, e a suportarmos
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injúrias e toda sorte de circunstâncias adversas em nossa luta contra a carne, o diabo e o mundo.
Não podemos esquecer que a paz que Jesus nos deixou como legado, foi obtida por Ele por meio do castigo que sofreu, suportando com paciência todo tipo de tentação com que somos tentados, até a morte de cruz.
Então, está determinado por Deus que a nossa paz deve seguir o mesmo exemplo do nosso Salvador, que tinha paz de mente em todas as circunstâncias, e assim glorificava o Pai, demonstrando o Seu poder para nos manter sossegado e em paz em meio a todas as tribulações.
Que glória Deus teria para receber da nossa parte se a nossa paz fosse como aquela que o mundo dá, e que consiste em remoção de dificuldades, em poder e dinheiro para contornar situações difíceis, e ter o diabo como nosso companheiro facilitando as coisas para nós, para que possamos demonstrar que alcançamos pelo nosso próprio esforço, independentemente de Deus algo como aquele estado de Nirvana que os tibetanos alegam supostamente ter alcançado?
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Não, no caso dos crentes, a paz será concedida a eles enquanto permanecem na prática do bem e da justiça, a par de todas as injúrias e perseguições que possam sofrer neste mundo, direta ou indiretamente. Falamos que estas perseguições podem ser indiretas por causa de todo o pecado que observam neste mundo, especialmente naqueles que deveriam dar o exemplo para os demais, como no caso das autoridades constituídas em todos os níveis para manter a paz na sociedade, e que se entregam à prática da injustiça e da corrupção.
É portanto, grande armadilha para que o crente perca a sua paz, permitir-se ficar irritado e irado com as injustiças que ele vê sendo praticadas no mundo. Quando isto acontece, imediatamente ele perde a paz de mente e coração, porque Deus é de paz, e não tem raiva dos pecadores, senão que ama o pecador e odeia apenas o pecado.
Deus é longânimo e misericordioso e como seus filhos devemos imitá-lo nestas virtudes por aprendermos a não ficarmos irados e indignados por causa das injúrias que sofremos direta ou indiretamente.
É pela paz de nossa mente e coração em meio a todas as circunstâncias que revelamos ao mundo a vitória da cruz, pois é simplesmente
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impossível que alguém possa ter naturalmente tal tipo de paz em meio às aflições e tribulações.
É para a glória de Deus que somos chamados a amar com o amor de Cristo, conforme este é descrito pelo apóstolo em I Coríntios 13: “4 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, 5 não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; 6 não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
O amor de Cristo derramado em nosso coração pelo Espírito Santo é quem produz esta capacidade de ser paciente, não arder em ciúmes, não ser orgulhoso, ser sóbrio, não egoísta, não exasperado, não ressentido, ficar triste com a injustiça, mas se alegrar com a verdade, e tudo sofrer, tudo crer, tudo esperar e suportar.
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Este amor é fruto do Espírito Santo, e portanto, não podemos tê-lo sem viver e andar continuamente no Espírito, o que consiste em seguir a sua influência, instrução e direção na prática de todos os nossos pensamentos, atitudes e ações.
Agora, como isto pode ser alcançado se não renunciarmos a tudo, e especialmente a nós mesmos, especialmente quanto à nossa reputação quando somos ofendidos?
Ninguém se iluda que é possível alcançar tal vitória sobre a carne, o diabo e o mundo, para ter sobretudo paz de mente e de coração, pelo simples fato de orar e ter fé. Não padece dúvida que estes são os meios principais para uma caminhada cristã, mas é necessário algo mais do que a oração e a fé. É preciso o arrependimento diário, que consiste na progressiva renovação da nossa mente, por meio do aprendizado prático das virtudes de Cristo, conforme vemos nas palavras do apóstolo Pedro: “2 Graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. 3 Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo
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daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, 4 pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo, 5 por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; 6 com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; 7 com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. 8 Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. 9 Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora.
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10 Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. 11 Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” (2 Pedro 2-11) Veja que ao introduzir o seu assunto com a impetração de graça e paz aos crentes, ele passa imediatamente a definir o poder de onde isto é obtido, mas não parou aí, pois prosseguiu dizendo o que era necessário fazer para um viver vitorioso nesta graça e paz. A este respeito também se pronunciou o apóstolo Paulo, nos seguintes termos: “4 Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. 5 Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. 6 Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.
