terça-feira, 19 de junho de 2018

A Origem e a Razão de Ser de Tudo

Deus não criou todas as coisas para depois intentar formar uma Igreja.
Ao contrário, foi para formar a sua Igreja, um povo que fosse exclusivamente seu, que Ele criou os céus e a terra, e tudo o que neles há.
Tudo existe para refinar a fé dos crentes, para aperfeiçoá-los em santidade, e para que Deus seja glorificado em seu grande poder em criar este povo em meio aos grandes embates e oposições sofridas por parte da semente da Serpente.
E este povo que está sendo formado ao longo das eras foi chamado a ser santo assim como Deus é santo, ou seja, perfeito em santidade, assim como ele é perfeito. Deus já tem o quadro final planejado e intentado por Ele, completamente visto em sua mente, e está trazendo tudo à existência em seu próprio tempo, desde a primeira pincelada dada na criação, fazendo com que as coisas futuras já vistas e contempladas e idealizadas por ele, sejam realizadas em cada momento presente, sendo este presente nada mais do que a transição de um futuro já visto e planejado por Ele, para um passado de plena realização da Sua vontade.
No caso da Igreja o passado não significa cair no esquecimento, mas complementação do que está sendo cumprido, pois os santos que compuseram a igreja no passado encontram-se em glória aguardando a plena reunião de todos os santos que estão determinados por Deus para alcançarem a vida eterna, para que Cristo seja tudo em todos, como a Cabeça deste seu corpo que é  a Igreja.
Como devem ser então os membros deste corpo senão perfeitos como é a sua Cabeça. Como devem ser as pedras vivas do edifício espiritual do qual Jesus é a pedra angular, senão também perfeitas como Ele é perfeito. Nada mais natural então que deve haver progresso no aumento em piedade, na vida santificada, de modo que o plano eterno de Deus se cumpra em cada um dos seus filhos amados. É um modo muito errado de considerar a ação de Deus no mundo como tendo sido apenas o criador dos céus e da terra em seis dias, e que depois disso cruzou os braços e deixou que tudo seguisse o seu rumo aleatoriamente. Jesus disse em seu ministério terreno que assim como Pai continuava trabalhando até então (e do que se depreende que continuaria trabalhando sempre), Ele também trabalhava sem cessar, assim como o Pai. Dos próprios crentes é dito que servirão a Deus dia e noite, eternamente.
Deus é imutável em relação ao seu caráter santo e espiritual, e moral. E não devemos confundir imutabilidade com imobilidade, pois a imobilidade é peculiar ao que é morto, mas Deus é vivo, e Deus de vivos, cuja característica principal é trabalho e movimento. Assim, temos a ação permanente de Deus conduzindo a história da humanidade, fazendo com que tudo ocorra segundo o Seu planto eterno, conforme vemos a confirmação desta verdade nas profecias que Ele mandou registrar na Bíblia para a nossa instrução. Ele eleva e rebaixa reinos e nações. Ele sequer permite que um pardal caia do céu sem a Sua permissão, quanto mais que suceda algo em relação à humanidade que fuja da Sua direção ativa ou permissiva. Até mesmo o que ocorre de mal, tem a sua razão de ser para contribuir para o aperfeiçoamento dos santos na piedade, para aquela vida eterna que terão no céu.  Nada que ocorra está fora da regra de tudo contribuir para o bem dos que amam a Deus. E em tudo isto o seu grande nome é glorificado, quer nas bênçãos que derrama, quer nos juízos que exerce.

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