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7 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. 8 Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. 9 O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco.” (Filipenses 4.4-9). Veja que o apóstolo indica quais coisas são necessárias para que o Deus de paz seja conosco, e para que a sua paz sobrenatural guarde nossas mentes e corações. Afastar-se e não dar a devida consideração a tais instruções significa também recusar a paz de Jesus. Ele começa com “alegrar-se sempre no Senhor”, e o que isto significa, senão que devemos aprender a estar contentes nEle em toda e qualquer circunstância?
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É preciso aprender a ser grato por tudo, sabendo que todas as coisas estão cooperando juntamente para o nosso bem. Deus é soberano e comanda todas as coisas e pessoas. Em Sua onisciência e onipotência já previu tudo o que há de ocorrer e tudo controla com perfeição, ainda que aos nossos olhos possa parecer que o mundo está seguindo um rumo diferente daquele que poderia ser controlado por Ele. Nada e ninguém escapa do Seu juízo, e é poderoso para manter em perfeita paz aquele cuja confiança é inteiramente depositada nEle. Estas coisas não estão ocorrendo ao acaso, mas já foram predeterminadas antes mesmo da fundação do mundo, conforme podemos ver na revelação bíblica. Porventura, foi sem propósito que a Abraão foi ordenado oferecer o seu filho Isaque em sacrifício a Deus no Monte Moriá? Somente cerca de mil anos depois seria construído ali o primeiro templo por Salomão, mas não sem antes que Davi, seu pai, conquistasse a cidade de Jebus, na qual ficava o referido monte, e cujo nome ele mudou para Jerusalém.
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Um pai, que não é Abraão, mas Deus, ofereceria ali o Seu Filho Unigênito, para que pelo seu sacrifício pudéssemos obter a paz, tanto com Deus, como em nosso interior. Abraão, ofereceu no lugar do seu filho Isaque, um cordeiro que Deus enviou a ele no monte, mas Deus não poupou o Seu Filho, do qual tudo aquilo era apenas uma figura das coisas necessárias e que deveriam ocorrer no futuro, para que o Seu propósito eterno fosse cumprido. O nome Jerusalém em hebraico significa “cidade da paz”. Dirigido pelo Espírito Santo Davi lhe deu este nome profético, pois seria a partir dali que Deus daria paz aos que creem em todo o mundo, por meio do sacrifício de Jesus. A paz que temos foi ordenada por Deus e planejada por Ele, e custou um preço altíssimo a Ele em nos dar o Seu Filho amado. É nosso dever portanto, fazer valer essa paz em nosso viver, para que Deus seja glorificado em todo o nosso procedimento e em nossas atitudes. Somos chamados a seguir os passos de Jesus nas coisas que sofremos por causa do pecado que há no mundo, como nos ensina o apóstolo Pedro:
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“11 Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma, 12 mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação. 13 Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como soberano, 14 quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem. 15 Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos; 16 como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus. 17 Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei.
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18 Servos, sede submissos, com todo o temor ao vosso Senhor, não somente se for bom e cordato, mas também ao perverso; 19 porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus. 20 Pois que glória há, se, pecando e sendo esbofeteados por isso, o suportais com paciência? Se, entretanto, quando praticais o bem, sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a Deus. 21 Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, 22 o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; 23 pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente, 24 carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.
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25 Porque estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo da vossa alma.” (I Pedro 2.11-25). Como crentes, devemos nos armar em nossos pensamentos de que sofreremos por causa de Jesus, e que estes sofrimentos já estão previstos no plano de Deus em relação a nós, porque é por meio da paciência neles que Ele pode ser glorificado através do nosso testemunho. “12 Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; 13 pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. 14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus. 15 Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem;
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16 mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome. 17 Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? 18 E, se é com dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim, o pecador? 19 Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem a sua alma ao fiel Criador, na prática do bem.” (I Pedro 4.12-19). Deus está alcançando muitos pecadores para serem salvos através deste testemunho que os crentes dão da paz de Jesus em suas vidas em meio à aflições. Não é propriamente o nosso testemunho que salva os pecadores, senão o poder do próprio Deus, mas esta paciência é o meio que ajuda a convencer a muitos que de fato há poder em Jesus para nos guardar em perfeita paz, a par de tudo o que possamos sofrer ou perder. Nossas dores não devem ser comparadas com a glória que está reservada para nós no céu.
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Nossas aflições são breves em comparação com toda a eternidade de glória que nos aguarda. Jesus, depois de tudo o que sofreu entrou no estado de glória eterna e assim também devemos ser semelhantes a ele neste ponto. “27 Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica; 28 e que em nada estais intimidados pelos adversários. Pois o que é para eles prova evidente de perdição é, para vós outros, de salvação, e isto da parte de Deus. 29 Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele, 30 pois tendes o mesmo combate que vistes em mim e, ainda agora, ouvis que é o meu.” (Filipenses 1.27-30). Se Paulo ficasse cheio de indignação com os grandes pecados que eram praticados na cidade de Corinto, ele não somente não teria permanecido lá para evangelizá-los, como
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também poderia perder a sua paz por se indignar contra eles, a ponto de se deixar dominar pela ira contra tais pecadores, mas nós vemos em seu testemunho em I Coríntios 6.9-11, que muitos daqueles grandes pecadores haviam sido alcançados para Cristo através do ministério de paciência e amor que havia exercido entre eles: “9 Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, 10 nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. 11 Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” É nosso dever ser longânimos para com todos, inclusive para com os maus. “12 Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam;
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13 e que os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. Vivei em paz uns com os outros.” (I Tessalonicenses 5.12,13). Observe que na sequência de tais palavras o apóstolo fala de os crentes viverem em paz uns com os outros no versículo 13, e imediatamente passa a relacionar as coisas que os crentes deveriam fazer para preservá-la, a partir do verso 14 até o 24: “14 Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos. 15 Evitai que alguém retribua a outrem mal por mal; pelo contrário, segui sempre o bem entre vós e para com todos. 16 Regozijai-vos sempre. 17 Orai sem cessar. 18 Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. 19 Não apagueis o Espírito. 20 Não desprezeis as profecias;
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21 julgai todas as coisas, retende o que é bom; 22 abstende-vos de toda forma de mal. 23 O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. 24 Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.” O apóstolo volta a exortar os tessalonicenses à paz divina em sua segunda epístola, indicando a importância de obedecerem a todas as ordenanças que lhes havia dado para tal propósito. “13 E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem. 14 Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. 15 Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão. 16 Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê continuamente a paz em todas as circunstâncias. O Senhor seja com todos vós.” (II Tessalonicenses 3.13-16).
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Quando Jesus se referiu ao legado da sua paz a nós ele alertou os discípulos quanto à necessidade que teriam dela em meio às aflições que teriam que sofrer neste mundo. “32 Eis que vem a hora e já é chegada, em que sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só; contudo, não estou só, porque o Pai está comigo. 33 Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16.32,33). “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (João 14.27). Não somente o Senhor nos alertou quanto à necessidade de mantermos a paz em meio às aflições, como também que precisaríamos de um aporte de graça muito maior nos últimos dias, em razão da multiplicação da iniquidade. “3 No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século.
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4 E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. 5 Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. 6 E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. 7 Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; 8 porém tudo isto é o princípio das dores. 9 Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. 10 Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; 11 levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. 12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos.
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13 Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. 14 E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.” (Mateus 24.3-14). Baseado nesta palavra profética de Jesus, o apóstolo Paulo também profetizou pelo Espírito Santo, detalhando as coisas em que consistiria esta multiplicação da iniquidade do tempo do fim. “1 Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, 2 pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, 3 desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, 4 traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, 5 tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. 6 Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e
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conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, 7 que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade. 8 E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé; 9 eles, todavia, não irão avante; porque a sua insensatez será a todos evidente, como também aconteceu com a daqueles.” (II Timóteo 3.1-9). Em face de tais advertências proféticas não é para nos surpreendermos com as coisas tenebrosas que temos testemunhado estarem ocorrendo no mundo em nossos dias. Já fomos alertados de antemão para que não caiamos na armadilha satânica de nos deixarmos tomar pelo sentimento de indignação e ira, pelo mal que venhamos a sofrer da parte dos pecadores. Devemos vencer o mal com o bem perseverando na prática do amor, da paciência, do perdão, da longanimidade, da misericórdia, para que não venhamos nós mesmos a cair no desagrado de
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Deus, caso enveredemos por outro caminho diferente daquele que Ele nos tem ordenado.
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“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Hebreus 12.14)

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